Amazon FACE

Semana passada, de 21 a 23 de outubro, aconteceu a imersão do LabTerra, no Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (CEPAGRI), na Unicamp.
Durante a imersão, os integrantes do laboratório puderam apresentar seus trabalhos, colaborar uns com os outros, ajudar mutuamente em suas pesquisas e atividades. Alguns trabalharam em artigos que escrevem conjuntamente, outros trabalharam nas atividades de divulgação científica de seu trabalho, se apoiaram em estudos e projetos de pesquisa.
De acordo com os integrantes foi um momento de integração muito proveitoso, onde os laços puderam ser estreitados e ideias novas surgiram.
Muitos dos integrantes do laboratório pesquisam dentro do programa AmazonFACE, principalmente na área de modelagem ecossistêmica (modelos matemáticos que fazem previsões sobre o futuro dos ecossistemas) e na área de interconexão entre modelo, experimento e a área socioambiental.
Alguns dos pesquisadores vinculados ao LabTerra estão fora do país, como , , .tristao e .

Do site do LabTerra (link na bio):
“O LabTerra busca avançar na compreensão da relação homem-natureza no Brasil, frente às mudanças ambientais globais. Está inserido no Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (CEPAGRI) na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e agrega pesquisadores e alunos sob a coordenação de David M. Lapola.”

O Cepagri é um centro que está sob o guarda-chuva da Cocen - Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa.

📷 1: Na parte de cima - , , , , , , Gabriel Perez, . Em baixo: .guimaraes, , .gutii e .
📷 2: Apresentação sobre o trabalho de pós doutorado da Moara.
📷3: Plenária final com a presença do Bruno Takeshi, gerente de operações do AmazonFACE.
📷4: Apresentação sobre comunicação do programa e divulgação de ciência.
📷5: Print do site do LabTerra com a linhas de pesquisa.

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oficial

Hoje, 🗓️24/10, é o dia da Organização das Nações Unidas 🌐. Uma ação da ONU muito importante para a equidade no mundo foi o estabelecimento dos ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O trabalho de doutorado de dentro do AmazonFACE foi de mapear a percepção dos impactos das mudanças climáticas na alimentação de povos ribeirinhos e comunidades locais amazonenses. Que vai de encontro ao ODS 20, povos originários e comunidades tradicionais.
Em 2023 saiu um artigo sobre sua pesquisa de campo. (Link para o artigo do linktree na bio)

📄

Amazonas, um dos estados da Amazônia brasileira, é o lar de povos tradicionais e outras comunidades locais. Seu conhecimento histórico sobre o ecossistema da floresta tropical os permitiu viver em um sistema ecológico tão específico.
Infelizmente, os eventos climáticos extremos têm alterado a Amazônia e forçado comunidades locais a empregar estratégias de adaptação climática para garantir, no mínimo, a segurança alimentar. No entanto, muitas dessas estratégias autônomas de adaptação aos impactos do clima não são ações baseadas no ecossistema.
Este artigo mostra uma forte tendência das pessoas entrevistadas (48%), ao se verem sem os produtos nativos, culturalmente comuns em suas alimentações tais como peixes, castanhas e frutos da Amazônia, substituírem por alimentos de modelos globalizados, como uma alimentação baseada na pecuária e ultraprocessados.
Portanto, este estudo de caso busca discutir essas perspectivas dos impactos das mudanças climáticas nas identidades culturais das comunidades amazônicas (link do artigo na bio).

📷1: Moara realizando uma entrevista em Silves - AM
📷2: Moara e um entrevistado em Silves - AM
📷3: Um entrevistado pescando
📷2: Moara e um entrevistado na pesquisa de campo

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Você sabia que nossa logo do AmazonFACE é cheia de significados?
🟢 A parte verde é a silhueta da floresta amazônica.

🔵 A parte azul representa uma molécula de gás carbônico.O azul mais claro no meio é o carbono e as duas esferas mais escuras são os dois átomos de oxigênio. Geralmente essa molécula (CO2) é representada “reta”. Porém, quando está na atmosfera e recebe fótons de luz, a molécula de carbono vibra, gerando calor.
Essa movimentação é um dos motivos pelos quais o gás carbônico é capaz de produzir o efeito estufa - que permite a vida na Terra - e também o aquecimento global, devido ao aumento do gás causado pela atividade humana, como a queima de combustíveis fósseis.

🟡 A parte amarela representa o gráfico que mostra o registro do aumento de gás carbônico na atmosfera desde 1958 - a curva de Keeling. Além de representar o losango da bandeira brasileira.

Desenvolvemos a logo em 2014 e queríamos marcar a brasilidade do AmazonFACE.

♥️ Curtiu saber disso?
Nos conta, o que mais você gostaria de saber?



oficial


unicamp

Começou a campanha de hidráulica na estação seca (08/10/24), focada no estudo das interações entre plantas e água em um contexto de aumento de CO2 atmosférico. O objetivo é entender como as plantas estão adaptando suas estratégias de uso da água na estação chuvosa e na estação seca sob condições de mudanças climáticas. A campanha é liderada pelos cientistas Gustavo Spanner Izabela Aleixo e Paulo Bittencourt, com o suporte de uma equipe multidisciplinar de escaladores e dos pesquisadores Amanda Damasceno, Bruna Lima e Igor Lima.

A coleta de amostras, realizada com a ajuda dos escaladores Zelão e Jardel, envolve um processo delicado: galhos de árvores pré-selecionadas são cortados durante a madrugada e ao meio dia e rapidamente transferidos para s**os pretos, a fim de minimizar a perda de água. As folhas desses galhos são, então, analisados com o auxílio da uma câmera de pressão (conhecida como bomba de Scholander), um equipamento essencial para medir o potencial hídrico das plantas.

Esse estudo faz parte do programa AmazonFACE, que investiga o impacto das mudanças climáticas na floresta amazônica. Sob a liderança do professor Tomás Domingues, da USP, e da professora Lucy Rowland, da Universidade de Exeter, o projeto reúne esforços de diversos especialistas para entender as implicações ecológicas e fisiológicas do aumento de CO2 na maior floresta tropical do mundo.

📝.lima

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📷1: equipe de campo: Zelão, Bruna Lima, Amanda Damasceno, Gustavo Spanner, Jardel Valente, Igor Lima
📷2:Bruna e Gustavo processando as amostras
📷3: Gustavo e Igor trabalhando nas amostras
📹4: Imagem que a câmera produz
📷5: equipe na organização
📹6: Imagens da coleta da madrugada
📷7: Bruna processando a coleta da madrugada
📷8: Igor e Jardel carregando o cilindro de nitrogênio usado na bomba de pressão
📹9: Zelão escalando para fazer coletas.
📷10: Amanda na coleta.

Hoje, 16 de outubro, é o dia nacional da Ciência, Tecnologia e Pesquisa!
Ciência e Tecnologia são feitas através das pessoas! ♥
Aos nossos cientistas e técnicos, parabéns por seus esforços diários!

Queremos ver as fotos do trabalho de vocês!

Na última semana, o sítio experimental do AmazonFACE recebeu a instalação das câmeras de Fenologia, em parceria com pesquisadores do e do .
A Fenologia é o estudo do ciclo de vida das árvores. Com os dados coletados pelas câmeras, queremos entender os padrões de troca foliar (produção e perda de folhas) e de reprodução (floração e frutificação). Com o experimento FACE, vamos poder avaliar se e como esses ciclos serão alterados devido ao aumento de CO2 na atmosfera. Cada espécie tem uma estratégia fenológica, que pode ser impactada de formas diferentes.

O experimento AmazonFACE vai expor três parcelas da floresta a um ar enriquecido com gás carbônico e monitorá-las para entender como a floresta vai responder à atmosfera do futuro. Há outras três parcelas com a mesma tecnologia, porém será liberado um com as condições atuais para servir de controle. Ou seja, serão três parcelas de tratamento com CO2 elevado (200 ppm acima do controle) e três parcelas controle (CO2 ambiente).

As câmeras instaladas irão coletar imagens diárias das copas das árvores, que permitirão entendermos os ciclos de vida das árvores num contexto de CO2 aumentado.

Os fenômenos de fenologia analisados pelo equipamento são:
a troca das folhas e a reprodução, onde entra a produção de frutos e de sementes.
Os padrões de fenologia serão definidos pela época de ocorrência, frequência e duração de todos esses eventos fenológicos - quando são lançadas folhas novas, quando as folhas caem (deciduidade), como é a reprodução, se há frutos, quando tempo para madurarem e caírem, etc.

Gostou? Siga o AmazonFACE e o CBioClima para acompanhar mais das nossas atividades científicas!

📷1: Imagem produzida pelas câmeras do dossel e a imagem com o dossel.
📷2: Câmera de fenologia.
📷3: Instalação de placa de energia solar.
📷4: Caixa de energia - bateria e controle.
📷5: Imagem produzida pela câmera e o experimento.
📷6: Foto captada pela câmera instalada acima das copas.
📷7: Torre de monitoramento fenológico.
📷8: equipe de campo - Leonardo Ramos, Tiago, Marcel Vaz, Mateus Geovane Lima da Silva, Izabela Aleixo, Jailson, Ranyelle Figueirado, Finn Könecke
📷9: experimento AmazonFACE.

No começo deste mês🗓️, teve uma campanha para instalar a quase dois metros de profundidade tubos translúcidos. Esses tubos permitem que um equipamento, chamado mini rizotron, capte imagens do crescimento das raízes🌱! Esse tubo precisa estar sempre a 60º, assim a perfuração do solo precisa ser feita com bastante precisão 🔎 para que o equipamento entre. Tudo precisa ocorrer de forma a não deformar o tubo. Esse equipamento é basicamente um scanner.
Essa campanha foi uma campanha piloto para entender as possibilidades de obtenção de imagens, já que os canos não podem se deformar com a instalação e precisam ficar limpos para que as imagens possam ser obtidas. Se der certo, essas instalações ocorrerão em todos os aneis do experimento.
Esse equipamento foi trazido pelo cientista Richard Norby e a campanha foi realizada pelos pesquisadores e técnicos Maria Juliana, Iokanam e Pedrinho (Jefferson). 💪👩‍🔬👨‍🔬

📷1: Maju, Richard e o tubo translúcido
📷2: Iokanam medindo a inclinação para perfurar o solo
📷3: Iokanam e Pedrinho perfurando o solo
📷4: Richard vendo a imagem capturada pelo equipamento
📷5: Iokanam, Pedrinho e Richard com o tubo translúcido.



nam

Ontem (09/05🗓️) começou a nova campanha da fase de coleta de dados sobre a água 💦. A campanha de hidráulica liderada pelos cientistas 👩‍🔬👨‍🔬 Izabela Aleixo e Paulo Bittencourt contou com o apoio 💪 dos escaladores Pedrinho e Zelão e dos pesquisadores Amanda Damasceno, Bruna Lima, Gustavo Spanner, Francisco Farroñay, Malu Busato e Juliana Schietti. Além de toda a estrutura no alojamento da Zf2 e no INPA.
Essa campanha coleta informações essenciais sobre as estratégias de uso da água 💦das plantas 🍃, com o objetivo 🔎 de entender o efeito do CO2 elevado nas relações das plantas com a água.
Já falamos um pouco dessa campanha antes, mas vamos recapitular!
“Para que a coleta e medições fossem feitas, dois times compostos por técnicos, estudantes, escaladores e pesquisadores estiveram em campo, enquanto uma terceira equipe ficava a postos para iniciar o processamento das amostras e as medições. O escalador sobe nas árvores pré-selecionadas e corta um galho e quem está no solo se prepara para colocar as amostras em um s**o preto (evitando a perda de água) para transportar até o time que opera o equipamento desenvolvido pelo professor Paulo Roberto de Lima Bittencourt (Exeter).”

Essa área de pesquisa do programa AmazonFACE 🌳🏗️ é liderada pelo professor Tomás Domingues da USP e pela professora Lucy Rowland da Universidade de Exeter.

📷(1): Start na noite do 09/05
📷(2): Participantes na frente dos tanques de CO2
📷(3): Equipamento para medir potencial hídrico
📷(4): Caule sendo manipulado
📷(5): Caule ampliado pelo equipamento Mesa de medições


lima
farronay

Saiu uma reportagem sobre o artigo da e .sg na Eos pela !! 🥰
Vai lá no link da Bio para ler na íntegra!!

Saímos na Superinteressante ! 🥰👏🏼

Vai no link da Bio para ler a reportagem na íntegra!

Um pouco da participação do AmazonFACE na assembleia geral da União Europeia de Geociências ()!

📷1: Boas-vindas EGU
📷2: Apresentação de poster
📷3: Apresentação de poster
📷4: Apresentação de poster
📷5: Apresentação oral online
📷6: Palestra sobre o AmazonFACE em nome da equipe
📷7: e assistindo a palestra da Anja
📷8: desenho de como o filho da Anja imagina uma floresta tropical
📷9: Apresentação de poster online na plataforma online da EGU24.

A assembleia começou no dia 14 e vai até dia 19!

Bárbara Cardelli é doutoranda 👩‍🔬 do AmazonFACE 🌳🏗️ e está na Alemanha, em Senckenberg Society for Nature Research. Ela organizou nesta última sexta-feira (12/4) 🗓️ um workshop sobre o modelo ecossistêmico CAETE. O modelo havia sido apresentado para seu grupo de pesquisa em Frankfurt, como houveram muitas perguntas e interesse, ela resolveu organizar esse encontro híbrido.
Na programação teve a apresentação dos modelos desenvolvidos e utilizados em Senckenberg e depois do CAETE, desenvolvido por biólogos do AmazonFACE no Brasil.
Na parte da tarde os integrantes do LabTerra Gabriel Marandola , Bianca Rius , Bruna Soica , Malu Busato , apresentaram como o CAETE funciona e alguns resultados e objetivos que são possíveis com o nosso modelo. A Carolina Blanco apresentou o trabalho dela que consiste numa comparação entre modelos ecossistêmicos que modelam o aumento de CO2.
O dia foi encerrado com uma palestra do David sobre como a modelagem é importante para complementar e aprimorar o trabalho experimental. Com os dados que o experimento vai fornecer é possível melhorar o modelo e com o modelo é possível simular cenários e informações que não foram coletadas, por exemplo.
Bárbara também comentou sobre o orgulho que é ter um trabalho com essa excelência produzido no Brasil, em uma universidade pública. A maior parte dos modelos ecossistêmicos são desenvolvidos no norte global. As condições de trabalho são muito diferentes.
Além de ter sido uma reunião que mostrou o modelo CAETE e recebeu bons feedbacks do trabalho da nossa equipe, iniciou-se ali uma conversa e uma troca de experiências. Há interesse pelo FACE por parte da equipe alemã e eles têm mais experiência com modelos, essas colaborações serão importantes para o desenvolvimento da ciência.

📷1: Participantes do workshop
📷2: Apresentação presencial do David
📷3: Discussão híbrida com Gabriel e Bianca
📷4: Apresentação da Malu
📷5: Apresentação da Bruna.

No dia 18 de março 🗓️, a mestrando 👩‍🔬 fez uma apresentação do curso de Atualidades do colégio Notre Dame de Campinas sobre mudanças climáticas e o trabalho dela no AmazonFACE 🌳🏗️.
Ela falou sobre o impacto das mudanças climáticas na segurança alimentar 🍽️ de comunidades amazônicas. Introduziu o que são mudanças climáticas e depois o que que é segurança alimentar. Falou um pouco da abordagem ecológica que ela utiliza para estudar esses dois temas, que é através dos ecossistemas. Fez uma contextualização da a segurança alimentar num âmbito global 🌐 e depois nacional através do relatório 📄 nacional de segurança alimentar. Contextualizar a insegurança alimentar nas diferentes regiões do Brasil e o Mapa da Fome. Então, tratou de um contexto mais local trazendo exemplos da Amazônia, de comunidades amazônicas, com alguns exemplos uns estudos de caso de cheia de seca que aconteceram com as comunidades ribeirinhas e comunidades indígenas.
Ela apresentou um vídeo mostrando as mulheres ribeirinhas, no alto no médio Juruá no rio lá de Caruari. Elas falavam sobre os impactos das mudanças climáticas na agricultura e na segurança alimentar. Então, Ana propôs uma discussão com os alunos sobre quem são as pessoas mais mais vulneráveis às mudanças climáticas e como diferentes pessoas na sociedade sentem esses impactos de forma diferente.
Para fechar uma reflexão do que pode ser feito, tanto na ciência, na produção de conhecimento, quanto como cidadãos, como sociedade, como é possível se engajar e fazer pressão para que alguns temas sejam mais olhados quando a gente pensa em segurança alimentar com sustentabilidade.
No final os alunos fizeram algumas perguntas. Como esse tipo de conhecimento, esse tipo de pesquisa chega nas governanças e na produção de políticas públicas. Perguntaram também como era feito o trabalho de campo.

📷1: Ana e sua apresentação
📷2: a visão dos alunos
📷3: A visão lateral de Ana e os alunos

Hoje no dia internacional das mulheres, parabenizamos as mulheres do mundo todo e, especialmente, as cientistas da nossa equipe.
No AmazonFACE há 4 pós-docs, Sabrina Garcia, Izabela Aleixo, Flávia Santana e Carolina Blanco.
Trazemos aqui falas de uma matéria do nosso site do ano passado.
Sabrina, gerente científica, lembra o exemplo da família de uma ex-colega de mestrado chefiada pela mãe, “com a intensidade dos eventos e do tempo que duravam as cheias, elas perderam a terra”. O desenvolvimento de pesquisa científica na região é uma forma de empoderar mulheres.
Para Izabela também é importante a ciência feita por mulheres, “que combate a desigualdade de gênero, bem como toda e qualquer desigualdade, pois está mais apta e preparada para lidar com a realidade e a complexidade dos problemas atuais, como o desafio das mudanças climáticas”, diz.
“Na graduação tinha poucas referências femininas”, diz Flávia. Todas consideram importante ter exemplos femininos no ambiente de trabalho. “Posso dar exemplos de mulheres que me inspiram em cada lugar aqui dentro do AmazonFACE”, diz Amanda Damasceno (mestre e técnica de pesquisa).
Maíra Padgurschi foi pós-doutoranda pelo programa hoje é co-líder da área de pesquisa Socioambiental e pesquisadora no CNPEM. O diálogo aberto com integrantes do programa permite conversas abertas sobre problemas a serem resolvidos, “nos dá mais empoderamento para falar, sinto mais liberdade”, comenta. Sabina ressalta que perante aos machismos, “temos que adaptar o ambiente e não as mulheres”, afirma.
Maíra acredita que é necessário criar boas práticas para garantir a equidade de gênero e a permanência de mulheres na academia, como a cartilha formulada pela Rede de Mulheres Acadêmicas da Unicamp. No AmazonFACE, há uma preocupação coletiva no sentido de incentivar mais mulheres a compor e permanecer na equipe.
Izabela é uma das que mais sente as práticas de incentivo no cotidiano. Seu filho, sempre que necessário, esteve no ambiente de trabalho. “Ter uma comunidade com um olhar sensível às mulheres e às mães é muito importante para a continuidade na vida acadêmica”, comenta, “se não fosse isso eu não estaria aqui”.

No dia 9/2🗓, saiu um artigo📄 na Plant,Cell & Environment que observou que árvores do sub-bosque da floresta amazônica respondem ao aumento da concentração de gás carbônico (CO2) . A primeira autora é uma cientista amazônida👩‍🔬, Amanda Damasceno orientada por Sabrina Garcia, ambas pesquisadoras do AmazonFACE🌳🏗.
Amanda estudou no mestrado (PPG Ecologia do INPA) a resposta das plantas do sub-bosque ao aumento de CO2. A vegetação nesta região da floresta recebe pouca luz. Existia a pergunta científica se essa condição limitaria a resposta da vegetação ao aumento de CO2.
O experimento em câmaras de topo aberto expôs a vegetação a um ar com uma concentração de CO2 55% maior que na atmosfera atual. São 4 câmaras tratamento - com ar enriquecido - e 4 câmaras de controle - com ar ambiente. Os autores concluíram que a vegetação dessa região da floresta respondeu positivamente ao aumento do CO2. Os dados indicaram aumento na assimilação de carbono (C) e na área das folhas. As plantas “sequestram” C, pois retiram o CO2 da atmosfera e fixam o C na forma de biomassa.
Quando expostos à luz☀, os poros (estômatos) na superfície das folhas se abrem para captar o CO2 e nesse momento perde-se água💧 para a atmosfera através da transpiração. Algoritmos que fazem previsões a respeito dos ecossistemas (modelos ecossistêmicos) preveem que com o aumento da concentração de CO2 no ar, a abertura dessas “janelas” pode ser menor, principalmente em árvores mais altas e expostas a maior quantidade de luz e temperatura. Assim, menos água é perdida para a atmosfera, podendo alterar os padrões de chuva🌧.
No artigo publicado no dia 9, não se observou alteração na perda de água. A não alteração nas taxas de transpiração e o aumento da área foliar sugerem que pode haver uma compensação da perda de água prevista e do impacto do CO2 elevado na umidade do ar.
Esse é o primeiro experimento do tipo, que visa avaliar in situ o efeito do aumento do CO2 em uma floresta primária de sub-bosque na Amazônia e o primeiro artigo de resultados com enriquecimento de CO2 do AmazonFACE.
Link para o artigo na Bio.


inpa

Ontem, 21/02 🗓, tivemos o prazer de vivenciar o primeiro workshop entre o CNPEM 🔬(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e o AmazonFACE🌳🏗. Ambos estão sob o guarda-chuva do MCTI. No encontro, foram conversadas as sinergias entre as duas instituições e pensar sobre o potencial científico e tecnológico nacional 🇧🇷
No CNPEM há o Sirius, um acelerador de partículas de quarta geração único no mundo!
As possibilidades vão desde questões sobre modelagem de ecossistemas, engenharia, sensores e soluções de produção, até a análise da composição de nanopartículas e possibilidades de obtenção de dados. 📈
Durante a reunião houveram apresentações dos diretores dos laboratórios de Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBr), Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) e Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). Houve também uma visita ao acelerador para conversar sobre as aplicações da engenharia do CNPEM na exploração sustentável da Amazônia.
Pudemos entender a potência brasileira em estudos de alta tecnologia e de forma rápida, uma quebra de paradigmas da ciência burocrática e demorada.
A cientista 👩‍🔬 Maíra Padgurschi .padgurschi está no AmazonFACE desde 2019 e se tornou em 2023 pesquisadora do CNPEM. Ela está trabalhando nesta aproximação com muito entusiasmo!

Ir até a floresta amazônica 🌳 e conhecer o experimento de perto 🔎 é algo custoso e complexo. Além disso, para visitar o sítio experimental, a supervisão adequada garante que nada atrapalhe os resultados. Mas se ir até o AmazonFACE pode parecer algo distante 🌳🏗️, o AmazonFACE irá até vocês , assim como foi à COP28 através desta maquete em tamanho real feita pela .
A maquete foi construída para ser exibida em Dubai na COP28. Agora, está na Unicamp e pode ser visitada no gabinete da reitoria, de onde seguirá posteriormente para exibição em outros locais do campus.
O trabalho da equipe da Fogassa é fidedigno e está em proporções reais.
Nos siga pra mais informações sobre onde ela poderá ser visitada no futuro!

📷1: Maquete no escritório da Fogassa
📷 2: Maquete vista de perto, canos de CO2 visíveis
📷 3: Visão aérea da maquete
📷 4: Maquete no gabinete da reitoria da Unicamp
oficial

Hoje é dia 11 de fevereiro 🗓️, dia das mulheres e meninas na ciência 💪👩‍🔬. Temos no AmazonFACE 🌳🏗️, com muito orgulho, um time majoritariamente feminino. Muitas cientistas mulheres, todos os cientistas pós-doutorandos são mulheres.
Inclusive nessa semana, no dia 9, saiu o primeiro artigo 📄 sobre experimento com enriquecimento de CO2 do programa AmazonFACE. O experimento foi realizado nas OTCs (câmaras de topo aberto). O artigo é fruto do mestrado de uma cientista mulher amazônida 👩‍🔬, a Amanda Damasceno, orientada por Sabrina Garcia, gerente científica do programa. No dia dessa foto, Amanda estava em campo fazendo ciência 🔎. A foto foi tirada na confraternização da reunião do comitê científico.

No Programa AmazonFACE 🌳🏗️, o efeito do aumento do CO2 será monitorado 🔎 desde as raízes, até a copa das árvores. Vamos acompanhar a produção de flores, frutos, quando e como as espécies trocam de folhas ao longo do tempo ⏳. Porém, para entender essas mudanças, é necessário que haja dados de comparação sobre como cada espécie se comporta e para isso usaremos estudos de fenologia das árvores.
Foi publicado em dezembro de 2023 um livro 📖 que será fundamental para conseguirmos comparar árvores expostas ao CO2 e entender possíveis mudanças no ciclo de vida delas. Fenologia - Árvores da Amazônia traz informações sobre 32 espécies que foram coletadas ao longo de 50 anos pelo grupo de pesquisa do INPA. A primeira autora, Izabela Aleixo 👩🏻‍🔬, faz parte do time AmazonFACE e o livro é fruto do seu doutorado 📄.
Como as árvores podem ser centenárias, o monitoramento precisa de muitos anos para que seus ciclos sejam entendidos. As espécies estudadas são de uso humano e estão presentes no experimentos em condições muito parecidas (são do mesmo continuum florestal).
A Fenologia é o estudo do ciclo dos seres vivos e da relação desse comportamento com o ambiente. Cada espécie apresenta seus ciclos, no caso das árvores amazônicas, o padrão fenológico indica quando elas produzem flores, frutos ou troca de folhas (perda e produção de folhas novas). Como podemos saber informações sobre o ciclo de vida das árvores? Através de observações e coleta de dados ao longo de muitos anos em diferentes indivíduos, para entender os padrões e descartar possíveis anomalias (anos de seca severa, por exemplo).
Como foi feito esse monitoramento? Ao longo desses 50 anos, quatro técnicos, dois em cada área, observavam, mensalmente, 1019 (mil e dezenove) árvores com binóculos e preenchiam um formulário sobre presença de folhas, frutos e flores.

Passa pro lado para ver algumas imagens do trabalho!

📷 1: Recorte da capa do livro Fenologia - Árvores da Amazônia
📷 2: Lorival observando
📷 3: Maciel observando
📷 4: Periquiteira com folhas velhas
📷 5: Louro ferro com sua identificação
📷 6: Angelim com frutos
📷 7: Piquia verdadeiro em fase de regeneração
📷 8: Recorte do formulário preenchido

Recebemos no sítio experimental do AmazonFACE 🌳🏗️ visitas ilustres ✨️ semana passada. No dia 16/01 📆, as , cinco alunas do ensino médio público da região metropolitana de Manaus, conheceram de perto o experimento que deve começar em maio.

Futuras Cientistas 👩‍🔬 é um programa que começou no CETENE - Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste - que há dois anos se estendeu nacionalmente, graças a uma parceria com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Alunas e professoras do Ensino Médio fazem ao longo do mês de férias imersões científicas em grupos de pesquisa e laboratórios.

No INPA, Flavia Santana cientista do AmazonFACE, coordena a imersão. Aqui, essas jovens têm contato com os grupos de pesquisa sobre mudanças climáticas na Amazônia, tanto pesquisas sobre o que está mudando, quanto sobre a biodiversidade da floresta.

A futuras cientistas puderam ver as estruturas de cima do guindaste, acompanharam um campo de medidas de respiração de solo, receberam explicações sobre as câmaras de topo aberto (OTCs), ajudaram na coleta de serrapilheira para monitorar a floresta.
Além da Flávia, elas foram recebidas pela , .lima e .

Arrasta pro lado para ver um pouco mais da visita!

📷1: As futuras cientistas em frente as estruturas do experimento.
📷2: Amanda e Bruna explicam como funcionam as coletas.
📷3: As futuras cientistas se preparam para ver a floresta de cima.
📷4: As alunas do realizam a coleta de serrapilheira.
📷5: Amanda explica as câmeras de topo aberto.

Saiu no 19/12 um artigo científico 📄 com resultados importantes sobre o papel das raízes finas na serrapilheira e no ciclo do fósforo na floresta 🌳. A abordagem do comportamento de raízes 🏨 que crescem “para fora da terra” 🌱 é quase inexistente na literatura. O artigo em tradução livre é: “Presença de raízes finas e aumento da disponibilidade de fósforo estimulam a decomposição da madeira em floresta tropical na Amazônia Central” e faz parte dos experimentos da fase de base do programa AmazonFACE.
Foi testado se a presença das raízes finas na serrapilheira poderia estimular a decomposição e liberação de nutrientes de detritos de madeiras (materiais com estruturas complexas) de espécies com diferentes densidades (mais macias ou muito duras). Além disso, foi testado se esse possível efeito das raízes na decomposição e liberação dos nutrientes seria de alguma forma limitado pela disponibilidade de fósforo (P).
Como os solos amazônicos são muito antigos, ao longo de milhares de anos os nutrientes foram lentamente retirados das rochas. Mais ou menos 60% dos solos da floresta são pobres e P. Assim, a decomposição da serrapilheira (folhas, galhos, troncos, etc) é fundamental para “nutrir” as raízes e microrganismos, que precisam de carbono (C) e outros nutrientes para crescerem e se reproduzirem.
O trabalho principal de decomposição é feito pelos microrganismos e as raízes finas podem ajudar a acelerar esse processo e liberar nutrientes, fornecendo energia (carbono) para os microrganismos ou diretamente através de enzimas
Os resultados indicam que a presença das raízes finas na serrapilheira aumenta a decomposição dos detritos de madeira. Já o aumento na absorção dos nutrientes pelas raízes só foi observado nos estágios finais do experimento (após 2 anos).
Esse estudo é um esforço contínuo de para compreender o papel das raízes finas na ciclagem de nutrientes. Ela defendeu este ano (2023) o doutorado no INPA, no AmazonFACE. Hoje ela está na Alemanha pesquisando conosco.
Você pode ler o artigo na íntegra, link na bio!

📷1: Nathielly em campo
📷2: Raízes finas na serrapilheira
📷3: O novo artigo