Instituto do Bom Pastor - Portugal

evolência do Papa Bento XVI. Nesse dia, os estatutos do IBP foram aprovados pelo Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Dario Castrillón Hoyos, agindo em nome da Santa Sé. São fundadores do Instituto os Padres Philippe Laguérie, Paul Aulagnier (+), Guillaume de Tanoüarn, Christophe Héry e Henri Forestier. O IBP reúne hoje mais de 50 sacerdotes que estão em missão em várias dioceses de França (Paris, Bordeaux, Chartres, Meaux, Le Mans, Blois), na Polónia (Białystok, Varsóvia, Częstochowa), no Uganda (Kampala), na Colômbia (Bogotá), no Brasil (Brasília, São Paulo, Belém, Curitiba), nos Estados Unidos (Wi******er, New Hampshire) e em Itália (Roma, Nápoles). Os seus sacerdotes exercem o seu apostolado em pequenas comunidades, no âmbito de paróquias pessoais ou territoriais, ou ainda nas escolas primárias e secundárias. O carisma específico do Instituto do Bom Pastor, ou seja, o que faz sua especificidade e a sua razão de ser, é a defesa e divulgação da Tradição Católica em todas as suas formas: doutrinal, apostólica e litúrgica. Em particular, os sacerdotes da IBP celebram a Missa exclusivamente no rito tradicional, isto é, segundo a liturgia dita “de São Pio V”. Além disso, o Instituto foi fundado com a tarefa explícita de propor uma crítica construtiva e teológica de certas reformas nascidas do Concílio Vaticano II, uma crítica que visa oferecer a toda a Igreja um novo olhar sobre sua própria identidade. Este apego à Tradição é decididamente para os sacerdotes da IBP uma forma de servir a Igreja, em submissão ao Papa, ao serviço dos bispos católicos e para o bem de todos os fiéis: é a expressão do seu desejo de oferecer a toda a Igreja e ao mundo as riquezas e os benefícios da Tradição Católica como um tesouro, do qual todos devem poder usufruir. A identidade espiritual de um sacerdote IBP é a de Jesus Cristo "Bom Pastor", como Nosso Senhor se auto intitula no Evangelho de São João: "Eu sou o Bom Pastor" (Jo 10, 14). Os sacerdotes da comunidade procuram então assemelhar-se mais particularmente a esta riquíssima figura de Cristo, porque vêem nela um modelo de apostolado totalmente adaptado à própria missão da IBP: a tradição litúrgica e doutrinal. A imagem de Cristo representado como pastor é também uma das primeiras representações de Jesus, que pode ser encontrada várias vezes nas catacumbas de Roma. Com efeito, a missão do Bom Pastor é reunir as ovelhas perdidas, consolá-las, apascentá-las e cuidá-las, conforme o que Deus já disse ao profeta Jeremias no Antigo Testamento: "Reunirei as minhas ovelhas... Eu as trarei de volta aos seus campos, e elas crescerão e se multiplicarão. E porei sobre eles pastores que os apascentarão; eles não terão mais medo e desânimo, e nenhum se perderá, diz o Senhor” (Jer 23:3-4). Assim, o Bom Pastor é sobretudo aquele que «dá a vida pelas suas ovelhas» (Jo 10, 11): é, portanto, no seu sacrifício na cruz, que Jesus prova o seu amor pelos homens e realiza a sua salvação oferecendo-se como uma vítima inocente. Os sacerdotes da IBP desejam, portanto, extrair do Santo Sacrifício da Missa este espírito de renúncia, generosidade e doação, para o bem de todas as "ovelhas" de Jesus Cristo, especialmente aquelas que estão mais afastadas da Igreja. A celebração diária da Missa no rito tradicional permite-lhes identificar-se cada dia mais com esta grande obra de Cristo, com o seu aspecto mais sagrado e com o seu significado místico. O Bom Pastor é também aquele que "conhece as suas ovelhas", e que as suas ovelhas conhecem porque ouvem a sua voz (Jo 10,27): a fidelidade ao ensinamento de Cristo, através da voz da sua Igreja, é uma condição de tocar almas, mentes e corações.