dralizhelenapessoa

dralizhelenapessoa

pediatria e desenvolvimento infantil

14/09/2023

Oi, gente!
Só pra dividir um pouquinho da minha alegria com vocês!!!
Eu sou Pediatra com residência no HMSA e especialista em Psiquiatria pela UFF e agora também titulada pela Associação Brasileira de Psiquiatria! Aprovada nas 3 etapas!!!

04/09/2023

Aproveitando o Setembro Amarelo para lembrar que a saúde mental nunca estará dissociada do modelo de sociedade que temos e queremos!

21/11/2022

O TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO EVITATIVO (TARE) é uma desordem psiquiátrica que geralmente se inicia no período de lactente, ou na primeira infância, podendo persistir na idade adulta.

Nele, não há preocupação com a imagem corporal, a pessoa simplesmente come pouquíssima quantidade ou evita os alimentos conforme suas características sensoriais (cheiro, cor, textura, temperatura). A grande questão associada a esse transtorno é que ele pode interferir negativamente no ganho ponderal, no crescimento e desenvolvimento físico e mental, podendo afetar a cognição da criança.

Além disso, esse transtorno também aumenta o estresse intradomiciliar, trazendo prejuízo para as relações familiares, bem como para o aspecto social da vida dessa criança.

🚩Quando suspeitar?
Quando a criança apresentar desinteresse ou esquiva para se alimentar de forma persistente e não conseguirmos garantir suas necessidades energéticas e/ou nutricionais, associada a PELO MENOS UM dos critérios abaixo:

1. Perda de peso significativa ou não recupera o peso/crescimento conforme esperado.
2. Deficiência nutricional significativa.
3. Dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais orais.
4. Interferência marcante no funcionamento psicossocial.

Outra coisa importante, é que ele pode acompanhar outros quadros psiquiátricos, como Deficiência Intelectual, Transtorno de Ansiedade, TOC, TDAH. Mas em especial, na faixa etária pediátrica, estaria o Transtorno do espectro autista, pelas questões sensoriais. O que não significa que está correlação é obrigatória. Alguns autistas terão problemas de seletividade, mas não terão o transtorno alimentar restritivo/evitativo.
A ansiedade familiar, bem como pais com algum transtorno alimentar, são fatores de risco para o desenvolvimento e pior prognóstico deste transtorno.

Caso conheça alguma criança passando por essa situação, a boa notícia é que tem tratamento!
A abordagem é multidisciplinar, com médico, psicólogo, nutricionista e, dependendo do caso, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.

Bora!

Tem muita gente por aí simplificando e apenas mandando deixar a criança com fome, ou obrigando a comer, se expor, sem nem pensar em tratar!

Photos from dralizhelenapessoa's post 28/10/2022

Eu também assino essa lista de pediatras, esse manifesto!
Pois somos contra o discurso de ódio, as armas, a homofobia, o racismo, a misoginia, a violência doméstica, a mentira, o horror!
Somos a favor da criança, das vacinas, do faz de conta do acolhimento, da segurança alimentar, da nutrição materno infantil, da preservação da Amazônia, da proteção dos povos indígenas!!
Somos a favor de uma educação com afeto, inclusiva, respeitosa!

Dia 30 estamos com Lula!

Ps: Comentários serão aceitos, mas discurso de ódio será e propagação de mentira será apagado.

Se vc discorda e quiser apertar o deixar de seguir, tá tudo certo!
Mas saúde e política caminham juntas e eu prefiro me posicionar do que me abster!

E quem quiser entender minha posição, antes de falar em corrupção, roubalheira e tal... da uma olhada na carta aberta que fiz... Estará no próximo post!

Viva a democracia! Só existe 1 caminho para ela!







robertadibo



pediatra

Cooper









Juliana Nadai





ana.paula


michellehygino
anaheloisagama decarvalho

07/10/2022

Contribuindo, ainda que modestamente, com o estudo das Altas Habilidades/Superdotação no nosso país.
Fico extremamente feliz desse poster , produto do meu TCC na especialização em Psiquiatria na UFF, ter sido aceito pela . Sinal de novos tempos, de um olhar biopsicossocial e da necessidade da saúde e educação caminharem juntas, pela inclusão e pelo bem estar das nossas crianças.

Titulo: Aspectos associados a depressão nas crianças e adolescentes com altas habilidades/superdotação.

Meu agradecimento especial aos meus orientadores , e Mauro Mendlowicz.

Photos from dralizhelenapessoa's post 01/06/2022

TODOS OS DIAS CHEGA UMA MÃE EXAUSTA NO MEU CONSULTÓRIO!

Exausta mesmo, exaurida! Unhas, sobrancelhas, olheiras, retoque da raiz? Que piada! Não que esssas  coisas  não sejam importantes! São muito, mas é para além disso! Mães que só gostariam de um banho mais longo e despreocupado! Um refeição em silêncio, a possibilidade de chorar em momentos de fragilidade sem platéia.
Em 2019 foi públicada uma metanálise que demonstra que pais de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) experimentam altos níveis de sofrimento psicológico. As proporções meta-analíticas demonstraram que 31% preeenchiam critérios para Depressão, 33% para transtornos de ansiedade, 10% para transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), 4% para transtornos por uso de álcool e substâncias.
Ou seja, pais de crianças autistas estão sob grande risco em relação a sua saude mental. E quem cuida de quem cuida?
Quando a gente atende uma criança, seja autista ou não, sua família também deve fazer parte da nossa preocupação.
Minha anamnese por exemplo tem os itens rede de apoio, pai presente, avós presentes. Foi uma forma que criei para triar se essa família encontra-se em risco.
Pensar a rede de apoio, indicar terapia para os pais ou acompanhamento psiquiátrico, acolher e escutar também são atribuições do médico.

30/05/2022

QUANDO RECEBEMOS UM DIAGNÓSTICO, OU A SUSPEITA DELE, VIVENCIAMOS UM LUTO? 

Antes disso seria interessante explicar o que é luto. Ele é caracterizado pela perda de um elo significativo entre a pessoa e seu objeto, não se limitando a morte, mas a perda, seja ela material, real ou simbólica, relacional, pessoal, profissional...
E a forma que o indivíduo se relaciona representa sua capacidade de se adaptar.

Para Freud, o enlutado sabe exatamente o que perdeu e vive um processo para elaborar esta perda. Melanie Klein quando fala em luto não se contrapõe a Freud, mas acrescenta que não se refere apenas a uma perda real do objeto, mas tb simbólica. E que a pessoa embora não esteja com um transtorno psiquiatrico, vivencia um estado mental diferenciado, em que são reativados algumas reações primitivas vividas no desenvolvimento natural, que ela chama de depressão arcaica. Não vou me estender aqui, mas esta teria relação com nossas vivências quando éramos bebês e o mundo interno que criamos.

Embora controverso, estudiosos em teorias psicanalíticas costumam dividir o luto em fases:

1ª: Negação: estamos confusos, devastados pela dor e com grande dificuldade de acreditar no que estamos vivendo. Buscamos outras opiniões que afirmem que existe um engano.

2ª  Raiva: Pessoa sente raiva, pode ser rude e viver sentimentos de culpa, medo e revolta consigo ou com outrem.

3⁰ Barganha: Toma maior consciência de que a raiva não adianta e busca caminhos para reverter o ocorrido. Faz promessas, orações.

4⁰ Humor deprimido: Compreensão e grande sofrimento sobre o que se está vivendo.

5⁰: Aceitação: alinha seus sentimentos, expectativas e passa a ponderar com maior tranquilidade.

Todo esse papo para pensar a respeito do que passamos diante de um diagnóstico. Afinal, qualquer um será uma quebra de expectativa!
Essas fases não tem tempo pré-determinado. Uma pode ser maior que a outra. Podem durar um dia, uma semana, muitos anos.

O que a gente pode fazer?
Pedir ajuda!
E não há escuta mais qualificada do que a de um bom psicólogo.
E sabe porquê? Pois a gente precisa viver o luto no nosso tempo, mas o diagnóstico seja nosso, ou do nosso filho, NÃO PODE ESPERAR!

Photos from dralizhelenapessoa's post 22/01/2022

EI, GENTE! NÃO SEI VCS, MAS SOU SÓ EMOÇÃO COM AS FOTOS QUE TENHO RECEBIDO!
Então aproveitei para colocar os calendários da próxima semana para Niterói, Maricá e Rio de Janeiro!
Bóra!!!!
Tem jeito!

Photos from dralizhelenapessoa's post 03/12/2021

Hoje essa notícia deve estar no top trends em todo mundo.
As estatísticas mudaram e agora temos 1 autista para cada 44 indivíduos com desenvolvimento típico.

Essa foi a divulgação do CDC a respeito da Prevalência e características do transtorno do espectro do autismo entre crianças de 8 anos e divulgaram mais:
-Dentro das que tinham avaliações cognitivas, 35,2% foram classificadas como portadoras de deficiência intelectual.
-23% eram limítrofes.
-Associação com deficiência intelectual foi mais observada em negros.

Autismo é assim, todo dia uma coisa nova!
E nunca é pouco lembrar: Intervenção precoce é a chave! Independente do laudo, o importante é essa criança ter seu desenvolimento avaliado, acompanhado e iniciada a intervenção.
Vocês já estão sabendo?
Também têm a mesma impressão?

09/11/2021

UTILIDADE PÚBLICA:
Eu e a .goncalves.pediatra teremos o prazer de participar do Encontro do Simplifica Down ministrando palestra para a comunidade a respeito de acompanhamento de crianças com Síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista.
Será dia 20/11 as 9h, no Rotary Maricá.
Inscrições pelo link
https://forms.gle/9ejrk54g7wYcnvU79.

Photos from dralizhelenapessoa's post 03/11/2021

🔮Não tenho bola de cristal, mas consigo adivinhar alguns MEDOS do seu filho, pois esse sentimento costuma obedecer o desenvolvimento cognitivo, embora também se relacione à família e ambiente.
Sentir medo é normal, mas a criança precisa do acolhimento da sua figura de segurança.

👼0-6meses: Perder apoio, ruídos e luzes fortes. Bebês tem dificuldade para se autorregular nessas situações aversivas, sendo comum ficarem taquicárdicos, com soluços, bocejos e choro intenso. É interessante mantê-los enroladinhos no primeiro mês, e oferecer um ambiente estimulante, porém tranquilo. Ah, dar muito colo!

👶7-12meses: Estranhos, altura, objetos inesperados. Começam a se diferenciar do meio, reconhecem as pessoas do seu convívio e com quem se sentem seguras. Ainda têm pouca compreensão da permanência de objetos, por isso gostam de br**cadeira de esconder, mas ao mesmo tempo as situações repentinas os assustam.

👩‍🦲1 ano: medo de se afastar do responsável, banheiro, ferimento e estranhos. Pais devem estar por perto nas situações novas.

🦸‍♂️2-4 anos: Animais, escuro, afastamento dos pais, ruídos, máscaras, fantasias, desconhecidos, ficar sozinho. Explique e desmistifique os medos, se aproxime da fantasia e mostre que é uma roupa. Idade de entrada na escola, sendo necessária paciência e apoio durante a adaptação.

👦5 anos: Pessoas "más", dano corporal, separação, se perder, ser esquecido na escola. Não reforçar as questões de violência, ensinar telefone dos pais e endereço.

🧑6-7anos: Sobrenatural, escuro, danos físicos, início medo da morte, medo de perder os pais, de ser criticado, de ficar sozinho. Desmistificar, assegurar, conversar!

🤷‍♀️7-8 anos: Mesmos que aos 6anos, somado a questões de guerras, acidentes... Reduzir as fantasias que as crianças criam, não colocar mais medos.

💃9-12anos: Provas, apresentações, aparência, morte, danos físicos. Existe um limite entre dar autonomia, responsabilidade e pressionar. Ele é tênue, mas existe. Apoie, reconheça as dificuldades, empatize, fortaleça a autoestima e assertividade, conte momentos da sua vida em que viveu algo semelhante. Atenção aos sinais de ansiedade de performance, preocupação com peso e isolamento.

Photos from dralizhelenapessoa's post 18/10/2021

Dia do medico: 18 de outubro!
Bom dia!!!
Segunda costuma ser dia de reflexão, né? Então vamos lá!
Tem um vídeo que circula na internet do Steve Jobs, em que ele fala que um dia a gente olha para trás e liga os pontos.
E é exatamente assim! Até meus 16 anos eu falava que jamais seria médica, que seria a última coisa que eu faria (reposto no story)! Hoje, olho, ligo os pontos e entendo que tudo na vida se encaixa e constrói a médica que sou!
E eu que costumo ser modesta, vou falar para vcs, tenho um orgulho IMENSO DE SER QUEM SOU!
Não pensem de maneira nenhuma que tem relação com prestígio, com achar minha profissão mais nobre que as demais... Nada disso!
Mas eu entendo a medicina como a arte de oferecer CUIDADO!
E se tem uma coisa que eu gosto é de cuidar! Desde que me entendo por gente!
Minha avó viveu a fase terminal da Leucemia com a gente, lembro como se fosse hoje a preocupação e responsabilidade que eu me dava com 5 anos em relação a ela.
Fui crescendo e sempre amei Ciências, ler, escrever... Era super curiosa e destemida! Queria entender tudo sobre saúde! Quando meu pai me ensinava alguma coisa... Era o máximo!
Morávamos em uma cidade pequena e volta e meia alguém batia na nossa porta pedindo para ele atender, pois o serviço mais próximo ficava beeeem longe. Chego a lembrar do friozinho na barriga! E como eu achava o máximo a pessoa ter uma resposta para o sofrimento de alguém!
Não é curar, sabe?
Claro que na época eu não entendia isso...
O que verdadeiramente curamos?
A gente acolhe a dor do outro, em um momento de fragilidade, dá a mão e diz que ele pode contar com alguém nesse caminho. Pode ser um caminho breve, pode ser a infância inteira, no fim da vida... A gente está aqui para facilitar, para que doa menos, para abrir algumas portas e janelas que só o conhecimento permitem! Iluminar o caminho, entende?
E por isso que sempre que eu falo que tento seguir ao máximo o que vejo de evidência científica, pois é nisso que eu me baseio para oferecer o melhor.
E sim, me chateia muito ver quem abusa do poder do conhecimento para explorar a fragilidade alheia, assim como me agride quem não entende que medicina é CUIDAR!!!
Feliz Dia do Médico pra gente!

Photos from dralizhelenapessoa's post 04/10/2021

Oi, gente!!!!
Estava louca para divulgar para vocês!! Agora já posso!!
Eu tive o prazer de participar e contracenar com , atriz que é uma lindeza de viver, no episódio sobre Autismo e Neurociência!! E meu marido também estará na telinha, no dia dedicado a Inclusão. Estreia dia 13/10, no (Canal Futura), uma série com crianças, feita para as crianças e com muita informação! Inclusão, transtorno do espectro autista, adoção, racismo, neurociência e muito mais!
O friozinho na barriga tá cada dia maior!!!!
Semana que vem começa!!

Photos from dralizhelenapessoa's post 14/09/2021

A Tricotilomania é um transtorno caracterizado pelo hábito de arrancar cabelo de qualquer área do corpo, de forma recorrente e sistemática, resultando em perda real de cabelo e grande dificudade para parar ou reduzir o comportamento.
O ato de arrancar causa sofrimento ou prejuízo para o indivíduo em algum aspecto da vida.
As regiões podem variar com o tempo, assim como ter horários do dia, ou períodos de exacerbação, podendo ser pior em períodos de maior ansiedade ou tédio.
Mas atenção!
Não deve ser melhor explicado por outro transtorno mental ou tentativa de minimizar algum aspecto da aparência.
Outro dado importante é que o comportamento de arrancar pode estar associado a algum ritual ou justificativa e devemos estar atentos para não normalizar o hábito e demorar no diagnóstico.
"Arranco só os que são mais grossos..."
Eles também podem arrancar de forma específica, passar na boca, entre os dedos, comer!
No caso de comer, vai aí uma outra preocupação grave: Tricobenzoar! Quando forma um bolo de cabelo no tudo digestivo e ocorre obstrução intestinal, desfecho em geral cirúrgico Para remoção do cabelo.
Em crianças costuma se dar igualmente em ambos os sexos, mas após a puberdade, idade mais comum para abertura do quadro, passa a ter uma prevalência maior em mulheres (10:1).
Se esse comportamento vem sendo observado, procure imediatamente um acompanhamento psiquiátrico e psicológico, pois é um transtorno que pode durar anos, tem um curso crônico e com característica de apresentar inúmeras recaídas.

Photos from dralizhelenapessoa's post 12/06/2021

FOTOS DO FUNDO DO BAÚ...
Relacionamentos são muitos mais intensos, muito mais profundos e muito mais complicados do que as redes sociais aparentam...
As vezes temos que revisitar nossas memórias e buscar o que fez estarmos juntos.
Definitivamente nem todo dia é bom, suspeite de quem falar que é!
Fato é que que querer estar junto dá trabalho, principalmente porque para se acomodar ao outro a gente precisa se transformar. E isso é ruim? Não acho...
Não acho mesmo!
Tudo faz sentido... Nossos defeitos e qualidades, nossas desavenças e reconciliações, cada dia que escolhemos consertar as coisas no lugar de jogar fora...
Eu te amo quase todos os dias!
E tudo bem, porque tem dias que eu não me amo também...
A gente é assim... Inteireza e incompletude! Inteligência e estupidez! Previsibilidade e impulso... Feios e beIos... Um projeto que o outro fez em algum lugar... Reais!
Feliz 19° Dia dos Namorados, !!!

01/06/2021

"ELE PODIA NÃO CHORAR, NÉ?"
"Por que meu bebê chora? Fico nervosa..."
"Não pega no colo pois ele vai ficar mimado"

Bem, quando o bebê nasce nossa principal preocupação é se ele chorou, certo? Sinal de que nasceu bem, que é capaz de respirar! Vai para o seio, é aquecido, suga. Passado esse momento, normalmente eles passam as primeiras 48h bem quietinhos. Recebemos alta e vamos para casa! Chegando em casa, toda aquela sensação de fragilidade vem a tona ante o primeiro choro. E aí? Fome? Dor? Sono? Fralda suja? Cólica? Nossa! Que insegurança bate!
Os dias vão passando e ele segue chorando quando incomodado, mas os pais reduzem sua ansiedade perante o choro. E sabe o porquê?

Porque choro é LINGUAGEM!

Com o passar dos dias e as trocas estabelecidas, nos tornamos capazes de identificar as diferentes formas de chorar, reconhecendo quando é por fome, dor, sono, desconforto, frustração. Padrões encontrados por Wolff, em 1969, e amplamente estudados até hoje.

Aos 6 meses, os bebês já identificam algumas expressões faciais, isso faz com que aumentem ou diminuam o tom do choro, conforme a situação. Existem alguns trabalhos que relacionam diferenças nesses padrões de choro quando comparamos bebês neurotípicos com bebês autistas. Ainda existem controvérsias, mas como consideramos o choro linguagem, faz sentido pensar em alterações nesse padrão, visto os atrasos na linguagem e na reciprocidade social observadas nos autistas.
Outra preocupação é a resposta ao choro. É comum ouvirmos que não se pode pegar o bebê assim que chora. Entretanto, os estudos demonstram que quando levamos muito tempo para atender ao choro do bebê, é possível que ele apresente grande dificuldade para se autorregular e se acalmar, mesmo após acalentado. E quando essa falta de resposta se repete muitas vezes, ele reduzirá o choro, mas não por ter aprendido a esperar, mas por entender que sua linguagem não é compreendida. Sendo assim, as evidências científicas encorajam que os bebês sejam atendidos prontamente nas suas necessidades, pois isso os tornará socialmente mais competentes..Isso fala muito sobre apego seguro!!!
Muito colo, compreensão, vínculo! Muito amor!!

30/05/2021

Quem não gosta daquelas pérolas de criança! Eu amo e por isso resolvi criar esse post fixo para os domingos.
Beijão e bom finzinho de domingo para vcs!

28/05/2021

Dia Mundial do Br**car!!
11 anos separam essas fotos...
Meus amores...
Meus super filhos...
Meus super-homens!

Photos from dralizhelenapessoa's post 28/05/2021

Br**cadeira de 2 a 4 anos:
Chegou a idade do Terrible Two, a adolescência da infância, quem tiver interesse, tem post falando dessa fase no feed. Aos 2 anos costuma se iniciar um br**car mais simbólico, pois as crianças já são capazes de lidar com imagens mentais. Desta forma, começam a ter a capacidade de montar quebra-cabeças de 2 a 3 peças, por exemplo. E vamos observando as br**cadeiras ficarem cada vez mais elaboradas, com maior construção... O faz de conta vai surgindo, as atividades motoras finas e grosseiras vão ficando mais especializadas. Correm, pulam, saltam, começam a pedalar velotrol, br**cam de se esconder pela casa, jogam bola... Exploram todas as possibilidades! Na motricidade fina é interessante estimular atividades de enroscar, de dar corda.
A partir dos 3 anos, se observa claramente a evolução de todas essas habilidades na linguagem, na motricidade, na cognição, na autonomia. Assim, o grau de dificuldade pode ser ampliado, quebra-cabeças com 4 a 6 peças, jogo da memória com 8 a 10 peças, atividades que trabalhem reconhecimento de cores, quantidades, mira, alinhavo e muita br**cadeira com outras crianças... Por volta dos 4 anos, a criança adquiri a capacidade de pensar o que o outro deve estar sentindo ou pensando, o que é um passo gigantesco no seu desenvolvimento socioemocional.
Vamos entrar na br**cadeira???
Ps.:Arrasta para o lado para ver os brinquedos e br**cadeiras indicadas. Tem mais dicas nos stories.

Photos from dralizhelenapessoa's post 27/05/2021

A br**cadeira livre é aquela que parte da criança, pode até ser em grupo, mas não tem interferência do adulto.
Nos últimos 30 anos, muitas foram as mudanças na sociedade que dificultaram o br**car livre. A vida na cidade, o trânsito, a violência, a mulher no mercado de trabalho, o aumento do período em escolas, recreios de 20min, espaços pequenos, aulas extra-classe, desenhos produzidos por equipes de marketing pedagógico, brinquedos que br**cam sozinhos e telas...Tudo isso diminui as oportunidades que a criança tem de realizar aquilo que faz de melhor: BRINCAR!!
E por que insisto ser fundamental?
Todas essas fotos são de crianças saudáveis, com excelente desenvolvimento neuropsicomotor, br**cando livremebte no período da Pandemia. Aqui não vamos interpretar suas br**cadeiras, nem precisamos! Primeiro pois não seremos capazes de compreender toda a sua subjetividade, segundo porque a interferência feita num ambiente não-terapêutico pode impedir justamente o que queremos, que é a oportunidade de se expressar livremente. Então, o objetivo hoje é amarrar três pontos:
🎯A criança expressa suas emoções através da br**cadeira. Simbolizando, criando hipóteses, testando o mundo dos adultos, projetando as possibilidades que existem no seu entendimento. E isso encontra fundamento teórico em Freud, Winnicott e Melanie Klein, que concordam que é br**cando que a criança simboliza os conteúdos que a perturbam e assim podem elaborar momentos traumáticos.
🎯Br**car com filho é muito bom, mas nestes momentos devemos monitorar os perigos, incentivar suas conquistas e descobertas, mas permitindo que elas sejam as protagonistas da história. Pois Winnicott tambem afirmava que é "apenas no br**car que o indivíduo pode ser criativo e utilizar sua personalidade integralmente, e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o seu eu".
🎯Quando estamos atentos, br**cando junto, construímos uma coisa fundamental: conhecemos nosso filho. Assim, quando alguma coisa estiver desviando do habitual, teremos embasamento para compreender seus comportamentos e impactos na rotina.
Lembrar que br**car não exclui a necessidade de terapia com psicólogo que alguns tem!!
Puxe as suas da memória!

Photos from dralizhelenapessoa's post 25/05/2021

A Dimensão Social do Br**car se refere aos tipos de interação durante a br**cadeira. Mildred B. Parten, em 1932, observou crianças de 2 a 5 anos e identificou 6 tipos de br**cadeira, que classificou em não sociais e sociais, e acreditava que seguiam uma cronologia ligada ao desenvolvimento das habilidades sociais.
Hoje, sabe-se que uma vez conquistada a capacidade de participar de um estágio social específico, ela será capaz de transitar nos outros de acordo com a situação.
Os marcos para se atingir esses estágios na br**cadeira são importantes sinais de alerta para transtornos do neurodesenvolvimento.
Observar a criança br**car, a forma que ela se engaja na atividade, o uso funcional da linguagem, o interesse que tem em compartilhar da br**cadeira, mais do que no brinquedo em determinadas fases. Tudo isso é fundamental numa avaliação do desenvolvimento.
👀Comportamento de desocupação: Parece que a criança não está br**cando, mas pára momentaneamente para observar coisas de interesse. Ocorre desde o nascimento.
🙎‍♂️Comportamento de observação: Observa as outras br**carem. Comum no primeiro ano de vida.
🏐 Jogo independente solitário: Br**ca com brinquedos diferentes e não se interessa em br**car com outras crianças. Geralmente até 2 -3 anos.
🚗 Jogo paralelo: Br**cam com os mesmos brinquedos que outras crianças, mas ao lado delas, não com elas. Entre os 2 e meio e 3 anos e meio.
👷‍♂️Jogo associativo: Br**cam juntas e de forma semelhante, dividem brinquedos. O interesse é estar compartilhando a br**cadeira, não tanto o brinquedo, por exemplo. Entre 3 e 4 anos e meio.
🤾‍♀️Jogo suplementar cooperativo ou organizado: Br**ca em grupo e em função de um objetivo. A partir de 4 anos e meio, tornando-se mais organizado aos 6 anos.
É preciso estar atento à está interação. No jogo cooperativo, por exemplo, veremos a forma como criam estratégias, dividem o trabalho, verificamos os perfis de liderança e cooperação. O que br**ca sozinho pode ser apenas por timidez, mas também transtorno do espectro autista ou outra condição que afete a interação social. Assim como o que observa, pode estar pensando numa estratégia para se engajar no grupo.
Já observou seu filho?

Photos from dralizhelenapessoa's post 24/05/2021

Bom dia, Segunda-feira!!!
Dia de reflexão, "bora" estudar, trabalhar, arrumar a casa, cuidar dos filhos, br**car!Bora! Tudo isso lembrando que tem um vírus matando gente!!! Gente!! Pai, mãe, filho! As vezes fico me perguntando se fosse bicho as pessoas estariam mais comovidas. Nada contra os pets, amo! Mas é cada coisa que a gente vê que não dá!
Mas hoje nosso assunto é coisa boa e séria, pois vai ver que Pandemia não é! O assunto é Br**cadeira!
Trouxe essa frase do Toy Story para discutirmos sobre um artigo recente, publicado em Julho de 2020, pela Infant Behavior and Development.
Esse artigo demonstra que o desenvolvimento socioemocional de crianças pequenas depende criticamente das interações iniciais que estabelecem com os pais (cuidadores), especialmente estabelecidas através da br**cadeira.
Nesse estudo, eles avaliaram a br**cadeira entre pais e filhos e o desenvolvimento socioemocional da criança através do Bayley, aquele instrumento que já mostrei aqui para vocês, padrão-ouro para avaliarmos desenvolvimento infantil.  E concluíram que quanto mais interação, quanto mais os pais usam os brinquedos, quanto mais modelam comportamentos durante a atividade, melhor era o desenvolvimento socioemocional da criança avaliada quando comparada com pais que interagiam menos.
A criança começa a se relacionar mais ativamente com brinquedos a partir de 6 meses e isso permite que desde muito cedo trabalhe a atenção, aprendizado visual, autorregulação, controle inibitório. Quando os pais se envolvem, sua relação se estende a organizar sua atenção visual com a capacidade de ouvir sobre o objeto, podendo os pais estabelecerem uma modelagem ativa de comportamentos sociais aceitáveis como ​compartilhamento, troca de turno, cooperação.
Outra coisa que o artigo discute é a coparentalidade, que seria a habilidade que os pais têm em exercer sua parentalidade em conjunto, de forma harmônica e satisfatória, gerando nos filhos competências relacionadas a empatia, afetividade, cooperação e menos comportamentos externalizantes.
Br**car é tudo de bom!
Muita gente devia ter br**cado mais com seus filhos! Certeza que seriam seres humanos melhores! Dá tempo de fazer com os nossos! Vem!

22/05/2021

SEMANA MUNDIAL DO BRINCAR!
Essa é uma semana tem como objetivo enaltecer a importância do br**car para o desenvolvimento das crianças, sendo reconhecida inclusive pela Unicef.
Hoje, iniciaremos nossa série sobre o br**car.
Não é possível falar de infância sem falar de br**cadeira. Prova disso é o fato de estar presente em todas as culturas, conforme observado por pesquisas de desenvolvimento infantil e psicologia evolutiva. E por que ser pesquisada? Não seria a br**cadeira mera diversão? Passatempo? Não!
Piaget dizia que "Br**car é o trabalho da infância." E sabe por que? Porque através da br**cadeira a criança exercita todos os domínios do desenvolvimento: motricidade fina e grosseira, cognição, linguagem, comportamento adaptativo, habilidade social.
Já para a psicologia, br**car proporciona à criança a oportunidade de questionar os adultos; formular hipóteses e testá-las. Além de externalizar suas emoções. Por isso, na Teoria de Melanie Klein, o br**car é definido como "o meio natural de auto-expressão da criança de libertar-se de seus sentimentos e problemas, da mesma maneira que, em certas formas de terapia para adultos o indivíduo desenvolve suas dificuldades falando."
Para Winnicott, seria um indicador da saúde, de desenvolvimento, além do sentimento de ponte entre o mundo interno psíquico e externo do sujeito.
Mesmo Freud, quando descreve a br**cadeira "Fort da", reproduzida por seu neto, diz que "...em suas br**cadeiras as crianças repetem tudo o que lhes causou uma grande impressão na vida real..."
Ainda que discordem am alguns aspectos, tanto Klein, quanto Winnicott e Freud acreditam que a criança usa a br**cadeira para simbolizar e elaborar conteúdos. Por isso é tão importante que ela tenha tempo para br**car livremente, sem a interferência e estruturação do adulto, o que deve ser uma preocupação dos responsáveis e das escolas, nesse momento histórico em que existe uma busca pela escolarização, conteúdo acadêmico e produtividade nas turminhas de educação infantil.
Br**car prepara para vida adulta!!!
Nos próximos dias mergulharemos nesse mundo delicioso, em que um graveto é capaz de virar um avião, uma espada e tantas outras coisas.
Você vem???

Website