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Varíola dos macacos: uma zoonose emergente

A varíola dos macacos, também conhecida como "monkeypox", é uma doença viral rara causada pelo vírus da varíola dos macacos, semelhante ao da varíola humana. O vírus foi identif**ado pela primeira vez em macacos em 1958, e o primeiro caso humano foi registado em 1970, na República Democrática do Congo.

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, cansaço e uma erupção cutânea característica que evolui para lesões com crostas. A transmissão ocorre principalmente por contacto directo com fluidos corporais, lesões cutâneas ou por meio de gotículas respiratórias de pessoas infectadas.

O diagnóstico da varíola dos macacos é realizado clinicamente por médicos especializados (especialistas em doenças infecciosas, dermatologistas) e confirmado em laboratório por PCR em tempo real.

O diagnóstico deve considerar outras doenças eruptivas, como varicela, sarampo, infecções bacterianas da pele, sífilis, herpes, entre outras.

A doença tem uma taxa de mortalidade mais baixa que a varíola humana, variando de 1% a 10%, dependendo da cepa e do acesso ao tratamento. Existem vacinas e tratamentos antivirais para controlar surtos da varíola dos Macacos.

Por Lukanu Sebastião, mestrando em Biologia molecular e celular com ênfase em microbiologia, Qualidade, Ambiente e segurança Sanitária na Sorbonne université

Os vírus desempenham um papel complexo na vida dos seres humanos, com impactos que vão desde a saúde até a evolução genética e a ecologia. Embora sejam frequentemente associados a doenças e infecções, os vírus também desempenham papéis importantes em diversos aspectos da biologia humana.

Primeiramente, os vírus são responsáveis por muitas doenças infecciosas que afectam os seres humanos, desde resfriados comuns até doenças mais graves, como gripe, AIDS e COVID-19. Embora essas doenças representem um desafio signif**ativo para a saúde pública, o estudo dos vírus e de suas interacções com o sistema imunológico humano tem sido fundamental para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos ef**azes.

Além disso, os vírus também desempenham papéis importantes na evolução genética e na diversidade biológica. Eles são capazes de transferir material genético entre diferentes espécies, promovendo a evolução e adaptabilidade dos organismos ao longo do tempo. A transferência horizontal de genes mediada por vírus pode resultar em mudanças signif**ativas na composição genética de populações e contribuir para a biodiversidade global.

Os vírus também desempenham papéis importantes em ecossistemas naturais, onde podem interagir com outras formas de vida, incluindo bactérias, plantas e animais. Por exemplo, os vírus que infectam bactérias, conhecidos como bacteriófagos, desempenham um papel crucial no controle populacional de bactérias e na regulação de ciclos biogeoquímicos em ecossistemas aquáticos e terrestres.

Além disso, os vírus também têm aplicações importantes em biotecnologia e medicina. Eles são usados na terapia gênica, na produção de vacinas e na engenharia genética para criar organismos geneticamente modif**ados com características desejáveis.

Por Lukanu Sebastião, Mestrando em Biologia Molecular e Celular-Microbiologia, Qualidade, Ambiente e Segurança Sanitária na Sorbonne Université

Por que as plantas produzem frutos?

Todos nós já tivemos a chance de saborear uma boa fruta, e alguns de nós não conseguem passar nem um dia sem comer uma. Mas qual é a explicação biológica para as plantas produzirem frutos?

As plantas são seres vivos eucarióticos divididos em vários grupos, e entre esses grupos, as plantas que dão frutos são chamadas de angiospermas.

Biologicamente, todos os seres vivos têm dois objetivos: sobreviver e reproduzir. As plantas produzem frutos para proteger as sementes contra possíveis predadores e contra as condições ambientais adversas. Por isso, as sementes se encontram dentro dos frutos, sendo protegidas pelas camadas externas. A planta espera que, após amadurecer, esses frutos sejam consumidos por animais, incluindo seres humanos, para que as sementes sejam disseminadas e novas plantas da mesma espécie possam surgir.

Quando o fruto está verde, a planta não quer que ele seja consumido, pois a semente dentro do fruto ainda não é viável. Por essa razão, os frutos são azedos (ácidos) enquanto verdes, um mecanismo de dissuasão da planta. Mas, quando a semente f**a viável, a planta sintetiza fitohormônios que se encarregam do amadurecimento do fruto.

Por Lukanu SEBASTIAO, Mestrando em Biologia molecular e celular-Microbiologia-Qualidade, Ambiente e Segurança Sanitária na Sorbonne université

A discussão sobre o uso de água destilada para consumo humano tem sido intensa online, abordando diversos aspectos positivos e negativos dessa prática.

Por um lado, a água destilada oferece vantagens signif**ativas. Sua pureza é uma das principais, uma vez que o processo de destilação elimina impurezas, toxinas e contaminantes, tornando-a uma opção segura, especialmente em regiões com qualidade de água questionável. Além disso, sua ausência de microrganismos a torna segura para pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos ou em contextos médicos específicos. Em certas circunstâncias, a água destilada pode ser mais acessível do que outras fontes de água engarrafada.

Por outro lado, existem desvantagens importantes a considerar. A principal delas é a ausência de minerais essenciais, o que pode causar desequilíbrios no corpo humano, levando a problemas como desequilíbrios eletrolíticos e enfraquecimento ósseo. O consumo excessivo pode resultar em desequilíbrios eletrolíticos, afetando a saúde muscular, causando fadiga e até arritmias cardíacas. Além disso, a falta de minerais pode prejudicar a digestão, absorção de nutrientes e contribuir para problemas gastrointestinais, como constipação.

Em conclusão, enquanto a água destilada oferece benefícios em termos de pureza e segurança, seu consumo regular e exclusivo pode acarretar em deficiências minerais e outros problemas de saúde. Portanto, é crucial ponderar cuidadosamente as vantagens e desvantagens antes de optar por consumi-la como fonte principal de hidratação.

Por Lukanu SEBASTIAO, Mestrando em Biologia molecular e celular-Microbiologia-Qualidade, Ambiente e Segurança Sanitária na Sorbonne université

O uso de telemóvel em cozinhas com Gás Butano é infelizmente uma ameaça invisível, ignorada pelas nossas famílias.

O gás butano, amplamente utilizado em fogões e aquecedores em muitos lares, é altamente inflamável. Quando liberado em uma concentração suficientemente alta e em combinação com uma fonte de ignição, como faíscas elétricas, pode resultar em uma explosão catastróf**a.

Infelizmente, muitas pessoas não estão cientes do perigo que os telemóveis representam nesses ambientes. O simples acto de receber ou fazer uma ligação enquanto cozinha pode parecer inofensivo, mas a eletricidade estática gerada pelo aparelho durante o uso pode ser o suficiente para acender uma chama, caso entre em contacto com o gás butano.

Para mitigar esse risco, é crucial educar as famílias sobre os perigos associados à utilização de telemóvees em cozinhas com gás butano. Recomenda-se enfaticamente que os telemóveis sejam mantidos fora da cozinha. Caso seja necessário utilizá-los, que sejam tomadas precauções adicionais, como desligar o gás temporariamente durante o uso do telemóvel ou garantir uma ventilação adequada para dispersar qualquer gás acumulado.

Além disso, a manutenção regular dos sistemas de gás é fundamental para garantir que não haja vazamentos invisíveis que possam representar um risco adicional.
Uma simples medida de precaução pode fazer toda a diferença entre um ambiente doméstico seguro e um desastre evitável.

Em suma, é imperativo reconhecer e respeitar os perigos associados à utilização de telemóveis em cozinhas com gás butano. Somente com conscientização e acção proativa podemos garantir a segurança e o bem-estar das nossas famílias.

Por Lukanu SEBASTIAO, Mestrando em Microbiologia-Qualidade e Segurança Sanitária na Sorbonne Université

O que é desenvolvimento sustentável? Nosso planeta está sob pressão há algum tempo, e essa pressão não para de aumentar. Ela é resultado do crescimento populacional, da sobreexploração de recursos, da decadência da biodiversidade, das alterações climáticas, da degradação dos ecossistemas e da poluição antropogênica.

Com o objetivo de manter o equilíbrio do planeta, foi criado o desenvolvimento sustentável ou duradouro. Ele busca garantir o crescimento populacional e o uso dos recursos, promover a justiça social, assegurar a viabilidade econômica e garantir a transmissão de um planeta saudável às gerações futuras. Dessa forma, o desenvolvimento sustentável responde às necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades.

Os três pilares do desenvolvimento sustentável são fundamentais para alcançar esses objetivos:

1. **Justiça social**: Nesse pilar, busca-se a igualdade de oportunidades, investimentos em educação e formação, garantia de saúde e segurança para todos, combate à precariedade e à pobreza, e respeito aos direitos humanos.

2. **Meio ambiente**: Aqui, enfatiza-se a preservação dos recursos naturais, a conservação da biodiversidade, a prevenção da poluição, o estímulo à agricultura sustentável e a promoção das energias renováveis.

3. **Economia**: Este pilar foca em produtos ecológicos, práticas comerciais éticas, envolvimento das partes interessadas locais e promoção do crescimento econômico sustentável.

Esses três pilares baseiam-se em seis princípios fundamentais: precaução, prevenção, responsabilidade, poluidor-pagador, direito à informação e equidade.

Em suma, o desenvolvimento sustentável é um conceito vital para a proteção do planeta e de todos os seres que nele habitam.

Por Lukanu SEBASTIAO, Mestrando em Microbiologia-Qualidade, Ambiente e Segurança Sanitária na Sorbonne University

Qual é a contribuição do lixo doméstico para as mudanças climáticas?

O termo "lixo doméstico" refere-se a todos os resíduos líquidos ou sólidos produzidos pelas atividades diárias em nossas residências. Já sabemos que o lixo tem um grande impacto na saúde pública quando não é bem tratado, mas qual é o seu impacto nas alterações climáticas?

Fazendo uma análise ambiental, os resíduos domésticos podem poluir o meio natural, contaminar a atmosfera e gerar empobrecimento dos recursos naturais e degradação da paisagem.

- **Poluição do meio**: Os resíduos domésticos podem contaminar o solo com substâncias tóxicas, como detergentes, afetando o desenvolvimento da vida animal e vegetal. Além disso, esses mesmos resíduos podem poluir fontes de água e destruir ecossistemas aquáticos.

- **Poluição atmosférica**: Quando os resíduos domésticos não são devidamente tratados, geram gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, resultantes da ação de bactérias anaeróbias, contribuindo para o aquecimento global.

- **Empobrecimento dos recursos**: Materiais não recicláveis contribuem para a acumulação de resíduos em aterros sanitários e lixões, aumentando a pressão sobre os recursos naturais e o meio ambiente.

- **Degradação de paisagens**: Acúmulos de resíduos degradam a paisagem, obscurecendo e prejudicando áreas que seriam agradáveis de se observar.

Em suma, os resíduos domésticos têm impactos negativos em nosso planeta. Portanto, é importante reduzir a quantidade de lixo produzido, reutilizar materiais sempre que possível e priorizar produtos feitos com materiais recicláveis.

Por Lukanu SEBASTIAO, Mestrando em Microbiologia-Qualidade, Ambiente e Segurança Sanitária pela Sorbonne University.

Influencia das Mudanças Climáticas na apariçao de novas doenças.

As mudanças climáticas estão transformando mundo, afetando não apenas o clima, mas também à saude dos seres vivos. Varios sao os fatores que influenciam no densevolvimento de virus e bacterias patogenos e um destes factores é sem duvida a temperatura, a temperatura pode eliminar patogenos em certas condicoes, mais tambem pode favorer o seu desenvolvimento.

Com o aumento da temperatura, ha mudanças nos Padrões de Doenças Transmitidas por Vetores, os mosquitos e outros vetores de doenças têm mais tempo para se reproduzir, aumentando o risco de doenças como malária, dengue e febre do Nilo Ocidental se espalharem.

As Alterações nos Ecossistemas Naturais dos micro-organismo está mexendo com os habitats naturais de bactérias, vírus e parasitas, mudando sua distribuição geográf**a e potencialmente criando novas doenças em lugares onde antes não existiam, talvez em breve sejamos infestados com bacterias e virus que so encontravam em zonas glaciares devido ao aquecimento global. A apariçao da Dengue em paises como França é a prova desta distribuiçao de patagones, porque esta doença so se encontra em paises com clima tropical umido como o Brazil.

As mudanças climáticas afetam a qualidade da água e a segurança alimentar, aumentando o risco de doenças transmitidas pela água e alimentos contaminados por inundações e secas prolongadas

E quanto aos problemas mentais? Eventos climáticos extremos, perda de meios de subsistência e deslocamentos podem causar estresse mental, enquanto o aumento das doenças infecciosas sobrecarrega os sistemas de saúde.

Para enfrentar esses desafios, precisamos melhorar a vigilância epidemiológica, desenvolver estratégias de controle de vetores e promover segurança alimentar e hídrica. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa também é essencial para limitar o aquecimento global.

Por Lukanu SEBASTIAO, Mestrando em Microbiologia-Qualidade, Ambiente e Segurança Sanitária pela Sorbonne University

Intoxicação alimentar por micotoxinas.

No dia 15 de Fevereiro de 2023, a publicou uma notícia informando que 200 pessoas deram entrada em unidades hospitalares na Huíla após consumirem fuba de milho. A intoxicação alimentar é caracterizada por distúrbios gastrointestinais causados por toxinas produzidas por microrganismos como bactérias, vírus, fungos ou leveduras. Geralmente ocorre de 12 a 24 horas após a ingestão do alimento. É considerada intoxicação alimentar quando três ou mais pessoas apresentam problemas gastrointestinais após ingerirem produtos do mesmo lote.

No caso da suposta intoxicação na Huíla, é provável que tenha sido causada por micotoxinas. As micotoxinas são toxinas produzidas por fungos que podem se desenvolver em alimentos em condições adequadas de temperatura e humidade. Entre as micotoxinas, uma das mais comuns é a aflatoxina, produzida pelos fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus. A aflatoxina é a causa mais provável se realmente se tratar de uma intoxicação alimentar.

A aflatoxina é instável em certas temperaturas, portanto, um cozimento adequado pode não ser suficiente para eliminá-la. A ingestão dessa toxina pode provocar problemas gastrointestinais, vómitos, náuseas, danos no fígado e até mesmo câncer, dependendo do nível de exposição.

É necessário controlar a quantidade de micotoxinas nos alimentos antes da venda. Elas podem ser facilmente detectadas por técnicas de química analítica, como HPLC (cromatografia líquida de alta eficiência) e LC-MS/MS (cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massa em tandem), ou ainda por meio do teste ELISA.

Por Lukanu SEBASTIAO, Mestrando em Microbiologia-Qualidade, Ambiente e Segurança Sanitária pela Sorbonne University

Por que muitos ambientalistas defendem o fim do consumo de carne como uma das soluções para combater as alterações climáticas?

O vegetarianismo é um movimento em crescimento nas principais metrópoles do mundo, sendo adotado por alguns devido ao bem-estar animal e por outros preocupados com as alterações climáticas. O nível de CO2 emitido por cada pessoa depende de vários fatores, como o tipo de transporte usado, hábitos alimentares, o tempo de uso de dispositivos eletrônicos, entre outros. Na tentativa de preservar o planeta, alguns optam por fazer mudanças nos hábitos alimentares, mas como o consumo de carne contribui para as alterações climáticas?

Para produzir 1 kg de carne bovina, são necessários aproximadamente entre 15.000 e 30.000 litros de água, desde a alimentação do gado até a limpeza das instalações onde são criados e o processamento industrial. Considerando que a água doce é um recurso cada vez mais escasso, utilizar essa quantidade de água para a criação de gado pode ser prejudicial.

Os gados são emissores de gases de efeito estufa, especialmente devido às bactérias presentes no intestino de certos animais, como o bovino. Essas bactérias produzem cerca de 70 a 120 kg de gás metano por ano, contribuindo signif**ativamente para o aquecimento global.

Parar de consumir carne é uma boa opção?
Não necessariamente, pois existem várias atividades em nosso dia a dia que impactam fortemente o planeta. Muitos meios de transporte não são ecológicos, e uma interrupção repentina do consumo de carne pode causar problemas de desnutrição. Portanto, a recomendação é buscar equilíbrio e, sempre que possível, dar preferência às carnes brancas.

Por Lukanu SEBASTIAO, Mestrando em Microbiologia-Qualidade, Ambiente e Segurança Sanitária pela Sorbonne University

Todos nós conhecemos pessoas que por mais que comam nao engordam e outras que engordam por tudo e por nada, como sao classif**adas estas pessoaa?

Biótipos são uma classif**ação usada em biologia e medicina para descrever e categorizar as diferenças na morfologia, fisiologia e outras características físicas dos indivíduos. Essas categorias se baseiam em determinadas características predominantes em um grupo de pessoas e são frequentemente usadas para entender melhor como os corpos respondem a diferentes situações, como exercícios, dieta e tratamento médico.

Um exemplo famoso de classif**ação de biótipos é a proposta pelo médico americano William H. Sheldon na década de 1940. Sheldon propôs três biotipos básicos:

1. **Ectomorfos: indivíduos magros com pouca massa muscular. Têm uma estrutura corporal esbelta, ombros estreitos e uma tendência a armazenar o mínimo de gordura. Eles geralmente têm dificuldade para ganhar peso e músculos.

2. **Mesomorfo: indivíduos com uma estrutura corporal mais musculosa e atlética. Eles têm massa muscular bem desenvolvida, ombros largos e uma capacidade natural de ganhar músculos e força.

3. **Endomorfo**: indivíduos com maior tendência a acumular gordura corporal. Eles tendem a ter uma estrutura corporal mais arredondada, com uma proporção maior de gordura em relação à massa muscular.

É importante observar que esses biótipos são uma simplif**ação e que a maioria das pessoas é uma combinação de características de todos os três biótipos em graus variados. Além disso, pesquisas modernas descobriram que a genética, a dieta, os exercícios e outros fatores podem influenciar o formato do corpo.

Por Lukanu SEBASTIAO, técnico superior em eng biologica pela universidade Jules Vernes PICARDIE.

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