Dra. Vanessa Tavarone - Endocrinologista - CRM 9105 e RQE 3738

Dra. Vanessa Tavarone esteve hoje no programa Ver Mais da NDTV para falar sobre mitos e verdades de emagrecer no inverno.

Quando o assunto é redução de peso e manutenção do peso perdido, reconhece-se que, juntamente com a dieta e a atividade física, o sono é um comportamento fundamental que precisa ser abordado em qualquer intervenção.

Uma nova análise apresentada no 29º Congresso Europeu de Obesidade (ECO) – 2022 demonstrou que o exercício melhora o sono e, juntos, os dois ajudam a manter a perda de peso em pessoas com obesidade.

Os resultados mostram que existem muitas variáveis que afetam a recuperação do peso perdido. Signe Torekov, PhD, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, apresentou as descobertas no Congresso Europeu sobre Obesidade 2022.

Como você dorme, a qualidade e a duração do sono, devem ser levadas em consideração. Manter um sono adequado ajuda a manter a perda de peso.

Além da duração do sono a qualidade do mesmo é importante para a saúde e para auxiliar na manutenção de peso perdido. E o exercício físico pode colaborar para uma melhora da qualidade do sono. É um ciclo virtuoso: durmo melhor, mais disposição no dia e melhor disposição para o exercício físico. Me exercitando com regularidade e constância, melhor é o sono.

Um abraço,
Vanessa

Uma nova pesquisa feita em dez países foi apresentada no 29º Congresso Europeu de Obesidade (ECO) - 2022 que aconteceu na primeira quinzena de maio deste ano, mostra que muitos adolescentes com obesidade não reconhecem que têm a doença.

Este estudo, o ACTION Teens, incluiu mais de 5 mil adolescentes de 12 a 17 anos que vivem com obesidade, mais de 5 mil pais/cuidadores e cerca de 2 mil profissionais da saúde. Foi demonstrado que, embora a obesidade em crianças tenha impacto para a saúde, apenas um em 3 pais/cuidadores reconhece a obesidade como um problema de saúde em seus filhos. Cerca de 24% dos adolescentes com obesidade, não reconhece que tem um problema de saúde.

O excesso de peso cedo na vida contribui para uma onda crescente de problemas de saúde mental, doenças cardíacas, diabetes mellitus tipo 2, bem como alguns tipos de câncer e problemas em ossos e articulações. Quatro em cada cinco crianças que vivem com obesidade, continuarão a fazê-lo na vida adulta.

Uma das autoras do estudo, Vicki Mooney, afirma que um em cada três adolescentes se sentem incapaz de falar com seus pais/responsáveis sobre o excesso de peso e muitos recorrem às mídias sociais para buscar orientação.

Dois terços dos adolescentes entendem que é sua responsabilidade o controle do peso. E 50% dos pais também acreditam que a redução do peso, é responsabilidade exclusiva do adolescente.

Neste estudo, também mostrou mais um dado preocupante: a falta de preparo dos profissionais de saúde para lidar com estas questões, acreditando que é responsabilidade do paciente o manejo do peso, e portanto, não abordando este tema nas consultas.

Abraço,
Vanessa

Por que falar de transtorno alimentar e obesidade? 🌻

Ontem foi o Dia Mundial de Conscientização sobre Transtornos Alimentares.

Pela relevância do tema, Dra. Vanessa Tavarone iniciou a 11ª edição do curso de ABORDAGENS INOVADORAS PARA TRATAMENTO DA OBESIDADE - 1ª edição online de atualização em obesidade e transtorno de compulsão alimentar organizado pelo Ambulim - IPq - Programa de Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

O AMBULIM é um Programa de Tratamento de Transtornos Alimentares realizado pelo SUS com sede em São Paulo.

Este curso de obesidade tem como principais objetivos apresentar novas abordagens no tratamento da obesidade e da compulsão alimentar, com intuito de ampliar os recursos terapêuticos.

Obesidade e transtornos alimentares são problemas de saúde distintos, mas que podem coexistir.

Emagrecimento!

Nestes 20 anos que trabalho como endocrinologista, estas frases são apenas alguns exemplos do que escuto diariamente no consultório.

Amigos, familiares e, infelizmente, muitos profissionais da área da saúde, fazem estas afirmações.

A obesidade não é uma condição causada pela falta de força de vontade da pessoa que convive com ela. Não é preguiça, não é falta de vergonha na cara.

A obesidade é hoje reconhecida como doença crônica, complexa que possui múltiplas raízes: genética, alimentação, sono, saúde mental, preconceito, acesso à cuidados de saúde, marketing.

Seu tratamento está alicerçado no trabalho conjunto de vários profissionais: médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, entre outros.

Não há uma estratégia única que sirva para todos. O tratamento de cada pessoa que sofre com obesidade deve ser individualizado, de acordo com suas necessidades, suas possibilidades e claro, suas metas particulares.

E aí está, na minha opinião, o ponto de partida para um tratamento de sucesso: a pessoa como CENTRO do cuidado!

Abraço,
Vanessa

Frequentemente ouço esta frase nas consultas.

As pessoas chegam com um histórico de várias tentativas infrutíferas para redução de peso. E o fato de não conseguirem contribui muito para o sentimento de que “algo está errado”.

No entanto, na grande maioria das vezes, são tentativas sem acompanhamento profissional adequado.

O desequilíbrio nutricional (como por exemplo pular refeições, ou restringir muito determinados grupos alimentares), o estilo de vida sedentário, subestimar a importância do sono, além da ideia de que “quanto mais rápido emagrecer, melhor”, agridem o corpo, geram estresse e contribuem para o ciclo engorda-emagrece.

Como tenho sempre falado, e vou continuar falando, o sobrepeso e a obesidade são problemas de saúde e devem e MERECEM ser tratados por profissionais da área da saúde comprometidos, éticos e com condutas baseadas em ciência!

Não, não há fórmula mágica! Não, não existem tratamentos que te emagreçam sem nenhum esforço!
Inclusive desconfie de quem diz ter uma solução pronta, rápida e fácil!

O acompanhamento multidisciplinar muitas vezes é necessário, importante. Definir metas realísticas. Se comprometer com o que precisa ser feito e não desistir no primeiro fracasso, são algumas das estratégias que vão garantir o sucesso nesta jornada!

Com carinho,
Vanessa

Mãe

Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito;
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer.

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do céu
E apenas menor que Deus!

Mário Quintana

—————

A todas as mulheres que abraçam a missão de ser mãe.
Que educam e mimam, que se maravilham e se frustram.
Que amam intensamente e incondicionalmente.
Que veem nos filhos sua força e sua fraqueza.

A todas as mães e, em especial, a minha 💜.

Com carinho,
Vanessa

A Páscoa é uma celebração cristã que possui vários símbolos.

Um, deles é o Coelho da Páscoa que representa a fertilidade, o nascimento e a esperança da vida.

O coelho é um animal que se reproduz em grandes ninhadas.

A sua relação com a Páscoa foi definida historicamente a partir da representação que este animal possuía para diversos povos antigos, como símbolo da esperança na renovação da vida.

Nesta Páscoa, uma de muitas ocasiões que nos reunimos com nossas famílias, amigos, que possamos juntos cultivar a esperança de dias melhores, entendendo que o milagre da ressurreição de Jesus é nos mostrar que a vida se renova a cada dia!

Que cada dia, este presente maravilhoso que nos foi dado, seja renovado e celebrado com consciência plena, com amor, paz, compaixão.

Com carinho,
Vanessa

Clínica Nefesh 🍀

Agora somos uma equipe completa para cuidar de você! 🤍

👩🏼‍⚕️Médica endocrinologista
🥙 Nutricionista
✨Psicóloga

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DIA MUNDIAL DA SAÚDE

Estive pensando o que escrever nesse Dia Mundial da Saúde, o qual é celebrado desde 1950 com o objetivo de chamar a atenção para as prioridades específicas da saúde global.

Espontaneamente, essa música Saúde - da Rita Lee ajustou-se com o que acredito e proponho diariamente em meu consultório.

🎶Quero mais saúde.
Necessitamos de qualidade de vida!

🎶Eu sei que agora eu vou cuidar mais de mim.
Essa é a minha intenção com todos os pacientes; que possam estar cada dia melhor, mais saudáveis!

NOVO ✨

Todo mundo é composto de mudança. (Luis de Camões)

É muito gratificante ter meus pacientes ao meu lado nessa nova caminhada.

Seja bem-vindo(a) ao novo consultório Dra. Vanessa Tavarone!

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

Neste ano que está chegando ao fim e em que tantas coisas aconteceram, aproveito para refletir sobre seu significado.

Natal significa Renascimento e dentre tantos os símbolos que possui, gostaria de compartilhar um que achei muito bonito, ao escutar a palestra da professora e filósofa Lucia Helena Galvão: o significado da vela de Natal.

Para muitos representa a Luz que Jesus trouxe ao mundo. Na origem da celebração do Natal, era comum as pessoas darem velas de presente.

O que essa vela representaria?

Lembrar às pessoas que dentro delas há Luz, ou a possiblidade de Luz. Que há algo sagrado dentro de cada um, de que as pessoas não podem sair o mundo sem fazer aquilo que lhes corresponde: dar Luz ao mundo!

Esse é o meu sincero desejo para cada um de vocês: que a maneira de cada um, sejam Luz onde vocês estejam!

Com carinho,
Vanessa

A síndrome metabólica é um conjunto de condições, geralmente relacionadas à obesidade, que aumentam os riscos de uma pessoa desenvolver doença cardíaca, Acidente Vascular Cerebral – AVC e diabetes.

Tem como base a resistência à ação da insulina.

Para fazer o diagnóstico, 5 critérios são avaliados, arraste para o lado e confira.

Destes 5 critérios, a presença de pelo menos 3 já faz o diagnóstico de síndrome metabólica.

Uma das formas de tratamento é a mudança do estilo de vida.

Realizar atividades físicas, adotar uma alimentação saudável, perder peso e abandonar vícios como o cigarro e álcool, estão entre as melhores alternativas.

Também dar atenção à higiene do sono, manejo do estresse, além de cultivar relacionamentos saudáveis e investir em uma vida com propósito.

Todos estes pilares são importantes para uma vida mais saudável e feliz.

Se você apresenta alguns dos fatores citados acima, procure um médico.

Somente um profissional capacitado poderá realizar o diagnóstico adequado.

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE:3738

A participação da família colabora muito e é essencial quando estamos frente a uma criança ou adolescente com excesso de peso.

Se entendermos que todo o cuidado seja em relação à alimentação, atividade física, ambiente e emoções, visam uma melhora da saúde e qualidade de vida, o envolvimento da família só tem a acrescentar no crescimento e bem-estar de todos.

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

Ouso dizer que o acompanhamento tem que ser INTERDISCIPLINAR, porque todos os profissionais envolvidos no cuidado da pessoa com obesidade devem falar uma linguagem comum, trabalhar como mesmo foco, para que o cuidado não fique fragmentado.

Outra coisa muito importante: o cuidado tem que ser centrado na PESSOA. Cada indivíduo é único, tem suas próprias motivações e cabe a nós profissionais da área da saúde estar capacitados para ajudar na identificação destas motivações e para construir estratégias de enfrentamento do problema.

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

Uma amiga havia me sugerido fazer uma live sobre minha “jornada como médica”.

Posso dizer que como alguém que viveu boa parte da vida no século XX, este mundo virtual ainda não me deixa muito a vontade....

Mas sempre me sai melhor com a palavra escrita do que a falada, então este post hoje é sobre minha “jornada como médica”.

Recentemente me dei conta de que a maior parte da minha vida se passou na faculdade, na beira do leito, em um ambulatório, em uma sala de cirurgia, em um atendimento de emergência, entre livros, artigos, seminários, aulas.

A minha jornada na medicina, se confunde (e não poderia ser diferente) com a jornada da minha vida.

E vou dizer para vocês, o trabalho é árduo. Como se diz atualmente, cuidar da saúde do outro, com respeito, ética, ciência, não é “bolinho”.

E sabem por quê?

Primeiro, apesar de óbvio, pouca gente percebe, que para cuidar do outro, precisamos primeiro cuidar de si.

Segundo, a vida não se resume a uma série de reações bioquímicas, processos fisiológicos. Não vivemos isolados, estamos inseridos em uma família, uma comunidade. Somos seres gregários. A dimensão da vida, ainda vai além, a de se ter um Propósito, ou como alguns preferem chamar, espiritualidade (que vai além do sentido religioso).

Minha jornada como médica é caminhar junto com você (se você me permitir), partilhando conhecimento, experiências, aprendizados. Possivelmente, temos muito a ensinar um ao outro, mas mais ainda temos muito a aprender.

Hari om

Abraço,
Vanessa

Postagem da Abeso. STF DERRUBA A LEI DOS ANOREXÍGENOS: ENTENDA MELHOR — Em fevereiro de 2011, a ANVISA, motivada pelos resultados do estudo SCOUT (que avaliou a Sibutramina em pacientes de altíssimo risco cardiovascular ) decidiu suspender o registro de todos os medicamentos antiobesidade de ação central. Após um grande movimento de várias entidades, incluindo a Abeso, a agência recuou em sua decisão inicial e, em outubro de 2011, optou por suspender o registro dos medicamentos femproporex, mazindol e anfepramona — na opinião da Abeso, de forma inadequada, visto que tais medicamentos eram ferramentas úteis —, mantendo ativo o registro da sibutramina.

Essa decisão limitou o tratamento da obesidade e, em seguida, tramitaram projetos de lei que culminaram na aprovação da lei 13454/2017, a qual autorizava a produção, a comercialização e o consumo dos medicamentos anorexigenos (sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol), sem que houvesse a necessidade de registro do produto pela Anvisa.

Atualmente, apenas a sibutramina tem registro e é amplamente comercializada. Nenhuma indústria solicitou o registro dos outros medicamentos, que vinham sendo disponibilizados de forma limitada através de fórmulas magistrais.

Apesar de a Abeso considerar que os anorexígenos retirados são importantes armas no tratamento da obesidade quando bem indicados, ela entende que a falta de registro compromete o exercício das ações de vigilância sanitária relacionados a controle , fiscalização, monitoramento e regulação.

Hoje o STF derruba a tal lei 13454/2017, o que impossibilitará a comercialização de femproporex, mazindol e anfepramona. Apesar de a siibutramina estar na lei, não haverá nenhuma mudança na sua comercialização, pois a mesma possui o registro na Anvisa, em consonância com a RDC 50/2014.

É muito importante ressaltar que a sibutramina é uma medicação segura e eficaz para uso em casos selecionados e com acompanhamento médico adequado.

Compartilhe e nos ajude a fazer com que todos entendam essa história direito.

Quando penso no que significa ser criança, vem à mente um trecho de um poema de Mário Quintana:

A vida é tão bela que chega a dar medo

Não o medo que paralisa e gela,

Estátua súbita

Mas

Esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz

O jovem felino seguir para a frente, farejando o vento

Ao sair, a primeira vez, da gruta. (...)

Neste dia 12 de outubro, muito mais que celebrar as crianças de todo o mundo, procuremos resgatar essas características que fizeram parte de nós, e que “ deixamos para trás” ao nos tornarmos adultos.

Que percamos o “medo paralisante”: o medo de errar, o medo de arriscar, o medo de sair da nossa zona de conforto.

Que o medo fascinante e premente de curiosidade, nos faça sair da “gruta” e VIVER com mais plenitude, mais intensidade, mais amor, mais compaixão pelos que nos cercam.

Neste dia 12, enfim, que honremos a criança que já fomos e que está adormecida em algum cantinho do nosso ser.

Um abraço carinhoso,
Vanessa

Outubro Rosa

Movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.

Em 2020, mais de 2,3 milhões de mulheres no mundo descobriram que estavam com câncer de mama. Esse tipo de tumor é o que mais acomete a população feminina brasileira e representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas. Também é o câncer que mais mata.

No Brasil, em 2020, cerca de oito mil casos de câncer de mama tiveram relação direta com fatores comportamentais, como consumo de bebidas alcoólicas, excesso de peso, não ter amamentado e inatividade física. O número representa 13,1% dos 64 mil casos novos de câncer de mama em mulheres com 30 anos e mais, em todo o País, de acordo com dados do INCA.

Para falar da relação entre excesso de peso e câncer de mama, nosso convidado na live de hoje é o Dr, Marcelo Moreno.

Esperamos vocês!

Grande abraço,

Vanessa

Combater e prevenir são ações urgentes diante de um problema que vem adquirindo proporções epidêmicas. Segundo projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015, cerca de 2,3 bilhões de adultos vão estar com sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos.

A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos com fritura e açúcar se refletem no aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias. Hoje, o índice de crianças brasileiras com sobrepeso já chega a 15%. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do Índice de Massa Corporal (IMC).

Consideram-se obesas as pessoas com IMC superior a 30. Já as que têm IMC entre 25 e 29,9 são e portadoras de sobrepeso. 11 de outubro é Dia Nacional de Prevenção da Obesidade.

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia

Abraço,
Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

Primeiro trabalhar contra o estigma e a discriminação contra as pessoas que convivem com a obesidade.

Ao reconhecer a obesidade como doença crônica e complexa, entendemos que não há uma solução única, ou fácil.

É necessário todo um contexto de trabalho interdisciplinar com a colaboração de endocrinologistas, cirurgiões bariátricos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos.

Exigir políticas públicas que favoreçam o acesso tanto à prevenção, quanto ao tratamento das pessoas que convivem com a obesidade.

Tratamento pautado em ciência, com ética e respeito à pessoa.

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

O estágio de ação (4) é iniciar o movimento em direção à mudança.

É quando efetivamente a pessoa está implementando o plano de ação e dando passos do antigo para o novo padrão de comportamento.

Uma fala típica desta fase seria:

“ Já iniciei com caminhadas de 30 minutos 3 x na semana. Também estou procurando reduzir o fast-food e preparando minhas refeições em casa.”

Ajude a pessoa a valorizar os passos dados, a reconhecer e fortalecer às recompensas que tem tido com as mudanças.

Identifiquem juntos que fatores facilitam as mudanças e os fatores que podem atrapalhar.

Abraço,
Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

Neste estágio (3), a pessoa decidiu mudar o comportamento em um futuro próximo e já começou a dar pequenos passos em direção a esta meta.

Uma fala típica seria:

“ Meu médico disse que estou acima do peso e hipertensa. Já agendei uma consulta com a nutricionista e estou me organizando para incluir alguma atividade física na minha rotina semanal. ”

Neste estágio, o profissional de saúde deve ajudar a pessoa a organizar um planejamento bem específico, que caiba na sua rotina:

O que?

Quando?

Onde?

De que forma?

Estes são questionamentos relevantes, que auxiliam a traçar metas bem definidas, que sejam realistas e realizáveis.

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

Neste estágio 2 a pessoa está ambivalente, dividida entre fazer algo diferente e seguir como está.

Querer mudar e não querer mudar, tudo ao mesmo tempo. É uma experiência humana normal.

Uma fala típica desta fase seria:

“ Sei que estou acima do peso e isto tem colaborado para eu me sentir mais cansada. Meu médico comentou que o excesso de peso está colaborando para o aumento da minha pressão arterial e que eu deveria perder peso. Sei que isso é importante. Mas como abrir mão de comer as coisas que eu gosto? Que graça a vida vai ter se eu não puder comer o que quiser? ”

Percebam que os argumentos a favor e contra a mudança já existem dentro da pessoa ambivalente.

Nosso papel aqui é evocar da pessoa os prós e contras de cada caminho. Não somos nós que apontamos os prós e contras, é a própria pessoa que precisa fazer isso.

Quando argumentamos a favor da mudança com uma pessoa que está ambivalente, isso suscita naturalmente os argumentos opostos da pessoa (não mudança/ ficar como está).

Lembrem-se: as pessoas têm maior probabilidade de ser persuadidas por aquilo que se ouvem a si mesmas dizer.

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

No post de ontem comentei que este é o estágio em que a pessoa está menos pronta para mudar, pois ela não percebe seu comportamento como um problema.

Uma fala típica neste estágio seria:

“ Sei que estou acima do peso, mas meus exames estão ótimos. Na minha família, todos têm excesso de peso”.

Nesta fase, tentar propor metas é contraproducente, ou seja, se o profissional da área da saúde busca apresentar soluções, “aconselhar”, não há progresso.

Uma abordagem interessante seria a psicoeducação: aumentar a consciência sobre o impacto que determinado comportamento tem em sua vida.

Mas acima de tudo, compreender que para criar um ambiente propício para mudança é necessário parceria, aceitação e compaixão.

Parceria onde se procura criar um ambiente favorável à mudança, mas sem ser coercitivo ou julgamental.

Aceitação é honrar e respeitar a autonomia de cada pessoa, seu direito irrevogável e sua capacidade de auto direção.

Compaixão é um compromisso deliberado para procurar o bem-estar e os melhores interesses do outro. Trabalhar com um espírito de compaixão é ter o coração no lugar certo, para que a confiança que se constrói, seja merecida.

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738

Como médica, nesta longa caminhada atendendo pessoas portadoras das mais variadas doenças crônicas, principalmente: síndrome metabólica, diabetes mellitus tipo 2, obesidade, entre outras tantas, cheguei a dolorosa conclusão de que dar conselhos a uma pessoa que não está pronta para mudar, pode ser prematuro, inapropriado e ineficaz.

Por outro lado, não oferecer conselhos e estratégias que ajudem a desenvolver um plano de mudança, quando a pessoa está pronta para mudar, é frustrante para ambas as partes.

Este constitui-se um dos maiores desafios para ajudar as pessoas a mudar comportamentos em saúde: adaptar-se criativamente às complexidades da mudança intencional.

Hoje gostaria de falar sobre o Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento, ou MTT.

Esta abordagem foi desenvolvida há mais de quatro décadas pelos doutores em psicologia James Prochaska e Carlo DiClemente. Esta é uma abordagem validada por vários estudos e que pode ser aplicada com sucesso em uma gama variada de condições: cessação do tabagismo, uso de álcool e substâncias ilícitas, obesidade, diabetes e doença arterial coronariana.

A mudança intencional pressupõe o envolvimento e colaboração do indivíduo para realizar e manter a mudança, contrastando assim com outros tipos de mudança que são impostas. Segundo o MTT são 5 os estágios de mudança. Arraste para o lado e conheça.

É importante entender que nesta abordagem a motivação não é algo linear. Se assemelha mais como uma espiral, em que a pessoa pode circular sobre os estágios de mudança de forma não linear, avançando ou retrocedendo.

O contexto de vida da pessoa influencia este processo, mas nós profissionais da área da saúde também.

Hoje a mensagem é: de nada adianta saber como se desenrola o processo saúde-doença, entender de todos os processos bioquímicos, moleculares e fisiológicos.

O primeiro passo para a mudança de qualquer comportamento é da própria pessoa.
Cabe a nós entender como o processo de mudança acontece, como podemos motivar e apoiar nossos clientes em cada estágio. Empatia, compaixão e confiança são a base para esta relação que é feita de iguais.

Abraço,

Dra. Vanessa Tavarone
Endocrinologista
CRM-SC: 9105 RQE: 3738