Psicóloga Priscila Nascimento
* Psicoterapia adultos
* Grupos de autoconhecimento
É bonito ver a despedida de padrões, lugares, relações que eram estreitas demais para que elas pudessem caber. Desatar nós e partir para outros lugares com o lembrete que elas são o seu próprio lar.
O caminho da interiorização em alguma medida é solitário, mas siga achará a saída.
Neste dia 08.03 gostaria de sublinhar como a misoginia pode fazer uso do olhar preconceito do sofrimento psíquico para destituir a voz e o lugar da mulher.
A mulher é chamada de “ louca”, “ neurótica”, “ histérica” e quando nos aproximamos do conteúdo ali trazido por aquela que sofre, muitas vezes revela a tentativa de evadir do papel atribuído a ela. A “ loucura” como forma de resistir a insanidade de não poder ser quem és.
O livro “ O Papel de Parede Amarelo “ é um terror psicológico saturado de sinestesia escrito pela feminista Charlotte Perkins Gilman e que foi publicado pela primeira vez em 1892.
Sua narrativa é feita em forma de diário e ao lermos somos confidentes de uma narradora que esta impedida de escrever, seu grande prazer. A protagonista não tem nome, ela referenciada como a esposa, cunhada, irmã de alguém.
A he***na durante o seu processo de adoecimento mental, busca saídas para preservar a sua sanidade através da interiorização, mas as prescrições médicas e do seu marido são o repouso e o esvaziamento da mente.
Mas há um lugar que a recomendação não atua que é na escrita de suas metáforas em formato de diário e ao ler é como se fossemos o ouvinte de uma denúncia.
É a confissão de como o patriarcado contribui para o adoecimento psíquico, embora seja atribuído a própria mulher a responsabilidade de sua cura.
“Disse-me que apenas eu posso me ajudar a mim mesma a sair deste estado, que devo usar a minha força de vontade e autocontrole e não permitir que fantasias patetas me dominem.”
“Por vezes, há uma grande quantidade de mulheres, por detrás; outras, apenas uma, e ela rasteja rapidamente e o seu rastejar faz tremer todo o papel. […] E ela está sempre a tentar trepá-las para se libertar. Mas ninguém poderia trepar e sair desse padrão — estrangula tanto as pessoas; acho que é por isso que tem tantas cabeças.”
Cuidar da saúde mental é também fazer oposição aos movimentos misóginos e violentos que contribuem de forma significativa para os tormentos internos das mulheres.
Diante dos tropeços e trapaças de Eros como entrar em um novo campo do amor de forma desarmada?
Os traumas amorosos deixam registros minados e por isso o percurso pede cautela. Por mais encontros que desarmem gatilhos e menos disparos no coração.
O amor é reconhecer o outro como “ tu”.
É abertura de si para outro e o sujeito que há nele.
É se de deixar afetar por aquele que difere de mim e se deixar ser modificado por essa presença.
A permanência do “eu” e do “ tu” é a condição da alteridade e escapa dos engodos da coisificação do outro, que o torna apenas um objeto erótico das minhas próprias projeções.
Eros descansa suas asas e pousa quando há relação com o “ tu”. Em tempos líquidos e de centralidade do eu, Eros agoniza.
Marsílio Ficino diz que amor significa morrer no outro: “ Na medida em que te amo, e em que tu me amas, eu me reencontro em ti, que pensas em mim, e me reconquisto depois de ter-me entregue a ti, que sustentas.”
# amor
Imagem:
O texto " Eros de Muletas" traz reflexões acerca dos danos que os nossos aspectos sombrios podem provocar ao outro quando há ausência de Eros.
Sublinhei a parte que me fez pensar sobre como a sombra pronunciada e dirigida ao poder se relaciona com momentos políticos e históricos.
" A habilidade de amar é uma das características decisivas da nossa humanidade. " Guggenbühl- Craig
Por vezes é preciso dar espaço na vida para aquilo que pode surpreender, onde não cabe o controle e as previsibilidades.
O inesperado traz consigo possibilidades.
Algumas reflexões:
- Complexo da Cinderela: refere-se a processos inconscientes.
- As construções históricas e sociais que tem como base o machismo e o patriarcado vulnerabilizam as mulheres e corroboram para o adoecimento psíquico e situações de violência.
- As violências se inter relacionam neste caso a violência psicológica e a patrimonial.
- A culpa nunca é da vítima, cuidados com julgamentos que reproduzem a violência.
- A sonoridade das mulheres é um dos caminho para a promoção da saúde emocional.
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Algumas reflexões:
- Complexo da Cinderela: refere-se a processos inconscientes
- As construções históricas e sociais que tem como base o machismo e o patriarcado vulnerabilizam as mulheres e corroboram para o adoecimento psíquico e situações de violência.
- As violências se inter relacionam neste caso a violência psicológica e a patrimonial.
- A culpa nunca é da vítima, cuidados com julgamentos que reproduzem a violência.
- A sonoridade das mulheres é um caminho para a promoção da saúde emocional.
"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para... Enquanto o tempo Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
(...) "
Lenine
" Reecontros de alma, com projetos para tocar outras almas.."
Passarinho que avoa
Não se fixa a nada
Nem a ninguém
Na despedida
Planam as perguntas
Se um dia retornará
Sobre onde são seus pousos
E para quem canta
Na liberdade de seus ventos
F**a o aprisionamento de quem o aguarda
Aonde é o seu ninho
O calor ainda permanece
Pois ainda a de retornar
Neste tempo que volita
Sobre asas coloridas .
Algumas reflexões sobre controle, vigilância e privacidade.
Sobre o inconsciente e sua presença.
Podemos descobrir novas facetas de nós mesmos em momentos sombrios. Inclusive, possibilidades potentes de transformação.
Albert Camus em um dos seus trabalhos, A Peste, escreve sobre uma epidemia que toma conta de toda a cidade de Orão, na Argélia. A história de inicia na manhã do dia 16 de abril nos anos de 1940 quando o doutor Bernard Rieux sai do seu consultório e tropeça em um rato morto. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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O território se torna irrespirável e os seus habitantes precisam conviver com diversos sentimentos: compaixão, raiva, desesperança e melancolia. Este cenário somada as medidas sanitárias, entre elas o isolamento, potencializa as emoções dos moradores, sobretudo quando a peste se estende.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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É espantoso o quanto essa obra se relaciona com o momento pandêmico que vivemos. O que pretendo pontuar aqui que não devemos subestimar os impactos das conjunturas de saúde pública, econômicas e políticas na saúde mental das pessoas.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Restringir o olhar do sofrimento emocional considerando apenas os aspectos intrapsíquicos desconectados de uma realidade social, é negligenciar as experiências coletivas que estão em nós.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Deixar resplandecer o que sua alma feminina te diz acerca dos caminhos a percorrer.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Sustentar os próprios desejos e sonhos com lealdade.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A traição se revela quando se assumi supostos dizeres do que deveria fazer ou ser e que nada dizem de você.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Que possa florescer em cada mulher a fidelidade a si mesma.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Sombra
Na psicologia complexa um dos temas estudados é a sombra. Sombra compreendida como aquela parte da personalidade que foi reprimida por ter atributos que revelam partes nossas que não seriam aceitáveis socialmente ou pelos valores culturais.
Embora não esteja na consciência do ego, esses aspectos sombrios atuam sobre a nossa vida, ainda que pareça inaceitáveis tê-los.
Importante que possamos trazer luz para nossas sombras e olhar de forma a não negá-la ainda que traga defesas e constrangimentos. Acolher esses aspectos é reconhecer que somos uma totalidade.
Há partes nossas que por vezes estão em um lugar sombrio como: egoísmo, inveja, maldade, preconceitos, sarcasmos (...), identificá-las é a possibilidade de reconhecer o que nos cabe quando fazemos por exemplo julgamentos alheios.
Nada disso tem a haver em ser uma “boa” ou “má” pessoa, mas sim que há uma complexidade em nós e que não podemos nos reduzir em conceitos a partir apenas do que demonstramos ser ou que reconhecemos enquanto sombra.
“ O ser humano não se torna iluminado ao imaginar figuras de luz, mas ao conscientizar-se da escuridão.” C. G Jung.
Em tempo: há muita potência no encontro da nossa sombra, mas deixamos para um próximo post 😉
Por quais caminhos navega?⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Nesta navegação está partindo de que lugar e aonde deseja chegar?⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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F**a o convite para pensar de maneira metafórica sobre as suas travessias ⛵⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Calmaria e tormentas⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Há momentos que estamos passando pela vida por águas calmas e outros de tormentas. As mudanças nas águas se dão por razões diferentes mas existe algo de singular: a vida não transcorre fixada em polaridades.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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A vida contém os opostos: o nascimento e a morte, a perda e conquista, o amor e o ódio, união e separação, saúde e doença, alegria e tristeza (...). Nesta complexidade que estamos imersos é que se apresentam os momentos de calmaria e tormentas, assim como na imagem apresentada, às vezes a diferença é sutil mas o fato é que o fluxo das águas não é o mesmo.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Acolher sem patologizar (inserir diagnósticos para enquadrar o vivido) é respeitar a dinâmica da própria vida e as intercorrências em nós.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Que campos floridos percorremos quando sozinhos estamos?⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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A solidão muitas vezes é tratada como um lugar sombrio, triste e sem cor. Sim, muitas vezes o sofrimento psíquico nos remete a esse espaço.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Porém, isso não quer dizer necessariamente que a alegria e o colorido não se localizam quando sós estamos. O que pode haver de florido nos arredores da nossa caminhada de solitude? Que jardim é esse que nos abraça e que nos permitir sentir seus aromas quando não estamos distraídos com terceiros?⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Esses campos floridos podem ser coisas simples encontradas no cotidiano. Aquele domingo que você está sozinho e se entrega a uma leitura. Aquele café que você aprecia na sua própria companhia. Naquela caminhada ao som de sua playlist favorita. Aquele dia que é possível que as coisas fluam no seu próprio ritmo e tempo.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Momentos meditativos e de contemplação são os campos floridos que cada um percorre conforme a sua disponibilidade de entrega e de aceitação da sua própria totalidade. Ainda que sejamos seres sociáveis e relacionais, não devemos esquecer de cultivar a relação com nós mesmos(as). Algo floresce neste processo que não nos deixa solitários ainda que só estejamos.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Essa citação me faz pensar acerca dos nossos atos falhos e trocadilhos. Destaque para aquele momento que em uma sentença uma palavra é colocada diferente daquela que se pretendia dizer. Trazendo um significado diferente da intenção consciente que se gostaria de expressar.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Em um escuta atenta os lapsos verbais são ouvidos de forma sublinhada, algo que se revela e ultrapassa o suposto controle da consciência. O inconsciente se impõe sem sobreaviso e isso pode trazer constrangimentos e até tentativas de explicações rasas que não alçam a riqueza e a profundidade do manifesto.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Esse ato tem um objetivo próprio e nele esta contido conteúdos e significados que mostram o caminho que a psique está nos conduzindo, contribuindo para uma ampliação da consciência de si e da relação com o mundo.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Os detalhes não podem ser ignorados, sobretudo em um processo de autoanálise. Atos falhos são preciosidades que se sobrepõem em narrativas prontas que construímos com a nossa racionalidade.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Há coisas que estão guardadas mas que querem ser vista e um dos caminhos é pela via da palavra ainda que possam se apresentar de modo desconcertante, tornando em ato a revelação do confuso e do contraditório que há em nós.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Priscila Nascimento⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Psicóloga- CRP 08/12303⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Poesia Cotidiana⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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O incômodo se revela ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Quando o silêncio plácido se apresenta ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Quando o semblante conter o olhar vazio ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Não se afligaa⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Se presentificar é repousar a alma ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
No campo que germina o nada ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Mas ao mesmo tempo tudo esta⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
É subverter as arbitrariedades relacionais ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Tomando o tempo para si e se tornando o seu próprio templo⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Serenar na bela quietude. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Diálogos internos ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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O que floresce em ti nos terrenos áridos da vida?⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Em momentos áridos da vida, por vezes pouco avistamos esperanças. No entanto a tristeza e suas lágrimas quando presentes umedecem o terreno, abrindo campo para o cultivo de sementes e dali florescer delicadezas de sua alma.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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" Sua força de vida ganhou impulso e mais uma vez brotou do solo. Ele cresceu através das cinzas e do campo vazio de si mesmo"⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Pinkola Estés, Clarissa. O jardineiro que tinha fé. Rio de Janeiro: 1996.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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