Museu Igala do Brasil
Acervo digital do Museu Igala do Brasil, mantido em nome do Onu Ocholi Obashanan Ayankawo
AMINA
AMINA é um filme muito interessante. Um épico disponível na Netflix Brasil, em que aparece personagens Igala, com todos os seus símbolos reais. É um filme que fala um pouco sobre a nossa cultura e tradições na África, sendo indispensável para quem busca conhecer mais sobre o assunto.
Sinopse:
Amina (Lucy Ameh) é uma jovem princesa, herdeira do trono de Zazzau. Mas ela não é uma princesa comum: em pleno século XVI, Amina pede ao pai, o regente dos Sete Reinos de Igala (Degri Emmanuel), que ela e sua irmã Zaria (Yomi-Olugbodi Folusho) recebam treinamento militar, para aprender a lutar com espadas tal qual os soldados do reino. Apesar do inusitado do pedido, o regente sede à vontade da princesa. O que ninguém sabia é que esse treinamento seria muito útil às duas princesas no futuro, quando o reino de Zazzau (hoje a cidade de Zaria, na Nigéria) entraria em guerra com os reinos vizinhos devido a uma terrível traição.
QUAL É A ORIGEM DO NOME EXU?
Por equipe Museu Igala do Brasil
Esu, Eshu, Echu ou Exu é o nome pelo qual denominamos uma das divindades mais importantes do culto Nago afrobrasileiro. Exu é o guardião do mundo espiritual e o protetor da ordem social.
No Brasil, aprendemos que o nome Exu é uma palavra de origem yorubá e que se signif**a "esfera". Mas isso não é verdade. Segundo os dicionários português-yorubá, a tradução de "esfera" é "rogodo"; de "círculo" é "iyika"; de "circunferência" é "iyipo".
Se você souber outras palavras em yorubá para "esfera" por favor nos diga, isso irá contribuir com a nossa pesquisa. Até onde pudemos aferir, não há nenhuma palavra yorubá para "esfera" ou correlato que se pareça com a palavra "esu".
Entretanto, é na cultura Igala que nós encontramos a possível origem dessa palavra. Para o povo Igala, a divindade correspondente a Esu se chama Eju. Eju signif**a "olho", pois ele é a divindade que olha por nós e protege a nossa casa e o nosso destino.
Segundo a Tradição, nós acreditamos que Ojo Eju (o Deus Exu, no Brasil) é o olho esquerdo de Ojodumare (o Deus Criador), representado por Ochu (a Lua); enquanto Ojo Ochamachala (o Deus Oxalá, no Brasil) é o lado direito, representado por Oru (o Sol).
Como podem ver, o nome Eju apenas sofreu uma pequena modif**ação na pronúncia para Esu, Eshu, Echu ou, como nós escrevemos aqui no Brasil, Exu. Mas seus fundamentos permanecem como era na nossa origem – o Egito Antigo, fonte de toda antiga sabedoria iniciática.
A palavra Igala "Eju" que signif**a "Olho", tem a sua origem etimológica na antiga língua egípcia. Eju vem de Ejó (escrito Wadjet, em língua romanizada), que também signif**a "Olho". No Egito, Ejó (o Olho) era um símbolo poderoso de proteção e boa sorte, podendo proporcionar prosperidade e sabedoria para o seu portador.
Ejó também era identif**ada com a serpente, que é um símbolo da sabedoria. Era retratada como uma deusa feminina, pois estava relacionada ao poder lunar e ao ciclos naturais. E era associada a uma divindade oracular chamada Par, tal como Exu está associado ao Ifá (ou, como escreveríamos anteriormente em português "Iphá"), pois ela é o "Olho Que Tudo Vê".
Este símbolo ficou popularmente conhecido como o "Olho de Hórus". Hórus era um antigo deus do céu cujos olhos eram Rá (o Sol) e Oshu (a Lua). De acordo com a Tradição Antiga, o olho direito representava o Sol e por isso é chamado de "Olho de Rá), enquanto o esquerdo representava a Lua e era conhecido como o "Olho de Hórus", embora também fosse associado a Thoth.
Thoth também era uma das divindades associadas com Ejó. Thoth também era retratado como o Olho de Deus, pois era o guardião do destino dos seres, o escriba do Criador e de suas sentenças, servindo como um fiscal da ordem espiritual (Maat, a Justiça Divina).
Como podem ver, nós podemos traçar a origem do culto a Exu até o Antigo Egito, origem ancestral do povo Igala. Também podemos demonstrar as relações e semelhanças ritualísticas e etimológicas com culto Nago-Igala afrobrasileiro. Ejó era a protetora do Baixo Egito, assim Eju é o protetor nos territórios Igala.
A origem da palavra e do culto a Exu está relacionada o povo e a língua Igala. Mas qual é a origem de Exu entre os yorubás? A verdade está aí para que todos possam ver.
(Foto: Olho de Wadjet encontrado da tumba do Faraó Tutankamon, museu do Cairo)
TODOS OS NAGÔ SAO IGALA?
Por equipe Museu Igala do Brasil
No Brasil, a cultura Nagô é identif**ada como sendo uma cultura yorubá. Entretanto, a palavra "nago" não existe no dicionário yorubá e não tem qualquer signif**ado na língua yorubá. Nagô é uma palavra Igala.
Nagô signif**a "obrigado". É uma forma de agradecimento respeitoso. Sempre foi uma palavra muito usada pelas pessoas Igala.
Quando alguém faz algo bom ou necessário, dizemos:
– "Nago".
Ao que o outro responde:
– "Agba".
Agba também signif**a "obrigado". "Nago" e "Agba" é uma forma de agradecimento mútuo e respeitoso. É por isso que, na diáspora africana, o povo Igala ficou conhecido como Nagô.
Devido a colonização, a cultura de muitos povos, incluindo os Nagô-Igala começou a ser identif**ada como yorubá. Porém, yorubá é uma identidade recente, criada no século 19 como fruto da colonização inglesa na Nigéria.
Então, sim. Todos os Nagô são Igala. Hoje sabemos a verdade e podemos afirmar orgulhosamente a nossa origem.
IGALA PARA SEMPRE!
(Na foto, a comunidade Nagô-Igala de Porto Alegre/RS, sob a liderança da Atama Silvia Mara)
CARTA OFICIAL DO ONU OCHOLI ENDEREÇADA AO ATTAH IGALA EM 2021
Por equipe Museu Igala do Brasil
Esta carta é uma das peças do nosso Museu e comprova a relação direta de ancestralidade do Onu Ocholi com o povo Igala. Ele foi um homem que se dedicou a vida toda ao resgate dos valores e da cultura tradicional do nosso povo.
Onu, jachi!!
PALAVRAS DE SABEDORIA
O que o dia de finados tem a nos ensinar?
Um dia os Deuses Antigos andaram sobre a Terra. Eles guiaram e orientaram a humanidade no seu processo civilizatório e tecnológico.
Quando os deuses não puderam mais estar entre nós, eles elegeram seus descendentes, homens e mulheres de grande valor, para que os representasse no mundo. Estes são os reis e rainhas, os sacerdotes e sacerdotisas, os heróis e as heroínas de todos os tempos. Pessoas dotadas de poderes sobrenaturais e conhecimentos secretos, capazes de realizar prodígios e maravilhas.
O dia de finados nos faz olhar para trás e contemplar a memória dos nossos antepassados, os feitos de nossos familiares importantes e dessas pessoas ilustres que um dia andaram sobre a Terra. Esses heróis nunca morrem, os sacerdotes nunca morrem, os reis nunca morrem. Eles permanecem vivos na memória, na vida e na espiritualidade daqueles que f**aram, os guiando e orientando.
Este é o fundamento de toda escola de mistérios e de toda tradição antiga. O poder e a força do desenvolvimento humano é potencializado pela ancestralidade. Foi eles que deram a sabedoria e o conhecimento para vivermos uma vida melhor.
Nós devemos viver intensamente com as pessoas que estão conosco. Mas, quando ela se forem, onde quer que você esteja, sempre honre seus ancestrais, independentemente do que tenha acontecido. Bem ou mal, você também é um produto da história deles e desonrá-los é desonrar a si próprio.
Tratando-os com veneração e respeito, a presença ancestral deles na nossa vida facilitará o nosso caminho, tornando-o mais doce, mais sábio, mais alegre. Os pais querem bem aos seus filhos, os sacerdotes querem bem aos seus devotos, os reis querem bem ao seu povo. Nunca se esqueça disso.
Provérbio Igala: “Se quer saber o final, observe o começo”.
CUIDADO COM INFORMAÇÕES NÃO-OFICIAIS
O Brasil tem certas particularidades culturais que podem confundir nossos irmãos ao redor do mundo. Uma dessas particularidades é que somos um povo mestiço.
Devido ao processo histórico do Brasil, a mistura de raças é um traço característico de todo brasileiro. É por isso que, no Brasil, a identidade de uma pessoa não se dá pelo vínculo genético e sim, principalmente, pelo vínculo cultural.
Uma pessoa se identif**a com o seu grupo não é porque divide o mesmo DNA, mas porque compartilha da mesma cultura. É por isso que, no Brasil, muitas pessoas brancas exalam cultura negra, enquanto muitas pessoas negras não estão interessadas nisso.
Entre os irmãos Igala do Brasil, essa mestiçagem também é absolutamente comum. Muitos dos nossos sacerdotes e sacerdotisas tradicionais são pessoas brancas de descendência européia. Há irmãos Igala que são de descendência consanguínea de povos nativos da América do Sul (Guarani e Tupy), mas que são culturalmente identif**ados como Igala.
Como muitos brasileiros, o Onu William Oliveira não conhecia os seus antepassados, mas ele sempre esteve inserido na cultura do povo Igala por intermédio do Onilu Ayaneleye (Mestre Barroso). Além disso, durante a sua juventude, ele fez um intercâmbio na Nigéria, mais especif**amente na cidade de Idah, sede do reino Igala em todo o mundo. Lá ele recebeu ensinamentos dos sacerdotes tradicionais e os trouxe para o Brasil.
Infelizmente, mesmo depois de sua partida, o Onu Oliveira vem sofrendo calúnias e mentiras a seu respeito. Estão dizendo que ele era judeu. Isso é absolutamente ridículo, uma vez que ele nunca compartilhou da cultura judaica e nunca teve qualquer identif**ação com o judaísmo.
No Brasil, a linhagem consanguínea quer dizer nada, pois não signif**a identidade étnica enquanto valor cultural, ético e político. O Onu Oliveira é um ancestral Igala que é reverenciado e cultuado por todos no reino, devido ao seu trabalho e ao imenso legado cultural e espiritual que nos deixou.
Por fim, quero dizer aos irmãos Igala de todo o mundo: não acreditem em informações não-oficiais e evitem interagir sobre este assunto com pessoas mentirosas e de mau caráter. Se tiverem qualquer dúvida a respeito deste e de outros assuntos, procurem qualquer um dos oficiais do reino, que estarão disponíveis para ajudar a sanar suas dúvidas.
Atenciosamente,
Onu Akoh'medu Oguche
AKOH'MEDU É EMPOSSADO ONU IGALA DO BRASIL
Por Equipe Museu Igala do Brasil
Akoh'medu Oguche, que era o Atama Onu Igala do Brasil, durante a vigência do reinado do Onu Ocholi William Oliveira, foi devidamente empossado neste final de semana como o novo Onu do Brasil.
Ele foi apontado pelo Onu Ocholi como sucessor do trono e, com as bençãos da Rainha-Mãe Cida, deverá liderar o povo Nago-Igala do Brasil juntamente com seus sacerdotes e sacerdotisas tradicionais no reino.
O Onu Akoh'medu Oguche deverá dar continuidade ao projeto de reconexão e resgate cultural que vinha sendo feito pelo regente anterior. Assim como os antigos reis-sacerdotes do Egito Antigo, de onde vem a herança cultural do povo Igala, ele também deverá guiar e orientar sobre os assuntos espirituais do reino.
O Onu Akoh'medu Oguche possui amplo apoio dos oficiais do reino. A sua indicação foi confirmada oficialmente por Vossa Real Majestade Attah Igala, a quem ele se curva e rende suas mais sinceras homenagens.
Que Vossa Alteza, o Onu Igala do Brasil, possa ser abençoado pelos ancestrais e que possa contar com a proteção dos deusas e deusas deste reino, para que faça uma boa governança, com coragem e sabedoria.
CHÁ COM A RAINHA-MÃE
Por equipe Museu Igala do Brasil
Nessa semana que passou, a Iye Igala do Brasil (Rainha-Mãe do povo Igala no Brasil), carinhosamente chamada de Iye Cida, se encontrou com oficiais do reino e seu familiares para um chá da tarde.
O encontro ocorreu nas dependências da casa da Onenyi (Mestra) Iyauanan, que é Atama Ebule Onu (Sacerdotisa Tradicional do Reino) na cidade de cidade de São Paulo/SP.
Além da Iyauanan, também estiveram presentes a sua mãe Tânia, o Atama Ekole (Sacerdote Tradicional) Itayacy com sua filha, o Atama Onu Akoh'medu Oguche e a oficial do reino para assuntos especiais Iyalaje.
Foi um momento descontraído ao lado da Rainha. Eles conversaram sobre as histórias do nosso povo e sobre a continuidade do culto Nagô-Igala no Brasil através do Atama Akoh'medu.
Com as bençãos da Rainha, o Atama Akoh'medu Oguche deve subir ao trono como Onu Igala do Brasil, em substituição ao Onu Ocholi, que era seu mentor e mestre espiritual.
CONHEÇA AS LIDERANÇAS IGALA NO BRASIL
Este é o Mestre Marco Aurélio Itayacy. Ele é o Atama Ekole Onu (Sacerdote Tradicional do Reino) na cidade de São Paulo/SP.
Ele foi amigo e companheiro do Onu Ocholi por mais de 40 anos. Hoje ele atua orientando diretamente os ritos tradicionais dedicados às divindades do reino.
Obrigado Atama pelos seus serviços. Você mantém as chamas da tradição viva em nossos corações.
MENSAGEM A TODO POVO IGALA DO BRASIL E DO MUNDO
Pronunciamento da Atama Ebule Onu Silvia Mara Aryacy Idu durante o rito de louvação à Ayom em Porto Alegre/RS
A Atama Aryacy Idu foi discípula espiritual do Onu Ocholi Obashanan e é uma das responsáveis diretas pela manutenção da cultura e das tradições Igala.
ENCERRAMENTO
Por Museu Igala do Brasil
Neste final de semana, os Atama Ekole (sacerdote) e Atama Ebule (sacerdotisa) se reuniram para o encerramento das obrigações ritualísticas do Onu Ocholi.
Sob a liderança do Atama Ekole Onu Marco Aurélio Itayacy, foi feita a última parte dos seus rituais fúnebres. Aqui este ritual é chamado de ‘carrego de Egwu’.
Rezaram, cantaram e fizeram sacrifícios para que a alma dele fizesse uma boa travessia no mundo espiritual. Ele partiu na companhia dos nossos deuses, deusas e ancestrais Igala.
Ele se tornou um ancestral ilustre e deixa uma mensagem de esperança e boa sorte para os seus filhos, discípulos e amigos. Também deixa a manutenção e a continuidade do Culto Tradicional Nagô-Igala sob os cuidados do Onu Igala Akoh'medu Ogushe e da Omanyete Iyamara.
NOMES DE ALGUNS DEUSES E DEUSAS IGALA E SEUS PAPEIS
O professor, pesquisador e embaixador-geral do Reino, Eju Attah Igala Ayegba Abdullahi, lançou essa semana seu mais novo trabalho, fruto de suas pesquisas.
Nós recomendamos essa obra como uma forma de conhecer melhor a religião tradicional do povo Igala. No contexto do Brasil, essa sabedoria está associada e sincretizada com a dos vários povos que vieram para cá na condição de escravizados.
Em breve, traremos uma resenha completa sobre o livro. Enquanto isso, aproveitem a leitura!
NOMES DE ALGUNS DEUSES E DEUSAS IGALA E SEUS PAPÉIS (Portuguese Edition) NOMES DE ALGUNS DEUSES E DEUSAS IGALA E SEUS PAPÉIS
A INTERPRETAÇÃO DOS DOIS ELEMENTOS DO IFÁ IGALA NA ESTÁTUA DA DEUSA IYE-OMA DO REINO IGALA DO BRASIL
Por Ayegba Abdullahi
Tradução nossa
O Ifa Igala, especialmente o escrito na areia, tem 16 elementos, dos quais dois estão na cabeça da deusa.
A deusa Iye-oma é a deusa do parto. Ela era chamada de Bes no antigo Egito. Ela tem outros papéis, mas isso não é minha preocupação neste trabalho.
Os dois elementos de Igala Ifa ou o Odu Ifa (nome dos elementos Ifa) aqui são Okwubadala e Atamahi. No estudo elementar de Ifa, Okwubadala signif**a mentiras ou engano. Atamahi pode signif**ar movimento distante.
Esses dois elementos resumem a situação que levou muitos de nossos povos daqui para seus locais atuais. Por que alguns pais foram enganados que seus filhos voltariam mais tarde e os forçaram a se afastar deles na fazenda, área de pesca, na estrada. Eles estão nos lugares atuais depois de uma longa viagem à distância.
Quanto a Okwubadala, até hoje, estamos sendo mentidos e enganados pelas mesmas pessoas, embora de uma forma diferente de tirar nossa cultura, recursos, identidade, nomes tribais, orgulho de nós à força.
SINTA O PODER!
A Oma Onyete (princesa) Iyamara, do Reino Igala do Brasil, envia seus votos de felicitações e bons auspícios a todos os irmãos do Rio Grande do Sul, que hoje estarão celebrando culto a deusa Ayan Uniyejima, sob a liderança da Atama Ebule Onu (sacerdotisa tradicional do reino) Silvia Mara Aryacy.
Ayan é a divindade da nossa família. Através dessa mensagem, ela relembra os ensinamentos de nosso pai e mestre espiritual, o Onu Ocholi Obashanan Ayankawo.
Ela diz que Ayan está na luz do alvorecer. Ela diz que Ayan está na luz do crepúsculo. Ela diz que Ayan é a deusa das eras, dos ciclos e da renovação. Quando quisermos estar próximos de Ayan, basta observar a luz do Sol nesses períodos do dia, porque Ayan estará lá.
Nago Omanyete Iyamara, pelas suas belas palavras de apoio, força e poder ancestral!!
Ayan ki bene ire o
CONHEÇA OS ANCESTRAIS IGALA NO BRASIL
Este é o Mestre Agbaçuan (in memorian), ele foi o Atama Ekole Onu (sacerdote tradicional do reino) na cidade de Frutal/MG.
Mestre Agbaçuan foi um grande homem. Foi um grande e querido amigo do Onu Ocholi Obashanan e de todos do reino Igala. Muito do que foi possível construir e preservar da tradição é devido ao seu trabalho e dedicação.
Obrigado, meu irmão. O povo Igala do Brasil é grato pelos seus esforços. Sua memória será sempre lembrada e honrada pelos que f**aram.
QUAL É ORIGEM DO NOME "YORUBÁ"?
Por Atama Onu Akoh'medu Oguche
O registro mais antigo da palavra "yorubá" ou semelhantes é do ano 1826. Foi encontrado em um livro manuscrito em árabe, no Reino de Takroor, quando estava sob domínio do Sultanato de Sokoto, durante o reinado de Muhammad Bello.
É dito que a dinastia de Ni**od (Namurudu) se estabeleceu na Arábia, e de lá saiu para a África por causa da perseguição religiosa, posterior à revolução islâmica. Oduduwa seria da descendência de Ni**od, conforme o registro copiado por Capitão Clapperton e publicado no livro “Viagens e Descobertas na África Setentrional”.
O mesmo documento explica que a razão dos Árabes e Hausás chamarem aquele povo de Yarriba ou Yourriba era por eles terem sido conduzidos por um sujeito de nome Yar-rooba, filho de Kahtan, até o Egito. De lá, partiram até chegar ao Benin e depois Ifé. Veja a tradução do texto original abaixo:
“Yarba é uma extensa província que contém rios, florestas, areias e montanhas, como também muitas coisas maravilhosas e extraordinárias. Nela, o pássaro verde falante chamado babaga (papagaio) é encontrado.
Ao lado dessa província há um ancoradouro ou porto para os navios dos cristãos, que costumam ir até lá e comprar escravos. Esses escravos eram exportados de nossos e revendidos para o povo de Yarba, que os revendia aos cristãos.
Os habitantes dessa província (Yarba) são supostamente originários dos remanescentes filhos de Canaã, que eram da tribo de Ni**od. A causa do seu estabelecimento no oeste da África foi, como é declarado, em consequência de terem sido conduzidos por Yar-rooba, filho de Kahtan, da Arábia para a costa ocidental entre o Egito e Abissínia. Daquele ponto, avançaram para o interior da África, até chegarem a Yarba, onde fixaram sua residência. No caminho, em todos os lugares em que paravam, quando iam embora, deixavam uma tribo de seu próprio povo. Assim, supõe-se que todas as tribos do Sudão que habitam as montanhas são deles, como também são os habitante de Ya-ory. No geral, as pessoas de Yarba tem muita semelhança com os Nupe”. – (Capitão Clapperton, em Viagens e Descobertas na África Setentrional e Central, citado por Samuel Jhonsons, em The History of Yorubás).
Note que este documento reafirma o que eu já disse anteriormente: “o Yorubá não é uma denominação tradicional de seu próprio povo”. É, em princípio, uma denominação dada pelos Árabes e Haussás, em razão de terem sido atravessados por um personagem que faz parte da própria cultura deles (Yar-rooba ibn Kahtan), sem nenhuma ligação direta com Oduduwa e seus descendentes. Os descendentes de Oduduwa chamavam a si mesmos de Omodudua (filhos/descendentes de Oduduwa).
A história dessa travessia até o seu assentamento em Ifé aconteceu em período posterior à revolução islâmica, entre os anos 1000 e 1100, em período muito posterior a vinda de outros povos, entre eles, os Igala (Nagô) e os Igbo. Os Igala, em especial migraram para essa região por volta do século 6 a.C., durante a invasão núbia ao Egito Antigo, pelo menos 1.500 anos antes de Oduduwa.
Imagem: A grande migração de Ni**od – (Dierk Lange, em Origins of the Yoruba and Lost Dribles of Israel).
CONHEÇA AS LIDERANÇAS IGALA NO MUNDO
Este é o Eju Attah Igala (o Olho do Attah Igala – Embaixador Geral do Attah Igala) Ayegba Abdullahi, que lidera o projeto de reconexão do povo Igala em todo o mundo.
Ele é um dos responsáveis diretos pelo reconhecimento e pelas manutenção das tradições Igala no Brasil. Através do seu trabalho, nós pudemos nos reconectar com o Palácio Real do Attah Igala e com nossos irmãos na terra de origem e ao redor do mundo.
O povo Igala do Brasil é eternamente grato pelo seu trabalho e seus esforços. Que os deuses e ancestrais lhe abençoe por toda a vida.
CONHEÇA AS LIDERANÇAS IGALA NO BRASIL
Este é o poderoso Mestre Abaçuara, que lidera o povo Igala na cidade de Ribeirão Preto/SP. Ele é o Atama Ekole Onu (sacerdote tradicional do reino) mais velho entre todos.
Dono de uma sabedoria ímpar, é um incansável trabalhador em benefício do nosso povo. É, definitivamente, um homem de grande luz!
Obrigado pelo seu trabalho e pelos seus esforços, o povo está feliz e satisfeito com a sua liderança!
POR QUE O POVO IGALA NÃO É UM SUB-GRUPO ÉTNICO IORUBÁ?
Por Atama Onu Akoh'medu Oguche
O culto de Ayan, Ifá e outras divindades às quais nos acostumamos a chamar de Orixás chegou ao Brasil através dos negros escravizados do Golfo da Guiné. Mas essa sabedoria é muito mais antiga do que se pode supor.
Associa-se esses cultos como pertencentes ao povo Iorubá, mas os próprios Iorubás não são naturais dessa região. Eles migraram em exílio de algum lugar da Núbia (Kush), no Alto Nilo. O próprio profeta Orunmilá não era iorubá, ao contrário, era Nupe. Cego, ele teria migrado em exílio da guerra para a terra de Ifé.
Até os idos do século 19, aliás, sequer existia uma identidade iorubá, como nos conta a Tradição e como ficou registrado por alguns autores durante a história. Vejamos o que diz Pierre Verger na obra Os Orixás: Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo:
“Antes de se ter conhecimento do termo “iorubá”, os livros dos primeiros viajantes e os mapas antigos, entre 1656 e 1730, são unânimes em chamar Ulkumy, com algumas variantes, a região que nos interessa.
[…] em 1734, o termo “Ulkumy” desaparece dos mapas e é substituído por Ayo ou Eyo (para designar Oyó).
[…] Os vocábulos “anago” ou “Inongo” aparecem assim pela primeira vez na correspondência dos comandantes dos fortes ingleses, franceses ou portugueses de Uidá, sem substituir, entretanto o Ayo ou Eyo…
[…] “Lucumi” e “nagô” são os nomes pelos quais os iorubás são geralmente conhecidos, respectivamente em Cuba e no Brasil. A expressão “anago” é, no entanto, conhecida em Cuba: ela figura no título de um livro publicado por Lydia Cabrera, “Anago, vocabulário lucumi ou Iorubá tal qual é falado em Havana”, de onde se deduz que ali Lucumi seria um nome de nação e anago o de sua língua.
No Novo Mundo, encontramos os primeiros vestígios da palavra “nagô” em um documento enviado da Bahia em 1756, antes mesmo que está palavra aparecesse na correspondência da África.
Encontramos o termo “inogo” escrito por d’Avezac em um trabalho publicado em 1845, baseado em informações recolhidas junto a um certo Oxifekuedé, originário do país Ijebu, de onde foi levado em 1820 com a idade de vinte anos. “Este território inongo, dizia ele, era o de uma grande nação que pertencia à região de Eyo”. Oxifekuedé não conhecia o termo “yarriba” para o qual d’Avezac, que lera os livros de Clapperton, havia-lhe chamado à atenção.
O termo “iorubá”, efetivamente, chegou ao conhecimento do mundo ocidental em 1826, através de um livro do Capitão Clapperton. Foi encontrado em um manuscrito, em línguas árabe, trazido por ele do Reino de Takroor (atual Sokoto), naquela época dominado pelo Sultão Mohamed Bello, de Haussa. Diz o referido manuscrito que Yarba é uma província que contém rios, florestas, regiões arenosas, montanhosas e igualmente grandes quantidade de coisas maravilhosas e extraordinárias. […] O documento dá, em seguida, hábeis e arriscadas interpretações etimológicas sobre a origem do vocábulo Yarba.
Clapperton e Richard Lander utilizam esta palavra para os povos de Oyó. Escreve o primeiro, em 9 de dezembro de 1825: “Soubemos que estamos agora no distrito de Eyeo, chamado Yarriba pelos árabes e pelos povos de Haussa, e que o nome da capital é Katunga” […].
O termo “iorubá” parece ter sido atribuído pelos haussa exclusivamente ao povo de Oyó, Ademakinwa escreve que a extensão desta palavra é devida à iniciativa de Samuel Aiavi Crowther, nascido em 1810 em Oxogun, no reino de Oyó. Aprisionado pelos fulani, em 1821, e vendido como escravo em Lagos, foi libertado por um cruzador britânico da esquadra de repressão ao tráfico de escravos. Levado a Freetown, em Serra Leoa, em 1822, onde estudou, foi em seguida à Inglaterra e voltou à África, onde terminou sua carreira como bispo anglicano. Redigiu, em 1852, seu Vocabulário Iorubá, que era sua língua, segundo a definição dos haussa. Já em 1830, o Reverendo John Raban da Church Mission Society publicara, com o auxílio de Ajayi Crowther, um vocabulário que ele ainda denominava eyo, mas onde declarava que “Iorubá é a denominação geral de um grande país, com cinco regiões: Oyó, Egbwa, Ibarupa, Ijebu e Ijexá”.
Eram mais de cinco divisões, porém “havia interesse, por parte dos missionários, em não fracionar as publicações ( da Bíblia em particular ) destinadas a sustentar seus esforços de evangelização em tantas designações de uma mesma língua. Pareceu mais acertado reunir o conjunto sob o nome de “iorubá”, dado pelos haussa, unicamente ao povo de Oyó. A administração colonial britânica também achava vantajoso adotar este termo como um símbolo de reconciliação das diversas nações, outrora reunidas sob o comando de Aláàfin Òyó, todas elas falando o iorubá, e que se bateram em conflitos intertribais.
Apesar desse esforço de unif**ação, algumas vezes subsistiram grandes diferenças dialetais, entre essas diferentes regiões, assim como um orgulho das origens e tradições, acompanhado de certa desconfiança, ou mesmo de desprezo recíproco, que o termo não conseguiu extinguir completamente, pois cada um desses grupos prefere ser EGBÁ, Ifé, Ijebu ou Ijexá a ser Iorubá.
[…] Existem ainda grupos de indivíduos que falam iorubá na região central do ex-Daomé e do Togo, assim como no nordeste do antigo território diretamente controlado por Odudua e seus descendentes.” (Pierre Verger, em Orixás: Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo, p. […]).
É, justamente por isso, que é a etno-linguística e a antropologia acadêmica, enviesadas pelas produções intelectuais europeias, classif**am o povo Igala como um sub-grupo étnico iorubá e a língua Igala como pertencente ao grupo das línguas iorubóides. Mas, a verdade é que conhecemos a nossas própria história e também conhecemos a história dos outros povos irmãos.
Nada pode segurar o poder da verdade.
Foto: Alayans tocando os tambores batás (Bing)
CONHEÇA AS LIDERANÇAS IGALA NO BRASIL
Está é Iye (Mãe) Iyahawa. Ela é a Atama Ebule Onu (sacerdotisa tradicional do reino) que lidera o povo na cidade de Frutal/MG.
Ela é a mais velha de todos os sacerdotes e sacerdotisas do reino. Dona de uma paciência e uma sabedoria maternal. Ela é a mãe de muitos, pois ela é a mãe da origem.
O povo está feliz e satisfeito em contar com os seus cuidados. Obrigado pelos seus esforços e seu trabalho incansável em benefício da comunidade.
LISTA DOS ATTAH IGALA QUE GOVERNARAM DESDE O FINAL DE 0900 D.C. ATÉ HOJE
O título Attah Igala foi adotado em homenagem ao nosso Progenitor, o Rei Ata, que governou o Egito de 3000 a.C. a 2990 a.C., na primeira dinastia de reis. Ata, como uma palavra/nome antigo egípcio, signif**a "O Grande, Mais Velho, Pai". Assim como Faraó, o título tradicional no Egito, signif**a "A Grande Casa".
Lembre-se de que os Igala participaram da formação e unif**ação do Baixo Egito (localização do povo Igala ao redor do Rio Nilo) e do Alto Egito por volta de 3150 a.C. Eles também fizeram parte da terceira dinastia que governou o Egito (2686 a.C. - 2613 a.C.). Eles (Igala) sozinhos governaram o Egito por noventa anos (2130 a.C. - 2040 a.C.) como os faraós da décima dinastia e fizeram parte da décima segunda dinastia (1991 a.C. - 1802 a.C.).
No entanto, deixamos o Egito durante a conquista do Egito pelo Reino de Kush por volta de 8 a.C. (0700 a.C.). Tivemos um rei ou governante como Ata, mesmo quando estávamos em Wukari, no atual estado de Taraba, pois cada tribo tinha seu próprio líder. O mesmo continuou em Idah quando chegamos lá por volta de 500 a.C., de acordo com descobertas arqueológicas, após passarmos cerca de 200 anos em Wukari.
Embora as evidências arqueológicas tenham afirmado que os Igala migraram para Idah por volta de 500 a.C., a falta de documentação tornou difícil obter os nomes dos Attah Igala entre o período de 500 a.C. até o final de 900 d.C. No entanto, a lista de Attah Igala de meados de 900 d.C. até 2020 d.C., obtida de várias fontes - fontes orais e materiais impressos de historiadores Igala e não Igala, anciãos e similares, bem como fontes online - é a seguinte:
1. Amene: Aquele que te conhece; familiaridade, proximidade.
2. Oko: Fazenda, trabalho, trabalhador árduo.
3. Uchenu/Uchonu: Líder, governante, chefe.
4. Idu: Leão; bravura, poder.
5. Ogijo: Ancião, sênior, o mais velho.
6. Egwu: Tarefa, responsabilidade.
7. Ogah: O maior entre eles, líder, vencedor.
8. Iduko/Idoko: Um menino nascido quando o pai estava na fazenda ou foi pescar, caçar, ...
9. Enyote: Bondade, bom momento, felicidade, alegria.
10. Okwute: Espírito dos deuses ou pai; guarda, protetor.
11. Agaba: Leão, bravura.
12. Itanyi: Dificuldade; um menino nascido quando as coisas não estavam indo bem para os pais ou a família.
13. Aja: Uma criança nascida em dia de mercado ou em uma ocasião especial envolvendo muitas pessoas na reunião.
14. Okolo: Poder, honra.
15. Idenyi: Ficar com, proteção, guarda.
16. Egwu: Tarefa, responsabilidade, denotando uma criança presumida ser um futuro líder ou participante.
17. Abba: Aquele que se gaba; coragem.
18. Alegu: Uma criança que ficou doente, mas se recuperou bem depois; o forte, alguém que vê além do comum.
19. Ijagwu: Identidade do clã Egwu Afia.
20. Amana: Uma criança acreditada como a semelhança de um membro da família falecido, familiaridade, visita.
21. Unubi: Riqueza, abundância, alguém que tem pessoas.
22. Amen/Ameh: Aquele que tem a capacidade de dominar as pessoas; força, poder.
23. Ogbadu: Apoiador, alguém que incentiva os outros.
24. Odo: Uma criança nascida em um novo assentamento.
25. Adolo: Terra fértil ou se estabelecer e depois se mudar.
26. Ottah: Aquele que previne inimigos, guarda, protetor.
27. Uloko: Literalmente signif**a Iroko, que denota poder e força.
28. Adogbe: Vizinhança; uma criança nascida enquanto a mãe não estava perto de casa, mas não na própria casa.
29. Unache: Aquele que faz acontecer; determinação, incentivo.
30. Ogohi: O maior, resultado desejado ou desfecho.
31. Edime/Edeme: É melhor esperar pelo seu próprio tempo; resistência, perseverança.
32. Atulukwu: Aquele que reproduz não morrerá; continuidade.
33. Agbo: Longevidade, velhice.
34. Anone: Aquele que tem pessoas; conforto, riqueza.
35. Anegbe: Nome proverbial que signif**a "ignorar, concentrar, permanecer focado".
36. Ayegba: Luz, aquele que torna um lugar ou período animado, brilho.
37. Alita: Protegido/protetor, segredo, esconderijo, criança nascida ou concebida sem que os outros saibam até depois do nascimento.
38. Opaluwa: O clã continua apesar da morte; continuidade.
39. Okwo: Espada; denotando força, guerreiro.
40. Agwu: Poder.
41. Okwoli: Linho para cobrir os olhos dos mortos, principalmente idosos, antes do enterro, símbolo da morte, temor.
42. Onata: Literalmente signif**a que a estrada terminou, provavelmente nascido após a morte de um membro proeminente da família.
43. Ogwu/Ogu: Gêmeos/guerra.
44. Edemona: O trono tem linhagem.
45. Akor: Aquele que comanda; autoridade, poder.
46. Ocholi: Bravura.
47. Ogu (1367 - 1371) (Guerra ou criança nascida durante a guerra).
48. Ogala Eri (1371 - 1373) (Ogala signif**a que um líder nunca se desviará; confiança. Eri signif**a aquele que faz escolhas ou seleciona, peculiaridade, Ogala era seu nome verdadeiro e Eri era seu apelido, assim como Itodo Aduga).
49. Aji (O mais jovem, pessoas de caráter recente, força ou poder).
50. Olema I (É aquele que vai que sabe; experiência, conhecimento, expertise).
51. Anogens/Anoge (Continuaremos a crescer; expansão, aumento populacional, riqueza).
52. Agbo: Longevidade, velhice.
53. Agoshi (Ponte estreita; dificuldade, resistência).
54. Olema II (É aquele que vai que sabe; experiência, conhecimento, expertise).
55. Abutu Ejeh (Abutu signif**a uma criança que foi concebida depois que a mãe pode ter tomado várias medicinas ou ervas de vários lugares. Ejeh é leopardo, que denota bravura e força).
56. Amichi (Ebulejonu) (Amichi: Aquele que f**a calmo na presença de problemas; quietude, comportamento, resistência, perseverança).
57. Agana Apoje (Agana: O forte, difícil de ser controlado, Apoje é um apelido que signif**a poder extraordinário).
58. Idoko (Um menino nascido quando o pai não está em casa; seja na fazenda, caçando ou pescando ou em sua ocupação).
59. Ayegba (Luz, aquele que torna um lugar ou período animado, brilho) (século 15, ou seja, século 16 d.C.).
60. Akumabi (aquele que se junta a alguém ou o apoia para lutar em uma batalha; apoiador, em formato de cunha).
61. Akogu (Aquele que anuncia guerra ou aquele que rejeita guerra).
62. Agadaelema (Leão; bravura).
63. Aidoko (Guardião, protetor).
64. Ohiemiobogo (Minha recompensa ou o grande).
65. Amacho (Ame: Força, poder, aquele que sempre é capaz de superar os outros; Acho: Aquele que humilha; poder).
66. Itodo Aduga (Aduga denota bravura, coragem).
67. Ogala (Um líder nunca se desviará).
68. Idoko Adegbe (Adegbe signif**a trabalhador árduo).
69. Onuche (Mensageiro de Deus ou uma encarnação de um membro mais velho da família).
70. Ekele Aga (1834) (Ekele signif**a masculino; denotando alguém forte, chefe).
71. Ameh Ocheje (1835 - 1856) (Ocheje denota que quem trabalha receberá sua recompensa).
72. Akwu Odiba (1856 - 1870) (Odiba signif**a apoiador, ajudante, confortador).
73. Okoliko (1870 - 1894) (Aquietado).
74. Ame Aga (1895 - 1900) (Ver acima).
75. Ocheje Onakpa (1901 - 1903) (Ver acima).
76. Oboni Akwu (1905 - 1911) (Oboni é um menino com seis dedos).
77. Ogwuche Akpa (1911 - 1919) (Ogwuche signif**a a medicina funcionou).
78. Atabo Ijomi (1919 - 1926) (Atabo signif**a meu pai voltou para me encontrar ou reencarnou).
79. Obaje Ocheje (1926 - 1945) (Obaje é um menino nascido à noite ou ao pôr do sol).
80. Ameh Oboni (1946 - 1956) (Ameh é alguém que sempre é capaz de superar os outros).
81. Aliyu Obaje (1956 - 2012) (Obaje é um menino nascido à noite ou ao pôr do sol).
82. Idakwo Ameh Oboni II (2013 - 2020) (Idakwo signif**a que parou; um menino nascido quando as coisas começam a melhorar para os pais ou a família, como conseguir um bom emprego, ter uma surpresa repentina boa).
83. Mathew Alaji Opaluwa Oguche Akpa (2021 - )
(Observação: A lista de Attah, que tem 28 nomes, é apenas a era de Abutu Ejeh, mas os Igala existiam antes dele e já tinham Attah antes que ele (Abutu) conhecesse outros Igalas - Igalamela/Igalogba em Idah)
Repost de: Ayegba Abdullahi, Professor, Pesquisador e Defensor da Identidade/Cultura/Unidade Igala.