Shoiti Urakawa

Dizem que a faixa mais difícil de conquistar em qualquer arte marcial é a faixa branca.

Sair da inércia, arranjar coragem, vencer a rotina e os bloqueios mentais parece o mais óbvio a se prestar, mas a imensa maioria deixa de dar o primeiro passo.

Sou extremante tradicional, levo a vida com rigor, principalmente a profissão. Acho que essa deva ser uma herança parental. Ao mesmo tempo, enxergo a mudança como uma necessidade, a inovação como um ato de sobrevivência.

Não se iluda, tudo que não está crescendo, está encolhendo. O que não está evoluindo e se desenvolvendo, está morrendo.

E você? Está se esforçando para crescer e se desenvolver de alguma forma? Ou está estacionado, simplesmente involuindo?

Espero que ele aprenda a transformar sua jornada num caminho suave em meio a esse mundão!

Tenho um diário para datas importantes. Nele, você tem a oportunidade de processar experiências que está vivenciando com calma, recomendo a prática. E o mais legal, é que ao revisitá-lo, geralmente se surpreende com a pessoa que escreveu, lembra de sensações e emoções que a memória sozinha geralmente costuma nos trair. Essas fotos são dos meus votos de casamento, com alguns erros ortográficos inclusive.

Hoje comemoramos 7 anos de casados. Dizem ser críticos, acho que passamos com folga…rs

Não há um só dia que eu saia de casa e eu não deseje o reencontro, incluindo nesta conta os dias que quero reencontra-la para tão logo me desculpar. Assim tem sido desde que decidimos dividir o mesmo teto, a mesma vida.
Heráclito nos ensinou que nada é para sempre, que só há uma certeza: a de que tudo muda. Fato!

Nesses 11 anos juntos, completando-se 7 de casados hoje, nosso amor mudou, amadureceu, se intensificou, frutificou, mas acima de tudo, melhorou e só cresceu…

Planejamento, planejamento, planejamento…

Quando converso com meus pacientes, costumo dizer que o tratamento de um tumor através das técnicas minimamente invasivas possui precisão milimétrica. Muitos deles riem, mas não há exageros nisso!

Os métodos de imagem como a tomografia e a ultrassografia nos conferem o poder de visualizar detalhes da ordem de um milímetro, e isso faz toda diferença. Podemos visualizar a relação do tumor com estruturas adjacentes e planejar com grande precisão as margens de um tratamento.

Esse “poder” nos traz uma grande responsabilidade e talvez uma obsessão pelo tratamento mais perfeito possível, equilibrando riscos e benefícios, otimizando melhor resultado oncológico com a menor perda funcional.

Por mais momentos como esses com os presentes dos céus!!

Demorou, mas chegou!

Recentemente contei a um grande amigo de infância, e padrinho de casamento, que havia adquirido um novo equipamento de ultrassom. E ele, muito carinhosamente, me fez relembrar de uma história que havia perdido dentro de mim mesmo.

Quando era residente vivia sonhando acordado que compraria um aparelho de ultrassom e iria para o interior, fazer atendimentos, realizar procedimentos, desbravar, tentar mostrar ao máximo de pessoas as vantagens dos métodos minimamente invasivos.

Ao me relembrar disso, me senti muito feliz. Feliz por saber que ainda me inspira tanto fazer o que faço, assim como há 10 anos atrás.

Não se engane não, do lado de dentro é ainda mais linda!

Hoje é o dia dela! Uma pessoa especial, inteligente, esforçada, competente, sensível, carinhosa!

Uma curiosidade? Fala pouco, reservada, mas estranhamente é uma conselheira natural, bastam 5 minutos com ela, que qualquer desconhecido(a) começa a abrir sua vida!! K*k

A melhor mãe que o Dan poderia ter, por sinal, idolatrada por ele.

Adorada pelos pacientes dela.

Minha diva, inspiração diária!

Parabéns, !! Que seus sonhos continuem se concretizando e que você tenha muita saúde para continuar sendo amada por todos nós!

Parabéns a todas e todos estes colegas!

Alguns dos melhores seres humanos que conheço são profissionais da enfermagem. Provavelmente porque nesta área, mais que em qualquer outra, exige-se os melhores sentimentos, as melhores atitudes, os melhores instintos de cuidado, a melhor atenção, sem contar a maior paciência e a maior organização possível.
É comum ouvir de pacientes, que nós médicos somos como anjos em momentos difíceis de suas vidas. Tenho esse mesmo sentimento quase que diariamente por esses profissionais, que além de tanto fazerem pelos pacientes, também arranjam tempo para cuidar dos médicos com tanto afinco!

Visita da mamãe hoje! Pensa numa pessoa de coração genuinamente bom…muito amada!

Aos 80 anos, antes de morrer, Buda Shakyamuni deixou um ensinamento: “Faça de si mesmo a luz…”

Obs: Tirei a foto desta estátua tão simpática no verão de 2015 em Kamakura, Japão.

Depois de bem indicado, 80% do
sucesso de um procedimento ablativo concentra-se em um planejamento minucioso.

Sou obsessivo por detalhes, passo semanas planejando uma ablação, pensando na melhor estratégia, na melhor sequência de passos.

Com o tempo, nosso álbum
de figurinhas vai se completando, o que nos dá mais recursos para o próximo caso, mas todo caso continua a ser único. Ao contrário do que as pessoas pensam, os procedimentos intervencionistas são pouco padronizados e sim muito artesanais, o que nos permite uma infinidade de ações e ao mesmo tempo nos faz enfrentar uma infinidade de decisões a serem tomadas.

Além de detalhes técnicos, temos que otimizar recursos, administrar as dificuldades burocráticas, facilitar a jornada do paciente no hospital, personalizar o melhor manejo álgico, cuidar do bem estar psicológico daquele indivíduo, que muitas vezes está no momento mais vulnerável de sua vida.

Cada paciente possui uma bagagem pessoal, familiar, física, emocional diferentes. E a boa medicina leva em conta todos esses fatores, o que é fantástico para um, pode ser péssimo para outro.

O que indicaria para mim ou para um familiar meu, não necessariamente faz sentido para toda pessoa.

E no fim das contas acho que Carl Jung resumiu com genialidade o mantra para todo profissional da saúde: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.

A comemoração de mais um ciclo foi à luz de vela, pois São Pedro caprichou ontem!

Você não vai acreditar, mas esse olhar era para mim! Quanto vale esse sorriso?!

Esse tem sido meu presente há mais de dez anos! Ja conhece o meu melhor e o meu pior lado. E sempre me surpreendo por continuar me olhando assim! Como sou grato por isso!

Gratidão é uma opção, um exercício, que exige prática e esforço. O ser humano, por natureza, possui muitas fomes, sendo muito fácil nos perdermos nessa jornada.

Sou muito grato por tudo que já ocorreu em minha vida, pelo lar em que nasci, pela família abençoada que me construiu, pelas dificuldades, por todas as pessoas maravilhosas que passaram em minha vida e pelas nem tanto também!

O último ciclo não foi fácil, assim como para muita gente! Perdi parte de mim nesse ano que passou, talvez histórias e sentimentos meus que nem conheci, mas herdei sonhos a serem realizados e ficaram orgulho e muita gratidão para continuar tentando plantar o bem.

Consulta de rotina!!

Tomei umas broncas por alguns maus hábitos, mas o doctor me disse que de resto está tudo em ordem para 2022!!

Uma das revoluções da medicina nos últimos 10 a 15 anos tem acontecido no tratamento das complicações infecciosas pós-operatórias.

Era comum ouvir nos corredores que drenar uma coleção infectada de forma percutânea, guiada por imagem, não era eficiente ou suficiente.

Hoje é impensável um serviço de excelência cirúrgica não contar com um serviço de excelência intervencionista.

Hoje, felizmente, a reabordagem cirúrgica para tratar coleções infectadas restringe-se a casos excepcionais. Avançamos nas técnicas, avançamos nos resultados, avançamos no grau de evidência e avançamos no que mais importa: no cuidado ao paciente!

Conhecimento é poder! Sigamos aprendendo juntos!

Por que fazemos punção de tireoide, em vez de biópsia?

No dia-a-dia, percebo através de muitos pedidos médicos, que mesmo entre colegas, esse é um conceito que não é claro, muito menos para o público leigo!

Sim, são procedimentos diferentes. A biópsia envolve a retirada de um fragmento de tecido, visível a olho nú, em que as células manterão a relação entre elas, a arquitetura original. Já a punção envolve a aspiração de gotas de uma espécie de líquido por uma agulha fina, muitas vezes com aspecto de sangue, rico em células “soltas” e desorganizadas, além de microfragmentos teciduais não visíveis a olho nú.

Retirar um fragmento em vez de gotículas de sangue do interior de um nódulo obviamente é mais mórbido por causar um trauma potencialmente maior, envolve calibre de agulhas maiores e consequentemente maior desconforto durante e após o procedimento, assim como maior possibilidade de complicações.

Além disso, uma das particularidades do diagnóstico do câncer de tireoide é que ele é baseado predominantemente em características da célula e de achados que não exigem a manutenção da estrutura tecidual do nódulo, portanto, retirar um conjunto de células é na maioria das vezes, suficiente.

Em outras palavras, a citologia (estudo da célula) é o nosso padrão-ouro para o estudo inicial do nódulo tireoidiano, e não a histologia (estudo dos tecidos). A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é menos invasiva e suficiente para guiar a melhor conduta na imensa maioria dos casos. O procedimento é amplamente realizado no mundo para triagem dos nódulos de tireoide.

Existe uma grande discussão sobre o papel da biópsia de fragmentos no cenário da tireoide em algumas situações, mas esse é um assunto para uma próxima discussão.

PS: agradecimento especial a super Patologista, Dra Cristina Mitteldorf, sempre nos ensinando conceitos fundamentais com sua caraterística gentileza! .cristina

Pensa numa mulher amada, idolatrada, salve, salve…diva admirada!!

Falando um pouco sobre biópsia de nódulos pulmonares

Em 2021, comemoramos os 100 anos do Hospital Sírio-Libanês.
Literalmente minha vida profissional inteira se desenvolveu ali dentro, uma identificação instantânea com uma filosofia: empatia, compaixão, cuidado.
Princípios que extrapolam qualquer protocolo hospitalar!
A maior riqueza dessa instituição? As pessoas!!
No momento mais difícil da minha vida, senti-me acolhido de uma forma tão generosa por pessoas que representam essa instituição, que só reforçou o sentimento de pertencimento e entrega que sempre tive. Não foi um sentimento de recompensa e sim, reciprocidade!
Parabéns, Hospital Sírio-Libanês! Vida longa!