Astrolux
Empresa produtora de cannabis medicinal com alto teor de THC para a industria farmacêutica global
Para ver no final de semana, documentário imperdível.
Illegal, A vida não espera.
De um lado, uma menina de 5 anos com uma forma de epilepsia rara, grave e sem cura. Do outro, uma substância derivada da maconha que acaba com as convulsões da criança. Entre as duas, uma lei que torna o tratamento impossível. A luta de uma mãe para garantir à sua filha o direito à saúde, e como seu exemplo deu origem a um movimento nacional pela legalização da cannabis medicinal.
Bom final de semana.
Nos animais os efeitos também podem ser satisfatórios para aliviar a dor, diminuir a ansiedade, aliviar problemas gastrointestinais e reduzir convulsões de cães e gatos.
No entanto, o Brasil restringe esse tipo de tratamento com o uso medicinal do CBD, mesma a substância podendo trazer benefícios para os animais.
Em alguns casos analisados, foi constatado que cães com dor crônica de artrose, que não obtiveram alívio com medicamentos anti-inflamatórios, conseguiram f**ar mais confortáveis para se movimentar alguns dias depois do início do CBD.
Ainda não existem muitas pesquisas sobre os efeitos da cannabis em animais de estimação para segurança, dosagem apropriada e eficácia. Sobre garantias da pureza dos ingredientes dos produtos de cannabis, não se pode garantir devido à falta de regulamentação e organização governamental para controlar e fiscalizar a qualidade desses produtos.
Como ainda não existe uma legislação que ampare a prescrição dos produtos à base de cannabis em animais, a recomendação do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) é que o médico veterinário apresente o diagnóstico do paciente ao Poder Judiciário para conseguir por meio de uma autorização judicial a permissão para prescrever o medicamento, assim garantindo a segurança jurídica do exercício profissional da Medicina Veterinária.
Por redação da
A insônia é um distúrbio persistente que prejudica a capacidade de uma pessoa adormecer de permanecer dormindo durante toda a noite.
A boa notícia é que estudos com Cannabis têm sido feitos em cima desse tema que tem cada vez mais recorrência.
Já é sabido que o CBD melhora a inflamação corporal e em consequência, alivio da dor e tranquilidade para o sistema nervoso.
Em uma publicação do The Permanente Journal, em uma clínica psiquiátrica, os pesquisadores acompanhara 72 pessoas com ansiedade e problemas do sono durante 3 meses.
O resultado foi que a ansiedade diminuiu no primeiro mês em 57 pacientes (79,2%) e permaneceram diminuídos durante a duração do estudo.
Os de sono melhoraram no primeiro mês em 48 pacientes (66,7%), mas flutuaram ao longo do tempo.
Foi verif**ado verif**ado que que o CBD foi ef**az para acalmar a ansiedade, não para dormir, mas relataram sensaçao de mais descansados.
Freqüentemente, o CBD foi empregado como um método para evitar ou reduzir os medicamentos psiquiátricos e nesta avaliação, o CBD parece ser mais bem tolerado do que os medicamentos psiquiátricos de rotina.
A maioria dos pacientes apreciou a oportunidade de experimentar algo natural e evitar o uso inicial ou posterior de medicamentos psiquiátricos.
Sabemos que praticar higiene do sono é importante e complementar.
Consultar um médico e avaliar a dose é fundamental.
Vamos torcer para mais estudos e assim melhor qualidade de vida para todos que precisam.
C A N N A B I S N O E S P O R T E !
Que essa planta poderosa ajuda e muito na qualidade de vida de algumas patologias a gente já sabe.
Mas você sabia que ela também pode ajudar no desempenho de atletas ?
A cannabis pode ser útil para os atletas, pois melhora o relaxamento muscular, reduz a ansiedade e remove os medos passados da memória, levando a um melhor desempenho !!
Veja que interessante os benefícios na dor, inflamação, concentração e recuperação.
A L Z H E I M E R
Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa, incurável e que se agrava ao longo do tempo. Contudo, ela pode e deve ser tratada.
Afeta aproximadamente 30 milhões de pessoas em todo o mundo e quase todas suas vítimas sao pessoas idosas. A doença se apresenta com demência, perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte das células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.
Não se sabe o motivo pela qual a doença de Alzheimer ocorre, mas sao conhecidas algumas lesões cerebrais características desta enfermidade, como a presença de placas que se formam no cérebro a partir da produção anormal de uma proteína chamada beta-amilóide e da aglomeração da proteína tau. Essa última responsável por formar ¨nós¨ de fibras nos neurônios.
Inúmeras pesquisas têm demonstrado que o THC diminui a produção de placas beta-amiloides e reduz seu acúmulo no cérebro. O canabidiol CBD, por possuir potente ação anti-inflamatória, neuroprotetora e antioxidante, também tem se tornado alvo de investigações científ**as. O que já foi confirmado é que ele alivia alguns dos sintomas da doença, especialmente a agitação e a agressividade. A literatura médica atual relata consistentemente que o sistema endocanabinóide está associado ao Alzheimer.
Os canabinóides podem ajudar a proteger e a estimular a formação de novos neurônios no cérebro, melhorar o humor, o apetite, o sono, reduzindo o stress, a ansiedade e a agressividade, bem como os sintomas relacionadas à demência, como os distúrbios de comportamento.
Que esses pacientes possam através da Cannabis medicinal, viverem por mais tempo e com qualidade de vida !
Como em qualquer outra enfermidade, um médico deve ser consultado para avaliar e sugerir um tratamento personalizado.
Fonte: Livro Cannabis Medicinal - Dr Mario Grieco
JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE | Os produtos de cannabis disponíveis nas farmácias, bem como os autorizados pela Anvisa para importação, são vendidos a preços que fogem da realidade da maior parte da população. E como esses medicamentos ainda não estão disponíveis na rede pública de saúde, resta aos pacientes judicializar o acesso ao tratamento.
Um exemplo dessa judicialização pode ser visto em Catanduva (SP). Segundo O Regional, a prefeitura catanduvense gastou quase R$ 340 mil nos últimos quatro anos em produtos derivados da maconha para atender decisões judiciais em favor de pacientes.
Acesse o link no perfil da para ler a matéria completa.
4 PRINCIPAIS FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO DA CANNABIS
Uma planta que traz com ela muito poder além de versatilidade, pode tratar muitas patologias e também pode ser administrada de maneiras diferentes, sendo que para cada via se faz uma escolha dentre as opções dependendo da necessidade do paciente.
Os mais populares são os óleos, divididos entre os full-spectrum, que contêm todos os fitocanabinóides da planta, incluindo CBD e THC, além de terpenos e canaflavinas; os broad-spectrum, que trazem todos os elementos do anterior, menos o THC; e os isolados, que apresentam apenas um canabinóide na composição.
As 4 mais utilizadas são:
Óleo = absorção e efeito rápido e tempo de ação mais prolongada. dosagem controlada mais facilmente. rota de administração de escolha pelos médicos para a maioria das patologias
Cápsulas = menos utilizadas pelos médicos, podem ser utilizadas quando a dose é estabilizada. por serem mais fáceis de transportar e não terem gosto, são uma opção relevante. demoram, em média, 60 minutos para fazerem efeito – mas elas podem durar horas.
Vaporização = como o tempo de ação é mais rápido e a duração mais curta, pode ser usado para tratamento de câncer que precisam de ação rápida no controle da náuseas e vômitos que a quimioterapia induzidos pela quimioterapia.
Tópico = efeito localizado, anti-inflamatórias e antioxidantes tem sido bastante utilizado entre esportistas e também para psoríase, dermatite atópica e eczema.
A disponibilidade da via do paciente, adaptação ao medicamento e o custo do produto são levadas em consideração pelo médico ao prescrever a cannabis.
A dosagem não é universal e deve respeitar a análise clínica, sintomas e interações medicamentosas. Por isso, o acompanhamento individual do prescritor é importante para avaliar se o meio e a dosagem estão adequados para o tratamento.
Além de cada um reagir de uma forma, uma vez que o sistema endocanabinóide é diferente em cada pessoa, é preciso avaliar o que faz sentido no momento.
Cannabis medicinal: pesquisa em saúde justif**a ir além
Temos de ser pautados pela boa ciência, sem nos deixar levar por resistências
Por Claudio Lottenberg 19 out 2022, 14h59
Os Estados Unidos aprovaram em 2018 o primeiro medicamento à base de cannabis. O Epidiolex foi aprovado para tratar pacientes com síndrome de Dravet (disfunção genética cerebral que surge no primeiro ano de vida) e síndrome de Lennox-Gastaut (forma de epilepsia que surge na primeira infância - entre 3 e 5 anos). Mas não começa em 2018 a história do uso medicinal da planta: em 1996, o Estado da Califórnia já havia aprovado. Na Europa, Noruega, Suécia, Finlândia, Alemanha, Suíça, Itália e Portugal têm seus programas de cannabis medicinal e França e Irlanda testam os seus.
No Brasil, no entanto, o ritmo é incerto. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já autorizou 18 medicamentos à base de cannabis. O CBD (canabidiol) beneficia milhares (considerando apenas no Brasil) de pacientes que sofrem de condições clínicas como depressão, esclerose múltipla, dores crônicas, doenças de Parkinson e Alzheimer. Muitos deles já fazem terapia com a substância, o que nos preocupa é a nova norma do CFM (Conselho Federal de Medicina), divulgada no último dia 14, que restringe a prescrição de CBD para quadros outros que não os de epilepsia )e mesmo aí há restrições.
A cannabis e seu emprego medicinal são alvo de barreiras que não são estritamente científ**as. Preconceito não vai bem com ciência – e como o que existe contra o canabidiol, há outros ainda por vencer. E por trás deles podem estar formas de alívio sequer imagináveis hoje para quem sabe quantos problemas de saúde. Uma frase atribuída a Benjamin Franklin diz: ¨Tudo o que você quer está do outro lado do medo¨. No campo da saúde, isso certamente é um incentivo e tanto.
Matéria completa .lottenberg
Só de falar esse nome já dá uma sensação boa no nosso sistema !
Anandamida, é um neurotransmissor endógeno (produzido pelo corpo), assim como a serotonina, endorfina e dopamina. Conhecida como a substância da felicidade, seu nome deriva da palavra sânscrita “ananda” que signif**a alegria, êxtase, felicidade suprema. Fundamental para o bom funcionamento do sistema endocanabinoide e para a manutenção da homeostase no corpo humano.
É a substância mais conhecida no sistema endocanabinoide, descoberta há quase 30 anos pelo professor israelense Raphael Mechoulam e sua equipe, descreveu e nomeou o que podemos de chamar de “maconha do cérebro”, a anandamida, uma substância que produz efeitos analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos. Esses efeitos conferidos pela anandamida se assemelham aos do canabinoide THC (Tetrahidrocanabinol), o composto psicoativo da Cannabis, responsável por dar a “alta”.
Essa substância endógena produzida pelo cérebro, a partir do metabolismo de um tipo de ácido graxo, o ômega 6, pode ser estimulada para que seus níveis sejam aumentados, potencializando os benefícios no cérebro. Ela faz parte do Sistema Endocanabinoide e se conecta com os receptores canabinoides, o CB1 e o CB2, atuando no sistema nervoso central e periférico, respectivamente.
Por atuar nesses sistemas, a anandamida age na regulação de funções psicológicas e fisiológicas como a memória, a atividade cardíaca, o sono, a ansiedade, o apetite, o estresse e a depressão. Os canabinoides seriam aliados dessa substância, ajudando na modulação dos sistemas e combatendo o surgimento de diversos tipos de problemas de saúde e promovendo efeito terapêutico quando a doença ou distúrbio se apresentam.
Os resultados das pesquisas feitas por essa equipe, apontaram que “a anandamida em dose baixa melhorou a ingestão alimentar, a função cognitiva e reverteu algumas das alterações de neurotransmissores causadas pela restrição da dieta, podendo ter implicações para o tratamento da anorexia nervosa associada até síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e câncer, para alterações de humor às vezes associadas à dieta e, em casos extremos, de pacientes com anorexia.”
Outro exemplo de estudo que mostra os efeitos benéficos da substância no cérebro é em caso de tratamento de TEPT (Transtorno Pós-Traumático).
Dores neuropáticas causadas por complicações da diabetes também podem sofrer influência da anandamida, principalmente em casos refratários (aqueles que não respondem aos tratamentos convencionais).
O estudo realizado em camundongos diz que “os resultados demonstraram propriedades antinociceptivas (que anulame ou reduzem a percepção e transmissão de estímulos que causam dor) de amplo espectro dos canabinoides em um modelo de neuropatia diabética dolorosa quando administrados perifericamente. A ativação periférica dos receptores canabinoides CB1 e CB2 parece mediar o efeito antinociceptivo da anandamida.”
Portanto, a ciência têm mostrado evidências do poder terapêutico da anandamida no organismo e como a Cannabis pode estimular essas moléculas, colaborando com a automodulação do organismo e tratando doenças dos mais diversos aspectos e origens.
Fonte: Dr Cannabis
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Conselho Federal de Medicina atualiza resolução sobre uso de derivados da cannabis
A nova normativa denominada 2324/2022, gerou certa insatisfação por parte da classe médica, que criticou a falta de respaldo com os profissionais de saúde e pacientes que dependem da terapia canábica
14/10/2022
Por João R. Negromonte
O Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgou hoje (14) no Diário Oficial da União (DOU) parecer sobre a atualização da resolução 2113/2014, que dispõe sobre o uso compassivo do canabidiol (CBD), composto da planta cannabis, para crianças e adolescentes com epilepsia refratária, isto é, resistente aos tratamentos convencionais.
A nova normativa, chamada de 2324/2022, causou indignação por parte de alguns profissionais de saúde, que criticaram o retrocesso da pauta. Agora, segundo o próprio documento divulgado no DOU, f**a autorizado a prescrição do CBD como alternativa médica se indicado para o tratamento de jovens e crianças com Epilepsia refratária, Síndrome de Dravet, Lennox Gastaut e no Complexo de Esclerose Tuberosa, isto é, aumentando o número de doenças permitidas, mas ao mesmo tempo restringindo o potencial do tratamento no qual apresenta bons resultados, como dor crônica, Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, fibromialgia, dentre outras.
Outro ponto importante na norma é que f**a proibido ao médico a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, bem como quaisquer outros derivados que não o canabidiol.
Para o neurocirurgião e diretor científico da plataforma, Dr. Pedro Pierro: “O uso dos outros canabinoides como o THC, o CBG e o CBN, além dos estudos sobre o tratamento de outras patologias, foi simplesmente ignorado, o que causa prejuízo aos pacientes que dependem dessa alternativa”.
Para o médico, a resolução impede que os profissionais habilitados para o tratamento com derivados de cannabis possam ministrar palestras sobre o tema fora do ambiente científico, o que não faz muito sentido.
Quem também deu seu parecer sobre o assunto foi o médico ortopedista Dr. Ricardo Ferreira, especialista em cirurgia da coluna e dor: “É surpreendente e estarrecedor que o nosso conselho de classe continue de olhos fechados para as evidências do mundo real que mostram quanto os derivados da cannabis são capazes de mudar positivamente a vida de muitas pessoas portadoras de diversas doenças altamente incapacitantes como dores crônicas, doenças autoimunes e outras síndromes neurológicas, além da epilepsia”. O profissional destaca também que em países onde a medicina de qualidade é oferecida a praticamente a totalidade da sua população, como Canadá, Holanda, Alemanha e Israel, além de já permitirem o acesso a cannabis como medicamento há muitos anos têm buscado novas regulamentações para redução de custo e popularização do uso medicinal da planta e seus derivados. “Será que eles estão errados? E, se estão, por qual razão continuam a ampliar o acesso à cannabis?” questiona Ferreira: “É no mínimo lamentável e contraditório um conselho, que se diz protetor da liberdade e autonomia dos médicos, publique uma resolução que tente restringir a capacidade dos médicos em ajudar seus pacientes”, conclui
Já para o anestesiologista e coordenador da Câmara Técnica de Dor e Fibromialgia da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (SBEC), Dr. Mauro Araújo: “a resolução do CFM está indo de encontro à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Como f**am os pacientes que estão tendo resultados positivos? Vão ter que parar os tratamento?”
Há algum ponto positivo na resolução do CFM?
Lembrando que, na antiga norma, apenas os médicos especialistas em neurocirurgia, neurologia e psiquiatria poderiam prescrever o canabidiol. A nova resolução, como destaca Tarso Araujo, presidente da diretoria executiva da BRCann, Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides,, apresenta um pequeno avanço.
“A medida que ela extingue a restrição de especialidades médicas que podem prescrever a cannabis para uso medicinal, pode se dizer que temos um progresso,” diz Tarso. Contudo, ao dizer para quais indicações os produtos podem ser prescritos, gera-se uma certa contradição, pois tal regra vale apenas para os produtos de cannabis, não havendo esse tipo de restrição para nenhum outro medicamento.
Para ele, tal atitude fere de forma grave a autonomia do profissional médico, já constava na antiga resolução (2113/14) e não foi alterada nesta nova determinação (2324/22).
“A comunidade médica está indignada em perceber que o CFM produziu uma atualização da norma e não foi capaz de solucionar as inconsistências que ela tinha,” revela e.
Visão jurídica
Segundo o advogado, coordenador jurídico das associações de pacientes AMME/PE e SantaCannabis/SC, Ladislau Porto, o que chama atenção foi o pouco que se mudou em relação à prescrição destes produtos, mantendo-se, de certo modo, as mesmas regras para aplicação desse tratamento em determinadas doenças. Outro ponto, é que a decisão de não poder receitar o produto em sua forma natural, isto é, in natura, vai de encontro com a decisão da Anvisa, que por meio da RDC 660/22, permite a importação desses produtos mediante autorização médica.
“Não podemos esquecer também, que o profissional médico que tem bons resultados com essa terapia ser privado de poder compartilhar essas experiências com outros colegas ou mesmo pacientes por meio de palestras ou lives, por exemplo, é um tanto quanto duvidoso da parte do conselho e viola a lei de acesso à informação” ressalta Porto.
Para Emílio Figueiredo, advogado especialista em salvo conduto que defende a causa canábica, houve um retrocesso em relação à resolução de 2014: “quando o CFM se propôs em revisar a norma, pensei que teriam uma postura mais progressista sobre a pauta, reconhecendo o fato social de que a cannabis vem sendo utilizada como ferramenta terapêutica para diversas doenças e prescrita por várias especialidades médicas não só no Brasil”. ”
Contudo, não foi exatamente isso que aconteceu, o que se teve foi mais restrições segundo o advogado. “Eles entenderam que o profissional médico não tem autonomia para escolher o tratamento mais adequado para outras doenças que não sejam aquelas elencadas pelo relatório, violando o exercício médico”.
Casos reais
Recentemente, um paciente que sofre com depressão foi autorizado pela Vara Criminal Federal de São Paulo a cultivar cannabis em sua casa para fins terapêuticos. Gabriel Augusto Z conseguiu a liminar da justiça. Ele revela que ao longo de sua vida fez uso de diversos medicamentos para combater os sintomas causados pelo transtorno, mas somente o uso medicinal da cannabis demonstrou resultado.
“Há pouco tempo entendi, depois de muita terapia e estudos pessoais que, assim como outros membros da minha família, tenho Borderline Personality Disorder. A depressão e a insônia são sintomas provenientes deste transtorno e junto da flutuação de humor, ansiedade e hipersensibilidade, torna-se extremamente difícil levar uma vida produtiva. A cannabis medicinal me ajuda com todos estes sintomas, de forma que me sinto mais estável e provém um bem estar geral e qualidade de vida”, destacou Gabriel em entrevista ao portal.
Outro caso de paciente que garantiu seu direito à saúde por meio do poder judiciário, também ficou famoso. Diagnosticado com ansiedade conseguiu que seu tratamento canábico fosse feito através de habeas corpus preventivo, isto é, que impede que a pessoa pega com os pés de cannabis seja detida injustamente. Natan Duek, especializado em Lei de Dr**as e advogado do caso disse:
“É inconcebível, em pleno 2022, que uma pessoa seja obrigada a mover o aparelho judiciário para ter acesso a um tratamento de saúde que demande o plantio de cannabis para fins estritamente medicinais.”
A redação do Portal Sechat procurou também o CFM para prestar esclarecimentos sobre a nova resolução, entretanto, até o presente momento, ainda não obtivemos retorno sobre a nova decisão do conselho.
Fonte: