ciencia.ta.preta
As lacunas da visibilidade são latentes em diversas questões, sobretudo quando se trata de nomes d
DITADURA NUNCA MAIS !
📸 Ditadura militar acabou com a festa da Mangueira em 1976.Cartola e seu ato de protesto.
Créditos: Eurico Dantas 20.02.1976
Neste 21 de março, é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória pelas 69 pessoas assassinadas em 21 de março de 1960, no subúrbio de Sharpeville, na província de Transvaal, na África do Sul. Na época, cerca de 20 mil pessoas foram surpreendidas pela polícia do governo do apartheid, que lá chegou para matar sumariamente. A data foi instituída pela ONU e é celebrada desde 1976.
A data é um momento importante para debater e pensar questões sobre o racismo estrutural, que atinge diferentes níveis da sociedade. Produções audiovisuais são um caminho para discutir tal questões.
• Cara Gente Branca
A série“ Cara Gente Branca”, adaptada pelo cineasta Justin Simien a partir de seu filme homônimo, retrata o cotidiano de um grupo de alunos negros em uma universidade de elite norte-americana – majoritariamente branca.
• Olhos que Condenam
A história mostra um dos maiores erros cometidos pela Justiça americana, que condenou adolescentes negros à prisão por estupro de uma mulher branca no Central Park, em Nova York, nos anos 80. Sem provas, a polícia e a promotoria usaram artifícios completamente criminosos para que os jovens confessassem algo que não fizeram.
• Lovecraft Country
Baseada no romance "Território Lovecraft", de Matt Ruff, a série une elementos de terror e ficção científ**a. Tudo começa quando Atticus Freeman faz uma viagem pelos Estados Unidos na década de 1950 durante a vigência das leis de segregação racial em busca do pai desaparecido.
• Pequenos Incêndios por Toda Parte (Little Fires Everywhere)
A série segue o destino de “família perfeita” de Richardson que se entrelaça com as enigmáticas mãe e filha, que se mudam para uma casa ao lado da dela. A história explora o peso de segredos e a natureza de cada um desses núcleos familiares.
• Irmandande
“Irmandade” é ambientada nos anos 90, vinte anos após a prisão de Edson (Seu Jorge) por tráfico de dr**as. No presídio, os maus-tratos são constantes, ainda mais porque Edson se torna líder de uma facção criminosa. Do lado de fora da cadeia, Cristina (Naruna Costa), sua irmã, trabalha para o Ministério Público e acaba envolvida num jogo duplo.
Ontem, dia 07 de Março, foi um dia marcado na lembrança de muita gente.
A Marca pelos Direitos Civis nos Estados Unidos foi um evento marcado pela militância negra contra a discriminação e luta por direitos.
Um dos maiores líderes mundiais, Martin Luther King, fez parte dos movimentos e foi um dos principais nomes na luta antirra***ta da história.
Fonte: Fundação Palmares.
Amor não é só um sentimento.
Em “Tudo sobre o amor: novas perspectivas” bell hooks nos mostra que o amor é muito mais que uma “afeição profunda por uma pessoa”. A principal perspectiva abordada no livro é a prática do amor como uma ação do verbo amar. Mas, se o amor é muito mais que um sentimento e, pensar o amor como ação, como podemos defini-lo?
Conforme diz o psiquiatra M. Scoot Peck, trata-se da “vontade de se empenhar ao máximo para promover o próprio crescimento espiritual ou o de outra pessoa”. Entende-se aqui que o espiritual não está vinculado à religião ou preso a algum dogma religioso, mas a força vital presente em cada indivíduo. O que bell hooks nos ensina é que para amar verdadeiramente, alguns ingredientes precisam ser misturados: carinho, afeição, reconhecimento, respeito, compromisso e confiança. Nessa mistura, adicionam-se também a honestidade e comunicação aberta.
Neste livro, primeiro volume de sua Trilogia do Amor, a autora procura elucidar o que é, de fato, o amor, seja nas relações familiares, românticas e de amizade.
É através da construção de uma ética amorosa, inserindo as dimensões do amor (cuidado, compromisso, confiança, responsabilidade, respeito e conhecimento) em nossa vida cotidiana, que seremos capazes de edif**ar uma sociedade verdadeiramente igualitária, fundamentada na justiça e no compromisso com o bem-estar coletivo.
Vale ressaltar que: em tempos de desamor, o amor pode ser uma arma revolucionária!
Uma indicação que vale ouro para todos, todas e todes!
Arte e texto: .bs
Hoje, dia 28/02/22, a editora Quilombhoje completa 42 anos de criação.
É importantíssimo lembrarmos que a Quilombhoje foi a editora responsável por publicar as primeiras obras reunidas de autoria negra no Brasil, no final da década de 1970, com a série Cadernos Negros.
Mas você sabe do seu papel ao consumir livros publicados por editoras negras?
Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh’alma recebeu o batismo dos tambores
atabaques, gonguês e agogôs.
Contaram-me que meus avós
Vieram de Loanda
Como mercadoria de baixo preço
Plantaram cana pro senhor do engenho novo
E fundaram o primeiro Maracatu.
Depois meu avô brigou como um danado
nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso.
Mesmo vovó
não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou.
Na minh’alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação.
(TRINDADE, 1999, p. 48).
Texto e Arte :
Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh’alma recebeu o batismo dos tambores
atabaques, gonguês e agogôs.
Contaram-me que meus avós
Vieram de Loanda
Como mercadoria de baixo preço
Plantaram cana pro senhor do engenho novo
E fundaram o primeiro Maracatu.
Depois meu avô brigou como um danado
nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso.
Mesmo vovó
não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou.
Na minh’alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação.
(TRINDADE, 1999, p. 48).
Texto e Arte:
A Semana de Arte Moderna no Brasil é conhecida como um momento em que foram reveladas diversas manifestações artísticas divergentes aos ideais formais.
Nomes como Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade ganharam foco nas exposições, mas o que pouca gente sabe é sobre o que aconteceu nos bastidores desse evento.
Filhos e netos de grandes fazendeiros de café, pertencentes da elite paulistana brasileira, fizeram parte da grande nata fundadora do movimento. A maioria deles moraram em países fora do Brasil e queiram trazer novas perspectivas de arte.
Além disso, pregavam a inclusão de artistas brasileiros que fossem contra os moldes tradicionais e clássicos, mas, na verdade, de inclusão esse movimento não teve nada.
Comente aqui sobre o que você sabia antes desse post sobre Semana de Arte Moderna.
Você já deve ter ouvido expressões como "criado mudo", "ovelha negra", "lápis cor da pele", "mulata", "da cor do pecado", entre outras no dia a dia.
Muitas vezes essas expressões são naturalizadas em tons de "brincadeira" ou "elogio", mas são expressões ra***tas que deveriam ser excluídas do vocabulário.
Inicie a semana deletando essas palavras do seu vocabulário.
Um ótimo sábado!
Reposted • #ᴛʙᴛ lembranças do tempo mamãe....❤
Nelson Rolihlahla Mandela: O líder político contra o regime do apartheid na África do Sul
Mandela passou 27 anos na prisão, inicialmente na temida prisão de Robben Island e, mais tarde, nas prisões de Pollsmor e Victor Verster. Após uma campanha internacional, em 11 de fevereiro de 1990, Nelson Mandela é libertado da prisão.
Anos mais tarde, em 1994, Mandela foi eleito presidente da África do Sul, permanecendo no cargo até 1999.
Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema ra***ta oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência na luta pelos direitos humanos. Mandela acabou sendo aclamado internacionalmente e recebeu vários prêmios e condecorações, incluindo o Nobel da Paz em 1993.
Madiba, hoje e sempre, presente em nossos corações!
"Quando um Babalorixá cuida daquelas potências em formas de abian, yawo e ebomis, ele está exercendo o princípio materno-centrado africano, que em nada se relaciona ao útero físico, mas, sim, ao útero mítico-ancestral, a partir da movimentação de toda uma energia, que é feminina. Inúmeros são os exemplos que podemos elencar, desde parteiras e erveiros, às tias que cuidam dos erês em suas próprias casas, nas comunidades periféricas, para que os pais possam trabalhar, educadores que gestam a potência de seus alunos etc.’
"O termo mulherismo vem de mulher, negando qualquer semelhança com a fêmea que se desdobra em pensamentos e ações de agenda ocidental. E africana, termo em latim, se apresenta enquanto identidade cultural e localização, pois nos recentraliza identitariamente em África."
(Njeri; Ribeiro, 2019, p.600-601)
Arte:
Nascida em 07/02/1902, Clementina de Jesus da Silva, hoje, completaria 120 anos.
É uma das maiores compositoras que o Brasil já teve e foi ela a responsável por grandes composições como: “Marinheiro só”. Em março de 1973, a compositora se afastou dos palcos, devido a uma trombose cerebral, mas isso não a fez parar. Gravou uma música para o álbum do cantor Milton Santos, demonstrando que nada iria impedi-la de lançar potentes canções.
O dia de hoje é para saldarmos e agradecermos pela existência de Clementina de Jesus na história da música brasileira.
George Washington Carver: cientista que revolucionou a botânica e agronomia
Nascido no ano de 1860, na cidade de Diamond, estado do Missouri (EUA), George Carver formou-se em Botânica no Iowa State Agricultural College. Desenvolveu seu mestrado, especializando-se em patologia de plantas e micologia, alcançando reconhecimento nacional como botânico e, tornando-se o primeiro professor negro a ensinar no Iowa College.
Carver é lembrado por promover plantações alternativas às grandes lavouras de algodão, como as de amendoim e batata doce. Com essa rotatividade nas plantações, permitia a subsistência de fazendeiros pobres, mas também, a ciclagem natural do nitrogênio no solo prejudicado pelas lavouras de algodão.
O cientista faleceu em 1943, aos 79 anos de idade, mas seu legado na ciência permaneceu!
Dois de fevereiro é dia de saudar a rainha do mar.
Assim como diz a música de Serena Assunção:
"Odoyá é peixe de prata
Odoyá é sal que sustenta
Odoyá é sereia que encanta
Odoyá na beira do mar
Iemanjá, bom dia!"
Se permita acreditar no seu axé!
Assim como o mar é imenso, abundantes são as bênçãos de minha mãe, Iemanjá. Tenha um bom dia!
Quem nasce no Brasil é o quê mesmo?
Uma curiosidade um tanto infantil talvez possa nos ser altamente reveladora. Afinal, o adjetivo pátrio, aquele que nos indica origem ou procedência de alguém, geralmente se expressa pelos sufixos ense ou ês ou, ainda ano. Assim, temos o francês, o português, o inglês entre tantos. Ou ainda, o italiano, o peruano, o venezuelano, o equatoriano e o norte-americano entre outros tais.
A palavra brasileiro designava, no período colonial, aquele que vivia de explorar e fazer comércio com o pau-brasil, madeira de cor de brasa de grande valor comercial à época. O sufixo eiro, nesse caso, tem, entre outras funções, a de assinalar uma ação ou uma função como em madeireiro, mineiro, pistoleiro, grileiro ou garimpeiro.
Se pensarmos a atual onda expansionista em nome do desenvolvimento do Brasil, contra a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga, o Pampa, contra a Mata Atlântica e contra a Mata de Araucária, que nunca foram vazios demográficos, é ser contra os que tradicionalmente ocupam nosso território. Enfim, está sendo atualizado o brasileiro. E brasileiro tem sido exatamente isso: aquele que vive de explorar o Brasil. Não é natural ser brasileiro. É uma opção. De minha parte, nasci no Brasil, mas não sou brasileiro. Sou brasiliano. Felizmente, para não ser acusado de apátrida, os nossos dicionários me dão essa opção.
Brasileiro ou Brasiliano? Como você se define?
O mês de dezembro é dedicado à conscientização acerca da prevenção e tratamento contra infecções sexualmente transmissíveis. Você sabia disso?
O uso da ca*****ha é imprescindível como forma de proteção, bem como exames e cuidados. CA*****HA NÃO SERVE APENAS CONTRA UMA GRAVIDEZ INDESEJADA.
Você já parou para pensar em quantas doenças você pode se proteger utilizando a ca*****ha?
Live do Ciência tá preta com o Cléslei.
No dia 08 de dezembro (Quarta feira), às 19hrs, no nosso instagram, vamos bater um papo super massa com um dos fundadores da página Ciência tá preta que recentemente defendeu o doutorado, o Dr. Cléslei Chagas ( ).
O título da live: Doutor e o doutorado: o que não te contam, mas você deveria saber."
Cléslei é bacharel em Ciências Biológicas com ênfase em "Aguas Continentais", pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié. Na graduação desenvolveu estudos com grupos bioindicadores de qualidade água, sendo eles: Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) que são insetos aquáticos comumente encontrados em ambientes com boa qualidade. Posteriormente fez mestrado em Diversidade Animal pelo Programa de Pós-graduação Diversidade Animal (PPGDA) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), ao qual trabalhou com espécies exóticas no ambiente marinho, a partir do processo de bioinvasão. Doutor em Biodiversidade e Evolução (PPBioEvo) na UFBA, trabalhando com revisão taxonômica de esponjas marinhas. Paralela a vida acadêmica é cofundador de um projeto de divulgação científ**a intitulado "Ciência tá preta" que surgiu a partir da observação de carência de divulgação cientif**a de estudos realizados por pesquisadores e pesquisadoras, negros e negras no país.
Imperdível!
Curta, comentem e mandem suas perguntas. Não deixem de seguir o perfil.
Livro bom é livro compartilhado!
Você conhece a obra: Água de Barrela, da autora negra Eliana Alves Cruz?
Pois bem, se não conhece, TEM QUE CONHECER!!! Publicado em 2016 pela editora Malê, a obra nos possibilita compreender e reconhecer a importância das nossas memórias. Afinal, de onde eu vim? De onde VOCÊ veio?
O trecho abaixo, extraído do site da editora Malê, nos traz um pouco de como é tecida a história:
As muitas mulheres negras presentes no romance Água de barrela, de Eliana Alves Cruz encontram no lavar, passar, enxaguar e quarar das roupas das patroas e sinhás brancas um modo de sobrevivência em quase trezentos anos de história, desde o Brasil na época da colônia até o início do século XX. O título do romance remete a esse procedimento utilizado por essas mulheres negras de diferentes gerações e que garantiu o sustento e a existência de seus filhos e netos em situações de exploração, miséria e escravidão. A narrativa inicia-se com a comemoração do aniversário de umas das personagens após viver um século de muitas lutas, perdas, alegrias, tristezas e principalmente resiliência. Damiana, personagem central para a narrativa, cansada das batalhas constante e ininterruptamente travadas pela liberdade, se vê rodeada por sua família e se recorda dos tempos de lavadeira.
Fonte: Editora Malê
Arte e texto: .correa
Finalizando mês de outubro, teremos nossa super live-conversa com o Aldri Anunciação ( ).
No dia 30 de outubro (sábado), às 19hrs, no nosso instagram, vamos bater um papo super massa com o Aldri.
O título da live: Representatividade do homem preto nos meios de comunicação.
O Aldri Anunciação é autor, ator, diretor e apresentador de TV, além disso é bacharel em Teorias Teatrais pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Você provavelmente já o viu em chamadas da Conexão Bahia ou recentemente no Conversa Preta (ambos da TV BAHIA/Rede Globo). Nas telonas interpretou várias papeis como: Henrique (Longa-metragem "Ilha" - 2019), Cândido (Longa-metragem alemão Bach in Brazil), Antônio (Peça Teatral Namíbia, Não! - 2011), Nankim (Rede Globo -1998) entre outros. O seu livro "Namíbia, Não!" foi amplamente premiado como o Prêmio Jabuti de Literatura em 2013. A representatividade sempre esteve presente em todo eles e a partir disso, a nossa live-conversa vai falar sobre esses e outros vários trabalhos do Aldri ao longo de sua carreira.
Imperdível!
Curta, comentem e mandem suas perguntas. Não deixem de seguir o perfil.
A anemia é diagnosticada através de um exame de sangue que detecta baixo nível de hemoglobina, proteína rica em ferro responsável por recolher o oxigênio dos pulmões e o distribuir a outras partes do corpo.
Quando a menstruação está relacionada com o quadro de anemia da mulher, a doença é geralmente causada por uma deficiência de ferro da paciente que, assim, não recebe oxigênio suficiente aos órgãos e músculos.
Mulheres que menstruam de forma abundante apresentam alto risco de desenvolver anemia já que, com o tempo, perde-se grande quantidade de sangue e consequentemente de ferro em forma de hemoglobina através da menstruação. Para se precaver, estas mulheres devem incrementar sua ingestão de ferro durante a menstruação.
Na população negra, existe uma possibilidade maior de ocorrência de um tipo específico de anemia. A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e, consequentemente, a oxigenação dos tecidos.
Por ser uma doenca genética, a melhor forma de lidar com a anemia falciforme é a detecção imediata, desta forma, exija que o teste do pezinho seja feito em seu filho/a logo depois do nascimento. Se for constatado que é portador de anemia falciforme, encaminhe-o rapidamente para um médico especialista, pois além dos sintomas específicos, ela também afeta a menstruação das mulheres.
Fique ligado aos sinais do organismo durante o seu ciclo menstrual e caso necessário busque profissionais especializados.
Texto e arte:
“Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela” Angela Davis.
A mulher negra ocupa a base da sociedade brasileira, é a maior parte da população negra e de mulheres (28%) e ainda assim somos vistas como menos relevantes.
Historicamente as pautas relacionadas as opressões das mulheres negras como melhores condições de trabalho,segurança para seus filhos e proibição de procedimentos de esteriliação não consentido e entre outros não foram ouvidos mesmo quando essas mulheres estavam lutando juntamente com as mulheres brancas do movimento feminista.
Sojourner Truth, foi uma mulher além do seu tempo que percebeu na sua realidade como ela não era vista como uma "referência" do que é ser mulher. Seu corpo não era o estereótipo do que era atrativo,bonito,delicado e feminino,não era um corpo que merecia cuidado ou proteção.
A mulher negra não é homem e nem branca, por isso ela é “o outro do outro” (Grada Kilomba). Diante do historico das opressões ra***tas presentes na sociedade, o surgimento do Feminismo Negro se mostra extremamente relevante para que as mulheres negras tenham sua vivencia assistida por uma ótica interseccional já que na sociedade moderna as formas de opressão se encontram de formas distintas sobre os corpos negros .
“Ainda é muito comum dizer que o feminismo negro traz cisões ou separações, quando é justamente o contrário. Ao nomear as opressões de raça, classe e gênero, entende-se a necessidade de não hierarquizar opressões” afirma Djamila Ribeiro
Nesse outubro rosa,onde temos uma visão de cuidado com a mulher e sua saúde, podemos tentar refletir:
De que mulher estamos falando? Quais mulheres têm sua associação com o feminino sendo simbolizado pelo rosa? Quem são as mulheres cuidadas de fato?
Arte e texto:
Uma enorme satisfação divulgar que nós estaremos participando do evento promovido pelo PPG Ciências Biológicas UFG] na próxima semana.
Marquem na agenda!
•Repost •
PPG Ciências Biológicas UFG] Vem aí a "7° Mostra de Divulgação Científ**a e Popularização da Ciência para a Educação Básica" do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PPGCB) da
Pela primeira vez totalmente virtual, esse ano a 7° Mostra ocorrera juntamente com o Conpeex - UFG .ufg
Nossa terceira palestra terá como tema "Caminhos do Biólogo: qual a cor da ciência brasileira?", ainda nos dias atuais, a cor da pele ainda define quais oportunidades e caminhos as pessoas terão a possibilidade de seguir, e o Biólogo e mestre em diversidade animal, Cléslei Chagas Souza mostrará um pouco dessa realidade e os desafios que as pessoas pretas precisam enfrentar no campo da ciência.
O Cleslei faz parte de um projeto de divulgação Científ**a chamado Ciência tá Preta, eles possuem uma página no Instagram .ta.preta , nesse projeto eles trabalham para aumentar e alcançar uma visibilidade maior para cientistas pretos e trazer para eles a representatividade que falta no meio acadêmico, um projeto muito lindo e importante para a sociedade.
E um lembrete especial para os alunos que concorrerão a bolsa de iniciação cientif**a júnior, vocês agora poderão encaminhar o vídeo sobre um cientista Brasileiro para o e-mail [email protected], até o dia 05/10/2021.
Lembrem também de participarem ativamente da 7° Mostra e realizarem os desafios diários.
Para mais informações baixar o flyer acessando https://docs.google.com/forms/d/1ETTzg2iiOzg-3_J1k86ZNuqVewqP_RkGeNaEkInL24g/edit?usp=sharing.
Para realizar as inscrições para a 7° Mostra de Divulgação Científ**a e Popularização da Ciência para a Educação Básica, acesse o formulário https://forms.gle/3NrZnemyxiRzDcYA8.
Aguardamos sua participação nesta 7ª Mostra de Divulgação Científ**a e Popularização da Ciência para a Educação Básica.
Se possível, compartilhe com seus colegas, estudantes e professores(as).
Continue acompanhando nossas redes para maiores informações.
https://pos.icb.ufg.br/
Stephen Bantu Biko, mais conhecido como Steve Biko, ativista anti-apartheid na África do Sul entre as décadas de 1960 a 1970, foi uma importantíssima personalidade na luta antirra***ta. Biko fundou o Movimento da Consciência Negra, o qual através da mobilização e capacitação, trabalhava a construção de liberdade através do desenvolvimento e promoção de uma nova identidade e consciência do negro sobre si mesmo, abandonando o complexo de inferioridade imposto pelo poder da branquitude.
Para Biko reconhecer sua negritude, criar sua própria identidade, era uma das potentes fontes de transgressão de um sistema ra***ta, o que concretizou e imortalizou o slogan: “Black is Beautiful”. Devido ao seu ativismo e consequentemente ao seu papel de opositor ao regime, não passava desapercebido pelas autoridades sul-africanas, sendo preso em 18 de agosto de 1977 e submetido a um interrogatório que durou 22 horas, incluindo tortura e espancamento. Biko entrou em coma e faleceu, aos trinta anos de idade. A polícia tentou forjar a causa de sua morte, mas logo a verdade veio à tona. Alguma semelhança com os tempos atuais? Além de conhecer um pouquinho sobre Steve Biko, que possamos refletir sobre o ativismo da população preta e seu genocídio.
Em respeito aos Bikos, Marielles e tantos outros!
Texto: e .bs
Arte:
Olá pessoal, esperamos que todos vocês estejam bem.
Uma satisfação enorme apresentar para vocês as novas integrantes da nossa equipe. Para conhecer um pouco mais sobre a Brunna () e Talita ( ) passe pro lado.
Sejam muito bem vindas.
Hoje é aniversário de Beyoncé ( ), um dos nomes mais respeitados da música internacional e não poderíamos deixar de trazer sobre suas contribuições que não se limitam ao audiovisual. Beyoncé atua como uma porta voz da comunidade negra no espaço de poder em que ocupa, não só estremecendo estruturas ra***tas através do desenvolvimento e visibilidade de pautas raciais/sociais, como também na produção de narrativas e cenários opostos ao viés colonizador.
Representatividade, Releitura e Resistência são os 3Rs em que alocamos as contribuições dessa musa que possui um papel importantíssimo na desconstrução de uma ótica social baseada em um estereótipo. Segundo Athayde (2005): "Uma das formas mais eficientes de tornar alguém invisível é projetar sobre ele ou ela um estigma, um preconceito. Quando o fazemos, anulamos a pessoa e só vemos o reflexo da nossa própria intolerância. Tudo aquilo que distingue a pessoa, tornando-a um indivíduo; tudo que nela é singular desaparece. O estigma dissolve a identidade do outro e a substitui pelo retrato estereotipado e a classif**ação que lhe impomos".
As produções de Beyoncé nos provoca exatamente o contrário, seguindo a proposta de valorização, onde auto estima e construção da identidade negra são poderosas fontes de liberdade e afirmação de nossa existência. Celebrar é resistir!
Texto:
Arte:
[23 DE JULHO - SALVEM ESSA DATA]
Olá pessoal, esperamos que todes vocês estejam bem. Na próxima sexta feira (23 de julho), às 19 horas teremos nossa live de UM ANO do projeto Ciência tá preta.
NA LIVE vamos conversar sobre o nosso histórico, objetivos e perspectiva. Contamos com a presença de vocês e compartilhem pra geral.
Nos últimos anos estamos vendo uma onda de derrubada de monumentos em toda parte do mundo. Sendo intensif**ada a partir do assassinato de George Floyd nos EUA, em maio de 2020.
A grande maioria dos monumentos destruídos homenageavam pessoas e eventos ligados à escravatura, colonização e segregação. Apesar da maioria desses eventos terem acabados (pelo no menos no papel), os seis efeitos não, o racismo assumido sobrevive na proposta da maioria dessas obras ou quando implícito, os grupos étnico-raciais não são elegíveis para determinados empregos, tratamento de saúde e sofrem com a perseguição institucional.
Os momentos a escravistas e segregacionista não são apenas o dedo na ferida que não cicatrizou: legítimam e naturalizam uma violência continua. A questão norteia as recentes derrubadas de estátuas.
Afinal, esse movimento nos faz repensar os sinais públicos da história? Ou apenas "vandalizam" os marcos que não deveriam existir?
Nos digam aí nos comentários!
Texto e arte:
Joaquim Pinto de Oliveira foi o responsável pela construção de diversas obras no centro da cidade de São Paulo, hoje consideradas cartões postais da capital.
Após ter sua liberdade, aos 58 anos, Joaquim Pinto de Oliveira, mais conhecido como Tebas, se tornou arquiteto na cidade de São Paulo durante o Brasil Colonial. Nascido em Santos, litoral paulista, em 1721, teve sua profissão reconhecida apenas em 2018, mais de 200 anos depois de sua morte, quando o Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp) o homenageou com base em documentos oficiais reunidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Tebas foi escravizado pelo português Bento de Oliveira Lima, mestre de obras com quem ele teria aprendido o ofício. Os dois foram para São Paulo em busca de melhores oportunidades, numa época de ascenção da construção civil.
Talentoso desde sempre, Tebas exerceu sua profissão até falecer em 1811, aos 90 anos, devido a uma gangrena na perna causada por um acidente de trabalho. O samba-enredo da Escola de Samba Paulistano da Glória, escrito pelo compositor e ativista negro Geraldo Filme, em 1974, é uma homenagem ao arquiteto. “Tebas, negro escravo. Profissão: Alvenaria. Construiu a velha Sé em troca pela carta de alforria”, conforme diz a música.
Texto e arte:
O que sabemos sobre filosofia africana? Para responder a essa pergunta, iremos discutir alguns aspectos nessa postagem.
Primeiramente, discute-se sobre a negligência da filosofia africana no estudo da Filosofia. Sob a argumentação de ela estar estreitamente vinculada às suas tradições orais, tornaria dificil compartilhar sua extensa história com maior amplitude. Além disso, existe a falsa visão de que a cultura e filosofia dos países do continente africano são baseadas na emoção e não na lógica. Ainda, há argumentos de que devido à sua natureza afrocêntrica a faria menos atraente para o resto do mundo.
Posteriormente, a negligência das filosofias africanas é consequência de um processo de inviabilização e apagemento de toda uma contribuição para a ciência, tecnologia, arquitetura, medicina, etc. O efeito disso, é o "pouco" ou "quase nada" que sabemos sobre a sua influência para o pensamento ocidental. Observa-se esse efeito, por exemplo, nos conteúdos escolares, em que a filosofia é centralizada sob a perspectiva europeia.
Segundo o filósofo nigeriano K. C. Anyanwu, a filosofia africana pode ser definida como: "aquela que se interessa na maneira como o povo africano, do passado e do presente, entende seu destino e o mundo no qual vive". Embora a filosofia de África sofra com o apagamento ao longo da história, ela é uma disciplina sólida, enriquecida por séculos de pesquisa, que datam do antigo Egito, até o pensamento pós-colonial moderno. Ao longo da sua história, a filosofia contribuiu notadamente à filosofia grega, através do filósofo egípcio Plotino (uma figura fundamental para a continuação da tradição da Academia filosóf**a de Platão), e também à filosofia cristã, através do pensador argelino Agostinho de Hipona, o qual estabeleceu a noção do pecado original.
Por fim, nota-se que as filosofias de África contribuiram signif**ativamente para o pensamento ocidental. Para entender um pouco mais sobre a evolução dessa filosofia na contemporaneidade, f**a ligado nesse post!
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Texto: .bs
Arte: