Permanência não é esmola

Amanhã temos um encontro marcado de luta em defesa do CRUSP, por uma reforma democrática que não despeje os estudantes do Bloco D em meio a uma pandemia e sem apoio da universidade e pelo Fora PM da USP que vem servindo como um instrumento de perseguição e criminalização de estudantes pobres e negros dentro da universidade.

📆 Amanhã, 13/08, 16h
📍 No Bloco D do CRUSP

Na madrugada deste domingo, os estudantes que moram no CRUSP foram surpreendidos por mais invasão da PM, portanto fuzis, que culminou na prisão arbitrária de Giovani, morador e estudante do IAG. A Polícia Militar que agora possui uma base ao lado do CRUSP vem cumprindo um papel de clara perseguição aos moradores.

Com a justificativa de que irão iniciar as reformas no CRUSP reivindicadas há anos, a reitoria da USP e a Superintendência de Assistência Social deram um prazo desumano de 15 dias para os estudantes moradores do bloco D do conjunto residencial deixarem suas residências para outros apartamentos do CRUSP ou para passarem a receber o auxílio financeiro de 500 reais durante 1 ano enquanto durar essa reforma, que necessita do desalojamento de todo o bloco junto do mobiliário que lá se encontra. A notícia veio por um e-mail no dia de ontem (26/07) que prevê que as assistentes sociais entrem em contato com os estudantes para que eles escolham entre ficar no CRUSP ou receberem o auxílio financeiro. Sem qualquer tipo de diálogo com os mais interessados na reforma, os moradores, esse prazo de 15 dias é um verdadeiro despejo de estudantes do CRUSP em meio a pandemia, sendo que muitos dos moradores voltaram para suas cidades e precisariam ir para a USP pegar seus pertences. Sabemos que as reformas são urgentes e necessárias, mas é preciso que a SAS e a reitoria não transformem isso em mais ataques e descaso aos cruspianos, por isso é fundamental que os moradores sejam ouvidos, que o prazo de 15 dias seja estendido e que a USP apresente medidas de planejamento e de apoio efetivas aos moradores do bloco D enquanto durar a reforma, já que sabemos que 500 reais estão muito longe de serem suficientes para alugar e morar dignamente na cidade de São Paulo e os outros blocos do CRUSP já não suportam acolher mais moradores. Se a SAS realmente quiser ter um compromisso com esses estudantes e garantir que eles não sejam ainda mais prejudicados, é preciso possibilitar que eles possam ser devidamente abrigados e os que não estão na cidade possam ter onde guardar seus pertences, por isso, a reinvidicação da reconversão dos blocos K e L para moradia volta ao centro da luta nos dias de hoje. Não podemos permitir que a reitoria trate os moradores do CRUSP com tamanho descaso, estudantes esses que já precisam enfrentar um cenário de profunda calamidade, com cozinhas e lavanderias sem condições de usos e cada vez mais casos de sofrimento psico-social entre os moradores.

USP, A CULPA É SUA! PERMANÊNCIA JÁ!

Hoje participamos do Ato Por Todos Que Se Foram que reuniu dezenas de estudantes na USP para denunciar o descaso da reitoria com o CRUSP, com as políticas de permanência e de saúde mental. É preciso se mobilizar para garantir permanência estudantil para todos os que precisam com qualidade!

ATO POR TODOS QUE SE FORAM: USP, A CULPA É SUA!

📆 Sexta, dia 25, às 14h
📍 Concentração na Ágora do CRUSP

✊🏽 Na próxima sexta, estaremos em ato na USP em memória de todos os estudantes que infelizmente perderam suas vidas em meio a uma crise profunda no país e na universidade.

O descaso da reitoria da USP e da SAS com os estudantes durante a pandemia, em especial os estudantes pobres, negros e negras e os moradores do CRUSP, é parte fundamental do adoecimento mental que nós estamos cada vez mais submetidos em nossa universidade.

📣 Traga sua indignação, PFF2 e cartazes! Nos vemos lá!

📲 Marque presença e compartilhe: https://fb.me/e/1dKdE6fLs

Fomos surpreendidos por um e-mail da equipe gestora da SAS informando que o pagamento dos auxílios - a saber, financeiro, transporte e manutenção - não seriam pagos no dia que usualmente deveriam ser (dia 20 de todo mês). A explicação dada pela reitoria é que tais reajustes no calendário se dão por conta do recente acréscimo nas referidas bolsas, acréscimo esse muito insuficiente depois de 8 anos com os valores das bolsas congelados. Com efeito, uma explicação dada assim, tão em cima da hora, demonstra o descaso da reitoria e da SAS para com seus alunos bolsistas, na medida em que os deixa desamparados frente ao crescente custo de vida e manutenção, não só no âmbito universitário, como em quaisquer outros. Além da pandemia, aluguéis e preços de viveres (comida, bebida e tudo o mais, já que a própria reitoria se recusa a transformar o auxílio alimentação em dinheiro e obriga os estudantes a se dirigirem aos campi para pegarem marmitas, o que frequentemente os faz gastarem ainda mais) tornaram-se mais caros, o que afeta não só psicologicamente os mais carentes, como também os deixa concretamente abandonados. É necessário, portanto, pressionar a reitoria para fazer valerem seus compromissos para com a população mais pobre da universidade, além de melhorar as condições de acesso à programas de permanência e afins. Exigimos que a reitoria e a SAS pague os auxílio do mês de junho no dia 20 para não deixar milhares de alunos desamparados e dialogue com a comunidade bolsista sobre uma data de pagamento das bolsas que não prejudique nenhum estudante!

A campanha Permanência Não É Esmola vem a público apoiar a iniciativa de professoras e professores negros da USP que estão reivindicando da reitoria ações em respeito a permanência de estudantes negros e de combate ao racismo na universidade, ações essas que poderiam ter evitado com que perdêssemos estudantes negros no último período.

Apoie e assine, a reitoria precisa nos ouvir!

https://t.co/rZtumEC9os

O que a USP está fazendo para garantir que essa geração de estudantes de escola pública não tenha que abandonar o sonho da universidade por não conseguir morar e se alimentar com qualidade, acessar a internet e se manter durante sua graduação? A USP precisa priorizar as políticas de permanência!

[Possível gatilho - saúde mental]
Apenas nos últimos dois meses, três estudantes da FFLCH tiraram suas próprias vidas. A USP, que nos manda email todos os dias, sequer nos notificou do falecimento dos alunos. Se chegam, as informações nos vem antes por nossos colegas do que pelos canais de comunicação da reitoria, que permanece em silêncio. Sabemos que pelo menos dois desses estudantes eram moradores do CRUSP, que inclusive possui um histórico com casos de suicídio. Isso não é mera coincidência! As condições precárias sob as quais a USP mantém a moradia estudantil: com risco de incêndio, infiltração, sem cozinhas, lavanderias e internet e com marmitas de péssima qualidade; são indissociáveis do sofrimento psíquico de que padecem muitos cruspianos. Muitos estudantes bolsistas que se vêem obrigados a trabalhar para poder complementar o valor insustentável de bolsas e auxílios também sofrem por conta do acúmulo dos estudos com o trabalho.

A luta por permanência estudantil também é uma luta para que a USP trate com seriedade a saúde mental de seus alunes! É sobre a VIDA dos estudantes!

Nossa luta por um reajuste digno só cresce! Já somos mais de 600 estudantes e 23 entidades reivindicando a reabertura do debate sobre o reajuste nos valores das bolsas da USP.

Ainda não assinou? Acesse o link e faça parte!
➡️ https://forms.gle/SuxVMAFQA26UsK197

Retrato do descaso da reitoria da USP com a permanência, os dados do PAPFE revelados pelo G1 mostram que entre 2019 e 2021, metade dos estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) deixaram de receber o auxílio financeiro. No contexto de pandemia isso torna-se ainda mais grave! Permanência deve ser um direito garantido para cada vez mais estudantes!

🚨 CONHEÇA E ASSINE O MANIFESTO Permanência Não É Esmola! Reajuste das bolsas para 800 reais já! ✊🏼

🗣️ Somos estudantes e entidades da USP que querem lutar pelo reajuste digno das bolsas de permanência, PUB e PEEG!

💰 400 reais não dá mais! Auxílio financeiro com valor digno já! Para compensar o aumento nos custos de vida e ter um reajuste real, reivindicamos um novo valor das bolsas de R$800,00! Permanência não é esmola!

📍 Se junte a nós nessa reivindicação, assine o manifesto: https://forms.gle/SuxVMAFQA26UsK197

🚨 SE LIGA!

Nessa semana, um dia antes do pagamento previsto das bolsas de permanência, a USP comunicou os estudantes que atrasaria o pagamento do mês de maio do auxílio financeiro. Isso é um absurdo em meio a uma pandemia, além de avisar os estudantes somente 1 dia antes. A reitoria justificou o atraso colocando que irá propor um novo valor das bolsas de apenas 500 reais. Apesar do reajuste das bolsas ser uma demanda histórica dos estudantes, o novo valor não foi debatido com nenhum estudante que recebe auxílios e ainda está muito abaixo do ideal. 500 reais no Estado de São Paulo hoje não aluga um quarto ou apartamento. Depois de mais de 8 anos sem reajuste nas bolsas, reajustar para apenas 500 reais é não levar em conta que as condições de vida estão cada vez mais caras. Nossa luta continua pelo reajuste das bolsas para 800 reais, a exemplo da UFRJ, que mesmo a beira de fechar as portas ainda garante um valor mais digno de auxílio para seus estudantes do que a reitoria da USP!

Vem com a gente nessa luta! Siga as redes da campanha! A luta por permanência estudantil é urgente!

Somos estudantes da USP que querem lutar por melhores condições de permanência estudantil na nossa universidade. A USP se democratizou e se popularizou nos últimos anos, mas precisamos lutar para garantir que esses estudantes de escola pública, de periferia, negros e negras e indígenas possam não só entrar, mas permanecer na USP. Pra isso, queremos fazer com que essa campanha se conecte aos movimento sociais, entidades e estudantes da universidade para conseguirmos criar um programa de reinvindicações para a reitoria em torno da permanência, que tenha como centro o reajuste do auxílio financeiro de 400 reais (congelado desde 2013) e que já não consegue mais suportar o aumento dos custos de vida e que incorpore a luta pela reforma e manutenção das moradias e bandejões, acessibilidade digital, empregabilidade e outros. Quer participar? Se inscreve abaixo!

> https://forms.gle/cfg2R5GWo3kk3ZBRA

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