Dra. Bianca de Miranda Peres

Dra. Bianca de Miranda Peres

Por Bianca Peres. Conteúdo e cursos sobre Microbiologia 🔬🧫

29/05/2024

Um aspecto muito importante das amostras microbiológicas é o tal conceito do limite de detecção. Vejam, nós pegamos esse conceito emprestado das análises químicas, mas convenhamos que ele se aplica DIRETAMENTE à detecção do microrganismo.🧫

Entenda:⬇️

Imagine um microrganismo patogênico boiando perdidão em uma amostra de 1 mL que seja! Concorda que existe uma grande possibilidade de que naquela alíquota minúscula de 10 microlitros que você pega, ele não esteja presente?

- Ah! Mas eu homogenizo muito bem minha amostra! 

Não tenho dúvidas disso, mas considerando que microrganismos patogênicos 🦠 costumam estar presentes em baixas concentrações, a homogeneização nem sempre é suficiente para garantir que suas análises sejam confiáveis.

Microbiologicamente falando, homogeneidade não signif**a uniformidade!😎

Então, quando a concentração do em uma amostra é muito baixa, o que determina o resultado do seu ensaio é a PROBABILIDADE 🎲 de que uma célula esteja presente na amostra analisada.

Ixi! Como faz então?

Podemos tentar driblar esse fenômeno da seguinte forma:

🔹aumentando o número de amostras e/ou tamanho da amostra;
🔹analisando microrganismos indicadores;
🔹concentrando a amostra;
🔹usando métodos mais sensíveis;
🔹fazendo o enriquecimento da amostra para aumentar a concentração de microrganismos.*

*vale lembrar que nesses casos o método de detecção baseia-se na presença/ausência do microrganismo e não na quantif**ação. As análises estatísticas, portanto, são diferentes.

A distribuição dos microrganismos em uma amostra é um assunto de muita importância no contexto do . Fique ligado para saber mais sobre isso e outros assuntos de .

22/05/2024

Sabe aquela frase famosa da que diz que apenas uma pequena parcela de são cultiváveis?

Pois bem, se a analisarmos de forma mais crítica, podemos dizer que ela não está correta. Afinal será que o microrganismo é, de fato, não cultivável, ou ainda não foi possível cultivá-lo?

Desenvolver meios de cultura não é uma tarefa tão simples. É preciso conhecer profundamente a fisiologia dos microrganismos que se quer isolar. Ué, mas e aqueles que os microbiologistas ainda não conhecem? Como f**a!?

Pois é! Pode ser que o meio ideal ainda não tenha sido desenvolvido. Esse estado podemos chamar de viável, mas difícil de cultivar (VBDC). Talvez com a ajuda de métodos moleculares, os pesquisadores consigam mais informações sobre o microrganismo, o que ajudará a planejar um meio de cultura adequado.

Não podemos esquecer que muitos microrganismos em condições naturais encontram-se estressados e, até mesmo, danif**ados, dificultando o cultivo. A esse fenômeno damos o nome de estado viável não cultivável (VBNC).

Agora que você já sabe, nada de sair falando por aí que apenas 1% dos microrganismos são cultiváveis, heim!!

Quer saber mais sobre microbiologia? Siga meu perfil por aqui que estou sempre trazendo assuntos legais e relevantes da área mais linda da ciência!

10/05/2024

Amostras que contém agentes com antimicrobiana requerem a neutralização prévia aos te**es de promoção de crescimento.

Eu, por exemplo, ao analisar amostras de água de estação de tratamento de água, neutralizava o cloro com tiossulfato de sódio. Uma técnica validada e que não representa toxicidade aos microrganismos.🧫🦠

E vocês? Que tipo de amostra analisam e como neutralizam?

Trabalha com ? Então me segue por aqui e receba muitas dicas legais e úteis que vão impulsionar o seu trabalho!

29/04/2024

Um assunto que gera bastante dúvida em quem trabalha em laboratório de hashtag é contagem de hashtag em placa. 🧫🧫

Qual faixa operacional utilizar?

Para microrganismos ambientais, é preciso validar os limites de detecção e quantif**ação?

A mesma faixa pode ser utilizada para a técnica de spread plate ou membrana filtrante?

Como relatar os resultados corretamente quando as placas apresentam situações não usuais? 😦

Tantas perguntas! 😦Calma! Eu posso te ajudar! ✨

Que tal ser meu mentorado? 👨🏽‍🔬👩🏽‍🔬

Entre em contato para conversarmos sobre seus projetos.

10/04/2023

O projeto “O imenso mundo dos pequenos organismos” nasceu com a missão de trazer o ensino da Microbiologia de uma forma diferente. Trazer um pouco da visão da pós-graduação aos temas vistos em livros básicos. Discutir artigos relacionados aos temas, trazer críticas das informações que temos disponíveis, etc.

Afinal, a ciência está acontecendo de forma muito rápida e os alunos precisam ser cada vez mais críticos e conscientes daquilo que os cerca.

Tudo isso de maneira leve, didática, descomplicada.

Infelizmente, as coisas não estão acontecendo como eu gostaria. Dessa forma, preciso dar uma pausa aqui. Preciso pensar, reformular. Até mesmo, quem sabe, seja melhor encerrar o projeto.

Por ora, os cursos e e-book continuarão disponíveis no hotmart.

https://go.hotmart.com/V70985076P

Minhas forças continuam nos projetos paralelos como redatora e escritora. Para quem quiser conhecê-los, seguem os links:

https://www.linkedin.com/in/drabiancaperes/

https://www.instagram.com/as_aventuras_de_joana/

https://www.instagram.com/biancademirandaperes/

Muito obrigada a todos que me apoiaram até aqui.

23/03/2023

Em comparação aos sistemas lacustres, a produtividade primária nos oceanos é menor. Por outro lado, devido à grande extensão, o sequestro de carbono e produção de oxigênio derivados da fotossíntese oxigênica, resultam nos principais fatores no balanço de carbono em nível global.

O aquecimento global, no entanto, tem causado diversas alterações que refletem nos microrganismos e impactam sobre os ciclos de nutrientes. Quando a água superficial esquenta, por exemplo, ela se torna menos densa. Ou seja, tende a continuar onde está, influenciando na movimentação das águas.

Essa maior estratif**ação acarreta retardamento da transferência de nutrientes das águas profundas para a superfície, influenciando o crescimento do fitoplâncton presente nessas camadas mais superficiais. Como consequência, a produtividade do oceano decai, alterando o ciclo do carbono em nível global.

Texto completo em: https://biancaperes-19273.medium.com/o-aquecimento-global-afeta-os-microrganismos-oceânicos-e-isso-é-um-grande-problema-14b1ac88646

17/03/2023

Hoje trago um novo “causo” de trechos mal-escritos em livros de microbiologia. E o contexto é sobre o surgimento do oxigênio na Terra. Uma grande passo na evolução da vida.

O texto em inglês do livro diz assim:

“The O₂ that cyanobacteria produced did not begin to accumulate in the atmosphere until it first reacted and consumed the bulk of reduced materials, especially reduced iron minerals such
as FeS and FeS₂, in the oceans; these materials oxidize slowly but spontaneously with O₂.”

Eis que “surge” isso em português:

“O O₂ produzido pelas cianobactérias não se acumulou na atmosfera até reagir com compostos reduzidos, especialmente o ferro (como FeS e FeS₂) presente nos oceanos*; esses compostos reagem espontaneamente com O₂, originando H₂O”. Não seria SO₂?

Primeiro contextualizarei para quem não está familiarizado com o tema. É o seguinte: as cianobactérias (que não são algas! Filo Cyanobacteria do Reino Bacteria) foram os primeiros organismos a produzirem oxigênio, a partir da fotossíntese. A partir desse momento, existia, portanto, a fotossíntese oxigênica e a anoxigênica (sim! Isso existe, é um dos motivos que amo Microbiologia, coisas bizarras acontecem por lá!)

Bem, mas o que acontecia com esse oxigênio lá nos primórdios da vida na Terra? O oxigênio tem um alto poder oxidante, ou seja, ele é doido para ganhar elétrons! Quando ele se deparava com aquele monte de minerais contendo ferro, que em comparação ao oxigênio tendem a perder elétrons, ocorria a reação! Formava-se o óxido de ferro III, insolúvel em água e precipitava no fundo do oceano. Assim, enquanto esses minerais contendo ferro estivessem disponíveis, o oxigênio não poderia se acumular.

Dito isso, acho que a tradução desse trecho f**aria melhor assim:

“Inicialmente, o oxigênio produzido pelas cianobactérias, reagia espontaneamente com os minerais de ferro reduzidos (FeS e FeS₂). A reação produzia óxidos de ferro que são pouco solúveis em água e que se precipitaram no fundo dos oceanos. Conforme o Fe2+ foi sendo consumido e exaurido, o oxigênio pode se acumular”.

E vocês? O que acharam?

Me contem se já viram trechos em livros que poderiam estar escritos de maneira mais clara!

15/03/2023

Sou suspeita, amo todas as vertentes da microbiologia. A ciência básica, no entanto, tem um encanto que poucos sabem apreciar. Como bióloga, ao me deparar com um assunto, seja de micro ou não, sempre me indago: “Por que isso evolui dessa forma??” É por aí que gosto de pensar e acredito que deveria ser a pergunta de todos ao pesquisar sobre qualquer assunto. Tornará sua pesquisa mais profunda e seu aprendizado mais sólido.

E vocês? Qual a área que mais gostam?

13/03/2023

Cepas de referência são microrganismos certif**ados por coleções de culturas. São importantes na pesquisa científ**a, certif**ação de qualidade de produtos biotecnológicos e industriais, bem como na validação de métodos analíticos microbiológicos. Você pode pensar, em um primeiro momento, que falar sobre cepas de referência é um assunto trivial, especialmente para quem já tem uma certa familiaridade com assuntos laboratoriais.

A verdade é que esse assunto é de extrema importância justamente, mas é infelizmente desvalorizado. Ainda que esses conhecimentos tenham impacto direto nos seus resultados. Saber como e onde adquirir uma linhagem microbiana bem como conservá-la de maneira correta é passo fundamental na pesquisa microbiológica.

Se você tem interesse em conhecer mais sobre esse assunto, convido vocês a conhecerem esse minicurso. São aulas curtas, direto ao ponto! Contendo dicas valiosas que serão diferenciais para você desenvolver um trabalho de qualidade.

Segue o link: https://go.hotmart.com/C71212206P?dp=1

10/03/2023

5 motivos para fazer um curso on line comigo!

09/03/2023

Em 2022, pesquisadores encontraram uma bactéria bastante peculiar, a Thiomargarita magnif**a. A primeira característica que espantou os cientistas foi o seu tamanho. A bactéria filamentosa pode medir até 2 cm de comprimento, portanto pode ser vista à olha nu! Isso signif**a que ela é 50x maior do que qualquer outra bactéria conhecida.

Não é só o tamanho, porém, que a torna tão especial. A bactéria apresenta algumas organelas que se assemelham a de células eucarióticas. Além disso, o material genético (imenso; quase 3 x maior do que uma bactéria típica) é estocado em várias organelas, denominadas pepinas, que apresentam uma estrutura membranosa. Ainda não se sabe se cada pepina contém uma cópia do genoma ou mais de uma.

Certamente essa descoberta traz novas evidências sobre a evolução dos organismos. Seria Thiomargarita magnif**a uma ligação entre procariotos e eucariotos? Nesse caso, e a teoria da endossimbiose? F**a invalidada?

Aguardemos novas evidências.

08/03/2023

Confira os profissionais que podem se beneficiar do curso de Microbiologia Ambiental!

01/03/2023

Quando você estudou microbiologia, aprendeu alguns aspectos básicos da morfologia como tamanho, formato, apêndices locomotores etc. Certo? Pode parecer algo simples, mas você já parou para pensar que o estudo da morfologia microbiana pode ser mais do que saber que existem cocos e bastonetes?

Por que uma célula desenvolveu aquela determinada morfologia? Embora saibamos muito pouco a respeito disso, certamente podemos afirmar que a morfologia não se trata de uma característica trivial, mas que, na verdade, apresenta grande relevância biológica.

Afinal, existem argumentos evolutivos que suportam a utilidade da morfologia bacteriana! Um exemplo é a presença de morfologias semelhantes em diferentes táxons microbianos, o que indica que a forma pode conferir vantagens em certos ambientes.

Interessante né?!

15/02/2023

Você ama estar em movimento, como eu? Então adorará esse texto!
Eu sempre fui uma criança agitada e lembro de amar as aulas de educação física. Aos 17 anos comecei a fazer academia; fazia musculação e diversos tipos de aulas. Que tempo bom! Sem dores no dia seguinte srsrs

Aos 37 anos, a atividade física ainda faz parte do meu dia-a-dia. Esse ano, inclusive, aumentei a “carga horária”. Sabe como é, quanto mais velho, mais é preciso se dedicar à saúde. Não falo só de saúde física, mas também de saúde mental. A atividade física, especialmente para mim, é uma forma de aliviar a ansiedade e aquela depressão crônica chatinha que faz parte do meu ser.

E para comemorar essa data tão especial, resolvi trazer um assunto pouquíssimo falado e que tem tudo a ver comigo: a influência dos microrganismos na performance esportiva! É isso mesmo! Os microrganismos estão em todo lugar, não é!?

Confira nesse artigo, como isso ocorre e como podemos manipular a nossa microbiota em prol de uma vida mais saudável e digna de medalha de ouro!

Confira o texto completo em: https://biancaperes-19273.medium.com/como-os-microrganismos-afetam-a-nossa-performance-esportiva-29cdddda2988

10/02/2023

O novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor em janeiro de 2006 (data quando se tornou obrigatório, porém já tinha sido assinado em 1990). Acredito que no primeiro semestre de 2006 eu estava cursando a disciplina de Microbiologia (que mudaria minha vida para sempre!). Isso signif**a que nessa época, a palavra microrganismos, provavelmente ainda era escrita como microorganismos. Bem esquisito por sinal.

Segundo a nova Norma, essa bendita palavra pode ser escrita das seguintes maneiras: microrganismos ou micro-organismos. Nesse último caso, segue a mesma regra válida para a palavra micro-ondas. Só que diferente de “micro-organismos”, em “micro-ondas”, não se pode juntar as palavras. F**aria esquisito: “micrôndas”.

Eu, particularmente, até prefiro a forma micro-organismos. Como eu gravo conteúdo eventualmente e falo muito rápido, saio atropelando as palavras. Parece que dá um nó na minha língua!! Então, quando eu vejo aquele tracinho entre a palavra, eu lembro de dar uma pausa e, assim, consigo falar de maneira mais clara.

Nos textos que eu publicava, portanto, eu usava sempre essa forma. Com o tempo, no entanto, percebi que a forma microrganismo deixava o texto mais fluido. Eu, então, passei a adotar essa grafia.

E vocês, como preferem escrever “microrganismos”?

10/02/2023

Como professora e redatora, a leitura compreende uma grande parte do ofício. Para desenvolver aulas e cursos, especif**amente, utilizo livros-texto que me auxiliam no planejamento do conteúdo. Bom, para quem não sabe, eu ofereço alguns cursos na área de microbiologia. Inclusive, estou produzindo um sobre microbiologia básica (matéria básica, mas ensinada de forma aprofundada, crítica; chega de formar pessoas que só decoram coisas!).

Durante essas leituras percebi muito erros nos livros. Hoje venho discutir um caso particular. De termos inadequados na explanação dos conceitos. Quando o conteúdo está mal escrito em inglês e a pessoa que traduziu (especialista na área) sequer o aperfeiçoou. Isso signif**a que é preciso estar atento às referências. Será que esse livro famoso é bom mesmo? Segue um exemplo:

Exemplo 1) Um texto sobre meios de enriquecimento.

“como as bactérias em pequeno número podem ser perdidas, em particular se outras bactérias estiverem presentes em maior número, algumas vezes é necessário utilizar uma cultura de enriquecimento”.
Quem não entende nada de isolamento de bactérias é que vai f**ar perdido ao ler isso. Oras, as bactérias não serão perdidas, elas provavelmente não serão identif**adas, ou melhor, recuperadas, caso as condições do meio de cultura não sejam adequadas ao crescimento das mesmas. Esses são os termos adequados.

Agora imaginem o perigo disso. Eu consegui perceber essas nuances, pois tenho conhecimento avançado no assunto. E os iniciantes? Aprenderão de forma errada, muito provavelmente. Afinal, basta uma palavra inadequada para que o conteúdo seja mal interpretado. Na pior das hipóteses o leitor não entenderá mesmo.

Esse post, portanto, serve como um alerta! Não se limite a buscar informação em apenas uma referência. Ao ler sobre mesmo assunto em dois livros, por exemplo, você começará a desenvolver um senso crítico e quem sabe virar um “chato” que f**a corrigindo a linguagem de livros, pois se preocupa com a qualidade do ensino, assim como eu!

Vejo o segundo exemplo aqui: https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:7029065845737668608/

08/02/2023
01/02/2023

O estudo de microrganismos extremófilos vai além da busca por produtos com aplicações biotecnológicas. O estudo das condições extremas requeridas por esses microrganismos, auxiliam os pesquisadores na determinação dos limites da vida e sobre as condições de vida em outros planetas. Esses fundamentos deram origem a uma área denominada de Astrobiologia.

Interessante, não é mesmo?

Biofilmes no tratamento de esgoto. 25/01/2023

Durante meu mestrado e doutorado, visitei uma estação de tratamento de água para colher amostras de água e de biofilmes pré-formados. Meu objetivo era identif**ar quais microrganismos eram recuperados, por análises de cultivo e sequenciamento de DNA, ao longo de toda a estação.

Será que os microrganismos patogênicos que chegam nas estações estavam sendo removidos? Será que os que f**avam presos nos biofilmes estavam viáveis (vivos)? Afinal, os biofilmes são estruturas que sabidamente protegem os microrganismos de agentes antimicrobianos. Se isso estivesse acontecendo, esses microrganismos poderiam sair ilesos dos biofilmes e, assim, recontaminar a água parcialmente tratada ou já em fase final de tratamento? Essas eram algumas das perguntas que queria responder com o projeto.

Embora nesse contexto o biofilme tenha um viés prejudicial, nem sempre isso ocorre. No novo artigo, eu vou te mostrar como os biofilmes podem auxiliar no tratamento de esgoto.

Link: https://biancaperes-19273.medium.com/biofilmes-no-tratamento-de-esgoto-3d2436d25472

Biofilmes no tratamento de esgoto. Durante meu mestrado e doutorado, visitei uma estação de tratamento de água para colher amostras de água e de biofilmes pré-formados. Meu…

23/01/2023

Conheça o mini curso sobre cepas de referências! Muitas dicas valiosas para você desenvolver um trabalho de excelência em microbiologia

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17/01/2023

Thomas D. Brock nasceu no EUA, em 1926. Formou-se como botânico e fez mestrado e doutorado em micologia. Em 1952, começou a trabalhar no departamento de pesquisa com antibióticos de uma empresa farmacêutica onde aprendeu microbiologia com mais profundidade. Cansado da rotina de trabalho, Brock começou a trabalhar no Departamento de Biologia de uma universidade privada.

Posteriormente, mudou-se para outra universidade para pesquisar na área de Microbiologia Médica, especif**amente em genética de estreptococos. Foi em 1963, que Brock deu uma reviravolta em sua carreira, pois decidiu pesquisar na área de Microbiologia Marinha. Seu trabalho com o estreptococo marinho, Leucotrix mucor, rendeu vários artigos.

Seu interesse por microrganismos semelhantes, do gênero Thiotrix, impulsionou Brock a se interessar pelas fontes ricas em enxofre e, posteriormente, pelas fontes geotermais do Parque Nacional de YellowStone. Foi em uma dessas fontes que Brock avistou uma massa gelatinosa. Convencido de que haviam bactérias não fototróf**as vivendo nesse ambiente, Brock utilizou técnicas de enriquecimento a altas temperaturas para isolar esses microrganismos. Isso, por sua vez, levou ao descobrimento de bactérias termofílicas como a Thermus aquaticus, em 1966. Essa bactéria, anos mais tarde, serviria como fonte da enzima polimerase para a realização da técnica de PCR (déc de 80). Técnica essa que revolucionou a biologia.

Brock também gostava muito de escrever, não só artigos científicos, mas também livros. Escreveu diversos deles na área de Microbiologia, inclusive as primeiras edições de “Biologia dos microrganismos” que, na sua sétima edição, mudou de nome para Microbiologia de Brock. Livro, esse, o qual é uma grande referência na área.

16/01/2023

Notícias sobre o aquecimento global já não são mais novidades. Certamente você já leu muito sobre esse assunto e sabe dos efeitos adversos que o aumento da temperatura pode causar. Estiagem, inundações de cidades litorâneas, derretimento do gelo…

É fácil imaginar um urso polar equilibrando-se sobre um pequeno pedaço de gelo, certo? Por outro lado, você consegue pensar o que acontece aos seres microscópicos? Será que alterações no clima afetam esses pequenos organismos? Assim como vemos acontecer a animais macroscópicos? Qual a consequência disso para eles? Será que os danos a eles causados podem também nos afetar?

Confiras as respostas a essas perguntas agora! Link para o texto:
https://medium.com/-19273/o-aquecimento-global-afeta-os-microrganismos-oce%C3%A2nicos-e-isso-%C3%A9-um-grande-problema-14b1ac88646

Photos from Dra. Bianca de Miranda Peres's post 13/01/2023

Confira 5 motivos para você fazer um curso online!

Para quem não sabe, eu ofereço alguns cursos de Microbiologia. Gostaria de ampliar muito esse leque. Então gostaria de perguntar a vocês, que curso na área de micro vocês sentem faltam e gostariam de fazer?

11/01/2023

A aeromicrobiologia estuda a aerossolização (formação de partículas suspensas no ar), a transmissão pelo ar e deposição de microrganismos e toxinas microbianas. Envolve tanto ambientes internos quanto externos e os resultados desses estudos são utilizados no desenvolvimento de medidas de controle.

O design de ambientes internos afeta os padrões de interação entre os ocupantes e dos ocupantes com os objetos. Isso é particularmente importante em ambientes com alta densidade de pessoas como escolas e escritórios, onde ocorre um aumento da interação social e conectividade tanto por contato direto como indireto.

Hospitais e laboratórios de pesquisa são os ambientes com maior potencial para a aerossolização de microrganismos patogênicos. Dessa forma, muitos procedimentos são adotados para controle da disseminação de doenças. Eles incluem sistemas de ventilação, filtração do ar, utilização de biocidas e isolamento por meio de salas pressurizadas e hermeticamente fechadas.

Laboratórios de biossegurança representam um exemplo de um ambiente desenvolvido cuidadosamente para prevenir a exposição dos trabalhadores e do ambiente circundante a agentes de risco biológico.

09/01/2023

Dia 7 de janeiro comemorou-se o dia do leitor. Eu adoro ler. Em casa tenho diversos livros sobre diversos assuntos. Existe até uma pilha considerável de livros que ainda não li. O que não me impede de comprar outros e passá-los na frente dos, por ora, renegados.

A leitura faz parte da minha rotina de trabalho também, especialmente de artigos científicos. Nem sempre é uma leitura agradável, mas com treinamento e experiência você aprende a “tirar” as informações que precisa de um jeito mais fácil.

No entanto, percebo que artigos mais recentes deixam um pouco de lado aquela estrutura engessada da escrita técnica. Certamente para facilitar a leitura e o entendimento. Afinal, nem todo mundo que lê um trabalho é da área. Eu mesma preciso me aventurar nos mais diversos ramos do conhecimento biológico.

E não é isso que queremos? Mais leitores? Pessoas capazes de ler sobre vários assuntos e ter opinião sobre elas?

O conhecimento transforma e é um direito de todos. Feliz dia do leitor.

20/12/2022

Os menores e mais abundantes fototróficos oxigênicos dos oceanos são os microrganismos do gênero Prochlorococcus, pois são responsáveis por 5% da produtividade primária global. Parte do sucesso do grupo é atribuído aos diferentes ecotipos apresentados.

Cada ecotipo corresponde a uma linhagem capaz de se desenvolver em uma determinada faixa de profundidade devido a propriedades fisiológicas apropriadas ao nicho ocupado. Devido ao pequeno tamanho do genoma, por exemplo, requerem baixas concentrações de fósforo para sobreviver, comparado com outros microrganismos do fitoplâncton. Além disso, a maior relação superfície/volume facilita a aquisição de nutrientes e aumenta a absorção de luz. Já a pigmentação singular, torna-o o micro-organismo fotossintético mais eficiente na captação de luminosidade. A formação de subgrupos adaptados a diferentes condições ótimas de luz para o crescimento possibilita que esses microrganismos ocupem toda a zona eufótica.

As características são adquiridas por transferência horizontal gênica e refletem as pressões seletivas dos gradientes ambientais que são estáveis e grandes o suficiente para gerar nichos diversos.

A microbiologia marinha é fascinante!

Saiba mais sobre isso em: https://hotmart.com/pt-br/marketplace/produtos/microbiologia-ambiental-tpjr3/U75819947D

16/12/2022

Seguindo com as homenagens a grandes pesquisadores da Microbiologia, o texto de hoje conta um pouquinho da história de Martinus Beijerinck. Seus trabalhos na área ambiental, foram importantes não só para a área, mas também na formação de um novo campo de estudo.

Quer saber qual? Então acesse o texto no link:
https://biancaperes-19273.medium.com/martinus-beijerick-o-idealizador-de-um-novo-conceito-de-agente-infeccioso-4b4dab4fe3e4

15/12/2022

Já ouviu falar em filosimbiose? Não?! Então confira em meu novo texto a relação entre filosimbiose e microbiota intestinal!

Link aqui: https://biancaperes-19273.medium.com/filosimbiose-e-microbiota-intestinal-4b8b611ce5b7.

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Entrevista concedida ontem à professora Dr. Júlia Ortiz da Uninove.

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