Imago Dei
Obrigado Senhor, pois mesmo quando tudo parece sem solução, Tu me renova a esperança e me mostra que posso ir além... Artigos de leitura Permanente.
Atendimento Fraterno.
Tenho medo
Tive medo. Saí e escondi o teu talento na terra.
Essa foi a resposta do último dos servos daquele homem que, saindo em viagem, confiou a eles os seus bens, na conhecida parábola dos talentos.
Jesus apresenta diferentes perfis de pessoas no que diz respeito à forma de lidar com os talentos recebidos.
Focando na atitude do último servo, percebemos que sua justificativa se baseou no medo. Imaginou um senhor muito severo. Enterrou o talento para devolvê-lo.
Teve medo de lutar para valorizá-lo.
Há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam.
Acabam se recolhendo na ociosidade, na inação, alegando medo de agir.
Medo de trabalhar.
Medo de servir.
Medo de fazer amigos.
Medo de desapontar.
Medo de sofrer.
Medo de incompreensão.
Medo da alegria.
Medo da dor.
E alcançam o fim do corpo sem passar pelas experiências edificantes que o planeta lhes oferece.
Hipersensíveis, desconfiadas, cheias de suscetibilidades, não constroem as forças da alma.
Na vida, agarram-se ao medo da morte.
Na morte, confessam o medo da vida.
Muitas vezes, a pretexto de serem menos favorecidas pela natureza, transformam-se, gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.
Se você se percebe um pouco assim, se você se encaixa de alguma forma nessas características vez ou outra, esta é uma mensagem de despertamento.
Se você recebeu a mais rude tarefa no mundo, não tenha medo à frente dos outros e faça dela o seu caminho de progresso e renovação.
Por mais sombria que seja a estrada a que você foi conduzido pelas circunstâncias enriqueça-a com a luz do seu esforço próprio no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o senhor.
Se tiver que fazer, faça com medo mesmo.
Se tiver que enfrentar, enfrente com medo mesmo, mas enfrente.
Não coloque as suas sementes em lugar escuro. Não se esconda, não fuja do mundo.
Muitas vezes, atrás do que você chama receio, timidez, reserva, há um pouco de orgulho minando as relações, minando tudo que você pensa e pode fazer.
Não se veja como o centro das atenções a todo instante. Não ache que todos estão avaliando você, julgando-o a toda hora. E se estiverem, o problema será deles.
São eles que gastarão tempo com coisas inúteis. Você, ao contrário, estará multiplicando seus talentos, fazendo a sua parte, com o que tem, com o que pode, sem se comparar a toda hora.
Que possamos ser aquele servo que recebeu cinco e devolveu dez ao senhor. Analisemos, não se trata de obra fantástica, de feito sobre-humano.
Ele apenas duplicou o que recebeu, transformou em algo um pouco maior.
Da próxima vez que uma voz interna lhe disser: Tenho medo, lembre-se da parábola, do servo frustrado. Lembre-se de que não precisa temer.
Se mesmo assim, o medo persistir teimosamente em você, sirva com medo mesmo. Aprenda a conviver com ele, dia a dia.
Descobrirá que aos poucos, você o vencerá porque você é maior, mais precioso do que o seu medo.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Tendo medo,
do livro Relicário de luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 3.7.2024
Remorso e autopunição
Não posso me perdoar. Se eu tivesse chegado antes, teria evitado a tragédia.
Se eu não tivesse falado, isso não teria acontecido.
Essas são expressões que se ouvem, vez ou outra, ante mortes acidentais ou provocadas.
A promotora pública se questiona se foi dura demais ao denunciar as ações equivocadas do colega de trabalho, quando recebe a notícia de que ele optara por fugir da vida, a fim de evitar as consequências dos seus atos.
O marido, que prometera à esposa ir para casa após o show que faria, entra num processo de autopunição porque preferiu ficar com os amigos e fãs até mais tarde, em festa que lhe foi oferecida.
Ela, sozinha no rancho, aproveitou a lua cheia para uma cavalgada noturna, pela propriedade.
Indo além de certos limites, foi surpreendida por terreno lamacento e escorregadio, provocado pelas chuvas intensas do dia anterior.
Sem jamais se saber com exatidão o que aconteceu, a cavalgadura retornara sozinha ao celeiro, enquanto o corpo da senhora foi descoberto, horas depois.
A partir daí, o marido deixou literalmente de viver. Não dá atenção aos três filhos.
Em verdade, como desabafa a menina adolescente: Naquela noite, perdemos nossa mãe e nosso pai. Você deixou de existir para nós, pai, desde então. E não nos permite viver.
Proibiu que cantássemos, que nos divertíssemos, que comemorássemos o Natal. Há dois anos, papai, você morreu com a mamãe.
Mas nós precisamos de você, dos seus cuidados, do seu amor. Precisamos que nos ajude a continuar a viver.
* * *
O remorso é um atestado de desenvolvimento moral do ser. No entanto, deve ser somente a constatação de um ato que deve ser corrigido, tanto quanto possível.
Alimentado, pode ser comparado a uma serpente de mil voltas, que circula em torno do coração e o destrói.
É o remorso que nos acusa, de forma constante, nos fazendo reviver o dito, o feito ou não feito.
Não alimentemos esse sentimento destrutivo. Se algo fizemos errado, que tenhamos a consciência e nos arrependamos.
Se for possível corrigir a falta cometida, o façamos. Mas não nos eternizemos na culpa, mesmo porque, em alguns casos, fazemos muito mal não somente a nós mesmos.
Também àqueles que dependem de nós, que nos aguardam o socorro, o arrimo.
Quanto a denúncias ou comentários que venhamos a tecer a respeito de outros, lembremos que se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá em divulgá-las.
Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas.
Exemplos históricos nos levam a pensar em como a autopunição e o remorso inconsequente somente nos podem infelicitar.
O infeliz Judas, após a traição, busca sua autopunição, retirando-se da vida, infelicitando-se ainda mais.
Pedro, no entanto, tão próximo de Jesus, que O nega por três vezes, redime-se, entregando-se ao próximo, à divulgação da Boa Nova, sem tréguas.
Aprendamos com os bons exemplos.
Redação do Momento Espírita, a partir de cenas do
Filme Guiado pelo luar e no cap. X, item 21, de O
Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec,
ed. FEB.
Da vida, uma prece
Encontramos, no seio de praticamente todas as religiões, o exercício salutar da prece.
Em algumas, tal prática apresenta-se na forma de mantras. Em outras, de cântico. Ou, ainda, de rogativa.
Entretanto, independentemente da forma, a prece sempre tem como objetivo ligar a criatura ao Criador.
A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.
Louvar a Deus significa reconhecer nEle a fonte de toda vida, de toda a Criação. É observarmos tudo o que nos cerca – as plantas, os animais, nosso próximo – e enxergarmos neles a assinatura Divina, o traço que Deus deixa em cada uma de Suas criaturas.
Uma prece de louvor é feita mais do que com palavras. Pode ser expressa em atitudes.
Quando louvamos, reconhecendo, em tudo o que nos cerca, a mão do Criador, torna-se impossível não expressarmos gratidão a Deus por todo amor que Ele nos oferece, em todas as circunstâncias do viver.
Amor esse que se manifesta através das mais variadas expressões: o ar que respiramos, o alimento que temos em nossas mesas, a família que nos acolhe, a casa que nos abriga, os amigos que nos fortalecem.
O companheiro ou companheira que divide a vida conosco, os filhos que nos são dados ao coração, as oportunidades diárias de progresso intelecto-moral, a conquista das virtudes que nos aproximam da paz e da felicidade.
E, quando brota em nossas almas o sentimento que nos leva a louvar e a agradecer, o gesto de pedir modifica-se.
Nossas rogativas já não são mais baseadas nas ilusões da matéria, nem tampouco no orgulho que confunde nossas escolhas.
Nossas decisões tornam-se mais maduras, pois começamos a compreender as leis que regem toda a Criação.
Já não mais rogamos a Deus que solucione nossos problemas, dificuldades e sofrimentos.
Antes, pedimos ao Senhor da vida que nos conceda a sabedoria, a resignação e a humildade para que, além de poder superá-los, possamos aprender com as preciosas lições que acompanham cada momento.
Entrarmos em comunicação com Deus significa fazermos, diariamente, de nossa vida uma prece.
E a prece se faz em cada gesto de abnegação, de renúncia, de fé.
A prece se faz quando olhamos para aquele que sofre, para aquele que passa fome, para aquele que não tem onde morar e, desinteressadamente, lhe estendemos a mão que ajuda, o ombro que consola, o abraço que afaga, a palavra que une.
A prece se faz quando perdoamos quem nos fere e somos capazes de pedir perdão àquele que ferimos.
A prece se faz quando nos reconhecemos parte integrante de toda a Criação, de todo o equilíbrio universal e, dessa forma, tomamos para nós a responsabilidade de contribuirmos para a construção de um mundo melhor.
* * *
Na oração a criatura suplica e se apresenta a Deus. Pela inspiração profunda e reconfortante responde o Senhor e se revela ao aprendiz.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com citação do item 659,
de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB e
pensamento final do verbete Oração, do livro Repositório
de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 25, ed. FEP.
Em 27.2.2024.
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Autógrafo de Deus
Autógrafo é a assinatura original, de próprio punho, do autor de alguma obra.
Assinam seus quadros os pintores. No entanto, melhor do que a sua assinatura, o que diz se o quadro é verdadeiramente daquele pintor é o seu estilo.
Quem quer que se aprofunde pelo conhecimento da arte, poderá, ao admirar uma tela, afirmar do seu autor. E identificar, inclusive, se for o caso, a que período da vida artística daquele pintor corresponde.
Quem escreve um livro, define-se por uma forma de escrever e, a partir daí passará a ser conhecido. Naturalmente, coloca seu nome na obra.
Mas, mais do que isso, identifica-se pelo estilo e a forma com que desenvolve o seu pensamento, ao transpô-lo para o papel.
Cada artista tem sua maneira peculiar de se identificar no seu trabalho.
E é assim que ele é conhecido e admiradas as suas produções, através dos tempos.
Quando nossos olhos se extasiam ante a prodigalidade da natureza; quando nossos ouvidos se deliciam com os sons dos rios cantantes, com o murmúrio da fonte minúscula, com as águas que descem pelas encostas, despejando-se ruidosamente de alturas; quando o vento flauteia uma canção entre os ramos ou agita com violência o arvoredo; quando o sol se pinta de ouro e tudo enche de luz por onde se espraia; quando o céu se faz de tonalidades mil, indefiníveis, num amanhecer indescritível; quando tudo isso acontece, todo dia, a cada dia... procuramos o Autor. E a assinatura.
O inacreditável do grandioso e das coisas minúsculas, tudo obedecendo a idêntico esmero, diz-nos da qualidade do Artista.
A diversidade de tons, de sons nos fala de um Alguém superlativamente criativo, pois que há bilhões de anos não reprisa um pôr de sol, nem o cristal da gota de orvalho, nem a combinação dos gorjeios da passarada.
Cada dia tudo é diferente. O sol retorna, as nuvens se espreguiçam, a pradaria se estende, alongando sua colcha de retalhos de cores diversas, bordadas cá e lá de flores miúdas... Mas nada é igual.
As folhas nas árvores estão em número maior ou menor, a sinfonia das águas acabou de ser composta, os pássaros balançam-se em outras ramagens.
Sim, o artista responsável pelo concerto do dia e da noite é extraordinário.
Os homens afirmam que jamais O viram. Mas todos podem admirar Sua obra. Mesmo aqueles que Lhe negam a existência.
Esse Artista inigualável assina a delicadeza das manhãs com o pincel da madrugada.
Podemos descobrir Seu autógrafo na tela do firmamento, no brilho das estrelas.
Podemos descobrir Sua escrita nas flores dos campos, dos jardins, das montanhas.
Ele é tão grande que a tela onde cria as Suas maravilhas vive em expansão.
Mas onde esse artista coloca Sua mais especial assinatura é na essência de cada um dos filhos que criou.
Ela está em cada um de nós e se chama Imortalidade.
Pense nisso. Você é o mais especial autógrafo de Deus.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 16 e no
livro Momento Espírita, v. 9, ed. FEP.
Em 8.2.2024.
CARNAVAL.
Muitas são as justificativas para, "fazer" carnaval. Muitos, dentro de sua limitada formação afirmam; a pessoa descarrega suas energias negativas, seus recalques, esquece os problemas, esquece suas fobias, etc...A idolatria ao sensualismo, aos etílicos, as fantasiosas imagens primárias e pitorescas, a hipnóse "daquilo" que chamam música, a embriagues dos sentidos, acabam levando o ser humano a retroceder ao seu primarismo primitivo, prostituindo a economia, a filosofia, a educação e todos os supostos valores, creditados, adquiridos até os presentes dias.
O livre arbítrio tem um preço muito caro, quando usado de forma não correta. Pedimos a todos de bom senso, aqueles que trilham os caminhos CRÍSTICOS, que mantenham a VIGILÂNCIA E A PRECE, para que no sagrado silêncio, dos seus templos, auxiliem no equilíbrio das vibrações radiantes sobre as deletéreas. (Imago Dei) Ver menos
Ameaça à Paz
Irrompe o ano de 2024 com a paz mundial mais ameaçada do que sempre.
Os conflitos armados tendem a se generalizar mais do que sempre estiveram.
Desde muito, tudo se tem feito para que os homens, protagonistas de confrontos armados entre as nações, façam definitiva opção pela paz.
Todavia, insanidade difícil de ser diagnosticada, e tratada, a pouco e pouco, vem se impondo ao bom senso – a loucura quase que se generaliza...
Infelizmente, sequer se carece, seja na Terra ou no Mais Além, de se possuir o dom da profecia para o que simples operação matemática aponta...
Os apelos à paz se antecedem em vinte séculos aos brados estranhos que intentam fazê-los silenciar, qual se tentou e, todos os dias, ainda se tenta, desde o episódio do Calvário.
O Cristo jaz esquecido, inclusive por muitos que Nele falam em todos os idiomas e lhe dobram os joelhos, mas não a cerviz.
Longe de nós, contudo, o pessimismo e a desesperança.
Porfiaremos no bom combate.
Hastearemos a bandeira da fraternidade.
Insistiremos, à exaustão, para que a Humanidade como um todo se detenha em sua corrida desenfreada ao abismo em que parece querer se precipitar...
A verdade é que a evolução não tem como deixar de joeirar.
Não sejamos nós, no entanto, os instrumentos da desventura a quem seja.
Por mais densa a treva não deixemos de fazer luzir a nossa pequenina candeia.
A Justiça Divina é com o Criador, e não conosco, que, se não podemos calar a boca dos canhões, devemos percorrer os campos de guerra estendendo auxílio aos mutilados por eles – o nosso dever é procurar, por todos os meios lícitos, estancar a hemorragia para que os que sangram não pereçam!
Dias sinistros se prenunciam no horizonte...
Apressemo-nos para que “aqueles dias” sejam abreviados, e que os eleitos façam aquele tempo ser encurtado.
Os nossos irmãos encarnados perguntam por nós, querendo saber o que estamos fazendo, e lhes dizemos que, com o Senhor, andamos fazendo o que nos é possível dentro do que o livre arbítrio humano nos permite e a nossa diminuta capacidade de influenciação para o bem nos possibilita.
Pena que não possamos mais...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 21 de Janeiro de 2024.
Bom dia.
Quando Jesus nos convida
Quando o Mestre esteve fisicamente entre nós, escolheu aqueles que deveriam dar continuidade ao ministério da divulgação da Boa Nova.
Às margens do lago de Tiberíades, convida o pescador Pedro e seu irmão para que se tornem pescadores de homens. Pedro haveria de se transformar exatamente na pedra sobre a qual se apoiaria a comunidade nascente.
Em manhã de sábado, vai ao encontro do publicano Mateus, na coletoria de impostos, convidando-o a segui-lO.
E será exatamente esse Levi Mateus que tomará as primeiras notas a respeito do Evangelho do Reino de Deus que o Mestre viera instalar na Terra.
Onde encontrasse alguém de boa vontade, com o espírito de serviço, Jesus realizava o convite.
Assim, no poço de Jacó, perto da cidade de Sicar, Ele mantém um diálogo com uma mulher samaritana, revelando-se a ela como sendo o Messias ardentemente aguardado pelo povo.
Oferecendo-lhe a água viva, para que nunca mais tivesse sede, convida-a a retificar seu caminho, instruindo-a a cultuar Deus em Espírito e Verdade, no altar do coração.
Em outra oportunidade, entrando na cidade de Jericó, escolhe hospedar-se na casa do coletor de impostos Zaqueu, ali ofertando a mensagem da Boa Nova a ele, sua família e seus convidados.
Mais tarde, Zaqueu se tornaria colaborador em uma comunidade de Cesareia.
Para divulgar a Boa Nova a todas as gentes, fala Jesus, diretamente, com Saulo de Tarso, às portas da cidade de Damasco.
Lembra a ele dos compromissos assumidos, antes do nascimento. E o perseguidor dos seguidores do Rabi se torna seu mais expressivo arauto.
A muitos outros chamou Jesus para segui-lO. Alguns aceitaram, outros não. E muitos dos que foram beneficiados com a cura das enfermidades do corpo e da alma se tornaram divulgadores da Sua mensagem de esperança e paz.
* * *
Hoje, prossegue Jesus a realizar o Seu convite generoso, que envolve segui-lO, abraçar o fardo suave e o jugo leve.
Por vezes, entendemos que isso nos confere a possibilidade de termos menos dificuldades a enfrentar na vida.
Contudo, seguir Jesus significa entender porque nascemos, porque estamos na Terra neste exato momento, como nos devemos portar frente aos embates do cotidiano.
E o grande convite do Homem de Nazaré é para que sejamos bons pais, bons filhos, bons cônjuges, bons profissionais, bons vizinhos, bons amigos.
Ele nos solicita engajamento na luta contra o homem velho, que ainda carregamos, com as chagas do orgulho, do egoísmo, da inveja, da vaidade, do ciúme, do personalismo e da indiferença ao sofrimento alheio.
Ele nos convida a sermos Seus cooperadores no amparo aos menos afortunados, estendendo braços amigos aos desesperançados.
Para tanto, nos encaminha corações aflitos para que lhes ofereçamos a palavra amiga, o conselho amoroso e sem julgamento.
Atendamos ao convite do Celeste Amigo.
Se, nos dias primeiros da divulgação da Boa Nova, era exigido dos seus seguidores o martírio e a morte, em muitas circunstâncias, hoje, o que Ele nos pede é o sacrifício da nossa cooperação, no altar da nossa compaixão.
Redação do Momento Espírita
Em 29.12.202
Desencarnação e Mudança
Muitos acham que a desencarnação possa promover, no espírito carente de aperfeiçoar-se, súbita mudança na personalidade – principalmente, claro, naqueles que têm oportunidade de constatar os equívocos que, porventura, tenham cometido na Terra.
Enganam-se.
Alguns poucos, de fato, adquirindo certo nível de conscientização com o seu desenlace do corpo grosseiro, são levados a efetuar mais sérias reflexões em torno da necessidade de mudança comportamental, incluindo mudança de valores, de hábitos, e até mesmo de ideias.
Não obstante, as mudanças substanciais, de natureza íntima, não acontecem simplesmente porque o espírito tenha se transferido de Plano existencial.
Com esmagadora maioria da população terrestre o que acontece, no fenômeno da desencarnação, talvez, não seja nem mesmo mudança extrema de endereço, já que ela continua residindo quase em justaposição, ou sobreposição, ou ainda, muitas vezes, em “subposição” ao endereço em que reside.
Raros são os homens que, em deixando a Crosta, sabem ou passam a saber que se transferiram de domicílio, e que, verificando que a morte não existe, necessitam rever os conceitos em que, secularmente, vêm fundamentando a existência...
E mais raros, por exemplo, os que se revelam dispostos em abrir mão de pontos de vista em que se cristalizam no atendimento a interesses de ordem particularista.
Deste Outro Lado, muitas das objeções que os encarnados fazem à respeito da Vida além da morte, são feitas também pelos desencarnados que não admitem a morte como sendo “desencarnação”, e prosseguem negando a possibilidade de, um dia, regressarem ao corpo grosseiro, de ascenderem a outras Dimensões, ou ainda negando que possam ser chamados a habitar uma das múltiplas moradas da Casa do Pai na imensidão sem fim do Universo.
O assunto é complexo e, no campo ético, a questão matemática de que dois mais dois são quatro não pode ser aplicada.
Assim é que muitos e muitos, infelizmente, em desencarnando, não logram desencarnar o pensamento, partindo-se do pressuposto de que ele, literalmente, carece de submeter-se ao fenômeno liberatório.
Alguns espiritistas, nossos confrades, ainda não alcançaram a concepção de que o desenlace do corpo não é mais que o desenlace do corpo, e que o despertar do espírito, onde quer que ele esteja, é processo lento que envolve esforço, sofrimento, vontade, maturação...
A semente no ato da germinação, que pode, grosseiramente, ser comparado ao desenlace, apenas perde a casca que a envolve para que, por fim, possa crescer, inundar-se de luz e dizer ao que veio.
Por sobre a Terra, ao lado de nossos irmãos encarnados, perambula uma verdadeira multidão dos “sem corpo”, inconscientemente ansiando por um novo berço – o que, para eles, acontecerá de maneira mecânica, por mera ação da Lei do Renascimento.
E, em não acontecendo, com o tempo, dando sequência ao fenômeno migratório que já vem ocorrendo no orbe planetário, esses integrantes da multidão dos “sem corpo” serão compelidos, ou tangidos, com naturalidade, a buscarem para si outras plagas onde se sintam aclimatados.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 17 de Dezembro de 2023. (*)
Bom dia
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Eu Vou Lhes Dizer
Nem sempre o espírito, ao reencarnar, possui a necessária lucidez, ou mérito, para escolher o novo corpo a ser habitado.
Para a maioria, o que funciona é a Lei de Causa e Efeito.
Todavia, não raro, o espírito, com necessidade premente de reencarnar – por n motivos –, reencarna no corpo que, para tanto, lhe oferece a possibilidade.
Assim, pode ser que o espírito com psiquismo acentuadamente feminino reencarne em corpo masculino, e vice-versa.
Sabemos que, não sendo assexuado, o espírito é portador de todas as condições se***is existentes.
A sexualidade, ou força erótica, está presente em tudo o que é criado – até mesmo, semelhante atração, pode ser encontrada nos átomos.
Portanto, não há aberração se, por exemplo, em corpo feminino o espírito revela tendências masculinas, e vice-versa.
Tudo é elemento de aprendizado.
O que, muitas vezes, se reputa como sendo manifestação de “carma”, nada mais é do que consequência da imperfeição do ser.
Um homossexual pode, sem dúvida, ser espírito muito mais evoluído do que outro considerado hétero.
O espírito encarnado que, porventura, se sente em corpo “invertido”, tem todo o direito de se valer da Ciência para adaptá-lo às tendências mais íntimas.
A questão da degradação moral é problema de outra natureza, de vez que atinge os espíritos em todas as condições se***is.
Aliás, existem perversões mais graves do que as que se restringem à questão sexual.
A sexualidade, em verdade, tem importância relativa, porque somente o amor tem importância absoluta.
Na Humanidade, o amor da criatura por si mesma, denominado “egocentrismo”, ou egoísmo, é o seu maior mal – o mal de que se origina os demais males que acometem a sociedade.
A Lei da Evolução não consulta os espíritos sobre as suas hipocrisias.
Dentro de pouco tempo, conforme já anunciado, crianças nascerão em laboratório, livres, inclusive, do ventre materno.
Assim, haverá, ao reencarnar, maior independência psicológica do espírito, que, durante a gestação, não deixa de sofrer com os impactos que recebe – estamos nos referindo aos impactos de natureza negativa, de vez que, felizmente, também os temos positivos.
As tendências se***is mais íntimas do espírito encarnado podem se manifestar de acordo com a influência do meio, ou mesmo com o passar do tempo na encarnação, face aos problemas afetivos que venha a enfrentar.
Eis, em síntese, o que desejava lhes dizer, ficando, é claro, ainda muito mais a ser dito.
Moralistas – os falsos – não devem sequer colocar os olhos sobre este post.
A sua opinião não nos interessa, e será, de imediato, direcionada à lata de lixo.
Nada haverá de deter o progresso da Ciência, e a verdade é que, nos Mundos Superiores, todas as possibilidades se***is do espírito se exteriorizam em sua capacidade de amar.
Deus não é somente Homem, e tampouco apenas Mulher.
Deus é Tudo e um pouco mais, ao infinito.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 3 de Dezembro de 2023.