Dra. Rayana Pecharki Postai

Recentemente, a fosfoetanolamina voltou a ser tema nas redes sociais. Chamada de “a pílula do câncer”, teria como promessa a eficiência no combate a diversos tipos de tumores.

Isso não passa de fake news. Não existe comprovação científ**a a respeito, muito menos autorização da Anvisa para este fim. E o pior: a substância tampouco está registrada como suplemento ou medicamento.

Jamais substitua terapias comprovadas por alternativas não autorizadas. O câncer precisa ser tratado com protocolos estabelecidos e sob orientação de oncologistas.

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Quase metade dos casos de melanoma estão ligados a mutações no gene BRAF. Esse é um gene que atua na regulação do crescimento e multiplicação celular.

Nos casos em que ocorre mutação nesse gene, acontece um desequilíbrio neste ciclo, elevando o risco para este tipo de tumor, além de outros tipos de câncer, como o colorretal.

Saber se existe a mutação por meio de te**es moleculares é fundamental nos casos de melanoma, pois desta forma é possível direcionar o tratamento através de medicamentos específicos pra essa mutação.

Se você tem histórico familiar de melanoma, pode ser indicado um aconselhamento genético. Procure um oncologista para saber se esse é o seu caso.

O principal fator de risco para a doença são os raios UV do Sol. E, por mais que a incidência seja um pouco menor no inverno, bem como a tendência é f**armos menos expostos, os cuidados com a pele não devem f**ar de lado.

Mesmo nos dias nublados, é importante aplicar o filtro solar com FPS de no mínimo 30 em áreas que normalmente não f**am cobertas, como rosto, orelhas, pescoço e mãos.

Além disso, sempre devemos estar atentos a sinais como novas manchas, feridas que não cicatrizam e pintas que mudam de características. Em sua ocorrência, é essencial procurar um dermatologista.

Você cuida da sua pele nesse sentido?

Arraste para o lado e entenda como funciona cada um dos exames, muito usados no diagnóstico e estadiamento do câncer.

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Um estudo de fase II chamado PHERGain, publicado na revista científ**a The Lancet, está trazendo boas perspectivas para o tratamento do câncer de mama. Ele envolveu pesquisadores de 45 centros em 7 países europeus, e incluiu 356 pacientes com tumores iniciais do subtipo HER2.

Os resultados mostraram que 94,8% das mulheres que fizeram terapia-alvo com dois medicamentos não tiveram recidivas após três anos da cirurgia, independentemente de terem ou não feito quimioterapia.

O objetivo da pesquisa foi avaliar a viabilidade de um tratamento exclusivo com bloqueio duplo de HER2, usando trastuzumabe e pertuzumabe antes da cirurgia. Um grupo recebeu a adição posterior de quimioterapia com base na resposta observada no exame PET-TC e na resposta patológica completa.

Ou seja, a meta era indicar o uso de quimioterápicos somente para casos específicos. Um dado importante foi que 96,4% de um grupo de 86 pacientes não receberam quimioterápicos e permaneceram livres de câncer no período citado.

Ainda é necessário que aconteça a fase III do estudo, para que os resultados sejam comprovados e, assim, o protocolo, que visa evitar tratamentos agressivos sem necessidade, venha a ser liberado no futuro!

O durvalumabe (de nome comercial IMFINZI) é uma medicação da classe dos anticorpos monoclonais.

De modo geral, trata-se de um tipo de proteína desenvolvida para reconhecer e se ligar a uma determinada substância alvo no corpo, ou seja, que está presente no tumor. Assim, auxilia o próprio sistema imunológico a combater o câncer.

Ele é recomendado para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão do tipo não pequenas células estágio III, irressecável (sem indicação de cirurgia), sem mutações do EGFR e ALK, que tenham sido tratados com quimioterapia e radioterapia concomitantes.

Normalmente, o tratamento, que nos últimos anos vem demonstrando excelentes resultados no controle do câncer de pulmão avançado, é combinado com quimioterápicos à base de platina.

Caso precise de algum esclarecimento a respeito, estou aqui para te auxiliar!

Também conhecida como EBUS, é um exame de imagem que combina a broncoscopia com a ultrassonografia.

Assim, permite visualizar detalhadamente as vias respiratórias (como traqueia e brônquios), os linfonodos do mediastino e estruturas próximas.

Pode ser usada para a realização de biópsias em áreas que antes só eram acessíveis por meio de cirurgias mais invasivas.

Por isso, proporciona mais conforto aos pacientes, além de aumentar a precisão do diagnóstico e/ou estadiamento (extensão) da doença e reduzir os riscos de complicações.

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Para combater o câncer, o diagnóstico precoce e a precisão são fundamentais. A biópsia líquida, que ajuda em ambos, é uma das inovações dos últimos anos.

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Não necessariamente. Isso depende, principalmente, do tipo de cirurgia.

Normalmente, os drenos são colocados nas pacientes que realizam a mastectomia com reconstrução utilizando próteses e/ou o músculo da grande dorsal, além dos casos em que é necessário fazer esvaziamento axilar.

O objetivo é evitar os riscos de infecções, formação de seromas e garantir uma melhor cicatrização da área operada.

O dispositivo mais utilizado é o dreno de sucção, que nada mais é do que um reservatório sanfonado que coleta a linfa e o sangue. Ele é conectado a uma mangueira, colocada na mama ou axila ao final do procedimento cirúrgico.

Conforme esse reservatório vai enchendo, é preciso que a paciente faça o seu esvaziamento e tome os cuidados indicados pelo mastologista.

Nesse tempo, deve-se anotar o volume de sangue desprezado, para que o médico, nas consultas de acompanhamento, possa decidir o momento mais adequado para a retirada. Isso normalmente acontece entre sete a 10 dias após a cirurgia.

Você tem alguma dúvida sobre o uso dos drenos? Comente que vou lhe responder!

Você já ouviu falar sobre eles? Trata-se de um conjunto de medicamentos inovadores, utilizados para o tratamento de alguns tumores hormonais, ou luminais, responsáveis por cerca de 80% dos casos.

Para que você entenda melhor como atuam, é importante saber o que são as ciclinas. De modo geral, consistem em proteínas encontradas no interior das células, responsáveis pelo controle do crescimento e da velocidade da proliferação celular.

Vale frisar que as células tumorais precisam de um desequilíbrio no crescimento e na proliferação do DNA para que possam se duplicar e se desenvolver. E as ciclinas atuam permitindo a duplicação do DNA e, consequentemente, a formação de novas células neoplásicas.

Os inibidores de ciclinas, por sua vez, bloqueiam a sua via de sinalização, fazendo com que as células tumorais percam força para a duplicação e proliferação, o que leva à redução do crescimento do tumor.

São três moléculas permitidas no Brasil: o palbociclibe, o ribociclibe e o abemaciclibe, todos produzidos em comprimidos.

Esse é mais um dos recursos modernos disponíveis para a área da oncologia hoje, levando ao aumento das taxas de cura e sobrevida dos pacientes.

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Vamos conhecer alguns mitos e verdades sobre estes tumores? Arraste para o lado e confira.

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O carcinoma mucinoso é um subtipo raro de câncer de mama, que tem como principal característica células ricas em mucina, um componente do muco. Ele costuma acometer, principalmente, mulheres em idade avançada.

Existem dois tipos, o A, com maior produção de mucina e menos agressivo (maior parte dos casos), e o B, mais agressivo e com menor produção da substância.

Outra particularidade é que estes tumores, normalmente, apresentam positividade para receptores hormonais (estrógeno e progesterona), ausência da proteína Her-2 e baixo índice de proliferação celular (Ki-67), o que indica pequena velocidade de crescimento.

Desse modo, as taxas de cura, quando detectado precocemente, chegam a 98%. Além disso, há baixa incidência de recidiva e metástase.

O tratamento normalmente é feito com cirurgia e bloqueio hormonal. A quimioterapia é indicada apenas em casos específicos.

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Embora alguns estudos venham apontando que, para certos tipos de câncer de mama, a reposição hormonal possa vir a ter indicação, o consenso atual é de que mulheres que tiveram a doença, independente do subtipo (hormonal ou não), não devem realizar essa terapia.

O motivo é que muitos tumores dependem dos hormônios femininos, principalmente o estrogênio e a progesterona, para se desenvolver. E, como a reposição hormonal os utiliza, não é seguro em função dos maiores riscos de recidiva.

No entanto, as mulheres que estão na menopausa podem se valer de outros recursos, como o laser vaginal, hidratantes vaginais sem hormônios e lubrif**antes.

O ideal, nesse caso, é discutir sobre as melhores opções com o ginecologista e os médicos responsáveis pelo acompanhamento oncológico.

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O que vale, sempre, é o equilíbrio. Sabemos que os hábitos saudáveis estão entre as ações mais importantes para prevenir o câncer, e isso inclui uma dieta balanceada.

Ou seja, é importante combinar todos os tipos de nutrientes na alimentação diária. Para que isso aconteça, o cardápio precisa ser variado, contendo verduras, frutas, legumes, grãos, cereais e carnes magras, por exemplo.

É claro que alguns alimentos exigem atenção, como é o caso dos processados e embutidos, assim como existem aqueles que auxiliam diretamente na boa saúde. Porém, aqui não existe apenas “um mocinho ou vilão”.

O ideal é seguir um plano alimentar saudável, de preferência proposto por profissionais de nutrição.

Me conta, como anda a sua dieta?

Já comentei por aqui a respeito dos riscos das carnes processadas, como bacon, linguiça e salsicha, que são consideradas carcinogênicas. Inclusive, neste caso não existem níveis seguros para o consumo.

Porém, o que talvez muita gente não saiba é que as carnes vermelhas, especialmente assadas em churrasqueira, também podem favorecer o surgimento de tumores se consumidas em excesso.

Isso se dá porque, no processo de preparo do churrasco, são geradas substâncias que, quando metabolizadas no organismo, resultam em compostos químicos capazes de causar mutações celulares.

Mas não quer dizer que o consumo deva ser eliminado, mas sim que é preciso ter moderação. O ideal é ingerir no máximo 500g de carnes vermelhas, em geral, por semana (um bife, em média, tem 70g).

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Como os pacientes oncológicos possuem um sistema imunológico fragilizado, a vacinação é uma estratégia importante para prevenir infecções graves.

No entanto, é fundamental saber quais delas são seguras e recomendadas e quais não são indicadas. Arraste para o lado e confira as informações.

O câncer, no geral, não apresenta sintomas iniciais, por isso ressaltamos tanto sobre a importância do rastreio e dos check-ups de rotina.

Porém, alguns tumores podem se desenvolver ainda mais silenciosamente, vindo a dar sinais somente quando já estão avançados. Arraste para o lado e conheça três deles para f**ar atento.

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Entre uma aula e outra, explorando Chicago 😎🏙️

Começou o ASCO 2024, maior congresso de oncologia do mundo 🌍 estamos super felizes de estarmos aqui, conferindo as novidades e o que há de mais moderno na oncologia 🧬!

Muitos pacientes relatam estes problemas. Eles podem ocorrer em função de sequelas da combinação de tratamentos, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Os sintomas são causados por alterações nos tecidos de sustentação dos órgãos pélvicos, no controle neurológico da bexiga ou intestino ou, ainda, na musculatura do assoalho pélvico, que estão diretamente relacionados ao controle da uretra e região a**l.

Nesse caso, é importante consultar um fisioterapeuta, que fará uma avaliação geral de saúde, propondo os tratamentos e hábitos mais adequados conforme o caso.

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Ter diarreia ou constipação (intestino preso) por períodos curtos é comum. No entanto, quando essas alterações no hábito intestinal persistem, pode ser um sinal de que algo não vai bem com o organismo.

Por mais que, na maioria das vezes, estes sintomas estejam relacionados a condições benignas, eles também podem indicar doenças mais graves, como o câncer colorretal.

Nesse caso, podem ocorrer outros sinais em conjunto, como a sensação de que o intestino não “esvaziou” completamente após a evacuação, dor abdominal, presença de sangue e mudanças no formato das fezes (que podem f**ar mais finas, por exemplo).

Portanto, a recomendação é procurar um médico. Lembrando que é possível prevenir os tumores colorretais por meio da colonoscopia de rotina, que deve ser feita por pessoas a partir dos 45 anos de idade (ou antes quando há fatores de risco).

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Esse é um dos dados mais relevantes no momento do diagnóstico de um câncer. O motivo é que hoje existe um conjunto de tratamentos possíveis de serem indicados dependendo das características de cada tumor. Entre elas estão a presença de mutações.

Para f**ar mais claro, o tipo mais comum de câncer de pulmão é o carcinoma de células não pequenas, com maior frequência do subtipo adenocarcinoma.

Em aproximadamente 5% destes casos, existe uma alteração no gene ALK, que leva à produção de uma proteína anormal, capaz de impulsionar o crescimento e disseminação das células cancerígenas.

Uma característica relevante da mutação ALK é que é observada, principalmente, em pacientes mais jovens e com menos exposição ao tabagismo.

Outras alterações genéticas comuns são nos genes EGFR, Ros1 e BRAF, com funcionamentos distintos.

Quando sabemos se elas estão presentes, podemos empregar, por exemplo, quimioterápicos, imunoterápicos e terapias-alvo voltadas a cada uma.

Isso possibilita melhores resultados com o tratamento, seja em relação à cura ou controle, além de promover mais qualidade de vida aos pacientes.

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Mais de 4700 substâncias tóxicas são lançadas no ar a cada cigarro que um fumante acende. E é por isso que tanto quem fuma, quanto quem convive no mesmo ambiente, podem ter prejuízos na saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo passivo corresponde a terceira maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.

Entre os riscos associados estão o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, enfisema pulmonar, problemas respiratórios, como bronquite crônica, e câncer de pulmão.

Portanto, é fundamental que os fumantes tenham consciência sobre os malefícios que podem ser causados a terceiros, evitando ao máximo fumar em ambientes fechados, como em casa ou no carro, por exemplo.

Lembrando que o ideal, para todos os envolvidos, é cessar com este hábito nocivo, seja por conta própria ou com suporte médico especializado.

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Há cerca de um mês, a Monja Zen Budista, Coen, anunciou que está tratando um câncer de pele com quimioterapia tópica.

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Hoje foi dia do II Meeting em Ginecologia Oncológica - Atualização em câncer de mama - um simpósio realizado em parceria do e . Que alegria ver o evento cheio e tanta gente interessada em se atualizar e aperfeiçoar 💪🏼🦀🧬 Agradeço imensamente ao pelo convite para fazer parte da organização, e também para ministrar a aula “Novos horizontes no câncer de mama metastático”. Muito obrigada também a todos os participantes que toparam o desafio, e que fizeram um excelente trabalho .carolinasavari 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Para começar, é importante saber que os linfonodos, ou gânglios linfáticos, são pequenas estruturas presentes em diversas regiões do corpo, atuando no sistema de defesa. Ou seja, ajudam o organismo a se manter saudável.

O linfonodo sentinela, por sua vez, f**a localizado na axila, e é o primeiro a receber as células cancerígenas de um tumor de mama quando ele passa a invadir o sistema linfático.

Por isso, durante a cirurgia para tratamento da doença, é injetado um marcador radioativo, conhecido como corante azul, que ajuda a localizar esse linfonodo. Assim, é possível removê-lo para avaliar, em biópsia, se há presença de células neoplásicas ou não.

Ou seja, se consegue determinar se o câncer avançou localmente, o que gera a necessidade da remoção de um determinado número de linfonodos axilares num segundo momento cirúrgico.

Em contrapartida, se as axilas estiverem livres, evita-se o chamado esvaziamento axilar, comum até alguns anos atrás, já que nesses casos a doença está apenas localizada.

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