Bikes Elétricas

Como distinguir um bom motor de um mau motor? É preciso dar importância às marcas?⁠⁠
Não é muito fácil fazer esta análise sem experimentar os motores. Mas alguns indicadores serão sempre a relação Watts - Newton meters, o peso do motor (quando mais leve, melhor), e o diâmetro do motor (se for um disco gigante como os motores potentes de 1000w ou mais mas for um motor com menos potência que isso, não é bom sinal). ⁠⁠
Se tiver uma boa garantia também é um bom indicador e ainda melhor, se conseguir perceber quão progressivo é o arranque do motor - mas isso depende mais de um outro componente, chamado controlador. ⁠⁠
Nas conversões, os líderes no fabrico de motores são fábricas chinesas, com marcas de referência como a Bafang e a Tongsheng, mas não é necessário limitarem-se a essas marcas, desde que tenham em atenção os temas que falamos nesta série. ⁠⁠
Nós por exemplo, com exceção do motor central, utilizamos motores que não são de nenhuma marca famosa, mas de uma fábrica que os faz com as características que queremos.

A ser de roda de trás, cassete ou freewheel? ⁠
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Ao trocar a roda antiga pela nova roda com motor, é necessário transferir as mudanças e o disco do travão (se for esse o caso). Felizmente, os sistemas de encaixe destas peças são bastante universais. ⁠⁠
Quanto às mudanças, há dois sistemas de encaixe: freewheel e cassete, e por isso é importante saber qual tem para comprar o correto. ⁠⁠
O sistema de freewheel é uma rosca que está no eixo da roda à qual o carreto é enroscado, sendo que aqui o sistema que permite que a roda não agarre a corrente quando não está a pedalar vem no carreto.⁠⁠
O sistema de Cassete, é um cilindro que recebe os vários anéis como se fossem cassetes, e o sistema que permite que a corrente não rode quando não está a pedalar já está no eixo da roda. ⁠⁠
Como as mudanças estão montadas, é difícil saber qual os sistema de encaixe que tem sem desmontar. Mas uma boa regra será que de 7 velocidades (inclusive) na roda de trás para baixo, trata-se dos sistema freewheel. Se forem 8 ou mais velocidades, trata-se dos sistema cassete. ⁠⁠
Se seguir esta regra e depois vir que o que tinha na bicicleta antiga era o outro sistema não se preocupe, isso só acontece se tiver 7 ou 8 velocidades e há cassetes/carretos à venda para estas ocasiões a partir de 15/20€.⁠⁠⁠
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Há 4 unidades de medida importantes: Volts, Watts, Newton Meters e a Velocidade Máxima. Mas o que signif**am?

Mais potente que isso desaconselhamos, porque é um indicador de tecnologia mais antiga (motores que consomem muito), ou que são quase motas (tipo os motores de 5000W que fazem 80 km/h).
Os Newtons Meters são a melhor unidade de medida da força de um motor. Indicam exatamente isso: a força. Normalmente começam nos 35 Nms e podem ir quase até aos 200 Nms. Quanto maior for a força, e menor os Watts mais eficiente e tecnologicamente avançado será o motor - um motor de 250W com 60 Nms será sempre preferível a um motor de 1000W com 60 Nms .
A Velocidade Máxima é a única que não cria dúvidas e talvez a que mais facilmente ajuda a decidir qual a melhor opção para si. Mesmo que não esteja à procura de velocidade, é um indicador razoável da força que o motor tem.
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Há 4 unidades de medida importantes: Volts, Watts, Newton Meters e a Velocidade Máxima. Mas o que signif**am?

Os Volts, têm de ser iguais aos da bateria e indicam que quanto mais alto for o número, maior será a velocidade máxima do motor (comparando, por exemplo 2 motores de iguais watts mas com volta diferentes). Normalmente os motores são de 36V ou 48V, sendo que há alguns de 24V e de 72V.
Os Watts são a medida mais utilizada para descrever motores, mas não a mais precisa. Indica a carga de bateria que o motor gasta quando está no máximo. Ou seja, é o consumo do motor, mas normalmente é utilizado para descrever força, o que não é muito preciso. A maioria dos motores são de 250W, 350W, 500W e 750W.
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Qual é a melhor opção? Motor de roda de trás, da frente ou central?

Depende. A única opção que desaconselhamos é a do motor frontal. Ao curvar, ter a propulsão a puxar num sentido diferente do resto da bicicleta é receita para desastre, também a distribuição de peso f**a muito concentrada na frente. Basta pensarmos nas motas para perceber que isto não faz sentido. nenhuma mota tem este tipo de propulsão.
As outras duas opções, depende um pouco do que se está à procura. Tecnologicamente, o motor central é o mais avançado e o que aplica força de forma mais eficiente (porque está a puxar a corrente, que permite multiplicar a força ao usar as várias mudanças). Também permite uma perfeita distribuição do peso.
Por outro lado, um motor de roda traseira não muito potente (não mais que 750w) com outros bons componentes (controlador e anel pedaleiro maior), é uma boa competição se o objetivo nunca for andar a velocidades muito baixas. pense que está escolher entre uma mota que não tem mudanças e uma que tem mudanças.
Normalmente quem escolhe o motor central é quem quer fazer BTT mais “agressivo” e procura ter boa distribuição de peso e um verdadeiro jipe que consegue quase subir paredes.

Oitava (e última) regra para escolher uma bateria 😜

A garantia tem de ser de pelo menos 2 anos e tem de ser assegurada pelo vendedor.

Muitos vendedores anunciam garantias de 6 meses, ou quando são de 2 anos, são asseguradas pelo fabricante, o que signif**a que f**amos dependentes de aprovação de uma garantia por uma entidade que está do outro lado do mundo, e que, mesmo se aprovar, irá demorar vários meses até termos o problema resolvido, teremos de pedir ajuda a uma oficina para provar o defeito (oficina essa, que está a perder vendas para estes vendedores/fabricantes), e o vendedor ainda é capaz de de nos tentar fazer pagar pelo transporte das peças de reposição.

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