Luma Tiziotto Deffendi - Psicóloga
Informações para nos contatar, mapa e direções, formulário para nos contatar, horário de funcionamento, serviços, classificações, fotos, vídeos e anúncios de Luma Tiziotto Deffendi - Psicóloga, Psicólogo/a, São Carlos.
Psicóloga, Mestra e Doutora em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
Psicoterapia Analítico-Comportamental - Supervisão Clínica - Palestras
CRP: 06/115432
Se o objetivo principal de um processo psicoterapêutico não é salvar ninguém, o que podemos esperar da psicoterapia?
Passa pro lado que eu vou dar meus pitacos sobre esse tema, bonita!
Spoiler: quando nos desvencilhamos da ideia de resgate imediato e de salvamento, a psicoterapia se revela como um espaço de auto exploração e crescimento. 🦋
Cada jornada terapêutica se adapta às necessidades individuais, claro. Porém, de modo geral, é bonito demais poder auxiliar as pessoas na busca por uma vida mais plena e autêntica, ou seja, por uma experiência verdadeiramente humana. ❤️
E aí, quem amamos uma psicoterapia levanta a mão e aperta um curtir! 🙋♀️
Hoje é meu 12º dia da psicóloga sendo psicóloga. E a cada ano que passa acrescento um ou outro novo signif**ado na caixinha de possibilidades do exercício dessa profissão tão desafiadora (e mara). O ponto da vez é: se enquanto psicoterapeutas auxiliamos as nossas clientes a abraçarem a própria humanidade e usufruírem ao máximo disso, por que enquanto classe seguimos propagando a ideia de uma psicologia infalível, resolvedora de todas as mazelas do mundo e perpetuadora da perfeição? Vale lembrar que, na prática, exercer a clínica é papel de (pasmem) pessoas e não máquinas. A conta simplesmente não fecha. 🙅♀️
Vejo mudanças e ainda bem. Só que ainda rola, principalmente nessa terra de ninguém chamada internet, muita romantização da psicoterapia como um processo imaculado, um contexto em que tudo dá certo e que coloca a psicóloga no patamar de “pessoa que sabe de tudo e acerta sempre”. Não é agradável falar sobre o que dá errado e nos gera ansiedade, eu sei. Mas é (também) ao olharmos pras nossas dificuldades (de preferência com gentileza e autocompaixão) que somos capazes de recalcular a rota e de ajustar o passo. E essa premissa serve inclusive pra nós, profissionais de Psicologia, também conhecidas como seres humanos que, embasadas em uma teoria científ**a (sim), se conectam e tentam ajudar outros seres humanos.
Esse desabafo não é uma apologia às cagadas que podemos fazer (sem querer) por aí, ao “não sei e nem quero saber” indiscriminado, tampouco ao “me deixa que eu já sei de tudo e não preciso me atualizar”. Estou sugerindo, na verdade, que abandonemos a máscara da infalibilidade e a busca pela perfeição, porque elas são armadilhas do mal.
Enquanto psicoterapeutas (e profissionais de Psicologia, pois sim, existe muuuita Psicologia pra além da clínica), acredito que o principal é termos consciência acerca das nossas potencias e fraquezas, e deliberadamente, estarmos abertas a calibrar as nossas intervenções.
Nós queremos acertar, claro. Porém a psicoterapeuta imperfeita, real, que erra e tem dúvidas, na maior parte das vezes, é a melhor que podemos ser, simplesmente porque é a única possível.
Então, feliz dia pra nós que somos corajosamente reais! 💛
Voltando um tico às origens, resolvi dar uma pausa (totalmente momentânea) no conteúdo ensimesmado, ora poético, ora pi***la, e escrever sobre um conceito que acho fofis, didático e indispensável dentro da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). 🤓
Pra ACT, dor limpa é aquela dor inevitável, que faz parte da vida. São as experiências difíceis que todas enfrentamos em algum momento e das quais dificilmente conseguiremos escapar (tipo a perda de alguém, o término ou a rejeição em algum relacionamento, uma doença, uma expectativa que não se concretiza, etc.). Essa dor é genuína e, apesar de ser desconfortável, faz parte da nossa experiência humana.
Por outro lado, dor suja é o monstrinho que alimentamos ao resistir à dor limpa. É o sofrimento adicional que surge quando tentamos evitar, negar ou lutar contra nossas emoções (em especial as difíceis). Quem nunca nutriu uns bichinho do tipo "Eu não deveria sentir isso, sou fraca" que atire a primeira pedra. O ponto é: dar palco à tais pensamentos acaba amplif**ando a dor original e nos prende em um ciclo de sofrimento que dura bem mais do que precisaria durar.
A ACT nos ensina a aceitar a dor limpa como parte da vida, sem lutar tanto contra ela. E, ao fazer isso, estamos menos aptas a criar ainda mais sofrimento pra nós mesmas. A alternativa é focar no que é importante e tomar ações que nos aproximem de nossos valores mesmo diante daquilo que dói (e, convenhamos, em algum momento vai doer).
E, aí, todas prontas pra (pelo menos tentar) limpar essa sujeira? 🙋♀️🧹
Era uma vez uma Luminha boazinha, que engolia o choro (principalmente o de raiva) e respondia "sim, senhor" enquanto desbravava as terras distantes do seu reino familiar. O enredo era claro: "pra se tornar protagonista, deveria agradar" (e a atuação não só convencia como era alvo de diversos elogios, tá?).
Um belo dia, resultado de muitos questionamentos e bofetadas indigestas, ela contestou o roteiro (e tudo o que sustentava o esquema duvidoso) e começou a moldar a própria trama com a personalização que merecia. E aí viveu feliz para sempre? Obviamente não.
Ainda me deparo, quase sempre, com a seguinte condenação em praça pública: por ser assertiva, defender meus direitos e colocar limites claros em algumas relações, sou sentenciada como chata, grosseira ou uma pessoa difícil (e, veja bem, esses posicionamentos não são a mesma coisa que me portar como uma grande cuzona).
Se identificou aí, mana? 🙋♀️ Sentença coletiva que carregamos todas: mulheres não devem desafiar o script. Pra sermos aceitas socialmente devemos ser obedientes, cabisbaixas, quietas, resignadas, delicadas, permissivas... 💩
Desde muito cedo somos socializadas de modo a internalizar expectativas rígidas e contraditórias sobre como devemos nos comportar, parecer e sentir. Essa pressão incessante pra atender a padrões irreais e opressivos de "comportamento adequado" faz com que nos julguemos e cobremos cada vez mais, a fim de seguir à risca o que o mundo espera de nós.
Cultivar a aceitação da nossa humanidade e a autocompaixão por nós mesmas, bem como ativamente escolher estarmos próximas a outras mulheres são alternativas. Quem sabe, assim, não consigamos desafiar algumas autorregras que não se criam no vácuo, e sim no contato direto (e indireto) com uma cultura machista, adoecedora e que promove a nossa deterioração.
Então, se alguém te condenar por estabelecer limites, por elevar a sua voz ao defender o que é seu por direito ou por lutar por um tratamento digno, tome isso como um "estou no caminho certo". Provavelmente, você só está rompendo com o ciclo vicioso que tenta tirar de você a possibilidade de reivindicar sua legitimidade enquanto um ser humano. Só continue a nadar. ❤️
Faz anos que supervisiono individualmente outras psicólogas e nutro o desejo de ampliar o alcance dessas trocas incríveis. A verdade é que sou uma apaixonada pelas modalidades coletivas dentro da Psicologia (e fora dela também, verdade seja dita). Adoro a possibilidade de dedicar tempo e energia a mim mesma (e faço bastante isso), mas essa faísca que me acompanha há tempos vem tomando proporções cada vez maiores e eu realmente preciso dar vazão a ela. Como sempre digo: antes tarde do que mais tarde.
Este grupo de supervisão chega pra abalar as minhas estruturas e me lançar de vez no mundo dos espaços compartilhados dentro da profissão. Eu dediquei tempo demais me preocupando com cada detalhe e alimentando as minhas inseguranças, até finalmente só me permitir fazer (“preciosismo demais também pode ser procrastinação disfarçada. Cuidado, Luminha!”).
Enfim, o grupo não é amplamente original e não prometo nada além do que a minha honestidade me permite: 12 anos de experiência com a prática clínica e outros muitos (e contando) de comprometimento com a ética e o conhecimento teórico da Análise do Comportamento (e se você se interessa por ACT e FAP, tá no lugar certo, pois vamos explorar as contextuais juntas!).
É bastante claro que me posiciono abertamente como uma psicóloga feminista e que tenho como premissa andar de braços dados com outras mulheres enquanto aprendemos, juntas, como promover mais igualdade social. Pra além disso, me comprometo a ser quem sou também no papel de supervisora/mediadora: dedicação, sensibilidade e bom humor estão inclusos no pacote, viu?
Dito isso, as informações mais burocráticas você acessa clicando no link da minha bio e/ou arrastando o dedinho pra direita e acompanhando esse carrossel fofis que tá aqui! 😉
Aiiii, vamo! ❤️👯♀️
“Que o medo de errar não te impeça de tentar.” 🦋
Essa frase, que saiu de não sei onde, f**a martelando na minha cabeça.
O medo...
O medo está aí, não tem jeito. E faz sentido que esteja mesmo. Só que ele não pode ser guia turístico: curtir só as atrações que ele cuidadosamente seleciona e me apresenta é furada. Preciso fazer dele um mero coadjuvante aqui (eu que devo escolher o roteiro, pois a viagem é minha).
E já são semanas de agonia que, somadas, se multiplicam em meses e resultam (meu Deus) em anos. E enquanto o medo se esbalda e engorda, minha vitalidade vai minando, cada dia mais mirradinha e desnutrida, pobre dela.
“Seja corajosa”, eu digo a mim mesma. “Só mais 5 minutinhos”, o medo grita lá de dentro.
Por mais difícil que seja, eu botei um cropped e reagi, manas!
Vou dizer logo, senão decido voltar antes de ir: meu grupo de supervisão começa em AGOSTO! ✨
Sem mais delongas, sem mais necessidade de preparar o que já está preparado, sem mais 2 anos de experiência somados aos outros 12, sem papel timbrado a ouro e COM MUITO MEDO. Eu sei que consigo e, mais importante ainda, eu sei que preciso.
Sejam bem-vindas a um projeto antigo, não tão ambicioso e/ou inovador, porém idealizado e regado com muito carinho, dedicação e vulnerabilidade.
Eu acredito muito em uma clínica verdadeiramente humanizada, que considere amplamente a interseccionalidade presente em cada caso, de modo a respeitar a peculiaridade das clientes que chegam até nós. E com o respaldo teórico da análise do comportamento e do contextualismo funcional, espero ajudar outras profissionais a ampliarem o seu repertório de manejo clínico, de modo que possamos, TODAS, caminhar em direção a uma prática mais democrática, ética e signif**ativa. ♥️
Bora?
Mais informações (muito) em breve! 👀
Essa, que é uma das minhas citações favoritas do mago Saramago, ecoa em mim com mais força nos dias em que, paradoxalmente, a minha fragilidade decide tomar posto e reivindicar a sua importância.
Ter um coração que sangra não é fácil, admito. Há dias em que a armadura está prontinha para ser vestida e é difícil não se proteger das angústias que cerceiam o nosso existir (e pode ser que a vistamos vez ou outra, não dá para escapar da nossa condição “errante” sempre, e tudo bem). Mas, indubitavelmente, carregar um coração de ferro (a despeito do que realmente somos) não só é difícil como impossibilita que o curso natural da vida aconteça.
Quem nos tornamos quando abrimos mão da nossa humanidade? Semi-humanos, metade gente, metade matéria metálica, incapazes de sentir em toda a nossa potência? 💔
Somos seres duais e a nossa experiência é reflexo disso. O mesmo coração que sangra e sente dor também pulsa compaixão, amor, empatia. E é essa capacidade ampliada de sentir que permite que nos conectemos uns aos outros e atribuamos signif**ado à nossa existência. Não tem jeito: se abrirmos mão da vulnerabilidade, acabaremos por abrir mão de todo o resto que permeia um viver de maneira plena.
Bancar esse coração “de carne” é aceitar a beleza e a dor do mundo, pois uma coisa não existe sem a outra. É escolher viver a vida em toda a sua profundidade e complexidade, mesmo que isso signifique que, de vez em quando, sofreremos. Não é preciso amar a dor, mas é preciso amar a vida a ponto de aceitar que a dor vem junto no pacote.
Eu sei, é f**a. E em alguns dias será ainda mais f**a. Mas, enquanto existir vida, existirão possibilidades.
E caso o seu coração esteja sangrando demais, demais mesmo, procure ajuda e se deixe ajudar. É para doer às vezes, mas não a ponto de te paralisar completamente, ok? ❤️
Passei a vida toda (até recentemente) me esforçando demais para ser excelente em alguma coisa. E perdendo tempo, energia e vitalidade enquanto via as oportunidades de ser normal (e feliz) se esvaindo pelo ralo junto com todas as lágrimas que vinham junto com o quase destaque (“É... Não foi dessa vez. Bateu na trave, quem sabe na próxima tentativa”).
E agora, antes tarde do que mais tarde, chego à fatídica hipótese de que talvez eu seja boa (mesmo) em ser mais ou menos boa em algumas coisas. Eu sei, o conceito não é novo (prometi mediocridade, não disse que traria uma ideia original), mas estar na média pode trazer à nossa existência muito mais valor do que imaginamos ser possível. E muito disso se deve à falácia de que o nosso valor e a nossa dignidade estão atrelados a um desempenho, no mínimo, ótimo em algo (seja no domínio acadêmico, profissional, físico, estético, etc, etc, etc).
E daí que eu me atentei à influência dessa regra culturalmente difundida na minha própria miséria, e concluí, também, que talvez eu seja mais ou menos boa em ser corajosa (e cara de pau) para repetir o óbvio de modo público. E tudo bem, isso vai soar mais ou menos legal.
Quem sabe, neste ano, eu invente de tocar (de modo mediano, claro) em uma banda. Ou de aprender futevôlei (esporte no qual, provavelmente, serei mais ou menos ruim no começo e depois mais ou menos boa no fim). Quem sabe eu escreva um livro. Ou, de birra, não escreva nada. Pode ser que eu seja igualmente mais ou menos boa nas duas coisas: em enfiar a cara em um projeto e em adiar o contato com aquilo que me evoca um medinho safado.
Pronto, um bom título para minhas memórias (meio longo demais para um nome, meio curto demais para um bom resumo): “Luma, que não era nem a melhor, nem a pior. Tampouco era muito original. Quando estava indo, decidiu voltar. Se encontrou no meio do caminho, e ele tinha uma porrada de pedras. Essas, as quais, ela usou para sentar e descansar um pouco antes de continuar sua aventura mais ousada e menos linear de todas, a vida, como ela realmente é.”
E lá foi a Luminha se aventurar por mais um desses eventos acadêmicos dos quais ela sentiu tanta falta durante o (breve, porém chato) período em que esteve “de mal” consigo mesma (“afinal de contas, sou pró ou anti esse academicismo todo?”).
Não mais que de repente, aceitei que sou ambas as coisas e que estar nesses ambientes de aprendizado (que, verdade seja dita, às vezes são meio punitivos) faz bastante sentido pra mim (ainda que, por um tempo, parecia que não fizesse).
Introspecções à parte, foi uma experiência interessante (e imprescindível) revisitar as origens: “a boa filha (behaviorista radical-al-al) a casa torna”. Tá, nunca fui embora, mas quem me conhece sabe do meu mergulho em profundidade nas terapias contextuais. E ótimo, nenhum problema. Aliás, solução (pra mim). Foi bom confirmar que o alicerce segue bem firme e que a construção vai muito bem, obrigada, com a adição do pilar do contextualismo funcional. E, pra além disso, foi bonito ouvir tanta gente boa falar sobre AMOR!
E pra quem não é psico e não tá entendendo muito do que escrevi até aqui: o ambiente acadêmico nem sempre é fácil, mas é um dos meus lugares favoritos SIM (gritei e saí correndo)! A despeito de toda a tecnicidade da coisa, ultimamente passear por esses congressos também produz vários quentinhos no meu coração, tais como a possibilidade de estar com as minhas amigas queridas, conhecer novos lugares e aprender um tiquinho mais sobre o mundo, sobre a Análise do Comportamento e, claro, sobre mim mesma.
Valeu, ITCR! Valeu, Campinas! Valeu, coleguinhas behavioristas!
E valeu, em especial, migas, mais que migas friends, companheiras de psico e de vida! ❤️
Eu já deixei claro que adorei o filme da Barbie, né?! Mas achei providencial vir aqui especialmente hoje pra enfatizar que o que me tirou o fôlego mesmo (e também me arrancou várias lágrimas no cinema) foi o discurso visceral, dolorido e amplamente real da personagem da America Ferrera. Quando ela fala pra Barbie sobre o quanto é “praticamente impossível ser mulher” nesse mundo, poxa vida, isso me dilacerou.
A verdade é que ser mulher em uma estrutura machista implica que sempre estaremos erradas ou seremos culpadas por algo. Inclusive por tudo aquilo que nem fizemos, simplesmente porque não temos o direito de fazer. E a exaustão que sentimos diante dessa dinâmica não cessa nunca. É só abrir uma página na internet que veremos mais uma mulher entrando pra estatística: de assédio moral a feminicídio, ocupamos todos os piores lugares possíveis na esfera social.
É... Ser mulher nessa sociedade é adoecedor.
Como poderia não o ser se todos os dias somos amplamente violentadas por ações sustentadas pela cultura do estupro que atribui a nós, e não aos verdadeiros agressores, os homens, a culpa pela propagação de todas essas violências? Como meu discurso poderia ser tomado de gratidão se a desigualdade de gênero à que somos submetidas limita as nossas oportunidades profissionais mesmo que nada no desempenho das nossas funções justifique tal disparidade? Como parecer enérgica e esperançosa se estamos exaustas de carregar o peso dos estereótipos que nos atribuem independente do que façamos? No fim das contas, acabamos sempre tachadas de gordas ou magras demais, loucas ou passivas demais, burras ou prepotentes demais...
Quero (e preciso) acreditar que existe um futuro melhor. Só que hoje em dia não consigo defender, apenas com palavras bonitas, a ideia da igualdade de gênero. Trabalhar na promoção de um mundo mais justo e inclusivo deve passar pela descrição dessa realidade cruel que precisa, urgentemente, de mudanças drásticas.
Espero que cutucar a ferida diretamente onde dói talvez funcione sim como um discurso encorajador. Pois, uma vez identif**ada a ordem do sofrimento, abrimos caminho pra cura.
Então, manas, sintam-se abraçadas (e encorajadas)! ❤️
Por aqui é assim: ora um pouco de egocentrismo poético, ora um tico de conhecimento (que represado não vale mais que um guaraná Dolly quente). 🧠🔥
Vamos falar sobre aquelas que podem ser nossas fontes mais genuínas de felicidade (ao mesmo tempo que de desgraça), e que são indissociáveis da nossa existência enquanto homo sapiens, habitantes desse mundo muito doido: as amadas e temidas relações humanas.
Se relacionar com outras pessoas não só é característico da nossa espécie, como também é necessário se queremos seguir como parte integrante da sociedade. E digo mais: ter (poucas e boas) relações pode ser preditor de saúde, bem como, sejamos sinceras, adiciona um temperinho a mais na nossa nada mole existência.
Só que viver em comunidade também dá muito trabalho e nos coloca, geralmente, em situação de risco (de surto, inclusive). Visto que somos um conjunto não apenas de semelhanças, mas de potenciais diferenças, por vezes tidas como irreparáveis, como podemos nos relacionar melhor com “o outro” de modo que a vida seja mais de boas e se pareça menos com uma tragédia grega?
Vem cá que nesse carrossel eu te conto... 💬
35 anos. 15 a mais que 20. 5 a menos que 40. Metade de 70. 🤯 Mas, deixa isso pra lá!
Prefiro passar meio longe da matemática, não somos muito besties desde o fundamental.
Mas a poesia... Ah! Essa é minha parça de tempos. E é com a perspectiva do lirismo e da sensibilidade que escolho olhar pros meus 35 anos.
Quanta vida cabe em mim desde que eu percebi que merecia ser feliz, que eu sou digna de ser amada (porque sim) e que o meu valor não está em toda a produtividade que esperam que eu entregue dia após dia...!? É retórica: cabe muita!
O machismo enraizado em nossa sociedade (representado por uns mané-zé-ruela-sem-noção-e-sem-carisma) dirá: “Luma, você já foi melhor, tá mais velha”. E HOJE, no auge do meu autoamor e da minha autocompaixão, responderei: “VSF, regra misógina que acha que tem poder sobre mim, meu corpo e minhas escolhas. Eu tô é maravilhosa, tô voando”. E nem é meme. Eu tô mesmo.
Obviamente meu corpo, minha disposição, meus pensamentos e aspirações não são os mesmos. Eu cresci. A Terra girou, eu mudei e não há problema algum nisso. Aliás, ao meu ver, existe beleza nesse movimento: signif**a que tem sangue pulsando nas minhas veias e estou aproveitando cada segundo que tenho pra desfrutar dessa dádiva que é viver (a vida, claro, hora ou outra me desafia e estressa, mas segue sendo uma aventura muito massa).
Então, essa sou eu aos 35 anos: essencialmente real, ora cansada, ora enérgica; ora satisfeita, ora p**a; cada vez menos preocupada em agradar os outros e mais engajada em atribuir signif**ado às minhas vivências; tentando e tentando, por vezes caindo e levantando, ser uma versão de mim mesma que atende às minhas necessidades e desejos mais genuínos. ❤
Quanto àqueles que se incomodam com a minha performance improvisada, mas amplamente alinhada aos meus valores aos 35, que se lasquem. “Não gostou me bota no paredaaauuum!”
E viva nós em cada etapa da vida! E viva a vida bem vivida! E viva eu! 🎈🥳🤩
Lá vem a Simone entoando o hino e você, p**a, responde mentalmente ao maior single natalino da história:
“Então é Natal (PQP! Achei que era Abril).
E o que você fez? (Sobrevivi ao apocalipse e ao patriarcado)
O ano termina (Já vai tarde, lazarento),
E nasce outra vez (Ano que vem eu reajo)...” 🎼
Eu amo essa época do ano desde que ainda era Luminha. Mas sei que, pra muita gente, as festas de final de ano podem ter uma conotação diferente, um quêzinho de melancolia e saudade, doses de desespero ou ainda cheiro forte de treta certa. Verdade seja dita, quase todas nós temos alguma ressalva em relação ao combo: fim de ciclo + família reunida (e programa do Roberto Carlos ressoando ao fundo).
Pensando nisso, Mamãe Noel e eu preparamos um guiazinho básico pra te ajudar a distribuir os presentes de natal desse ano (use com moderação).
Mana, seu s**o já tá cheio e ainda nem assaram o Peru? Arrasta pro lado, escolhe a lembrancinha que mais convém e... Boas festas! 🤶🎄🎁
Esse ano eu li um pouco menos, verdade. Mas ainda me considero uma consumidora voraz de palavras e histórias. Nas horas vagas, brinco de “sommelier de livros”. Me faço de entendida e compartilho as minhas percepções sobre as obras e as possíveis harmonizações que derivam dela (tudo isso absolutamente de grátis e com um total de zero pedidos por parte dos consumidores 🤣). É por mim mesma, admito. E também porque amo tanto ler que desejo, genuinamente, essa sensação maravilhosa pra quem tiver um tico de interesse.
Diante do exposto, por mim mesma e pela esperança de ampliarmos a nossa rede de leitura, o último do ano vem especial, enaltecendo a escrita de quatro mulheres incríveis nas quais tive o prazer de estrear: Viola Davis, e o seu honesto e inspirador “Em busca de mim”; Maya Angelou, com a sua narrativa potente e dolorosa sobre um passado não tão distante de nós em “Eu sei porque o pássaro canta na gaiola”; Carla Madeira, que nos arrebata com o visceral e extremamente humano “Tudo é rio”; e Angie Thomas, que escancara o racismo estrutural que permeia todas nós em “O ódio que você semeia”.
São dois livros de ficção e dois de não-ficção, pois por aqui tento ser flexível até na escolha dos títulos. Confesso que antigamente era mais do time da ficção, mas hoje em dia passeio facilmente pelas obras ambientadas na realidade (e amo, viu?).
De bônus, deixo o livro recheado de lirismo do Francisco Azevedo, “O arroz de Palma”, o último que li e que passeia de modo extremamente sensível por todas as nuances que compõem o fenômeno complexo (muito embora simples) o qual chamamos de família.
Outras indicações são altamente recomendadas! Só deixem aqui nos comentários, ok?
Excelente degustação pra todas nós! ❤📚
Tempos atrás fui a uma palestra do filósofo pop Mário Sergio Cortella aqui em São Carlos e, entre alguns devaneios cansados (sou uma pessoa diurna, sorry) fui abraçada por citações que me acompanham a tempos como mantras de cabeceira. Conhecia o Cortella por cima, confesso. Já li uns livros aqui, assisti a alguns vídeos e entrevistas ali, mas me surpreendi, especialmente por uma releitura afetiva que ele fez de um dos meus livros favoritos. Quando o cara puxa um Guimarães da cartola ganha instantaneamente a minha atenção (mesmo que às 21h ela tenha duração limitada).
Cortella entoou que a vida, embora seja sertão, tem veredas. E foi além: sugeriu que é por essas veredas que, juntos, e carregando uma esperança ativa e que se equilibra, seremos capazes de atravessar o sertão que é viver. Obviamente, não pude concordar mais. Aplaudi. 👏
Além de entender a experiência da vida como uma grande impermanência, um morde-e-assopra, um tô-bem-tô-mal sem fim, acredito muito na força das conexões humanas. Sou devota das relações íntimas e verdadeiramente vulneráveis, que nos permitem ser em totalidade. São esses entrelaçamentos que somos capazes de tecer que nos alicerçam em terra firme quando as dificuldades ventam contra nós. Por fim, mas não menos importante, esperançar por meio de ações também é algo em que acredito fortemente e tento empregar no meu dia-a-dia.
Então, apesar do desafio de se enveredar pela vida e enfrentar os sertões que se desenrolam dela, podemos escolher não caminhar só. Se nos mantivermos atentas, fortes e juntas, seguramente estaremos “mió”. 🌼
Será (mesmo) que somos (sempre) as anti-heroínas na nossa própria história? 🤔
Vamos por partes: acho sim de suma importância sermos capazes de assumir os nossos BOs. Ter consciência sobre a nossa responsabilidade naquilo que nos acomete é o passo inicial caso queiramos modif**ar alguma circunstância que nos desagrada e/ou oprime. Porém, Tay-tay, sorry not sorry, na maioria das vezes isso pode não ser suficiente pra resolvermos os nossos problemas todos, tá? 💩
É um excelente começo, mas não somos seres independentes do meio em que vivemos, fenômenos que acontecem no puro suco do vácuo. Ao contrário, como já dizia migo Skinner lá na década de 50, “os homens agem sobre o mundo e o modif**am e, por sua vez, são modif**ados pelas consequências de sua ação.” Logo, essa equação não se desenrola de modo tão simplista. Admitirmos toda a culpa pela desgraceira que passamos não nos levará ao fim de todo o sofrimento e pode, inclusive, ter um efeito danoso sobre nós.
PQP! Então o que fazemos? Chorrimos? Fugimos pras montanhas? Compramos uma bicicleta?
Calma lá: honrar as nossas responsabilidades é o primeiro passo; ser autocompassiva com as nossas dificuldades é um trabalho importante a ser desenvolvido; olhar para o contexto em que nossos comportamentos se desenrolam e considerar que existem fatores que estão fora do nosso controle é imprescindível; e, por fim, ter clareza em relação a quem queremos ser no hoje é fundamental pra não cairmos na armadilha da vilania compulsória.
No fim, acho que desempenharemos vários papéis enquanto a trama da vida se desenrola. O mais importante é se conhecer a ponto de escolher bancar (ou não) o roteiro. 😉
A dor é f**a.
É dela que tentamos nos esconder nas esquinas dos vícios, distrações e alienações. E é exatamente de encontro a ela que vamos quando tropeçamos na humanidade inerente a cada um de nós. Ela nos pega bem no meio do caminho, não tem pra onde fugir, pois somos indissociáveis dessa caracteristica do viver: ser bicho vivo machuca.
E a dor é tão ambivalente em si que, ao doer, pode deixar pistas importantes sobre a própria cura. Nem todas as marcas representam histórias de superação bonitas. Às vezes, só dói e é isuportável e ponto. Mas algumas cicatrizes são mapas que nos lembram sobre lugares aos quais não queremos voltar (e isso nos orienta a agir na direção oposta).
Sem otimismo indicriminado por aqui, mas sentir tristeza, raiva, ansiedade (dentre várias outras dores possíveis) pode nos dar informações essenciais sobre nós mesmas e aquilo que valorizamos na vida.
Já que não doer não é uma opção pra nós que vivemos, direcionar um olhar gentil pra aquilo que machuca pode ser uma opção mais viável caso queiramos existir de maneira mais coerente com o que, de fato, somos.
Provavelmente, continuaremos fugindo de vez em quando (uma vez que ninguém é de ferro por aqui e a dor é realmente f**a), mas vale a tentativa. ✨
Clique aqui para requerer seu anúncio patrocinado.
Vídeos (mostrar tudo)
Categoria
Entre em contato com a prática
Site
Endereço
R. Padre Teixeira, 2854/Centro, São Carlos/SP, 13560/210
São Carlos
Terapeuta integrativa: Te ajudo a encontrar a origem emocional do seu sintoma e promover a AutoCura.
São Carlos
𝑪𝑹𝑷 𝟎𝟔/𝟏𝟔𝟏𝟐𝟕𝟑 • Te ajudo a entender conceitos, comportamentos e melhorar a saúde mental • Análise do Comportamento • Online | Presencial • Foco em Psicoterapia infanto-juvenil
15 De Novembro, 1080
São Carlos, 13561206
Entenda as suas emoções e desenvolva hábitos saudáveis 🧠
Rua Maestro João Seppe, 924
São Carlos
Psicóloga clínica analítica, para jovens, adultos e idosos.
R. Antônio De Rodrigues Cajado, 2713/Vila Costa Do Sol
São Carlos, 13560-291
Psicoterapia Individual - psicoterapia na abordagem cognitivo comportamental. Psicóloga graduada no Centro Universitário Central Paulista em 2018, com mestrado na área de bullying...
Rua Dona Alexandrina, 1274
São Carlos
Sou psicóloga Vivia Vita (CRP: 115957) Atendimento On-line onde você estiver!
São Carlos, 13560460
Página voltada para a divulgação do meu trabalho enquanto psicoterapeuta e a disseminação do conhecimento produzido pela Psicologia por meio de textos embasados no referencial teór...
Rua Marechal Deodoro Da Fonseca 3666
São Carlos, 13569006
Psicologia Clínica e Psicanálise Online e Presencial
São Carlos, 13561-110
Psicólogo formado na USP - Ribeirão Preto. Pós-graduado em Psicanálise - Suad - RP. Atendimento de todas as faixas etárias na abordagem psicanalítica.
São Carlos, 13561-003
"Dificuldades preparam pessoas comuns para destinos extraordinários". C.S Lewis