Círculo Monárquico do Espírito Santo

Perfil oficial do Círculo Monárquico do Espírito Santo. Defendemos a Monarquia Constitucional

11/08/2024

Nota de pesar de Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, pelo acidente aéreo em Vinhedo, São Paulo.

09/07/2024

# # ENCONTRO MONÁRQUICO NACIONAL: INSCRIÇÕES PRORROGADAS!

🚨 Temos a alegria de anunciar a prorrogação das inscrições para o # # Encontro Monárquico Nacional, que será realizado no sábado, 13 de julho, das 9 às 19 horas, no Centro Universitário Católico Ítalo Brasileiro (Av. João Dias, 2046 – Santo Amaro), em São Paulo, na presença do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil.

📧 Participe enviando o Formulário de Inscrição e Adesão e o comprovante de pagamento da taxa de inscrição para o e-mail [email protected].

📝 Baixe o Formulário em https://tinyurl.com/EncontroMonarquico ou https://monarquia.org.br/encontro.

💳 Há um desconto de R$ 15,00 (quinze reais) para os que estão com o Cartão Fidelidade da Pró Monarquia em dia.

🗓 Inscreva-se até quinta-feira, 11 de julho. Se tiver dificuldades para se inscrever, fale conosco pelo telefone (11) 2361-3214 ou escreva para o e-mail [email protected].

📗 Este ano, o tema do evento será “200 anos da Constituição de 1824, aquela que mais perdurou em nossa Pátria”, comemorando o Bicentenário da Constituição que o Imperador Dom Pedro I, tetravô de Dom Bertrand, outorgou ao Brasil a 25 de março daquele ano. Essa Carta vigorou por 65 anos, até o golpe de Estado da Proclamação da República, a 15 de novembro de 1889. Já o regime republicano teve seis Constituições em 134 anos.

🤝🏻 Será uma grande oportunidade de reunir o Imperador de direito e monarquistas de todo o País.

👋🏻 Até breve!

01/05/2024

💬 Carta de setembro de 1864.

16/04/2024

# # ENCONTRO MONÁRQUICO NACIONAL: INSCRIÇÕES ABERTAS!

🚨 Temos a alegria de anunciar a abertura das inscrições para o # # Encontro Monárquico Nacional, que será realizado no sábado, 13 de julho, no Centro Universitário Católico Ítalo Brasileiro (Av. João Dias, 2046 – Santo Amaro), em São Paulo, com a presença do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, e de membros da Família Imperial Brasileira.

📗 Este ano, o tema será “200 anos da Constituição de 1824, aquela que mais perdurou em nossa Pátria”, comemorando o Bicentenário da Constituição que o Imperador Dom Pedro I, tetravô de Dom Bertrand, outorgou ao Brasil a 25 de março daquele ano. Essa Carta vigorou por 65 anos, até o golpe de Estado da Proclamação da República, a 15 de novembro de 1889. Já o regime republicano teve seis Constituições em 134 anos.

👑 Será uma grande oportunidade de reunir o Imperador de direito, a Família Imperial e monarquistas de todo o País.

➡ Para participar, envie o Formulário de Inscrição e Adesão e o comprovante de pagamento da taxa de inscrição para o e-mail [email protected].

➡ O Formulário de Inscrição e Adesão está disponível para baixar em https://tinyurl.com/EncontroMonarquico ou https://monarquia.org.br/encontro.

❗️ Há um desconto de R$ 15,00 (quinze reais) para os que estão com o Cartão Fidelidade da Pró Monarquia em dia.

❗️ Inscreva-se até 7 de julho. Se tiver dificuldades para se inscrever, fale conosco pelo telefone (11) 2361-3214 ou o e-mail [email protected]. Apenas em casos excepcionais serão aceitas inscrições depois de 7 de julho, pois as vagas são limitadas, por segurança.

👋🏻 Até breve!

16/04/2024

💬 Entrevista ao boletim “Gazeta Imperial”, de São Paulo (nº 176, 2010).

Photos from Pró Monarquia's post 16/03/2024
16/03/2024

“ISSO É LÁ COM O IMPERADOR”

👑 Para que a auréola de popularidade da Imperatriz Dona Thereza Christina não fosse trocada pela coroa de espinhos das críticas, o Imperador Dom Pedro II, com prudência e sabedoria, aconselhou-a a se limitar à dupla missão de esposa e mãe, e que nunca atendesse a pedidos de favores de quem quer que fosse. Isso porque, para cada pedido atendido, haveria dúzias ou centenas de negados.

A Imperatriz seguiu o conselho do marido; sempre que se atreviam a perturbá-la pedindo favores, respondia:

– Isso é lá com o Imperador.

📖 XAVIER, Leopoldo Bibiano. Revivendo o Brasil-Império. 1º ed. São Paulo: Artpress, 1991, p. 159.

12/03/2024

DOM JOÃO VI, BOM ADMINISTRADOR E GRANDE AMIGO DO BRASIL

👑 Até hoje, o Rei Dom João VI é julgado muito mal no Brasil; o que é uma pena, pois, se comparados, suas atitudes foram muito superiores aos seus defeitos. Foi o Soberano português que viu o Brasil com a maior simpatia, e o que mais fez pelo País.

Tudo o que o Rei fez não foi pouco, e o conseguiu usando ao mesmo tempo duas virtudes que indicam superioridade: uma de caráter, a bondade; outra de inteligência, o senso prático ou de governo. Dom João VI foi gentil e sagaz, convincente e cuidadoso, afetuoso e perseverante.

O Rei medíocre, palerma, ridículo, incapaz de qualquer ação de governo e sempre dominado pela vontade dos outros é uma lenda introduzida na memória popular, mas que o estudo calmo e cuidadoso da História demonstra ser totalmente mentirosa.

No governo de Dom João VI no Brasil, o Conde de Linhares dirigiu os negócios de Estado e a administração pública com autonomia quase total. Linhares era um dos estadistas portugueses que mais gostava do Brasil. O Rei sabia disso, e por isso mesmo o escolheu, como escolheu, depois, o Conde da Barca, e, mais tarde, Tomás Antônio de Vila Nova Portugal, que tinha a coragem de dizer: “O Brasil é independente, e nenhuma nação da Europa o pode atacar com vantagem.”

📖 XAVIER, Leopoldo Bibiano. Revivendo o Brasil-Império. 1º ed. São Paulo: Artpress, 1991, pp. 186-187.

12/03/2024

❤️💍 Sua Alteza Real a Princesa de Ligne, Dona Eleonora de Orleans e Bragança, e Sua Alteza o Príncipe Michel, 14º Príncipe de Ligne, completam hoje 43 anos de casados.

12/03/2024

💬 Fala do Trono na Abertura da Sessão de 1852 da Assembleia Geral do Império (03.05.1852).

08/03/2024

💬 Carta de 25 de fevereiro de 1933.

08/03/2024

IMPERATRIZ TERESA CRISTINA, MÃE DOS BRASILEIROS

✍🏻 Leopoldo Bibiano Xavier*

Nos 46 anos em que viveu entre nós, realizou D. Teresa Cristina de Bourbon-Sicílias, esposa de D. Pedro II e nossa terceira Imperatriz, o perfeito protótipo de virtudes cristãs, pelo que lhe coube o título de “mãe dos brasileiros”, no consenso unânime dos corações.

Durante a viagem que nos trouxe a Imperatriz, adoeceu um oficial de um dos navios brasileiros. Ela exigiu então que lhe informassem minuciosamente sobre a marcha da moléstia. E quando soube que o estado do oficial era cada vez pior, mandou que parassem os navios. Em alto mar, deixando a nau capitânia, foi para bordo do navio onde estava o doente, a fim de ministrar-lhe seus cuidados. Ficou junto à cabeceira do oficial até que ele expirasse. Desde esse instante, verificaram os membros da comitiva imperial quão grande era o coração da nova Imperatriz.

A 3 de setembro de 1843, chegava ao Rio a esquadra que nos trouxe de Nápoles a Imperatriz Teresa Cristina, e no dia seguinte ela desembarcava com o Imperador, que havia ido recebê-la no navio.

As qualidades excelsas de D. Teresa Cristina sintetizam-se no cognome que lhe ficou, de mãe dos brasileiros, e resume-se na frase com que Benjamin Mossé encerra a notícia da sua chegada aqui: Desde esse dia a caridade se assenta no trono do Brasil.

Referindo-se a D. Pedro II e D. Teresa Cristina, Machado de Assis conclui uma poesia com estes versos:

“Bem-vindo! — diz-te o povo, e a frase poderosa
“É como que fervente e tríplice ovação.
“— Ouve-a tu, que possuis um anjo por esposa,
“Por mãe a liberdade, e um povo por irmão!”

Para que a auréola de sua esposa não fosse trocada pela coroa de espinhos, D. Pedro II aconselhou-a, com prudência e sabedoria, a limitar-se à sua dupla missão de esposa e mãe, e que nunca atendesse a pedidos de favores políticos de quem quer que fosse, pois para cada pretendente servido haveria dúzias e centenas de pretensões malogradas.

A Imperatriz assim fez. Sempre que se atreviam a importuná-la com pedidos de natureza política, dizia:

— Isso é lá com o Imperador.

D. Teresa Cristina rapidamente se adaptou ao novo ambiente. Seu completo alheamento em relação à política, sua generosidade para com os necessitados, seu sorriso terno e o trato sempre amável ganharam a admiração do povo. Ela se tornou a “mãe dos brasileiros”, e a mulher mais popular e mais respeitada em todo o Império.

A visita de D. Pedro II a Jerusalém, em 1876, foi um dos marcantes acontecimentos locais da época. Para só citar um exemplo, basta dizer que D. Teresa Cristina, conforme sublinham as crônicas, foi a primeira imperatriz, depois de Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, que pisou naquelas terras tão caras aos cristãos.

Durante a estada de D. Pedro II em Paris, D. Teresa Cristina dava recepções no salão do Grande Hotel. Enquanto ela recebia as senhoras, o Imperador ficava quase sempre num salão vizinho, com algumas personalidades das ciências e das letras, que Gobineau lhe apresentava. Se alguém perguntava pelo Imperador, ela respondia:

— Está com os doutores.

Ao tempo da proclamação da República, muito se havia zombado do Império, escarnecido o seu pessoal, envilecido o seu princípio essencial, infamado o Imperador nas pessoas dos seus antepassados. Não era possível fazê-lo nas pessoas da sua esposa e das suas filhas, cuja compostura e virtudes exigiam uma veneração à qual só um louco se poderia esquivar.

D. Teresa Cristina era respeitada por todos os partidos e pelos jornais de todos os matizes. Era extremamente caridosa. Quando teve de partir para o exílio, ficou desolada por não mais poder socorrer grande número de famílias desprotegidas da sorte, que tinham sempre dela o apoio moral e financeiro. Que iria acontecer a essa pobre gente? O Governo Provisório comprometeu-se a não abandonar os pobres mantidos pela bolsa particular do casal imperial.

No angustioso momento da partida para o exílio, a Imperatriz chorava convulsamente. O Barão de Jaceguai a aconselhou:

— Resignação, minha senhora.

— Tenho-a, e muito. Mas a resignação não impede as lágrimas. E como deixar de vertê-las, ao sair desta minha terra que nunca mais hei de ver?

No dia 28 de dezembro de 1889, quarenta dias após o banimento da Família Imperial da nossa Pátria, morreu em um hotel de Lisboa a Imperatriz Teresa Cristina. Nos seus últimos instantes de vida, confidenciou à Baronesa de Japurá:

— Maria Isabel, eu não morro de doença. Morro de dor e de desgosto.

O historiador Max Fleiuss afirma: “Costuma-se dizer que o dia 15 de novembro foi uma revolução incruenta, feita com flores. Houve, porém, pelo menos uma vítima: a Imperatriz”.

Os jornais europeus comentaram a morte da Imperatriz. “Le Figaro” escreveu em 29 de dezembro de 1889: “A Europa saudará respeitosamente esta Imperatriz morta sem trono, e dir-se-á, falando-se dela: sua morte é o único desgosto que ela causou a seu marido durante quarenta e seis anos de casamento”.

No mesmo dia o jornal “Le Gaulois” afirmou: “Era uma mulher virtuosa e boa, da qual a História fala pouco, porque nada há de mal a dizer-se”.

* Artigo publicado originalmente na edição nº 58 do boletim “Herdeiros do Porvir”, de julho, agosto e setembro de 2019.

05/03/2024

OS REIS ESTAVAM AO ALCANCE DO POVO

Muitas pessoas se equivocam ao acharem que os nobres levavam uma vida isolada do resto da população, e não se misturavam com os de baixa categoria, o que entretanto contradiz o conceito de nobreza. Se assim fosse, isso equivaleria às antigas castas do mundo pagão; ou seja, a caridade cristã lhes teria passado ao largo. E não podia ser verdade, pois a influência cristã a partir da Idade Média foi enorme, atingindo não só o povo simples, mas a sociedade como um todo. Em oposição a esta falsa ideia, eis alguns textos – extraídos do livro “A Volta ao Mundo da Nobreza”, de Leon D. Beaugeste – indicativos de quanto reis e nobres eram acessíveis ao povo.*

São Luís IX, que governou a França de 1226 a 1270, tinha o costume de sentar-se às tardes à sombra do carvalho de Vincennes, para atender os pedidos que as pessoas do povo lhe queriam fazer. Qualquer camponês ou artesão podia aproximar-se do rei sem intermediários, e podia obter imediato atendimento a algum pedido que fizesse. Muitos séculos depois, o rei Luís XIV não desdenhava de receber pessoalmente em certos dias, nos jardins de Versalhes, quaisquer pessoas do povo que desejassem recorrer diretamente a ele.

São Luís tratava seus súditos com inteira familiaridade. O senescal Joinville afirma: “Todos os dias ele dava de comer a grande número de pobres, em sua própria casa, e várias vezes eu vi que ele mesmo lhes cortava o pão e lhes dava de beber”. Seria erro acreditar que estes eram traços limitados em particular à magnífica bondade de São Luís. Roberto, o Piedoso, entre outros, agia da mesma forma. Foi uma tradição, entre nossos antigos reis, a de se mostrarem acolhedores e beneficentes, sobretudo em relação aos pequenos e humildes.

Contrariamente ao que muitos imaginam, desde a Idade Média os reis sempre tiveram íntimo contato com seus povos. Os embaixadores venezianos do século XVI constatam, nos seus célebres despachos, que na França nenhuma pessoa era excluída da presença do rei, e as pessoas da classe mais baixa penetravam ousadamente em seu salão íntimo. O rei comia diante de seus súditos, em família, e cada um podia entrar na sala durante a refeição. O próprio Luís XIV afirmou: “Se há um caráter singular nesta monarquia, é o acesso livre e fácil dos súditos ao príncipe”.

Locatelle escreveu em 1665: “Fui ao Louvre, onde caminhei com toda liberdade. Transpondo os diversos corpos da guarda, cheguei àquela porta que se abre – as mais das vezes pelo próprio rei – quando alguém nela toca. Basta tocar de leve, e logo se é introduzido. O rei quer que os súditos entrem livremente”.

Em Versalhes, andava-se pelo palácio como numa feira. Tudo permanecia aberto para qualquer um, e a única condição era a obrigatoriedade de portar uma espada, que podia ser alugada por pouco dinheiro. Luís XV, entrando certa ocasião no seu quarto, deparou com um senhor muito perplexo. Após ter-se perdido no dédalo de corredores, abrira uma porta qualquer. Sem encontrar nenhum oficial que lhe barrasse o caminho, vira-se nos aposentos reais. Pode-se imaginar a surpresa do rei e a confusão do visitante, que por honestidade queria a todo custo ser revistado. Um rapaz que trabalhava no palácio reconheceu-o como cozinheiro de um seu amigo, e o qualificou como o primeiro homem do mundo num “boeuf à l’écarlate”. O rei lhe deu cinquenta luíses, para compensá-lo do susto.

Na época de Fernando VII, uma das grandes distrações populares era quando o rei voltava do passeio. O povo tinha então permissão para aproximar-se do soberano espanhol, indo até a chamada “meseta de los leones”, e podia mesmo conversar com ele e beijar-lhe a mão. Alguns aproveitavam para fazer-lhe um pedido, que o rei ouvia com atenção.

Era até mais fácil falar com o rei do que com os ministros. Depois de vários meses de tratativas com os ministros de Filipe II sobre um negócio importante, um aragonês resolveu expor seu assunto diretamente ao rei, que lhe disse:

— Lamento, mas o que o senhor pede é impossível.

— Fico imensamente agradecido a Vossa Majestade por essa resposta favorável.

— Espero que o senhor tenha entendido bem as minhas palavras: é impossível atender o seu pedido.

— É exatamente por isso que estou agradecendo. Os vossos ministros me disseram palavras vãs durante meses, fazendo-me perder tempo e dinheiro. Vossa Majestade resolveu-me o problema com apenas duas palavras.

Fatos interessantes e ilustrativos também se davam no Brasil Imperial. Todo o mundo, sem exceção, podia ser facilmente admitido à presença de D. Pedro II, não se precisando para isso nem de vestuário apropriado, nem de bilhete especial, nem de qualquer declaração ou outra formalidade, e muito menos de empenhos de políticos ou de gente do paço. Bastava apresentar-se em palácio, declinar o nome, que era lançado num grande livro, e penetrar naquelas salas abertas a todos. Benjamim Mossé afirma: “Cada um pode apresentar-se como quiser, de casaca, de uniforme, de blusa, de roupa de trabalho; nem por isso deixa de ser recebido por Sua Majestade. O mais humilde negro, em chinelos ou pés descalços, pode falar ao soberano”.

Escragnolle Dória, conhecido historiador e escritor, confirma: Era só chegar e esperar a sua vez, certo de ser atendido. Cada qual trazia o seu interesse e dava o seu recado sem vexame, na sua gramática. O Imperador costumava referir-se a essas audiências públicas como “receber a minha família brasileira”. Certa vez, falava ao Imperador uma mulher de cor, já idosa, cabeça nua, mãos trêmulas, xale aos ombros, vestido de chita, sapatos e meias usados. Aproximou-se acanhada, dirigiu-se ao soberano, e no perturbado da exposição deixou cair papéis, sem dúvida de apoio à modestíssima pretensão. Apanhou-os o Imperador, restituiu-os e continuou a ouvir por muito tempo, despedindo a suplicante com um sorriso de bondade e gesto de encorajamento, ficando a segurar os documentos que ela lhe confiara.

O romancista Gustavo Aimard, que visitou o Brasil três vezes, escreveu sobre nosso País o livro “Brésil Nouveau”. Estava no Rio havia oito dias, em 1881, quando seu amigo Sohier lhe sugeriu que fosse ao Palácio da Boa Vista visitar o Imperador. Perguntou então qual seria a etiqueta. O amigo riu-se, e lhe deu a explicação:

— Nos sábados, as audiências imperiais são públicas, e duram de duas às cinco da tarde. Os candidatos a um encontro com o soberano entram no palácio, sobem ao segundo andar, atravessam uma longa galeria e entram na sala das audiências, sem ninguém para lhes embargar os passos.

— Então não há soldados, funcionários e guardas?

— Soldados, haverá uns vinte. Mas nenhum se ocupa de quem entra nem de quem sai.

Aimard narrou desta forma a entrevista:

Entrei no palácio, subi uma larga escadaria atapetada, no alto da qual encontrei uma pessoa que imaginei ser um porteiro, mas que era um camarista. Perguntei-lhe onde estava o Imperador, e ele me indicou:

— Em frente, na segunda porta à esquerda.

Atravessei um imenso salão, que parecia estreito por causa de seu extenso comprimento. Estava deserto, completamente sem móveis, não tendo nem mesmo um banco. Em compensação, as paredes se achavam cobertas de quadros, dos quais quase todos me pareceram de bons mestres e de várias escolas. Alguns deles chamaram minha atenção, parecendo-me de grande valor. Fiquei de tal modo absorvido por essas telas, que esqueci por muito tempo o que tinha ido fazer ali. Duas pessoas que saíam, conversando em voz alta, chamaram-me à realidade. Abri a porta que o desconhecido me tinha indicado, e achei-me noutro salão, este muito bem mobiliado, no qual se via uma meia dúzia de capuchinhos comodamente sentados, todos cochichando uns com os outros. Atravessei uma galeria bastante estreita, mas muito longa, cheia de gente. O Imperador se encontrava no fim da galeria. Reconheci-o logo pela sua elevada estatura, pela barba loura entremeada de fios de prata, e pela fisionomia sorridente.

O conde d’Ursel, secretário da legação belga no Brasil, aqui desembarcou em 9 de dezembro de 1873. Narra a visita a D. Pedro II: “Estava o palácio imperial aberto a todo o mundo, e os veadores do soberano acolhiam os visitantes com a maior cordialidade. Ao limiar daquele palácio, sentia-se que o dono da casa a todos recebia benévola e bondosamente. Era sábado, dia de audiência pública, por assim dizer, pois toda e qualquer pessoa era admitida a falar a D. Pedro II. Na extremidade da longa galeria avistei o Imperador vestido de preto, parando em frente a pessoa por pessoa, estendendo frequentemente a mão e ouvindo o interlocutor, sempre com visível atenção. Nada mais impressionante do que o espetáculo ao mesmo tempo simples e comovedor que eu tinha diante dos olhos. Havia pessoas de modesta posição, vestidas pobremente, esperando a vez para, sem intermediário algum, submeter ao soberano a sua petição. O Imperador, com benevolência e dignidade, deixa chegarem-se a ele todos dentre os seus súditos que têm uma reclamação a fazer ou um favor a pedir. É voz corrente que esta prática excelente serve por vezes de freio salutar aos funcionários que se deixam levar a arbitrariedades”.

* Artigo baseado nas páginas 16 a 21 do livro “A Volta ao Mundo da Nobreza”, de Leon D. Beaugeste (os interessados podem adquirir o livro no site da Livraria Petrus: https://livrariapetrus.com.br/produto/a-volta-ao-mundo-da-nobreza/) e publicado originalmente na edição nº 58 do boletim “Herdeiros do Porvir”, de julho, agosto e setembro de 2019.

🖼 Sua Majestade Imperial o Imperador Francisco I da Áustria sendo saudado pelo povo austríaco.

02/03/2024

🎈🎂 Sua Alteza o Príncipe Hereditário Henri de Ligne completa hoje 35 anos de idade.

29/02/2024

HERDEIROS DO PORVIR: EDIÇÃO ESPECIAL Nº 74

📣 Temos a alegria de anunciar que, em breve, a edição especial nº 74 do boletim “Herdeiros do Porvir” – referente aos meses de julho a dezembro de 2023 – será enviada aos endereços cadastrados de monarquistas de todo o Brasil.

📰 A edição traz uma retrospectiva sobre o ano passado, em que o Brasil enfrentou enormes desafios em meio a um cenário de caos político e descontentamento generalizado. Mas se, de um lado, uma ideologia nefasta e instituições corrompidas tentaram destruir nossas tradições, nossos Príncipes atuaram marcantemente para que o Movimento Monárquico ganhasse cada vez mais força.

👑 Publicado sob orientação do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, “Herdeiros do Porvir” procura identificar e descrever os passos da Revolução Cultural que vem destruindo, aos poucos, o modo de pensar e agir do homem moderno.

🔰 O boletim procura também mostrar que há, ao mesmo tempo, uma corrente profunda e cada vez maior da opinião pública que dá sinais claros de estar se libertando das mentiras das tiranias igualitárias e busca, no ideal de Restauração da Monarquia no Brasil e no Direito Natural, uma inspiração sadia para o porvir.

📬 Para receber futuras edições do boletim “Herdeiros do Porvir”, cadastre-se em https://monarquia.org.br/faca-parte/

27/02/2024

💬 Entrevista ao boletim “Herdeiros do Porvir” (nº 67, 2021).

22/02/2024

EX-PRESIDENTES CUSTARAM 8,7 MILHÕES AOS COFRES PÚBLICOS EM 2023

💸 Os seis ex-Presidentes da República vivos – José Sarney de Araújo Costa, Fernando Affonso Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Vana Rousseff, Michel Miguel Elias Temer Lulia e Jair Messias Bolsonaro – custaram R$ 8,7 milhões aos cofres públicos em 2023. É o que diz a Secretaria-Geral da Presidência da República, órgão que auxilia o Presidente em suas funções de governo, especialmente em relação à comunicação institucional e planejamento de ações governamentais.

📃 O Decreto nº 6.381, de 2008, dá aos ex-Presidentes direito a quatro servidores para segurança e apoio pessoal, dois assessores pessoais, dois veículos oficiais e dois motoristas. Suas despesas com telefonia e combustíveis, manutenção dos carros oficiais, passagens para eventos e diárias de hotéis no Brasil e Exterior também são pagas pelo Governo Federal, mesmo que o ex-Presidente tenha sofrido impeachment, esteja inelegível ou ocupe outro cargo público ou privado.

👑 Diferentemente dos que o sucederam na Chefia do Estado, o Imperador Dom Pedro II serviu ao Brasil com desinteresse. Sua dotação, de 800 contos de réis anuais, foi mantida assim durante seus 49 anos de reinado pessoal, apesar de relativamente pequena e do fato do Orçamento Público ter crescido dez vezes no mesmo período. Várias vezes, a Assembleia Geral do Império quis aumentar a dotação, mas o Soberano nunca permitiu. Dom Pedro II dizia que “despesa inútil é furto à Nação”.

🪙 Depois do golpe de Estado da Proclamação da República, em 1889, o Governo Provisório aprovou, para cobrir as despesas da Família Imperial Brasileira, forçada a se exilar na Europa, uma verba de 5 mil contos de réis – equivalente, na época, a 4,5 toneladas de ouro. Quando soube disso, o Imperador recusou a verba, dizendo: “Não sei com que autoridade esses senhores dispõem dos dinheiros públicos”. Dom Pedro II faleceu dois anos depois, em 1891, exilado, pobre e endividado, mas com sua honra inabalada.

20/02/2024

💬 Prefácio ao livro “Dom Luiz na Grande Guerra: aventuras, desventuras e conjecturas de um Príncipe brasileiro” (Artpress Editora, 2020).

16/02/2024

A LONGA E GLORIOSA TRADIÇÃO MONÁRQUICA DO BRASIL

👑 O Brasil viveu por muito tempo como Monarquia, desde o Descobrimento, em 1500, à Proclamação da República, em 1889. Nesses 389 anos, sob 16 Soberanos, a Monarquia mostrou se adaptar bem à índole e características dos brasileiros.

Antes dos Imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II, o Brasil teve outros 14 Soberanos: de 1500 a 1580, reinaram em Portugal – e, portanto, também no Brasil – quatro Reis da Casa de Avis; de 1580 a 1640, na União Ibérica, o Trono Português foi ocupado por três Reis da Espanha, da Casa de Habsburgo; em 1640, restaurada a Independência de Portugal, subiu ao Trono a Casa de Bragança, que deu ao Brasil nove Soberanos.

Em 1815, o Brasil deixou de ser parte de Portugal e foi elevado a Reino Unido a Portugal e Algarves. Por fim, em 1822, tornou-se independente, mas manteve a Família reinante.

Teve início, então, o Império, que durou 67 anos e foi a fase mais gloriosa e bem sucedida da História do Brasil.

A fundação do Império não pode ser vista como uma ruptura traumática com o glorioso passado português; deve, sim, ser vista como a emancipação de um filho que se tornou adulto e deixou, naturalmente, a casa dos pais. Os reinados de Dom Pedro I e Dom Pedro II foram a continuação e natural coroamento da obra desenvolvida pelos Soberanos portugueses nos três séculos anteriores.

Por isso, pode-se dizer que o que o Brasil não tem é tradição republicana. A República foi imposta ao País de modo artificial, e até hoje não se adaptou satisfatoriamente aos brasileiros.

📖 SANTOS, Armando Alexandre dos. Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira: com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal. 2º ed. São Paulo: Artpress, 2015, p. 28.

14/02/2024

DOS 10 PAÍSES MAIS HONESTOS DO MUNDO, 6 SÃO MONARQUIAS

📈 Dos dez países mais honestos do mundo, seis são Monarquias, começando pelo primeiro, a Dinamarca, seguida de Nova Zelândia (3º), Noruega (4º), Suécia (6º), Países Baixos (8º) e Luxemburgo (10º). É o que diz o Índice de Percepção da Corrupção, divulgado, a 30 de janeiro, pela Transparência Internacional, organização sem fins lucrativos anticorrupção da Alemanha. Realizado todos os anos, esse estudo ajuda a combater a corrupção e atividades criminosas ligadas a atos corruptos em todo o mundo.

📉 O Brasil ocupa a 104º posição no Índice, atrás de países como Namíbia (59º) e Benim (70º). Além disso, o País caiu dez posições em 2023, coincidindo com o início do terceiro mandato do Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, que já foi condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro. Depois da divulgação do estudo, o Ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli – nomeado pelo atual Presidente – autorizou abertura de investigação contra a Transparência Internacional.

👑 Com a Restauração da Monarquia no Brasil, seguindo as linhas gerais da Constituição de 1824, mas com as necessárias adaptações à atual realidade brasileira, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, será aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Como no Império, o Soberano terá o Poder Moderador como atribuição pessoal, a fim de garantir o equilíbrio entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o funcionamento das instituições de Estado.

🔰 A Monarquia não será uma solução mágica, capaz de acabar com todos os problemas do Brasil, mas criará as condições para que esses problemas sejam resolvidos ou diminuídos. Isso porque o Imperador estará acima de interesses políticos, e seus interesses pessoais serão os mesmos que os do País; diferentemente da República, onde políticos precisam comprar apoio de amigos e inimigos para se manter no poder e governar, como mostram os escândalos do “Mensalão”, “Petrolão” e “Orçamento Secreto”, entre outros.

02/02/2024

🎈🎂 Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, completa hoje 83 anos de idade.

26/01/2024

O PRÍNCIPE PERFEITO

👑 O Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança, segundo filho e sucessor dinástico da Princesa Dona Isabel e do Príncipe Dom Gastão, Conde d’Eu, teve, por anos, intensa atividade política pela Restauração da Monarquia no Brasil.

A partir de 1908, quando seu irmão mais velho, o Príncipe Dom Pedro de Alcantara de Orleans e Bragança, renunciou, por si e seus descendentes, aos direitos ao Trono Brasileiro, Dom Luiz – tornado Príncipe Imperial por essa renúncia –, autorizado por Dona Isabel, dedicou-se ainda mais intensamente aos assuntos do Brasil.

Muito ativo e dinâmico, “O Príncipe Perfeito” – como era chamado pelos monarquistas – trocava cartas com apoiadores de todo o País, despertando, por toda parte, simpatias, e conseguindo reavivar esperanças onde elas pareciam extintas. Sua intensa correspondência com o advogado Amador da Cunha Bueno, do Centro Monarquista de São Paulo, trocada de 1909 a 1916 e composta por 63 cartas, permite bem avaliar a incrível atividade de Dom Luiz.

De fato, no livro “Ordem e Progresso”, de 1957, o autor Gilberto Freyre escreve:

“Até a Presidência Hermes da Fonseca, parece ter havido, no Brasil, possibilidade de restauração monárquica: assunto que talvez venha a ser um dia melhor esclarecido que à base dos documentos atualmente ao alcance do historiador ou do sociólogo. Das atividades nesse sentido, do Príncipe Dom Luís de Bragança, homem lúcido no seu modo de ser monárquico e eficiente nas técnicas de propagação de suas ideias, é possível que se venha a saber terem sido atividades mais penetrantes do que pareceram aos nossos pais.”

📖 SANTOS, Armando Alexandre dos. Dom Pedro Henrique, o Condestável das Saudades e da Esperança. 1º ed. São Paulo: Artpress, 2006, pp. 45-46.

14/01/2024

A CONDIÇÃO DA MULHER NA IDADE MÉDIA

✍🏻 Armando Alexandre dos Santos*

Durante boa parte do século XIII, reinou na França São Luís IX, que foi objeto de uma volumosa biografia, publicada há cerca de 20 anos, escrita por um historiador francês de grande nomeada, que se insere na chamada “terceira geração dos Annales”.

O reinado de São Luís é, paradoxalmente, o mais documentado e o menos conhecido dos reinados da França medieval. Por quê? Porque o bom rei teve uma iniciativa única na história. Ele mandou emissários percorrerem todas as cidades, vilas e aldeias do seu reino, de casa em casa, conversando com cada um dos moradores, perguntando sobre a administração da justiça, sobre as queixas, as sugestões, as comunicações que desejavam fazer ao rei. Tudo foi escrito e registrado em relatórios que ainda hoje estão perfeitamente preservados, apesar do tempo decorrido, apesar de todas as guerras e revoluções que assolaram a França nos últimos séculos.

É uma documentação volumosíssima, tão volumosa que ninguém até hoje se atreveu a explorá-la por inteiro. Está quase toda em francês arcaico, com letra da época, mas isso não é o que mais dificulta o aproveitamento. Com um pouco de prática e alguns conhecimentos de Paleografia, qualquer medievalista supera essas barreiras. A dificuldade principal vem do volume imenso do material, que ocupa muitos metros cúbicos de espaço. É por isso que se diz que o reinado de São Luís é o menos conhecido. O material está disponível a qualquer pesquisador, nos Archives Nationales de France, mas somente têm aparecido interessados que trabalham por amostragem; nunca nenhuma pessoa, nem mesmo uma equipe de pessoas, foi capaz de absorver toda a imensa massa de informações ali registradas.

A medievalista francesa Régine Pernoud (1909- 1998), que estudou em numerosas obras a condição feminina na Idade Média, coligiu nessa documentação numerosos dados que permitem aferir que, no século XIII, a condição da mulher era de muito maior destaque do que se tornaria a partir do século seguinte, quando passou a ser relegada a um papel secundário na família, no lar e na vida social.

Pernoud, nas pesquisas que efetuou por amostragem, registrou muitos exemplos de mulheres, solteiras ou casadas, que trabalhavam com economia própria, independente de seus pais ou maridos. Encontrou também muitas casas nas quais os emissários do rei eram recebidos pelo casal, mas registravam que tinha sido a mulher, e não o marido, que tinha respondido ao questionário apresentado. Estavam ali os dois, marido e mulher, mas era esta, mais dinâmica e extrovertida, quem respondia aos interrogadores.

Pernoud registrou o grande número de mulheres que exerciam a profissão de “miresses”, ou seja, médicas. “Miresse” é a forma feminina de “mire”. Quando São Luís partiu para a VII Cruzada no Egito, em 1248, levou consigo a esposa e os filhos. Seguiu também a “doctoresse Hersent”, a médica oficial do rei e da família real. Pernoud observa que era tão considerável o número de mulheres que exerciam livremente a profissão de médicas, que até existia no francês medieval uma palavra feminina para designá-las, diferentemente de hoje, quando uma única palavra, “medécin”, de forma masculina, designa indistintamente os médicos e as médicas. Foi somente no século XIV que as mulheres passaram a ser excluídas da prática médica, porque foi tornada ilegal tal prática por quem não fosse formado pela Universidade de Paris, que não admitia alunas. A partir daí, mulheres que curassem passaram a ser mal vistas, a ser vistas com suspeição, como bruxas etc.

No livro “Pour en finir avec le Moyen Âge” (Éditions du Seuil, Paris, 1977), Pernoud dedica um capítulo ao tema da condição feminina na Idade Média francesa, no qual mostra, com base documental, no seu dia-a-dia, que a mulher tinha, naquele tempo, margem de autonomia muito maior do que algum tempo depois – quando passaram a prevalecer os critérios do Direito Romano, inspirado na Antiguidade Clássica, muito mais restritivo em relação às mulheres. Pernoud fala ainda, nessa obra, na documentação primária abundante e pouco explorada, sobre as mulheres que, naquele século XIII, “não eram nem altas damas, nem abadessas, nem sequer monjas, mas eram camponesas ou citadinas, mães de família ou exerciam uma profissão”. Ela está se referindo precisamente aos registros escritos dos agentes enviados pelo rei São Luís IX a todos os lares do seu reino, com a missão de interrogarem, de casa em casa, todos os seus habitantes, para registrarem as queixas e corrigirem os abusos que estivessem sendo praticados. Nessa documentação primária, comenta a autora, é possível encontrar mil pequenos detalhes da vida cotidiana “que mostram homens e mulheres nos menores fatos da sua vida: aqui, é a queixa de uma cabeleireira, ali, a de uma vendedora de sal, acolá, a de uma proprietária de moinho, de uma viúva de agricultor, de uma castelã, de uma mulher de cruzado etc.” (p. 95-96).

“É por documentos como esses – comenta mais adiante a autora – que se pode, peça por peça, reconstituir, à maneira de um mosaico, a história real, que nos aparece, então, muito diferente das canções de gesta e das novelas de cavalaria.” (p. 96).

Esse é um bom exemplo de aplicação dos princípios e da metodologia da História Social, num tema cultural de grande alcance, qual seja, a posição da mulher na sociedade.

A dignificação efetiva da mulher, na sociedade medieval cristã, foi também sinalizada por uma substituição simbólica de grande alcance: nos tabuleiros de xadrez, a peça mais poderosa e importante, depois do rei, deixou de ser o vizir, o ministro-chefe dos califas e sultões árabes.

Nos tabuleiros de xadrez da Cristandade Medieval, esse papel passou a ser ocupado por uma mulher, a Dama, ou a Rainha. E assim permanece, até hoje.

* Historiador, filósofo, jornalista e escritor, Associado Efetivo da Pró Monarquia, membro do Círculo Monárquico de Piracicaba Barão de Rezende, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileira, da Academia Portuguesa de História e de outras Instituições semelhantes. Artigo publicado originalmente na edição nº 57 do boletim “Herdeiros do Porvir”, de abril, maio e junho de 2019.

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