Doula da Tribo

Por que sorologia para rubéola não faz mais parte dos exames pré-natais?

1. Rubéola foi declarada extinta do país em 2015.

2. Havia muitos exames com IgM falso-positivo, aterrorizando as gestantes.

3. Rubéola não tem cura. Hoje, quando eventualmente solicitamos, é só para investigação mesmo. O EXAME NÃO FAZ MAIS PARTE DA ROTINA PRÉ-NATAL.

Primeiro banho do bebê só 24 horas após o parto: SBP atualiza lista de cuidados com a pele do recém-nascido "Primeiro banho 24 horas após o parto, troca de fraldas constantes e com limpeza suave" estão entre as principais recomendações. Veja

Um ano e três meses depois da chegada da pandemia no Brasil e chegando a um ano e dois meses das primeiras mortes maternas por COVID-19 no país, esta é uma pergunta frequente, à qual eu respondo sempre: não, a COVID-19 por si só não é indicação de cesárea, casos leves e assintomáticos a gente espera passar com observação rigorosa e tratamento sintomático, se acaso ocorrer durante o trabalho de parto com a gestante estável e boa saturação o parto normal é totalmente possível (pode haver indicação de cesárea ou parto instrumental se fadiga materna, queda da saturação ou comprometimento da vitalidade fetal, a depender do estágio do parto). Já induzimos o parto em vários casos de COVID-19 leve/assintomática com outra condição obstétrica associada, lembro da última, gravidez prolongada, pariu depois de mais de 48 horas de indução. E não existe “cesariana de emergência” programada para o dia seguinte, vamos convir. A cesariana sem indicação nesses casos pode piorar o prognóstico materno pois adiciona um fator de risco para morbidade hemorrágica, infecciosa, trombótica etc. Com que frequência exatamente isso está acontecendo no Brasil e qual a contribuição para as mortes maternas por COVID-19 permanece por ser determinado, porque há muitos fatores confundidores, porém infelizmente sabemos de muitos relatos de casos. O que ocorre, por outro lado, e isso vocês verão com certa frequência em meus posts, são casos de COVID-19 grave/crítica em que a partir de determinada idade gestacional a gente indica a interrupção para melhorar a ventilação materna, e mulheres em condição grave e seus conceptos não irão tolerar uma indução prolongada do trabalho de parto, inclusive muitas estão já intubadas em ventilação mecânica e presas ao leito. Às vezes a cesariana é tão de urgência e o risco de remover a paciente é tão grande que a cesariana pode ter que ser realizada dentro da própria UTI. Então estamos lidando com dois extremos. Não adianta culpar a cesariana pelas mortes maternas em casos graves mas tampouco há indicação de fazer cesarianas a torto e a direito em casos de COVID-19 leve e assintomática. Isso deve ser uma precaução adicional no país das cesáreas.