Temas da Margarete

Temas da Margarete

Professora de redação e língua portuguesa, responsável pela maior nota de alunos do Ensino Médi

08/12/2023

Fuvest: verticalização da cidade seria um tema viável?
Além da temática da violência urbana, da cracolândia, o que mais poderia ser proposta de redação?
Se for a verticalização urbana, pode-se abordar, por exemplo:
1) Zoneamento da cidade; existe um Plano Diretor Estratégico e este apresenta revisão recente.Um mapeamento indica que a expansão de áreas de adensamento de construções pode ser menor que o desejado por construtoras.
2) Existe a LPUOS (Lei de Uso, Parcelamento e Ocupação do Solo) -a prefeitura apresentou um mapa sobre o zoneamento no dia 19/9/2023.
3) Foi aprovada no final de junho a revisão do Plano Diretor- essa revisão possibilitou o aumento de 600 para 700 metros no entorno de estações de metrô e trens.
4) Rodrigo Goulart, relator da revisão do Plano Diretor alerta quanto a expansões em desacordo com o que foi aprovado no Plano.
5) O executivo propõe alguns freios contra a construção de edifícios sem limite de altura.
6) A verticalização de quadras com barreiras urbanas, ladeiras e outras condições que dificultem o trajeto a pé ou exijam caminhar mais de 1km até o transporte público também não é autorizada.
Leia mais em "Prefeitura de SP decide mostrar onde poderão ser erguidos prédios mais altos", 20/9/2023- Folha
Textos sobre o assunto:
a) Verticalização atrai moradores e lojas e dá nova vida a bairros industriais de SP- 27/8/2023
b) Bairros ricos concentram blindagem contra verticalização em São Paulo- 26/7/2023
4) Moradores contestam plano de verticalização de Guarujá- 28/7/2023
5) Área de mata Atlântica pode virar parque em SP com Plano Diretor-28/6/2023
O que discutir ainda?
Muito vidro em edifícios e calor extremo
Espaço para circulação de ar/vento entre os edifícios
Redução de áreas verdes...

05/12/2023

Questão de concurso Banca FGV- ISS 2023
Nas frases abaixo há dois substantivos sublinhados; aquela frase em que o segundo desses substantivos é adequado ao coletivo anteriormente sublinhado, é:
a) Quando um BATALHÃO se separa, os FOLIÕES f**am afastados uns dos outros;
b) Quando um CARDUME cai na rede, os PEIXES se debatem durante algum tempo;
c) Quando um ENXAME se assusta, as HIENAS podem tornar-se agressivas;
d) Quando uma BIBLIOTECA se incendeia, as ESTANTES perdidas são irrecuperáveis;
e) Quando chega uma JUNTA, seus ENGENHEIROS são bem recebidos.
Resolução- B=questão facílima, conteúdo do EF./ enxame= abelhas/ batalhão= soldados/ biblioteca=livros/ junta= bois, médicos, examinadores, por exemplo.

03/12/2023

Qual o certo?
1) O brasileiro, enquanto pessoa, procura sempre descumprir normas.
2) O brasileiro, como pessoa, procura sempre descumprir normas.
Xô, "enquanto"! O vocábulo 'enquanto", nas frases acima, é advérbio de tempo; se não há noção de "duração temporal", não é correto empregar tal vocábulo. Se falamos ou escrevemos como em 1, estamos afirmando que "durante certo tempo somos pessoa", não sempre. pergunto então: depois de certo tempo deixo de ser uma pessoa? Vou me transformar em ave, peixe, formiga etc.? Simples!

03/12/2023

Reflexão de domingo
"Os homens são bons de um modo apenas, porém são maus de muitos modos.” (Ética a Nicômaco)
Aristóteles

28/11/2023

Acerte sempre
a) Concelho (município) e conselho (sugestão)
b) Cauda (rabo) e calda (líquido doce)
c) Noz (fruto da nogueira) e nós (pronome pessoal)
d) Cavaleiro (homem que anda de cavalo). / Cavalheiro (homem educado)
e) Soar (som). / Suar (transpirar)

26/11/2023

Questão de concurso
Banca FAPEC- UFMS 2018
Observando a grafia, o uso de homônimos ou parônimos, a regência, o emprego (presença ou ausência) do “acento” indicativo de crase, a coesão e a concordância, assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto a seguir: _______ de se evitar uma invasão desenfreada de palavras estrangeiras em uma língua, é preciso que se _______ critérios, ________ o primeiro deve ser _____: __ adoção de estrangeirismos deve corresponder __ falta, no vocabulário dessa língua, de termos perfeitamente adequados __ expressão de conceitos novos. _______, corre-se o risco de _______ da identidade linguística.
a) Afim; definam; no qual; esse; a; à; à; Senão; perca.
b) Afim; defina; cujo; esse; a; à; a; Se não; perca.
c) A fim; definam; o qual; este; a; à; à; Senão; perca.
d) A fim; defina; onde; este; à; à; à; Senão; perda.
e) A fim; definam; dos quais; este; à; a; à; Senão; perda.
RESOLUÇÃO- E- Vejamos a solução a seguir: A FIM ( para), DEFINAM(=critérios sejam definidos), DOS QUAIS( =desses critérios),ESTE (vai citar o critério), À (=para a), A (artigo definido), À (=para a), SE NÃO (=do contrário), PERDA (substantivo, não é verbo aqui=a perda).

26/11/2023

Reflexão de domingo
"Nem todas as verdades são para todos os ouvidos."
Umberto Eco

24/11/2023

Fuvest e UERJ à vista- redação sobre o quê?
1) Para mim, pela escolha de obras literárias da Fuvest, a temática PODE enveredar pela construção científ**a e literária feminina, em especial das mulheres negras, para as quais há como que um muro impedindo-as desse 'construir". Tenho acompanhado as publicações sobre a participação dessa parcela da sociedade em jornais impressos e virtuais, como as várias líderes femininas durante a escravidão, as vozes de muitas delas, afrodescendentes, em obras literárias importantes. A escolha de apenas obras escritas por mulheres nas próximas edições do vestibular Fuvest pode ser um indício. faço votos que meu palpite tenha vez.
2) Na Uerj, a redação será apenas sobre o livro "O menino do pijama listrado", e isso restringe o enfoque à obra. Entretanto, que temas podem advir do romance de John Boyne? Duas crianças: o filho de um oficial nazista e um judeuzinho, um campo de concentração, uma amizade entre os garotos. Embora o nome Auschwitz jamais seja citado ao longo do texto, supõe-se seja esse o local onde se passa a história. Bruno- filho do oficial, é ingênuo.
O desfecho trágico - a morte das duas crianças-, o buraco na cerca para possibilitar a passagem de um dos meninos, o alimento que o garoto do pijama buscava para os adultos, o menino Shimuel em busca do pai, as atrocidades da guerra são o centro da obra, vista pelos olhos da criança. É o que sensibiliza e choca simultaneamente.
Possíveis abordagens temáticas:
As perspectivas que tenho do outro são sempre certas?/ Supremacia como algo ilusório na vida humana/ A violência e a crueldade podem ser justif**adas em nome do bem da coletividade?/A contribuição das memórias do passado para a construção de um mundo melhor/ A obediência cega e a construção do mal/ Estereótipos e discriminação inviabilizam enxergar o outro/ Arte como forma de resistência às iniquidades/ Esperança: forma de enfrentar as adversidades humanas?/ Privilégios versus alienação/ Lealdade: pode ser mantida em situações críticas?/ Autoritarismo como forma de dominação/ Medo como fator de controle social/ Formas autoritárias de governo favorecem a polarização ideológica?
Pensem, leiam, analisem e sucesso nas provas de redação que teremos neste fim de ano e início de 2024. Que Deus me ilumine quanto à temática das provas vindouras!

21/11/2023

Qual o certo?
1- Tem problemas no escritório.
2- Há problemas no escritório.
3- Existe problemas no escritório.
Resolução- 2 é a opção correta. O verbo "haver", com signif**ado de "existir" e impessoal, isto é, não tem sujeito nunca e f**a sempre no singular.
Em 1, o verbo "haver" não é sinônimo de "ter"; o sinônimo de "ter" é "possuir".
Em 2, o certo é EXISTEM, porque o verbo "existir" concorda com seu sujeito, que vem na ordem inversa em geral.

19/11/2023

Reflexão de domingo
"Não precisamos de pessoas para apontar os erros que cometemos, mas de gente que mostre alternativas e soluções. Nossa consciência já é incrivelmente boa em tecer críticas." (mensagens10.com.br)

19/11/2023

Questão de concurso- Banca Consulplan-2023
Soneto de Fidelidade
(Vinicius de Moraes.)

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
No trecho “E rir meu riso e derramar meu pranto”, a figura de linguagem presente é:
A- Metáfora.
B- Aliteração.
C- Pleonasmo.
D- Polissíndeto.
RESOLUÇÃO- D- polissíndeto é a repetição intencional da conjunção aditiva E ( geralmente esta é a mais usada)./ Metáfora é o uso conotativo de uma palavra (exemplo: Você é meu sol.)/ Aliteração é a repetição intencional de consoantes ( Ex.: Tenho tudo o tempo todo.)/ Pleonasmo é a repetição de um termo; pode ser vicioso/errado (entrar pra dentro) ou estilístico, literário (O livro, deu-o a mim./ Repare que o pronome oblíquo O repete o termo O LIVRO, deslocado para o início da frase.

17/11/2023

Vestibulares chegando
Que tema de redação pode aparecer na 2ª fase da Unicamp, da Fuvest, da Unesp, da Unifesp e de outras mais?
Assuntos possíveis: 1) Qual deve ser o perfil dos formandos de medicina? Aqui sugiro relembrar o caso envolvendo os atos com conotação sexual, em um jogo entre estudantes, atos esses noticiados pela mídia.
2) Violência policial - câmeras de vigilância na farda de policiais é algo que coíbe a violência?
3) Arquitetura hostil
4) Insegurança pública
5) Livros impressos na escola x livros somente digitais
6) IA e suas implicações na empregabilidade e na educação
7) Mudanças climáticas e as práticas de sustentabilidade como preocupação das empresas
8)"Subalternização" de trabalhadores no Brasil e o preconceito contra certas profissões
9) Limites da Ciência
10) Racismo estrutural no Brasil

14/11/2023

Acerte sempre!
EM longo prazo, sempre assim. Por quê? Nas respostas a perguntas como “Em que prazo a luz retornará na cidade?”, “Em que prazo será entregue o serviço?"
Simples assim!

12/11/2023

Questão de concurso- Objetiva Concursos - Prefeitura de Salvador das Missões - Psicólogo - 2023
Considerando-se as palavras homônimas, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Ontem a Câmara de Vereadores realizou duas sessões extraordinárias.
( ) Ela comprou um aparelho na seção de artigos para o lar.
( ) Negociaram a seção do prédio, para nele instalar uma loja de roupas.
( ) Amanhã o cinema terá sessão especial para crianças.
A) E - E - E - C.
B) E - C - C - E.
C) C - C - C - C.
D) C - C - E - C.
RESOLUÇÃO- questão fácil sobre homonímia. Alternativa D é a correta; sessão= reunião, espetáculo/ seção ou secção= divisão, departamento/ CESSÃO= doação, de ceder; por isso CESSÃO do prédio é o correto.

12/11/2023

Reflexão de domingo
Pouco conhecimento faz que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para o céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe.
Leonardo da Vinci

07/11/2023

Você acerta?
1) Para maiores maiores informações, acesse nosso site.
2) Para mais informações, acesse nosso site.
Os vocábulos maior/menor estabelecem comparação. Logo, o correto é obter MAIS informações. Cuidado ao falar e ao escrever!

05/11/2023

Questão de concurso- Banca FGV SEE- MG 2023 -Professor de Ensino Básico
O adjetivo pode ser substituído por algumas outras palavras ou estruturas de valor equivalente. Assinale a frase em que a adjetivação é realizada por meio de uma preposição mais um advérbio.
(A) Os bois ouviam de longe o grito dos boiadeiros.
(B) Todos os viajantes vinham de perto.
(C) As meninas se posicionaram de lado na carroça.
(D) As rodas de trás estavam com os pneus vazios.
RESOLUÇÃO- D- é só observar que "de trás"= traseiro./ Não é possível substituir "de longe", "de perto", "de lado" por um adjetivo equivalente. Questão de conteúdo gramatical básico para quem leciona Língua Portuguesa! Fácil!

05/11/2023

Reflexão de domingo
O Poder pode atuar como indicador dos mais seguros para avaliação do caráter de boa parte das pessoas. Muitas, ao longo de um prolongado período de convívio, se mostram afáveis, acessíveis e até elegantes em suas posturas. Coloque-se-lhes, no entanto, uma boa dose de poder nas mãos, e poder-se-á constatar toda a aparente fidalguia transformada em arrogância, aspereza e desprezo às regras mais básicas do trato no cotidiano, o que mostra que na hipocrisia e na falsa humildade do déspota é que muitas vezes se escondem as ambições e recalques dos ditadores mais cruéis.
Luiz Roberto Bodstein

As mudanças climáticas são uma crise de direitos humanos 03/11/2023

Enem na reta final 2
E se o tema for " Mudanças climáticas: desafio de garantir direitos humanos frente à desigualdade"
CONTEXTUALIZAÇÃO- 1) As mudanças climáticas são uma crise de direitos humanos, alerta a Anistia Internacional
A crise do clima ameaça os direitos humanos em proporções nunca antes vistas. É esse o alerta que a Anistia Internacional faz com o lançamento do relatório “Parem de queimar nossos direitos”
O futuro de toda a humanidade está em grande risco, e o presente de milhões de pessoas já está ameaçado, com o aprofundamento de inúmeras desigualdades. A Anistia Internacional avalia que os esforços dos Estados para enfrentar as mudanças climáticas continuam muito abaixo do que é preciso para que a situação possa ser revertida. A maioria dos países industrializados continua sem controlar as emissões poluentes de modo satisfatório.
“As mudanças climáticas são uma crise de direitos humanos. De acordo com a normativa internacional dos direitos humanos, os Estados têm obrigações legais de enfrentar a crise do clima. Exigimos que o governo do Presidente Jair Bolsonaro e o Congresso Nacional ajam para atenuar os efeitos das mudanças climáticas sobre a população brasileira e implementem políticas públicas de conservação da natureza e proteção dos direitos humanos baseadas nas evidências científ**as. As autoridades públicas no Brasil têm contribuído para que haja um desmonte da agenda ambiental, mas não há mais espaço para o negacionismo. A vida de brasileiros e brasileiras deve vir em primeiro lugar”, explica Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil.
Pensar em respostas para a crise climática implica dar centralidade aos direitos humanos – principalmente dos grupos mais impactados. O relatório destaca que as mulheres são mais afetadas, principalmente as que estão subjugadas a trabalhos que dependem mais dos recursos naturais, como indígenas, quilombolas, ribeirinhas e outras pertencentes às comunidades tradicionais. Esses povos estão intrinsecamente ligados ao ambiente natural, que os provê com sustento, moradia e remédios. As áreas onde vivem são frequentemente propensas a desastres climáticos e a expropriações e remoções forçadas, violam seus direitos humanos básicos. [...]
Leia mais em https://www.ecodebate.com.br/2021/08/17/as-mudancas-climaticas-sao-uma-crise-de-direitos-humanos-
2)-Por que o ciclo da água está se intensif**ando?
A água circula pelo meio ambiente, movendo-se entre a atmosfera, o oceano, a terra e os reservatórios de água congelada. Pode cair como chuva ou neve, infiltrar-se no solo, correr para um curso de água, juntar-se ao oceano, congelar ou evaporar de volta para a atmosfera. As plantas também retiram água do solo e a liberam através da transpiração de suas folhas. Nas últimas décadas, houve um aumento geral nas taxas de precipitação e evaporação.
Compreender esta e outras mudanças no ciclo da água é importante mais do que a preparação para desastres. A água é um recurso essencial para todos os ecossistemas e sociedades humanas, especialmente para a agricultura.
O que isso signif**a para o futuro?
A intensif**ação do ciclo da água signif**a que os extremos úmidos e secos e a variabilidade geral do ciclo da água aumentarão, embora não uniformemente ao redor do globo.
Espera- se que a intensidade da chuva aumente na maioria das áreas terrestres , mas os maiores aumentos de seca são esperados no Mediterrâneo, sudoeste da América do Sul e oeste da América do Norte.
3) OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS: O DIREITO AO MEIO AMBIENTE SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL
Ciências Sociais Aplicadas, Edição 121 ABR/23 SUMÁRIO / 15/04/2023
As mudanças climáticas se tornaram uma das maiores questões que a humanidade enfrenta, e seus impactos são sentidos em todo o mundo. Além dos efeitos ambientais, as mudanças climáticas também sempre tiveram implicações signif**ativas para os direitos humanos, afetando a vida, a saúde, a água, a moradia, a segurança e o bem-estar das pessoas.
A humanidade sempre foi motivada a explorar o meio ambiente com a justif**ativa de interesses econômico; entretanto, com o passar do tempo, com o desenvolvimento da sociedade, foi obtido um consumo desenfreado dos recursos naturais, assim desequilibrando a balança do meio ambiente sustentável. É consciência geral de que a natureza foi criada para servir ao homem, portanto a atividade humana foi usada a seu favor indiscriminadamente e, com esse pensamento, as mudanças climáticas se tornaram uma pauta real, urgente e de caráter mundial.
Os direitos humanos e o meio ambiente se cruzam e precisam da existência do outro com o objetivo de que, em decorrência da conservação do meio ambiente, haja a proteção ao direito à vida e dignidade humana. Portanto, também, a sociedade tem o direito de um meio ambiente limpo, saudável e sustentável.
As emissões de gases de efeito estufa são os vilões do desequilíbrio da temperatura na Terra. Com isso, é possível observar que atividades como o desmatamento, os combustíveis fósseis etc., são causas das mudanças climáticas.
EVOLUÇÃO DOS ACORDOS FEITOS PARA A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM RELAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
1 A DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO .2 CONVENÇÃO QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS (UNFCCC)
3 ACORDO DE PARIS
3- DIREITO HUMANO AO MEIO AMBIENTE SUSTENTÁVEL, SAUDÁVEL E LIMPO
Em 2021, foi aprovada a Resolução 76/300, da Assembleia Geral das Nações Unidas, que reconhece o direito humano ao meio ambiente limpo, saudável e sustentável como um direito inalienável e indispensável para a realização de outros direitos humanos. Feito para reforçar o papel que todos os países têm para a preservação do meio ambiente, ajudando uns aos outros, porque quando as consequências da crise ambiental aumentarem, os efeitos são para todos, portanto, tem que haver a prevenção.
4-JUSTIÇA CLIMÁTICA
Justiça climática é um conceito que busca equidade no enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas, especialmente em relação aos países e comunidades mais vulneráveis e menos responsáveis por suas causas.
Leia mais em https://revistaft.com.br/os-impactos-das-mudancas-climaticas-sobre-os-direitos-humanos-o-direito-ao-meio-ambiente-saudavel-e-sustentavel%C2%B9/
IMPACTOS GERADOS AO MEIO AMBIENTE E AOS DIREITOS HUMANOS: onde?
DOENÇAS, MUDANÇAS EXTREMAS DO CLIMA, REFUGIADOS AMBIENTAIS, OCEANOS, GELEIRAS
SOLUÇÕES:
RESGATE DO MEIO AMBIENTE LIMPO, SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL
A recuperação do meio ambiente é um processo fundamental para garantir um futuro sustentável para o planeta. A energia renovável desempenha um papel importante nesse processo, pois é uma forma de produzir energia sem causar impactos ambientais signif**ativos. Existem diversas formas de energia renovável, como a solar, eólica, hidrelétrica, geotérmica e biomassa. Todas essas fontes de energia são capazes de fornecer eletricidade de forma limpa e sustentável, sem emitir gases de efeito estufa ou poluir o ar e a água.
A transição para a energia renovável é uma parte crucial da recuperação do meio ambiente, pois permite reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a energia renovável é mais barata e mais acessível do que nunca, o que signif**a que mais pessoas podem ter acesso a uma fonte de energia limpa e sustentável.
COMO? O QUÊ? QUEM?
Diante dos impactos alarmantes das mudanças climáticas sobre os direitos humanos, é fundamental que governos, empresas e sociedade civil atuem de maneira coletiva e efetiva para enfrentar esse desafio global. A proteção dos direitos humanos deve ser colocada no centro das ações relacionadas às mudanças climáticas, garantindo que as comunidades mais vulneráveis sejam fortalecidas e respeitadas em suas demandas.
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a transição para uma economia de baixo carbono é uma tarefa urgente e necessária, que deve ser acompanhada de políticas e ações que fortaleçam a resiliência das comunidades afetadas pelos impactos das mudanças climáticas. Além disso, é preciso promover a justiça climática, garantindo que os custos e benefícios da transição para uma economia sustentável sejam distribuídos de maneira equitativa.
Somente através de esforços conjuntos, baseados em princípios de justiça, solidariedade e responsabilidade compartilhada, poderemos enfrentar os desafios colocados pelas mudanças climáticas e garantir um futuro sustentável para todas as pessoas.
FONTE:https://revistaft.com.br/os-impactos-das-mudancas-climaticas-sobre-os-direitos-humanos-o-direito-ao-meio-ambiente-saudavel-e-sustentavel%C2%B9/

As mudanças climáticas são uma crise de direitos humanos A crise do clima ameaça os direitos humanos em proporções nunca antes vistas. É esse o alerta que a Anistia Internacional faz com o lançamento do relatório "Parem de queimar nossos direitos"

03/11/2023

Enem reta final 3
Não há como garantir facilmente acertar o tema, embora eu tenha sido agraciada pelo Altíssimo inúmeros acertos em provas do Enem e dos grandes vestibulares ainda existentes no Brasil. somente agora em outubro, já houve 10 que me interessam e acertei todos eles. Agradeço sempre a Deus! releiam em postagens anteriores deste e de outros anos sobre estes temas: Cobertura vacinal infantil ( está em declínio no Brasil), Violência e ataque nas escolas, Violência contra crianças, Racismo estrutural/ambiental/ no futebol, Turismo sustentável, Pouco interesse em ser professor no Brasil, IA e desafios na educação/ na empregabilidade/, Etarismo (= idadismo, ageísmo, preconceito contra idosos), educação financeira.
Tenham sucesso no Enem. Façam tudo com calma. estou na torcida por vocês!

03/11/2023

Enem na reta final 1
E se o tema for: Reforma do Ensino Médio- desafios a vencer
CONTEXTUALIZAÇÃO-1) 'Sem salvação': mais de 300 entidades pedem fim da reforma do Ensino Médio
Desintegradora, antipopular, autoritária, perversa, precarizante, privatizante, engodo, antidemocrática, desigual, fragmentadora, desregulamentadora, desescolarizadora, potencialmente catastróf**a, sem qualidade. É extensa a lista de apupos* que qualif**am negativamente a reforma do Ensino Médio na carta aberta, assinada por mais de 300 entidades, que pedem a revogação da política pública.
Sindicatos, grupos de pesquisa, associações científ**as e de classe do campo educacional defendem que não há remendo possível para a reforma, enquanto seus formuladores falam em "revanchismo". Pressionado, o Ministério da Educação (MEC) monitora a fervura do debate e prepara a convocação de um grupo de discussão sobre o tema. A carta aberta é capitaneada pela Rede Escola Pública e Universidade (Repu), grupo de professores e pesquisadores de universidades públicas paulistas. Para Fernando Cássio, professor da UFABC e um dos representantes da Repu, não há radicalismo em se defender o fim do novo Ensino Médio. "A reforma é irreformável", afirma ele. "A revogação é a oportunidade de redescobrir o modelo dessa etapa de ensino e estancar a tragédia, impedindo que se aprofunde o descalabro** que está acontecendo em estados como São Paulo".
O "descalabro" envolve uma série de medidas introduzidas pela reforma, que são, na prática, a sua marca registrada: a criação dos chamados "itinerários formativos", grade de matérias ligadas a uma área de interesse do aluno (cuja escolha na prática não estaria disponível para a maioria dos estudantes); a adoção de disciplinas optativas vagas, como "Projeto de Vida", em lugar de Filosofia, Sociologia e Artes (com professores sem qualif**ação, muitas vezes na modalidade on-line e com propostas curriculares a cargo de fundações e institutos empresariais); aumento da carga horária de 800 para 1000 horas (sem o investimento necessário para bancar o ensino em tempo integral). leia mais em https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/rodrigo-ratier/2023/03/06/sem-salvacao-mais-de-300-entidades-pedem-fim-da-reforma-do-ensino-medio.htm .
2) Novo Ensino Médio - perguntas e respostas
O que é o Novo Ensino Médio?
A Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a oferta de diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional. A mudança tem como objetivos garantir a oferta de educação de qualidade à todos os jovens brasileiros e de aproximar as escolas à realidade dos estudantes de hoje, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade.
O que é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)?
É um conjunto de orientações que deverá nortear a (re)elaboração dos currículos de referência das escolas das redes públicas e privadas de ensino de todo o Brasil. A Base trará os conhecimentos essenciais, as competências, habilidades e as aprendizagens pretendidas para crianças e jovens em cada etapa da educação básica. A BNCC pretende promover a elevação da qualidade do ensino no país por meio de uma referência comum obrigatória para todas as escolas de educação básica, respeitando a autonomia assegurada pela Constituição aos entes federados e às escolas. A carga horária da BNCC deve ter até 1800, a carga horária restante deverá ser destinada aos itinerários formativos, espaço de escolha dos estudantes.
E o que são os itinerário formativos?
Os itinerários formativos são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher no ensino médio. Os itinerários formativos podem se aprofundar nos conhecimentos de uma área do conhecimento (Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e da formação técnica e profissional (FTP) ou mesmo nos conhecimentos de duas ou mais áreas e da FTP. As redes de ensino terão autonomia para definir quais os itinerários formativos irão ofertar, considerando um processo que envolva a participação de toda a comunidade escolar.
Leia mais em http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=40361
3) Novo Ensino Médio: ajustar ou revogar? Entenda em 7 pontos o debate que envolve alunos e MEC
Queixas incluem a redução de disciplinas tradicionais e a falta de formação dos professores. Governo federal e estados se dizem abertos ao diálogo, mas descartam fim do programa Por Emily Santos, Luiza Tenente, Fernanda Calgaro, g1 — São Paulo
16/02/2023
Em seu segundo ano de vigência, o Novo Ensino Médio, que traz mudanças na grade curricular e oferta de disciplinas optativas em todas as escolas do país, tem pontos positivos, de acordo com especialistas, mas também é alvo de críticas por grupos que chegam a defender até a sua revogação.
Escolas sem infraestrutura (salas de aula em número insuficiente, por exemplo), falta de formação adequada dos professores e diminuição da carga horária de disciplinas tradicionais podem, segundo os críticos, ampliar ainda mais a desigualdade no acesso ao ensino superior entre os alunos da rede pública e os da particular.
A partir de 2023, cada estudante passou a poder montar seu próprio ensino médio, escolhendo as áreas (os chamados "itinerários formativos") nas quais se aprofundará. A intenção é que sejam três anos de estudo com: esses conteúdos eletivos (1.200 horas focadas nos objetivos pessoais e profissionais dos alunos) + a parte fixa (1.800 horas de ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática).
Somando, chegamos a 3.000 horas-aula nos três anos. Antes, a lei estipulava uma carga horária mínima de 800 horas-aula por ano (ou seja, um total de 2.400 horas no ensino médio).
Foi criado também o chamado “projeto de vida”: um componente transversal que será oferecido nas escolas para ajudar os jovens a entender suas aspirações.
Cada rede de ensino tem a liberdade de distribuir a carga horária dos itinerários formativos da maneira como julgar ideal: tudo no primeiro ano ou espaçado ao longo dos três anos, por exemplo.
O ensino de língua portuguesa e matemática é obrigatório nos três anos do ensino médio. A lei não estipula um número mínimo de aulas dessas disciplinas por semana. O que importa é que elas estejam sempre presentes na grade.
Sancionado em 2017 no governo Temer, entrou em vigor em 2022 e prevê a implementação gradual até 2024.
Se antes o modelo antigo era visto mais como uma preparação para o ensino superior, agora, a proposta é dar uma formação mais voltada ao mercado de trabalho.
O novo formato irá refletir no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já a partir de 2024. A prova, que hoje é igual para todo mundo, passará a ter uma etapa específ**a, conforme o itinerário formativo escolhido pelo candidato.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2023/02/16/novo-ensino-medio-ajustar-ou-revogar-entenda-em-7-pontos-o-debate-que-envolve-alunos-e-mec.ghtml
4) A reforma do ensino médio e as causas da revolta nas escolas
[...] E aqui elenco algumas das principais razões para explicar a revolta da comunidade escolar contra a atual reforma do ensino médio. Cabe ressaltar que houve diferenças entre os estados, sendo que alguns foram mais cuidadosos na implementação das principais medidas. Para não cometer injustiças, vou descrever a seguir prioritariamente os gargalos encontrados na rede estadual paulista, posto que tenho obtido dados desta rede porque participo atualmente de uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) que trata, objetivamente, do acompanhamento da reforma em algumas escolas públicas paulistas. Seguem esses pontos. Indignação contra a redução de disciplinas da formação básica. Para se ter uma ideia: na terceira série do ensino médio, os alunos da rede pública paulista passaram a ter, por semana, apenas duas aulas de Língua Portuguesa e duas de Matemática. Todas as demais são de disciplinas dos itinerários formativos com quase nada de conteúdos. Comparemos: na mesma série, os filhos da classe média e alta costumam ter aulas de reforço, revisão de conteúdos e simulados nas aulas regulares, além de cursinhos caros no contraturno. Tudo isso porque é o último ano da educação básica e eles precisam se preparar melhor para o ensino superior. Quem cuida da formação dos professores que f**aram responsáveis pelas disciplinas dos itinerários? As disciplinas dos itinerários são de assuntos bem gerais e vagos, sobretudo porque não se tem clareza, exatamente, do que é para ser ensinado. Em geral, essas disciplinas buscam fazer com que as áreas diferentes dialoguem entre si – o que exige muito boa formação dos professores e estudos sistemáticos sobre cada tema a ser ensinado para que haja uma articulação boa entre os conhecimentos das áreas. Ocorre que a reforma não previu um tostão a mais para formação de professores. O resultado é o que vemos: os itinerários f**aram vagos, com pouco conteúdo, com professores inseguros para ministrá-los diante dos seus alunos. Ademais, há a previsão de oferta de disciplinas eletivas – o que pode ser interessante. Porém, pelo Brasil, já foram identif**ados temas como “Brigadeiro caseiro”, “Mundo PET”, “RPG”, “Como se tornar um milionário!” etc. Em São Paulo, na parte diversif**ada, há desde Empreendedorismo (obrigatório) até eletivas para ensinar maquiagem. Escolas sem infraestrutura para oferecerem opções de itinerários aos estudantes. Se uma única escola conseguir oferecer, por exemplo, os 10 itinerários formativos propostos em São Paulo (aqui excluo o profissionalizante), ela precisará ter professores para ministrarem 276 disciplinas (!). Não há gestor escolar que administre isso. Não há nem espaço físico para comportar as horas de estudo e de preparo de aulas deste professor. Não há salas de aula disponíveis para elas serem ofertadas. Por isso, as escolas, em média, oferecem de um a dois itinerários apenas. Pesquisa da Rede Escola Pública e Universidade (REPU) mostrou que, quanto mais está localizada em lugares pobres, menos itinerário uma escola oferece aos seus alunos. As falácias de que a reforma reduziria a quantidade de disciplinas antigas e de que o aluno teria autonomia para escolher os itinerários foram escancaradas. É assombroso o número de disciplinas atuais nas escolas de ensino médio para cada turma. Não há professores para os itinerários. Por isso, as escolas estão contratando todo tipo de profissional sem formação para dar aulas para adolescentes (que é um dos trabalhos que mais exigem especialização no mundo todo): dentistas, administradores de empresas, bacharel em direito, engenheiros etc. Esses profissionais têm implorado por material e formação aos diretores de escola para seguirem com as aulas. Em pesquisa ora em andamento pela Fapesp, são inúmeros os relatos de diretores e coordenadores que narram o desespero desses profissionais quando vão oferecer essas disciplinas. Como f**am os licenciados que, de fato, atuam nas redes? Os professores que têm licenciatura e dão aulas nas redes fogem o quanto podem das disciplinas dos itinerários, preferindo dar aulas dos assuntos que estudaram. Porém, como a quantidade de aulas de suas matérias foi reduzida, eles pegam muito mais turmas para completar a jornada, aumentando enormemente seu cansaço, tornando inviável conhecer seus alunos. Mais do que isso: esses professores fogem do ensino médio, abrigando-se no fundamental II. Trágico para os adolescentes do ensino médio, portanto, que perdem os professores mais bem formados. Sobrecarga maior ainda dos docentes. Até professores de escolas particulares narram um aumento do trabalho para cumprirem sua jornada após a reforma do ensino médio. Com a redução de suas disciplinas, eles são obrigados a pegarem mais turmas ou a assumirem as disciplinas dos itinerários. Na rede pública paulista, por sua vez, há numerosos casos de professores que assumem mais do que cinco disciplinas em um único semestre – e para diferentes turmas! Na pesquisa que participo atualmente, é comum haver relatos de alunos que sequer sabem qual disciplina um determinado professor oferece (encontrei um único professor ministrando cinco disciplinas para uma única turma). Em todas as escolas que passei, encontrei relatos de alunos que pedem aos seus professores de itinerários para ministrarem apenas o conteúdo em que são formados. Leia mais em https://sites.usp.br/revistabalburdia/a-reforma-do-ensino-medio-e-as-causas-da-revolta-nas-escolas/
5) MUDANÇA À VISTA- set.2023 Folha de S.Paulo
Novo plano para ensino médio amplia aulas tradicionais e torna espanhol obrigatório; veja como pode f**ar
Governo Lula concluiu projeto de lei que deve ser enviado ao Congresso; se aprovadas, mudanças estão previstas para 2025
Brasília
O governo Lula (PT) concluiu o texto do projeto de lei que vai revisar a estrutura do novo ensino médio, alvo de críticas de estudantes, educadores e especialistas. O MEC (Ministério da Educação) acatou propostas dos secretários e entidades educacionais, sobretudo com relação ao número de áreas de aprofundamento.
O texto prevê que as alterações passem a valer a partir de 2025. Mas o governo precisa mandar o projeto para o Congresso e depende de aprovação dos parlamentares —a aposta é que ele passe ainda neste ano. O projeto final prevê aumento da carga horária para disciplinas tradicionais, como português e matemática, e a manutenção de quatro áreas de aprofundamento (os chamados itinerários formativos), além do ensino técnico, como é hoje. Porém, mudam os nomes desses itinerários e o conteúdo deles deve contar com uma diretriz a ser ainda definida.
O plano inicial da pasta comandada pelo ministro Camilo Santana era de que o número de itinerários formativos passasse de quatro para dois, sem contar a educação profissional, como a Folha revelou. Essa proposta recebeu críticas de dirigentes de educação.
Agora, o projeto do governo Lula quer aumentar a carga horária mínima da parte comum, de disciplinas tradicionais, para 2.400 horas (ao longo dos três anos do ensino médio). Isso signif**a uma ampliação dos 60% atuais para 80% das aulas, quando considerada uma carga horária de 3.000 horas ao longo dos três anos (cinco horas por dia).
É prevista, agora, a obrigatoriedade de língua inglesa e espanhol. Até a última versão, o espanhol era opcional. As redes terão três anos, após a promulgação da lei, para se adequar com relação a essa disciplina.
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/09/mec-conclui-projeto-para-ensino-medio-e-amplia-aulas-tradicionais-veja-como-pode-f**ar.shtml
6) ENTREVISTA: Por que somos contra a MP da reforma do Ensino Médio?
O ensino médio brasileiro está falido e precisa sofrer uma reforma?
Não. O ensino médio enfrenta problemas sérios, como, por exemplo, os altos índices de evasão. Mas as razões para esse problema precisam ser procuradas também fora da escola, na vida que a nossa sociedade tem oferecido aos jovens, principalmente os mais pobres, que frequentam as escolas públicas. Para as famílias de baixa renda, tem sido cada vez mais difícil manter os filhos maiores na escola, não só porque o simples ato de ir à escola implica algum custo mas também porque o tempo de estudo muitas vezes precisa ser usado para trabalhar e ajudar em casa. Além disso, a falta de financiamento e de prioridade por parte dos governos faz com que boa parte das escolas públicas esteja sucateada, com problemas de infraestrutura e falta de professores e de outros profissionais da educação. Portanto, a escola pública, principalmente na etapa de formação dos jovens, precisa de mais investimento e de uma relação permanente com outras políticas sociais, problemas que estão muito além do currículo.
Mas o currículo do ensino médio não deveria ser mais interessante para os jovens?
Sim e não. Claro que quanto mais interessante a escola for para os jovens, melhor para todo mundo. Mas é preciso não se iludir com um falso discurso sobre autonomia. Interesses não são espontâneos nem naturais, eles são determinados, em grande medida, pelas condições concretas de vida dos indivíduos. Um jovem que não frequente cinema, teatro ou museus, por exemplo, dificilmente vai desenvolver um interesse específico pelas artes. Aqui, o interesse está limitado pela falta de acesso. Da mesma forma, a entrada rápida no mercado de trabalho – por meio de um curso profissionalizante, por exemplo – pode ser entendido como “interesse” de uma parcela dos estudantes brasileiros quando, na verdade, talvez seja apenas a urgência que os jovens das camadas mais pobres têm de contribuir com a renda da família. Aqui, o interesse é definido pela necessidade. Isso quer dizer que os “interesses” individuais também refletem a desigualdade da sociedade. Não que a escola deva ser indiferente a isso: ao contrário, visando superar essa desigualdade que existe na sociedade, a escola deve ser o espaço em que todos tenham igual acesso a oportunidades de conhecimento e desenvolvimento intelectual. Organizar a educação a partir dos “interesses” dos jovens pode parecer uma forma de respeitar a liberdade de cada um, mas não é: signif**a naturalizar a desigualdade social que afeta a nossa juventude, reproduzindo-a para dentro da escola.
O currículo do ensino médio no Brasil não é mesmo muito carregado, com um número excessivo de disciplinas que muitas vezes não vão ter utilidade nenhuma para os jovens?

Não existe excesso de disciplinas na educação básica brasileira, o que existe, além de todos os problemas de falta de investimento e das dificuldades dos jovens de se manter na escola, é pouca integração entre os conteúdos que são (e precisam ser) ensinados. O fato de existirem 13 disciplinas não signif**a (ou não deveria signif**ar), por exemplo, que para cada uma delas deva haver uma prova, um trabalho de casa e nem mesmo uma aula em separado. É por isso que, já há muito tempo, os principais movimentos de educadores defendem um currículo mais integrado, em que o conteúdo das disciplinas dialogue com a vida concreta dos estudantes e também entre si. Essa é uma importante discussão pedagógica, que cada escola deste país deveria estar fazendo, envolvendo os professores, estudantes, outros profissionais, as famílias e a comunidade do entorno. E cujo resultado, combinado com as melhorias das condições das escolas e das famílias, poderia sim tornar a escola muito mais interessante para o jovem sem retirar dele o direito de acesso aos conhecimentos mais amplos que a humanidade produziu e ainda produz.
https://www.epsjv.fiocruz.br/por-que-somos-contra-a-mp-da-reforma-do-ensino-medio
O QUE FAZER?
Nas últimas semanas, as mídias trouxeram insistentemente a discussão sobre a revogação da Lei que instituiu o Novo Ensino Médio. Opiniões diversas oscilaram de um lado a outro, fazendo-me lembrar de Saussure, o iminente linguista e filósofo francês, quando afirmou que o "ponto de vista cria o objeto". Vi-me diante de distintos objetos, construídos a partir das experiências singulares dos que estão participando dos debates e das reivindicações. Certamente, cada um desses interlocutores enxerga a implantação da Reforma com as lentes que possui e de acordo com os interesses mais ou menos imediatos sobre o assunto.
No discurso repetitivo sobre a fragilidade da escola pública diante dos desafios da implantação, há dificuldades decorrentes da precariedade das redes, fruto de anos de ausência e/ou descontinuidade de políticas educacionais integradas. Isso pode nos remeter à pergunta: quais as políticas que foram ou não implantadas para que a realidade se apresente atualmente dessa forma?
Argumenta-se, também, que as escolas não estão preparadas para o Novo Ensino Médio. Sim, mas também não estão preparadas para o velho, pois os resultados obtidos pelos alunos em provas externas revelam decepcionantes índices de aprovação. Excetuando-se algumas ilhas de bom desempenho, pode-se constatar que a escola brasileira não conseguiu apresentar resultados alentadores.
Revogar a Lei só afastará o desafio, mas não construirá uma escola competente. É preciso um conjunto de medidas integradas, um pacto de toda a sociedade para que os investimentos necessários sejam feitos com agilidade, num plano consistente de curto, médio e longo prazo que remova dificuldades e implante facilidades. Temos o diagnóstico. Falta a ação.
https://www.correio24horas.com.br/artigo/como-resolver-o-impasse-do-novo-ensino-medio-0423
EM PAUTA AINDA
Novo Ensino Médio: o embate ainda não acabou (22/8/2023)
Por Ana Paula Corti e Márcia Aparecida Jacomini, no Blog da Boitempo
O Ministério da Educação (MEC) anunciou, no dia 7 de agosto de 2023, os principais resultados da consulta pública para a reestruturação da Reforma do Ensino Médio de 2016, e apresentou algumas recomendações. A Portaria 399, de 8 de março de 2023, que instituiu a Consulta, foi uma vitória dos movimentos que vinham pressionando o governo federal pela revogação do chamado Novo Ensino Médio (NEM). Desde que o novo currículo passou a ser massif**ado e a ganhar corpo nas redes escolares, começaram a pipocar denúncias de todos os cantos do país.
Em Nota Técnica de 2022, a Rede Escola Pública e Universidade afirmou que o NEM estava piorando as desigualdades escolares em São Paulo, primeiro estado a implementar o modelo. O estudo revelou que os estudantes de níveis socioeconômicos mais baixos têm menos liberdade de escolha dos itinerários formativos por estudarem em escolas periféricas menores e com poucas opções. Cerca de 36% das escolas ofertavam apenas dois itinerários formativos, o mínimo exigido por lei. Em 37 unidades escolares foi ofertado apenas um itinerário formativo. Também foram apresentados dados sobre a falta de professores para as aulas dos itinerários, que estavam deixando os estudantes com aulas vagas em quase 30% do período letivo.
Problemas muito semelhantes foram encontrados no Rio Grande do Sul. Segundo Nota Técnica divulgada em 2023, as escolas com maior oferta de itinerários (lá chamados de trilhas) eram aquelas em que os estudantes tinham nível socioeconômico mais alto. A situação de desrespeito à lei chamava a atenção pois 156 escolas ofertavam apenas 1 itinerário formativo, o que também ocorria em 40% das escolas de ensino médio noturno, aumentando as desigualdades entre os períodos escolares (Saraiva, Chagas, Luce, 2023).
Os dois estudos concluem que a oferta dos itinerários é condicionada pelo tamanho das escolas e pela disponibilidade da força de trabalho docente, uma vez que o NEM não previu novos investimentos nas redes escolares, revelando que a prometida liberdade de escolha dos alunos é uma falácia.
Merece atenção também a redução na carga horária de Língua Portuguesa e de Matemática, consideradas centrais na legislação do Novo Ensino Médio. No 2º ano da rede estadual do Rio Grande do Sul, os estudantes que cursam a trilha de “Sustentabilidade e Qualidade de Vida” têm três aulas semanais de “Noções de legislação ambiental”, mesma carga horária de Língua Portuguesa e de Matemática e superior a todos os demais componentes da Formação Geral, que contam com apenas 1 aula semanal. No 3º ano em São Paulo, os estudantes têm duas aulas de Língua Portuguesa e de Matemática, contra cinco aulas no currículo anterior, sendo a mesma carga horária dedicada ao componente “Projeto de Vida”. A redução das aulas de disciplinas da formação geral foi acompanhada de um crescimento exponencial de novos componentes que invadiram o currículo promovendo enorme fragmentação.
Segundo matéria da Folha de São Paulo, os estados passaram a oferecer ao menos 1.526 disciplinas no Ensino Médio, de forma muito desigual entre si. Enquanto o Piauí oferecia sete disciplinas diferentes, o Distrito Federal implementou 601 novos componentes curriculares. O conhecimento escolar consolidado está sendo substituído por uma profusão de práticas e temas cujas bases epistemológicas são desconhecidas. [...]
Leia mais em https://outraspalavras.net/outrasmidias/novo-ensino-medio-o-embate-ainda-nao-acabou/
PENSADORES _PENSAMENTOS SOBRE EDUCAÇÃO
“A sociedade, e cada meio social particular, determinam o ideal que a educação realiza”. Émile Durkheim
“O objetivo da educação é substituir uma mente vazia por uma mente aberta”. Malcolm Forbes
“O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Immanuel Kant
“A orientação inicial que alguém recebe da educação também marca a sua conduta ulterior”. Platão
“O homem para ser completo tem que estudar, trabalhar e lutar”. Sócrates
“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”. Sêneca

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