HomiliaHoje

Cada sorriso que oferecemos é uma ponte para a paz, um sinal de nossa comunhão com Deus e uns com os outros.

Lembrem-se, mesmo nos momentos mais tumultuados, um sorriso é um ato de amor, um raio de esperança que ilumina as sombras do desespero.

Convido-os a espalhar a serenidade que nasce do amor de Cristo, deixando que seu sorriso seja um farol de esperança e um convite à unidade.

Juntos, com cada simples gesto de alegria, podemos transformar o mundo.

🌱 Imagine que cada novo dia é uma pequena semente plantada em seu jardim. Com cada boa ação, você rega essa semente, e com cada palavra gentil, você a nutre. Estas são as pequenas formas pelas quais Deus nos mostra como fazer o amor crescer em torno de nós. 🌼

Às vezes, a vida pode parecer um terreno difícil, cheio de pedras e espinhos. Mas até a menor semente de fé pode brotar e florescer no mais belo dos jardins, se apenas dermos a ela a atenção e o cuidado que precisa. 🌺

Não se preocupe se hoje o céu parecer cinzento; a chuva que cai também é uma bênção, trazendo vida e frescor. Assim é a graça de Deus: ela vem de formas que às vezes não esperamos, mas sempre traz o que precisamos para crescer. 🌦️

Então, hoje, não esqueça de plantar suas sementes de bondade e regá-las com fé. Passo a passo, palavra por palavra, ação por ação, você vai ver o jardim da sua vida florescer sob o olhar de Deus.

Na leitura de Jó, somos convidados a contemplar a figura de um homem que, apesar de submerso em sofrimentos incompreensíveis, clama com fé inquebrantável: "Eu sei que meu Redentor vive". A pergunta que surge em nossos corações é: nós também mantemos essa confiança na redenção, mesmo quando as provações da vida parecem esmagadoras?

No Evangelho segundo Lucas, Jesus nos adverte para estarmos preparados, pois o Filho do Homem virá em uma hora que não esperamos. Esta parábola nos incita a refletir sobre nossa prontidão: Estamos vivendo de tal maneira que, se Jesus retornasse hoje, nos encontraria vigilantes?

O elo entre essas passagens sagradas é a chama ardente da esperança e da preparação. Jó, em sua miséria, não perdeu a esperança na visão de Deus, e nós somos chamados a viver com a lâmpada da fé iluminando nosso caminho. A pergunta que deve ressoar em nosso ser é: Nossa lâmpada está realmente acesa?

A homilia de hoje nos convida a uma introspecção profunda: Como podemos manter acesa a chama da fé e da esperança em nossa vida diária? Como podemos nos preparar para o encontro com o nosso Redentor, não apenas no fim, mas a cada momento presente?

Que a história de Jó nos inspire a manter a esperança, e que o ensinamento de Jesus nos motive a viver de forma preparada e vigilante. Que possamos nos perguntar todos os dias: Estou pronto para encontrar Deus em cada pessoa que encontro, em cada ação que realizo, em cada pensamento que cultivo?

Que o Espírito Santo nos ilumine com sabedoria e discernimento para viver de acordo com esta esperança, e que a graça de Deus nos mantenha firmes na fé, na esperança e no amor.

Em meio ao turbilhão de preocupações terrenas, somos convidados a elevar nossos corações e mentes ao Senhor, encontrando nele nosso refúgio e fortaleza. É na serena confiança na Providência de Deus que descobrimos a paz que transcende toda compreensão.

Cada amanhecer traz consigo uma nova oportunidade de viver no sagrado presente, de se entregar com fé ao plano amoroso de Deus. Ao olharmos para o alto, somos lembrados da eterna presença de Deus que permeia cada momento de nossa existência.

Que possamos acolher este chamado celestial com corações humildes e receptivos, encontrando na fé a coragem para viver cada dia com gratidão, amor e esperança, confiando sempre na amorosa guia de Deus.

Santo Antônio Maria Claret foi um arcebispo espanhol do século XIX, fundador da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, conhecidos como Claretianos. Nascido em 23 de dezembro de 1807, em Sallent, Barcelona, Espanha, Antônio era o quinto filho de uma família modesta. Desde jovem, sentiu um forte chamado ao sacerdócio e, após superar vários obstáculos, foi ordenado padre em 1835.

Sua jornada espiritual foi marcada por um apostolado incansável: ele pregava com zelo, dedicava-se à escrita de panfletos e livros de espiritualidade, e mantinha um compromisso especial com a justiça social e a educação. Em 1849, foi nomeado arcebispo de Santiago de Cuba, onde expandiu seu trabalho missionário, enfatizando a reforma da Igreja, educação, e o cuidado espiritual e material dos desfavorecidos.

Claret também serviu como confessor da rainha Isabel II e foi um defensor vigoroso da liberdade de imprensa e da abolição da escravatura. Após a revolução espanhola de 1868, exilou-se na França, onde continuou seu trabalho até sua morte em 24 de outubro de 1870. Foi canonizado em 1950 por sua vida de serviço e virtude excepcional.

Ao meditar sobre as leituras de hoje, somos levados a uma profunda reflexão sobre a graça, o pecado e a vigilância em nossa caminhada de fé.

São Paulo, em sua Carta aos Romanos, apresenta uma profunda analogia entre Adão e Jesus. Pelo pecado de Adão, a morte entrou no mundo; mas pela graça e redenção de Jesus, fomos libertados e recebemos vida eterna. Esta passagem nos recorda que, por mais que o pecado possa parecer prevalente em nossas vidas, a graça de Deus é superabundante e sempre pronta para nos acolher e restaurar.

No Evangelho de Lucas, Jesus nos chama à vigilância, instigando-nos a estar sempre preparados, com nossas "lâmpadas acesas", aguardando Seu retorno. Esta é uma chamada a vivermos nossas vidas em constante estado de prontidão espiritual, mantendo nossos corações puros e nossas mentes focadas no reino de Deus.

A ligação entre estas duas leituras é clara: enquanto a graça de Deus é abundante e sempre presente, cabe a nós aceitá-la e viver de acordo com seus preceitos. O pecado de Adão nos lembra de nossa natureza falha, mas a redenção através de Cristo nos oferece esperança e salvação. Devemos, portanto, viver cada dia como se fosse o dia em que encontraremos nosso Salvador, mantendo nossas lâmpadas acesas, alimentadas pelo óleo da fé, esperança e caridade.

Para muitos de nós, manter essa chama viva pode ser um desafio, dadas as distrações e tentações do mundo moderno. No entanto, somos encorajados a permanecer firmes, lembrando que a recompensa por nossa vigilância é a promessa de estar com o Senhor em Seu reino celestial.

Amém

🙏 Em um mundo onde o reconhecimento externo muitas vezes é procurado, São Tomás de Aquino nos convida a uma jornada interior. “Não brilhe para que os outros possam te ver. Brilhe para que, através de você, outros possam ver.” Essa frase profunda é um lembrete de que nossa luz deve refletir a divindade e a graça de Deus que reside em cada um de nós.

🕊️ Ao brilhar nossa luz autenticamente, não estamos apenas revelando nossa verdadeira essência, mas estamos também permitindo que a luz de Deus brilhe através de nós. É um convite para vivermos de uma maneira que reflita a bondade, o amor e a compaixão que Deus tem por todos nós.

✨ Ao nos desapegarmos da necessidade de aprovação dos outros e brilharmos nossa luz divina, podemos ser instrumentos de paz, esperança e amor no mundo. Em cada interação, em cada gesto de bondade, permita que sua luz revele a presença de Deus e inspire outros a fazer o mesmo.

Santa Úrsula é uma das santas mais veneradas da história cristã, conhecida principalmente por sua coragem e a trágica perda de suas companheiras. De acordo com a tradição, Úrsula era uma princesa britânica que, junto com onze mil virgens, empreendeu uma peregrinação pela Europa. No entanto, esta figura é cercada por lendas e o número exato de suas companheiras é incerto, sendo frequentemente considerado simbólico.

A lenda conta que Úrsula e suas companheiras foram abordadas por hunos enquanto viajavam e, ao recusarem casar com eles, foram martirizadas. Este martírio supostamente ocorreu em 21 de outubro de 383 d.C., em Colônia, onde hoje existe uma Basílica em sua honra. Santa Úrsula e suas companheiras são lembradas por sua devoção a Deus e por sua coragem diante do martírio.

Hoje, somos chamados a refletir sobre a natureza da fé e a coragem que ela nos inspira.

Na carta aos Romanos, São Paulo nos fala da promessa feita a Abraão e sua descendência. Ele não recebeu essa promessa pela lei, mas pela justiça que vem da fé. Paulo nos lembra que é pela fé que "cremos contra toda esperança". A fé não é uma mera aceitação passiva; é uma convicção ativa, uma confiança inabalável em Deus e em Suas promessas.

No Evangelho de Lucas, Jesus nos fala da coragem de confessar nossa fé diante dos homens. Aqueles que O reconhecem diante das pessoas serão reconhecidos diante dos anjos de Deus. Esta é uma chamada para sermos testemunhas valentes da verdade do Evangelho, mesmo diante da adversidade ou perseguição.

Unindo estas duas leituras, somos convidados a uma profunda introspecção. A fé de Abraão não foi sem desafios. Ele acreditou contra toda esperança, contra todas as circunstâncias visíveis. Da mesma forma, Jesus nos pede para sermos corajosos, para estarmos prontos a dar testemunho d'Ele, mesmo quando o mundo pode nos rejeitar ou zombar de nós.

Para você, quão profunda é sua fé? Você está pronto para acreditar contra toda esperança, como Abraão fez? E mais, você tem a coragem de se levantar e ser contado, para dar testemunho de sua fé, como Jesus nos pede?

Que esta homilia sirva como um lembrete da força inabalável da fé verdadeira. Que nos inspire a acreditar mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis e a ter a coragem de viver essa fé em nossas ações diárias.

Que o Senhor continue a fortalecer nossa fé, e que pelo poder do Espírito Santo, possamos ser testemunhas valentes de Sua verdade no mundo. Amém.

Em meio ao caos do dia a dia, as palavras sábias de Santa Teresa de Ávila servem como um farol de serenidade e fé inabalável. 🕊

'Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda.' 🙏

Este é um lembrete poderoso de que, apesar das tempestades da vida, há uma constância divina que permanece inalterada. No mundo agitado de hoje, que possamos encontrar tranquilidade nas verdades eternas e no amor inalterado de Deus.

Ao enfrentar desafios e incertezas, que essa mensagem nos inspire a manter a calma e a confiança, sabendo que com fé e perseverança, encontraremos nosso caminho através das tempestades para a paz que transcende todo entendimento.

São Lucas, conhecido como o Evangelista, é uma das figuras mais emblemáticas do Cristianismo. Nascido em Antioquia, na Síria, ele era de origem grega e, por profissão, médico. Este detalhe de sua vida é frequentemente lembrado, pois muitos o consideram o "médico das almas", dada a profundidade e a compaixão com que abordou os ensinamentos de Cristo em seus escritos.

Lucas não foi um dos doze apóstolos originais, mas seu compromisso com a causa de Cristo e sua proximidade com outros apóstolos, especialmente São Paulo, tornaram-no uma testemunha fundamental dos primeiros tempos da Igreja. Ele acompanhou Paulo em várias de suas viagens missionárias, servindo como seu fiel companheiro e médico.

São Lucas é creditado por escrever o terceiro Evangelho e o livro dos Atos dos Apóstolos no Novo Testamento. Seu Evangelho é único, pois contém muitas histórias não encontradas em outros Evangelhos, incluindo relatos detalhados sobre o nascimento e a infância de Jesus. Lucas tinha um interesse particular nos pobres, nas mulheres e nos marginalizados, e isso é evidente em seus escritos. Ele também enfatizou a misericórdia e a compaixão de Jesus.

O estilo literário de Lucas é considerado um dos mais sofisticados entre os escritores do Novo Testamento. Ele era meticuloso em seus detalhes e tinha um profundo compromisso em transmitir a verdade do evangelho.

Sua contribuição à Igreja é imensurável e, até hoje, ele é conhecido como o padroeiro dos médicos e dos artistas.

Na Primeira Leitura de Timóteo, encontramos São Paulo expressando seus sentimentos de abandono por aqueles que uma vez estiveram a seu lado, mas também reconhecendo a constante presença e força do Senhor em sua vida. Ele declara com fervor: "Mas o Senhor esteve ao meu lado e me deu força". São Paulo nos mostra que, mesmo nos momentos de solidão e abandono, Deus permanece fielmente conosco.

No Evangelho segundo Lucas, somos testemunhas do envio dos setenta e dois discípulos por Jesus. Ele os envia como "cordeiros no meio de lobos" e lhes dá instruções claras sobre como proceder. Este envio nos fala da confiança que Jesus deposita em seus seguidores e da importância da missão de espalhar a Boa Nova.

Ao tecer uma ligação entre essas passagens, somos levados a refletir sobre a jornada da fé em nossas vidas. Assim como São Paulo, podemos nos sentir abandonados ou desanimados, mas Deus nunca nos deixa. Ele está sempre ao nosso lado, dando-nos força e coragem. E assim como os setenta e dois discípulos, somos chamados a uma missão. Uma missão de amor, compaixão e testemunho da presença de Deus em nossa vida.

Para você refletir: Como você tem respondido ao chamado de Deus em sua vida? Nos momentos de desafio e solidão, você busca a presença constante do Senhor? E em sua jornada diária, como você tem testemunhado o amor de Deus aos outros?

Que esta homilia sirva como um lembrete de que, independentemente dos desafios que enfrentamos, Deus está conosco. Ele nos dá força, orientação e, acima de tudo, uma missão para compartilhar Seu amor incondicional com o mundo.

Que Deus continue a abençoar e guiar cada um de vocês em sua jornada de fé. Amém.

Santo Inácio de Antioquia, também conhecido como Inácio Teóforo, é uma figura proeminente na história do Cristianismo, reverenciado por sua firme liderança eclesiástica e por seus escritos pioneiros que ajudaram a moldar a teologia cristã primitiva. Nascido por volta do ano 35 d.C., acredita-se que Inácio tenha sido discípulo do Apóstolo João e se tornado o terceiro bispo de Antioquia, na Síria, após São Pedro e Evódio.

Durante o reinado do Imperador Romano Trajano, por volta de 107 d.C., Inácio foi condenado à morte por se recusar a renunciar à sua fé cristã. Durante sua jornada forçada a Roma para enfrentar o martírio, ele escreveu sete cartas a diferentes comunidades cristãs. Estas cartas são tesouros da literatura cristã primitiva, pois não apenas exortam à unidade e à obediência a Cristo e aos bispos como também são os primeiros testemunhos da doutrina da Eucaristia como centro da vida cristã.

Inácio encontrou seu martírio na arena romana, sendo devorado por leões, e assim solidificou seu testemunho de fé com o sacrifício de sua própria vida. Ele é celebrado na Igreja Católica, Ortodoxa, Anglicana, e algumas comunidades protestantes, com sua festa litúrgica ocorrendo em 17 de outubro.

Na Primeira Leitura, São Paulo nos revela a profundidade de sua fé ao proclamar: "Não me envergonho do Evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." Esta é uma afirmação poderosa de sua confiança inabalável no poder redentor do Evangelho. Ele nos lembra da importância de reconhecer a verdadeira glória de Deus e de não nos perdermos em falsas idolatrias ou na adoração da criação em vez de Deus.

Ao refletirmos sobre o Evangelho de Lucas, vemos Jesus repreendendo os fariseus por sua hipocrisia. Eles se preocupavam excessivamente com as aparências externas e negligenciavam a verdadeira pureza do coração. Jesus nos chama a olhar para além das aparências e a nos concentrar no que está dentro de nós, no nosso coração. Ele nos convida a purificar nossos corações de toda malícia e a viver autenticamente nossa fé.

Ao unir estas duas leituras, somos convidados a uma profunda reflexão sobre a autenticidade de nossa fé. Não basta apenas proclamar o Evangelho com palavras, mas é essencial vivê-lo em nossos corações e em nossas ações. Assim como São Paulo, devemos ter orgulho de nossa fé e não nos envergonhar de viver segundo os ensinamentos de Cristo. E, como Jesus nos ensina, devemos nos esforçar para purificar nossos corações e viver uma vida de verdadeira integridade e compaixão.

Para você refletir: O quanto você tem vivido autenticamente sua fé? Você se preocupa mais com as aparências ou com a pureza de seu coração? Que esta homilia sirva como um chamado para nos aproximarmos mais de Deus, vivendo uma vida de fé autêntica e amorosa.

São João XXIII, nascido Angelo Giuseppe Roncalli, foi uma figura notável na história da Igreja Católica, sendo amplamente lembrado por seu papel crucial no lançamento do Concílio Vaticano II e por sua personalidade calorosa e genuína. Nascido em 25 de novembro de 1881, em Sotto il Monte, Itália, Angelo era o quarto de treze filhos de uma família de camponeses e já em sua juventude sentiu a vocação sacerdotal. Foi ordenado padre em 1904, desenvolvendo desde cedo uma carreira eclesiástica que o levou a diversos cantos do mundo, inclusive à Bulgária, Grécia, e Turquia como representante papal, ajudando na assistência aos refugiados durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1953, já como Cardeal, Roncalli foi nomeado Patriarca de Veneza e, surpreendentemente, em 1958 foi eleito Papa, assumindo o nome de João XXIII, mesmo sendo visto inicialmente como um "papa de transição" devido à sua idade avançada. No entanto, seu pontificado, embora relativamente curto (1958-1963), foi marcado por profundas e impactantes mudanças. João XXIII buscou o diálogo inter-religioso e promoveu uma atitude de abertura da Igreja ao mundo, sendo esta última evidenciada, sobretudo, pelo Concílio Vaticano II, convocado por ele em 1962. Este concílio promoveu uma renovação litúrgica e reorientação ecumênica que perduram até hoje.

Apesar de ter falecido em 1963, antes de o concílio ser concluído, seu legado e visão progressista moldaram muitos dos desenvolvimentos subsequentes na Igreja Católica. João XXIII foi beatificado em 2000 e canonizado em 2014, sendo lembrado como o "Papa Bom" e celebrado por seu compromisso com a paz, a justiça e a unidade da Igreja. Sua festa litúrgica é celebrada em 11 de outubro, o dia em que inaugurou o histórico Concílio Vaticano II, simbolizando sua constante busca por renovar e reenergizar a Igreja em tempos modernos.

Este é um breve olhar sobre a rica e impactante vida de São João XXIII, cuja história continua a inspirar católicos ao redor do mundo a procurar caminhos de diálogo, paz e fraternidade entre todos os povos e nações.

Hoje, as leituras iluminam os caminhos de nossas vidas, emergindo das profundezas da misericórdia divina e da incessante busca pela oração que eleva nossa alma ao Pai, nos textos sagrados de Jonas 4,1-11 e Lucas 11,1-4.

Jonas é como um espelho de nossas relutâncias e resistências interiores. Ele, ao resistir à missão divina, revela um coração que luta para aceitar a magnitude da misericórdia de Deus. Quando os ninivitas, os "inimigos", são perdoados por Deus, Jonas se irrita. Quantas vezes também nós, queridos irmãos, questionamos a misericórdia de Deus para com aqueles que julgamos não ser merecedores?

Aqui, um convite à reflexão se desenha: que partes de nossos corações resistem à plena aceitação do perdão e misericórdia de Deus, tanto para nós mesmos quanto para os outros? Estamos dispostos a permitir que a misericórdia de Deus flua através de nós, mesmo quando isso desafia nossas concepções e orgulhos?

No Evangelho de Lucas, somos suavemente guiados à presença papa de Deus através da oração do Pai Nosso. Esta oração, dada por Jesus, permeia cada aspecto de nossa vida e fé, pedindo não apenas o pão de cada dia, mas também o perdão, a misericórdia e a libertação da tentação.

Somos chamados a uma vida que é simultaneamente alimentada na oração constante e fluindo com uma misericórdia que não conhece barreiras. Estamos dispostos a dizer, com toda sinceridade, “perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve”?

Permitam-se ser vasos da misericórdia divina, para acolher e, por sua vez, irradiar esse amor e perdão a todos que encontramos em nosso caminho, especialmente aqueles que nossa humanidade hesita em amar.

Que essa palavra ressoe em nossos corações, transborde em nossas ações e se estenda em cada passo de nossa jornada, iluminando os caminhos com a autêntica luz do amor e da misericórdia de Deus.

Ore como se tudo dependesse de Deus e aja como se tudo dependesse de você.

Nossa fé é nossa fortaleza e nossas ações são a manifestação do amor no mundo. Não sejamos meros espectadores da vida, mas atores principais de uma história que escrevemos em parceria com Deus. 📘✏️👣

Faça acontecer, confiando que, acima de nós, há um Deus que tudo vê e tudo provê.

Daniel Comboni nasceu em 15 de março de 1831, em Limone sul Garda, Itália. Sua trajetória sagrada se entrelaça com a missão de difundir a mensagem cristã no continente africano, mais precisamente na região que é hoje o Sudão. Proveniente de uma família humilde, Comboni foi tocado pelas palavras de seu mentor espiritual, Monsenhor Nicola Mazza, e resolveu dedicar sua vida à evangelização na África, tornando-se sacerdote em 1854.

A primeira missão de Comboni na África, em 1857, foi um desafio. Enfrentando adversidades climáticas e doenças, percebeu que as tentativas isoladas de evangelização estavam fadadas ao insucesso. Não desistiu. Inspirado por um profundo amor a Cristo e aos africanos, desenvolveu um plano missionário que apresentou ao Papa Pio IX em 1864, enfatizando a necessidade de envolver o povo africano na evangelização de sua própria terra. Seu lema era "Salvar a África com a África".

Daniel Comboni fundou em 1867 o Instituto para as Missões na África, conhecido hoje como Missionários Combonianos, com o intuito de preparar sacerdotes e irmãos para a missão na África. Posteriormente, fundou uma instituição feminina com o mesmo propósito, garantindo assim um papel crucial para as mulheres na obra missionária.

Em 1877, Comboni foi nomeado Vigário Apostólico da África Central e, posteriormente, bispo, solidificando seu incansável trabalho missionário, educacional e de advocacia pelos direitos dos africanos. Sua vida foi uma entrega constante em prol da dignidade e da evangelização dos povos africanos, sempre alicerçada na profunda convicção da igualdade de todos os seres humanos aos olhos de Deus.

Comboni faleceu no dia 10 de outubro de 1881, em Khartoum, Sudão, local onde dedicou grande parte de sua vida missionária. Foi canonizado em 2003 pelo Papa João Paulo II, sendo reconhecido por sua vida de fervorosa fé, amor ao próximo e dedicado trabalho missionário na África.

A história de São Daniel Comboni, hoje, inspira missionários ao redor do mundo e nos convida à reflexão sobre o amor autêntico ao próximo, mostrando que a mensagem de Cristo atravessa fronteiras, unindo nações e corações em uma única fé.

Hoje, nos deparamos com a generosidade e a infinita misericórdia de nosso Deus nas leituras. Na primeira leitura, vemos Jonas sendo chamado a pregar para os ninivitas, que estavam em caminhos tortuosos. E, no Evangelho, encontramos Maria, que escolhe a melhor parte: ouvir atentamente a palavra de Jesus, enquanto Marta estava preocupada com muitas coisas.

A história de Jonas e dos ninivitas nos revela a imensa compaixão de Deus. Deus enviou Jonas, mesmo relutante, àquela cidade imersa em iniquidade para lhes dar uma oportunidade de se arrependerem. Deus vê além de nossos pecados e nos oferece inúmeras chances de conversão, esperando que voltemos para Ele com corações sinceros e arrependidos.

Aqui, podemos nos perguntar: somos como os ninivitas, perdidos em nossas ações, precisando de um despertar para enxergar a necessidade de voltar para Deus? Ou talvez nos identifiquemos com Jonas, resistindo aos chamados de Deus por medo ou orgulho?

Avançando para o Evangelho, vemos Maria, que opta por sentar-se aos pés de Jesus, absorvendo suas palavras e presença. Marta, por outro lado, estava distraída, preocupada com as tarefas e obrigações, ansiosa e perturbada com muitas coisas.

Talvez seja hora de nos perguntarmos: Estamos escolhendo a melhor parte como Maria fez? Estamos tirando um tempo para simplesmente estar com o Senhor, permitindo que Suas palavras moldem nossos corações e nossas vidas? Ou estamos constantemente agitados e ansiosos, como Marta, esquecendo-nos de quem é a nossa porção e bem-aventurança?

Somos convidados a refletir sobre nossas escolhas e a reorientar nossas vidas. Que, como os ninivitas, possamos aproveitar a misericórdia e compaixão de Deus, nos arrependendo de nossos caminhos errados. E que, como Maria, possamos escolher a melhor parte, fixando nossos olhos e corações em Jesus.

O Senhor nos chama, não para a perfeição imediata, mas para uma jornada contínua de conversão e amor. Que a graça de Deus nos guie sempre mais profundamente em sua misericórdia, amor e verdade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Amém.

Santa Pelágia, também conhecida como Pelágia de Antioquia, tem uma história de vida que é um impressionante testemunho de arrependimento e devoção a Deus.

Nascida em um contexto de riqueza e extravagância no século IV, Pelágia era uma atriz renomada de Antioquia e era conhecida por sua beleza deslumbrante e sua vida pecaminosa. Contudo, sua trajetória tomou um rumo completamente diferente após um encontro transformador com o Bispo Nonno de Edessa.

A história conta que, enquanto desfilava pela cidade, a visão de Pelágia, adornada com joias e vestimentas luxuosas, causou um grande desconforto entre os bispos que estavam reunidos. No entanto, Bispo Nonno a viu com olhos de compaixão e misericórdia. Ele enxergou além de sua vida mundana, vislumbrando uma alma que poderia ser tocada pela graça de Deus.

Pouco tempo depois, enquanto Nonno pregava sobre o Dia do Julgamento e o Reino dos Céus, Pelágia estava entre a congregação, ouvindo atentamente. O sermão tocou profundamente seu coração, levando-a a refletir sobre suas escolhas e modo de vida. Com lágrimas de arrependimento, ela se aproximou de Nonno e, diante de todos, declarou seu desejo de dedicar sua vida a Cristo.

Pelágia foi então batizada, abandonando sua antiga vida e todos os seus bens materiais. Ela adotou um modo de vida ascético, passando a viver como uma eremita em uma caverna no Monte das Oliveiras, em Jerusalém. Pelágia assumiu o nome de "Pelágio", vivendo como um monge em total isolamento e dedicando seus dias à oração e penitência pelo resto de sua vida.

A história de Santa Pelágia é um lembrete poderoso de que a graça de Deus está sempre disponível para todos, independentemente de nosso passado. A sua jornada de transformação de uma vida de pecado para uma de santa devoção inspira inúmeras pessoas até hoje a buscarem mudanças, oferecendo uma mensagem de esperança, redenção e a misericórdia infinita de Deus.

Ela é frequentemente lembrada na Igreja Ortodoxa e na Igreja Católica como um exemplo vívido de que nunca é tarde para se arrepender e que cada pessoa, independentemente de suas falhas ou pecados, pode encontrar um novo caminho através da fé e da graça divina.

O Jardim do Senhor e os Frutos da Nossa Vida

Somos convidados hoje a meditar sobre a mensagem ardente presente em Isaías 5,1-7 e a parábola do Evangelho de Mateus 21,33-43, e, unidos na fé e na caridade que nos caracteriza como cristãos, a buscar nelas inspiração e guia para nossas vidas.

Isaías nos fala sobre o vinhedo do Senhor, uma terra escolhida com amor e preparada com dedicação, onde ele esperava ver bons frutos, mas viu frutos ruins. Este vinhedo, meus irmãos, é cada um de nós e a Igreja como um todo. Deus deposita em nós a Sua confiança, planta em nossa alma a semente da fé e espera que, com liberdade e amor, produzamos frutos de santidade.

No Evangelho, a parábola dos vinhateiros homicidas revela a rejeição, por parte dos líderes de Israel, do próprio Filho de Deus, sinalizando também todos aqueles que rejeitam a mensagem salvífica de Cristo. Ambas as leituras nos interpelam profundamente: Como estamos cuidando do vinhedo que Deus confiou a nós? Quais frutos estamos oferecendo ao Senhor com nossas vidas?

Para oferecermos a Deus frutos de verdadeira justiça, somos chamados a nutrir nossa vida espiritual com a oração, os sacramentos, e a prática da caridade. São esses os nutrientes que transformam nossa interioridade e nos capacitam a gerar frutos bons, aqueles que Deus espera de nós.

No jardim da nossa existência, Deus é o jardineiro mestre que sempre espera e nunca perde a esperança em seus frutos, mesmo quando somos nós, como vinhedo, a desiludi-lo. Na nossa caminhada diária, somos convidados a ser um vinhedo fecundo, mesmo quando as pedras do desânimo e as ervas daninhas do egoísmo tentem sufocar o nosso crescimento.

Que a Virgem Maria, modelo de obediência e de frutificação da Palavra, nos ajude a sermos generosos e fieis na missão que nos é confiada, para que, com nossas vidas, glorifiquemos a Deus, o Senhor da Messe e da Vinha.

Amém.