Juliana Szabluk

Juliana Szabluk

Construindo pontes entre vida, mente e cérebro: por Juliana Szabluk, psicoterapeuta e consultora nutricional

20/07/2023

MORA NA EUROPA/EUA no calor de julho/23? Leia isso e me retorna com as dúvidas no mural do meu telegram (minhas clientes nos EUA estão na mesma. Estou alterando as dietas de todas daqui).
Aumento de 20% de internações por desidratação na Itália. Texas indo pelo mesmo caminho. Isso representa três clientes minhas. Hora de cuidar das manas!

- não esquece de repor meia colher de chá de sal light (potássio) 2x ao dia
- mínimo de 600mg magnésio (bis)glicinato/citrato noite
- mínimo 3l água dia
- se puder, f**a no teto máximo de carbs no espectro cetogênico que combinamos nesta rodada. 45-50g dia.
- não zera carbs durante os dias mais quentes (carboidratos são antinatriureticos). Em dias de pico de calor, um pouco de carb dentro dos 50g totais ao longo do dia é mais prudente. Estou de olho na tua aldosterona.
- caso sinta dificuldade de respirar, mudanças em padrões respiratórios, entraremos com meia colher de chá de bicarbonato de sódio pela manhã, em limonada com estévia (Matthews Friends usa esta estratégia de alcalinização para re-hidratação).

27/05/2023

Tínhamos um buraco no lugar da infância. A dor era imensa, mas havia maturidade pra reconhecermos a flexibilidade que ela gera. E foi irônico termos vindo de cidades imensas, onde o vazio pode ser encoberto por risadas nervosas que se repetem até o fim. É a ilusão da metrópole, em constante movimento daquilo que não faz diferença alguma.

Viemos pro interior. Naquelas verdades impossíveis de julgar como acerto ou erro. Porque são inertes aqueles que dizem que os problemas vão junto. Estes são escudos impermeáveis, mas nós não somos escudos. Nós somos os buracos por onde o meio invade e afeta.

Por isso o anseio. A natureza do buraco é a busca. A fome é infinita a quem é a precisa fissura. Metade da vida tentei encaixar fenda com escudo. Falhei. Eu, a Rainha da costura! Aqui, não há complementaridade: buracos morrem nos escudos e jorram diante da fome.

E foi assim que ele me achou. Silenciou a música quando viu a Musa. A Ordem: tudo para diante da Beleza. Beleza é o reconhecimento entre dois buracos. Seria também entre escudos, mas estes estão fechados demais pra reconhecer qualquer valor.

Sentei nua sobre ele, preenchendo cada fenda do meu corpo, história, alma. Buracos são assim, caóticos: não há separação entre s**o, afeto, ternura, discussão. Transbordou em lágrimas. “Estou despedaçado”, confessou. “Eu também. É pelas fendas que a vida entra e eles não sabem disso, porque desperdiçaram os dias tapando falhas. Chamam fuga de prazer e nós aqui, sem saber se este rio sob nós é lágrima, sêmen ou seiva. Pois, digo: é êxtase.”

Foram horas de silêncio e carinho. “Tu me faz feliz”, lhe disse por justiça histórica. “Nunca fiz alguém feliz”, me respondeu. “Porque devotava teu dom ao escudo lacrado, vedado. Tu precisou da morte pra me ver. E agradeço cada gota de sangue que gerou oceano onde antes era barragem.”

Esta é a história do filho de trauma. Todo esconderijo se desfaz em nós. Tudo se purif**a e se revela. A decomposição das máscaras e armaduras. A alquimia da matéria dura em fluida. O vazamento da víscera impossível de conter. A dor do vazio. O êxtase da fusão. Hoje, f**a registrado que tudo valeu a pena por este instante. E que isso é Prazer. É vida.

22/05/2023

Mulheres têm de 2x a 3x mais chance de desenvolverem Alzheimer. Ainda, a progressão da doença é mais rápida em nós. Geralmente, quando vemos esta diferença brutal, há estrogênio em jogo. É o caso da Depressão de Inverno, em que há grave desequilíbrio no ciclo circadiano. O senso comum só fala de alteração em melatonina, mas fato é que estrogênio é CRUCIAL nos relógios internos ao ponto que a reposição de estrogênio aumentará a amplitude da melatonina nos ciclos. No caso de depressão na menopausa, estrogênio potencializa inclusive o efeito dos antidepressivos (Parry, B., Newton, R. Chronobiological Basis of Female-Specific Mood Disorders. Nature Neuropsychopharmacology)
No caso do Alzheimer é longa a discussão sobre reposição de estrogênio pelo seu efeito neuroprotetor. Trocentos estudos foram feitos com resultados variados tamanha a complexidade da mulher. O consenso saiu agora no JAMA Neurology:

INICIAR A REPOSIÇÃO DE ESTROGÊNIO ATÉ CINCO ANOS APÓS O INÍCIO DA MENOPAUSA - 12 meses seguidos sem menstruar. (JAMA Neurol. 2023;80(5):462-473. doi:10.1001/jamaneurol.2023.0455)

A idade média para menopausa é de 51 anos, mas pode variar de 40 a 58 anos. A janela de ouro encontrada neste estudo não é nova: o que chamou a atenção foi encontrar elevação da proteína TAU, um marcador da doença, em mulheres que começaram a reposição hormonal após este período de 5 anos. Calma, respira: o estudo verificou que este agravamento só ocorria em mulheres já com elevação de beta-amiloide. Por isso estou escrevendo este post, para evitar desespero. Em termos práticos, o que o estudo encontra é benefícios do estrogênio até 5 anos após menopausa e que mulheres menopausadas e já no contínuo do Alzheimer devem conversar com o médico antes da reposição.

12/05/2023

Sigo agarrada às teorias evolutivas na explicação do que se convencionou chamar de “desordens mentais”. Afinal, minha jornada começou há 10 anos, com a Dieta Paleolítica. A ancestralidade não pode estar apenas na comida que tu mastiga: me nego a crer que somos tão rasos quanto o prato que nutre tua máquina.
Há visionários (como eu), que cruzam pontes: Elena Gross dirá que aqueles com o cérebro hiperexcitado, em alerta (nós! enxaqueca, mania, ansiedade) são as pessoas que f**avam em vigília na caverna para proteger aqueles que dormiam seguros.
Hoje, trago outra teoria: O CÉREBRO DO TDAH ERA O CÉREBRO DO CAÇADOR-COLETOR, ENQUANTO OS TRANQUILÕES ERAM OS FAZENDEIROS.
Eu moro em zona rural e sei o trabalho. HÁ ROTINA: todos os dias, acordar 4h, alimentar os animais, dormir com o sol. Há estruturas fixas >> a ordem externa ordena o cérebro.
Mas, jamais aceitarei metades. HÁ TAMBÉM O TDAH CAÇADOR. Risco, movimento e integração mente-corpo. Tudo que é a cura do TDAH no mundo atual. Este mundo que nos tirou a ancestralidade e nos colocou num play de ratos controlados, de gado de confinamento, que vaga entre a estática tela e o movimento monitorado da academia.
THOM HARTMANN é o criador desta teoria. Psicanalista e autor do best-seller “ADHD: a Hunter in a farmer’s world, ele explica”: “A genética dos caçadores está imbuída de traços essenciais para a sociedade caçadora-coletora: monitoramento do ambiente (criatividade e distração), capacidade de assumir riscos (impulsividade) e habilidade de ser incansável na busca de objetivos (hiperatividade). Em contraste, os fazendeiros são mais aptos à concentração, paciência e prudência, atributos fundamentais no ambiente rural, na sala de aula e no escritório.”
Se tu não enxergou que vivemos no império da sociedade agrícola, ao ponto que a monocultura da soja é a monocultura do corpo e da meta, eu te peço que coma mais proteína e assuma riscos reais, que façam teu sangue pulsar para além do cardio: viva fora do box, dentro da floresta. Onde é teu lar, bicho.
Baixa os livros do HARTMANN no meu site https://revolucaoketo.com/tdah-cacador/

04/05/2023

CETOGÊNICA E CÂNCER DE MAMA: poucos momentos são tão perfeitos pra entrar em cetose, como câncer de mama. Cirurgia, radiação e quimio são os tratamentos mais usados, mas não suficientes. Alia-se outras terapias, como a cetose, que reprograma o metabolismo das células cancerígenas. Uma recente revisão sistemática de keto para câncer de mama explica como a keto vai além das hipóteses mais conhecidas – efeito antitumoral do BHB e redução de glicose e insulina. E aponta como cetose é efetiva em diversos tipos de câncer, especialmente: pâncreas, bexiga, endométrio, além de leucemia mielogênica aguda.
Sim, a cetose reduz muito glicose e insulina, o que induz a morte de células cancerígenas, mas também inibe o mTOR e a MAP Quinase. Sim, BHB é antitumoral, mas cada vez mais vemos o mesmo efeito no acetoacetato (o medido via urina). A ciência tem estudado como a cetose potencializa tratamentos, como com rapamicina, além de agir contra a redução das plaquetas que ocorre na quimio. Um novo projeto de ensaio clínico vai investigar keto para câncer de mama: cetose melhorando o tratamento com letrozol. Por último (e eu poderia seguir, mas tenho limite de caracteres), a cetose reduz TNF-α, insulina e eleva IL-10. Pra ter uma ideia, um estudo encontrou que o grupo em tratamento + dieta padrão teve redução de 6mm no tumor, enquanto que em cetose, a redução foi de 27mm.
Não conduzo nenhum tipo de cetogênica sem MCT. Pois, a revisão sistemática já considera o MCT junto com a dieta e avisa que o óleo melhorou fígado e rins, algo que sempre preciso olhar nos clientes. E sempre insisto: grande parte das desordens energéticas vem da ditadura da restrição calórica e cetogênica é ouro por permitir elevação de calorias e emagrecimento ao mesmo tempo. A revisão salienta bem isso: os pacientes podem comer mais, tendo mais força e energia.
ASSISTE AO DOCUMENTÁRIO DA SOBRE A CETOGÊNICA. É O FILME COM A JANAÍNA KOENEN SOBRE ISSO. EU TAMBÉM PARTICIPO DO FILME:
DOCUMENTÁRIO NUTRIÇÃO HUMANA E O ESTADO METABÓLICO
Parte 1: https://youtu.be/h-9_VAOh4sQ
Parte 2: https://youtu.be/HF30bQ9ymEg

01/05/2023

Foi uma geração perdida a nossa. Sibutramina e Anfepramona criaram a geração do transtorno alimentar e da desordem afetiva. As mães foram trabalhar ou eram filhas de famílias que estavam chegando no Brasil, tendo tão pouco afeto quanto nós. Nos faltou toque, abraço, cheiro, corpo. Portanto, nos sobrou comida. Onde nos faltou o corpo da mãe, nos sobrou a fome e a culpa. Não adianta lutar contra, mesmo que este seja o espírito do nosso tempo tão ignorante. Até porque tua eterna luta contra tem te gerado desequilíbrios energéticos impossíveis.
Felizmente, o corpo vence. A necessidade de colo vence. Venceria, porque tu apelou pra pílula mágica: entrou a anfetamina pra arrancar tua fome, teu sono, teu colo – e hiperativar o cérebro até que nos tornássemos máquinas.
Nos fodeu com estrogênio, tirando nossa feminilidade. Nos fodeu com a insula, impedindo que fôssemos inteiras. Nos abriu regiões do cérebro ao ponto em as áreas se acendiam por tudo que o mundo normal jamais verá. Passamos a enxergar tudo, ouvir tudo, sentir tudo.
São geniais estas mulheres. Conseguem ter 10 filhos, 10 farmácias, 10 graduações. Porque são supercérebros, não há dúvidas. O que faltou foi o afeto. O afeto que diria sim, tu tem um dom pra usar quando necessário. Na prova do concurso, quando o marido f**ar doente. Quando algo fora do esperado ocorrer, tu entra com teu superpoder. Mas, os anorexígenos têm uma face cruel: quando aliados desta sociedade viciada em fazer e mostrar troféus, tornam os tempos de exceção a própria regra. E a mulher que tinha o superpoder da prevenção e da proteção para momentos extremos cria uma vida em que o extremo é a lei.
Esta é a história mulher afetiva, que eu escrevo aqui nestes 10min de pausa na consulta. Alguns babacas da performance dizem que não há vítimas neste mundo. Eu trabalho com vítimas, porque nós fomos esfaqueadas na infância. Me desculpa pela tua desumanidade, mas, como mãe, sempre que tu tocar na criança, eu te pego na esquina. Até mesmo quando esta criança for eu. Porque eu sou aquela que defende minha vulnerabilidade com um machado. Eu finalmente sei usar meu superpoder e minhas ferramentas. A minha guerra é pelo afeto, é pelo amor.

Photos from Juliana Szabluk's post 29/04/2023

Contempla o inédito no meu peito: eu sou aquela que encontrou a saciedade. Eu morri pela fome, voltei a própria, encarnada, pra ser abençoada com a saciedade.

Eu vim, eu vivi tudo que havia. Até que nada mais restasse. Podemos ir agora. Rasguei a pele, expus a víscera. Tu abraçou minha tripa. Com pranto e ternura. Nos tornamos o mar, a areia se moveu por nós, o sol se pôs por nós dois. Assim, vivemos.

Abraçados, fundidos, quando a lágrima é tanto o desespero da solidão mais humana quanto o colo que te protege do mundo, esta lágrima sinaliza o início do amor. Aqui, onde teu medo mais profundo é confesso a mim e meu corpo vira teu único refúgio, é aqui que o humano encontra saciedade. Quando não há mais muro algum porque a vida ceifou tudo que tu construiu e mesmo assim tu permaneceu. Não para reerguer teus castelos, mas porque agora tu pode andar nu. Entregue. Esta entrega se chama saciedade.
apenas um suspiro sem filtro algum, aqui no boteco na beira da estrada, 20h, tomando um café fraco e ruim antes de voltar pra casa. mais um dia no coração afetivo… essa força que apavora o mundo ao ponto de ser chamada de patologia.

28/04/2023

Atendimento de hoje >> Desconheceu a infância. Cuidava dos 11 irmãos desde os 7 anos de idade. Fugiu de casa trocentas vezes, mas ia com roupa de princesa, cantando doce pela rua. Ali sim, todo mundo a via. Justamente por isso, a levavam de volta pra invisibilidade. Daí, aprendeu a nunca ser vista. A ser este fardo, este enchimento do vazio de todos. Tão enchimento era, que passou a roubar comida. Gorda. Peso morto. Falhava em tudo que exigiam e só vencia em tudo que não tinha valor pro mundo. Fluía na mágica e travava na planilha. Costurava as fantasias mais lindas: eu quero ser fada, dizia. Só que desistia na hora da festa, porque a convenciam de que não merecia, que a vida era isso, tapa na cara e pau no teu cu. Autossabotadora de m***a, que precisa de magia, de sorrir ao lembrar da história. Maldita criança que precisa de memória.

Foi preciso chegar uma terapeuta louca, dessas que nunca conheceu o amor, pra dizer que doente era o mundo lá fora, que f**a maratonando série enquanto o afeto implora. E a gente aqui sem foco nem pra um filme inteiro – essa gente sem foco na mentira, porque sabe que quer a ninfa, que ama o fauno. E nisso a gente é mestra. Me coloca sentada pra contar caloria e me assiste definhar em depressão imediata. Agora, me coloca pra beijar o xamã e escrever poesia pra nunca mais me enxergar.

Mas, daí, é desordem de energia. Porque só vale a força que puxa ferro. Essa bola no pé que a gente arrastou desde o primeiro dia. Eles chamam de cansaço, eu chamo de epifania.

Observa meu boicote à miséria que tu me condena. E eu te perdoo, sabe? Porque tu não entende nada da minha vida. Tu subia em árvore enquanto eu pagava o aluguel da família. Sempre muda, como bom adulto, morta por dentro e eficiente pro mundo.

Perdão se parecemos obstáculo pra tua meta. Somos a alma do mundo. Temos fome de brincadeira com bola, com mato, com língua. A gente almoça a sobremesa e dorme tarde. A gente falta a reunião pra tomar banho de cachoeira. Se tu não vê a importância da criança, problema é teu. Tu é pai da planta, tu me diz. Mas eu, eu sou a maior amante do humano que já existiu e acordo todo dia pela fantasia que tu chama de autossabotagem.

28/04/2023

Aos meus apoiadores do Telegram: meus amores, respirem tranquilos. Sei que vocês devem estar ansiosos ou nervosos que nossa comunicação está interrompida por estes dias, mas usarei uma frase das minhas filhas: o legal da mamãe é que quando tudo dá errado ela faz tudo f**ar ainda melhor. É isso.
Então, f**a um combinado entre nós, apoiadores e Juliana: vocês me chamam nas mensagens aqui do instagram para que eu possa falar com vocês diretamente e auxiliar um por um independentemente do que ocorrer neste período. Ainda não sabemos quanto tempo f**aremos fora do ar no Brasil, então sintam-se livres pra me chamar até segunda ordem.
Conheço meus membros, os nomes, as histórias (me nego a chamar de “histórico”). Caso tu seja um membro novo, só me avisar. A gente conversa e conserta essa minha ignorância imperdoável de ti. Se eu demorar algumas horas ou até um dia pra responder, respira fundo, insiste, mas não levarei mais de um dia pra voltar. E vamos indo assim, de mãos dadas só nós dois até a rede voltar.
Onde paramos no Telegram: os bons resultados de te**es com o leite A2A2 em pessoas com alergia; os resultados dos exames do renato após a cetocarnívora; a compreensão de quadros hipomaníacos no corte de carboidratos em mulheres hipotalâmicas; o Low Carb Boca Raton 2023 está na nossa videoteca atualizada com o Low Carb Denver 2023 (ênfase no painel “Comida como Adicção”, um lúcido viés sobre as desordens que tratamos para além da oscilação de glicose), a lista atualizada dos centros de aplicação de ketamina no país, a crise das taxações dos produtos comprados pela Biovea e Iherb (membros que comprarem e forem taxados ou não, por favor, me avisem por aqui para eu poder ao menos postar nos stories como anda a novela que sempre compartilhamos no telegram).
É isso por enquanto. Beijão a todos!

24/04/2023

Estou aqui debruçada sobre uma pesquisa sem referências prévias e faço uma reflexão com pedido de colaboração aos colegas. Posto pouco, justamente porque preciso criar conexões não antes pensadas. O método científico trai a natureza das desordens que trato, a complexidade.
Não tenho dúvidas de que são o futuro da psiquiatria, bem como a . A cada caso que acompanho, o relato poderia ser traduzido da seguinte forma: os remédios “mais estudados” geraram efeitos colaterais impossíveis, geralmente removendo a vitalidade e apenas trataram sintomas. Contudo, os apontaram algum tipo de cura em diferentes graus, variando da substância, da dosagem e do tempo de tratamento.
PORÉM, se vou andar em terras desconhecidas, preciso ser minha crítica. Me acometeu o alerta da toxicidade destas substâncias – especialmente porque estou lidando com pessoas com alta possibilidade de mutação no gene MTHFR, que é meu caso. São pessoas com baixa capacidade de detoxif**ação. Mais ainda, me preocupa a hiperativação do sistema simpático no coração, frente à toxicidade, algo muito bem estudado nos casos de quimioterapia.
As desordens tratadas pelos alucinógenos são basicamente as mesmas manifestas por nós, portadores da mutação: depressão, ansiedade, tdah, bipolaridade. Ocorre que as mutações no MTHFR também estão ligadas a baixíssimos níveis do maior antioxidante do corpo, a glutationa, que seria essencial aqui. A fórmula é a seguinte:
MTHFR POSITIVO = BAIXA GLUTATIONA = BAIXA CAPACIDADE DE DETOXIFICAR
Estresse oxidativo e inflamações são constantes em nós e poucos apontam a como poderosa por este fator, que me parece crucial. Meu estudo atual terá que ser prático e envolverá elevação de glutationa após o tratamento com 3 psicodélicos ( **A, e ) para , , e ideação suicida. Os “tratamentos milagrosos” são polêmicos demais e optei por f**ar com a ciência padrão. Os suplementos que utilizarei, com doses e estudos, estarão no meu grupo do telegram para membros apoiadores do meu trabalho. Link na bio.

20/04/2023

O frio se instalou e a utilização da de forma pontual pode ser chave nos tratamentos das doenças de inverno. O que a ciência encontrou até aqui e como podemos agir de forma prática?

Até 2023, sabemos que privar o corpo de glicose antes de uma gripe ajuda o corpo a combatê-la. Isso porque o estado de cetose ativa células T do sistema imunológico, que atuam no sistema respiratório encurralando o vírus1.

Em infecções parasitárias, a cetose parece tornar o organismo mais tolerante, enfraquecendo os parasitas, prevenindo que as infecções se espalhem para o cérebro2.

Não menos importante, já sabemos que os macrófagos, tipo de glóbulo branco que age como a principal defesa do organismo contra algumas infecções, funcionam com glicose quando estão inflamados.

Ainda, que o corpo cetônico beta hidroxibutirato (bhb) pode bloquear a proteína inflamatória NLRP3 que, se ativada em excesso, pode levar a doenças crônicas e acelerar o processo de envelhecimento.

De forma prática, quando se trata de gripe, usar a dieta Cetogênica imediatamente ao detectar os primeiros sintomas pode ajudar a minimizar o quadro, antes da doença se instalar. No caso de doenças respiratórias virais, manter-se no estado de cetose pode ser crucial para reduzir o poder do vírus.

Cada vez mais, tenho usado a cetose como uma espécie de tratamento agudo, em casos de enxaqueca, ideação suicida, depressão, bulimia e compulsão alimentar – especialmente quando ligadas ao ciclo menstrual. Aqui, no caso das doenças de inverno, me parece outra aplicação perfeita da cetose enquanto terapia aguda.

24h a 48h de jejum (seja jejum completo, apenas com água e sal seja jejum de gordura, em que óleo de coco e MCTs podem ser ingeridos). Seguidos por uma boa sopa da vovó low carb. Em alguns casos, uma canja sem arroz e batata, apenas com frango, couve, muita manteiga, sal e azeite de oliva pode ser o melhor tratamento.

13/04/2023

Acabo de chegar do cardiologista. Passei por mais um susto. Sei que provoquei. Eu sempre provoco. Na real, eu exijo. Não me leva a mal, mas depois que o vulcão morreu, eu precisei recorrer a tudo pra manter a emoção viva. Não por ele, por mim: porque eu nunca quis morrer, eu sempre quis ser a única viva.

Desde pequena, enterro meus familiares aos 42 anos pela mesma doença cardíaca. Há 20 anos, eu saí da UTI ouvindo do médico que eu teria mais 2 anos se eu não me cuidasse. Eles sempre querem que a gente se cuide. Mas, eu já estava há 2 anos no hospital. Saí pior do que entrei. Então, eu resolvi viver, mas, sempre com medo. Meu coração era fraco, diziam os que me exigem cuidado. Eu freava com um pé e acelerava com o outro.

E foi numa dessas visitas à UTI que eu me vi lá de cima, do teto do quarto. “Para com essa m***a”, eu me disse. “Volta, porque tu nunca viveu inteira”. E eu voltei.

Foram 6 mortes até aqui: meu pai, internação, meu filho, minha família, Ismael e agora. Boa felina que sou, sei que tenho mais uma chance. Essa vai ser f**a, porque o médico só me pediu 6 meses de mediocridade na multidão que se cuida tanto, que se priva mais do que precisa... E que acaba morta, esquecendo o porquê de se cuidar. Mas, o doutor me deu aval pra pulsar depois do sono. Pelo único motivo que faz alguém desistir do paraíso pra voltar pro corpo: a paixão em viver.

- Poucas vezes vi uma musculatura cardíaca tão forte. Só uma alteração leve no ramo direito, por isso tu sente o tambor do universo batendo aí dentro.
- Eu malho amando, doutor. E não escolho pouca coisa: homem medroso, palavra abreviada, toque vazio, filosofia de boteco, café fraco. Essas porcarias enfraquecem o mundo. O coração estraga como carro caro na garagem por medo de gastar. E eu nasci pra amar. Tu me liberta da maldição que me impediu de ser inteira até aqui. Eu vou aguardar teus 6 meses de repouso, mas nem um segundo a mais. Senão, não é repouso, é prisão. E daí eu morro mesmo.

04/04/2023

1 a cada 40 pessoas é afetada pelo transtorno bipolar, com episódios de depressão e mania que afetam o apetite. 30% das pessoas com diagnóstico de bipolaridade também sofrem de compulsão alimentar, 7.5% de bulimia nervosa.
O que os pesquisadores encontram é que os episódios de compulsão alimentar surgem justamente quando os sintomas de bipolaridade aparecem também. As teorias passam pela genética, com variação no gene PRR5-ARHGAP8 em ambas as desordens. Este gene é responsável pela estabilidade energética e pelo equilíbrio do consumo de comida. Também passam pelo BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), proteína fundamental para a plasticidade cerebral. Durante momentos de mudança de humor, os níveis de BDNF são reduzidos, especialmente se há transtorno afetivo envolvido. Ainda, medicações que desregulam glicose e atuam nos sistemas de recompensa, especialmente antipsicóticos, que são conhecidos por prejudicar a capacidade de percepção da saciedade, agravando bulimia e compulsão.
TRAUMA: 20% das pessoas com transtorno bipolar e desordens alimentares também sofrem de estresse pós-traumático. Sabemos que transtornos alimentares são formas de tentar regular o corpo para cruzar emoções extremas nestas vítimas (tendências suicidas, ansiedade etc).

Aprender a cruzar os extremos sempre foi a meta. São 20 anos de estudo e 10 de trabalho especif**amente com estes quadros e sim, a dieta cetogênica é uma ferramenta sem igual. Não à toa, usada nas três desordens: trauma, transtorno alimentar e bipolaridade. Contudo, aprender a sentir o universo na amplitude máxima não se trata apenas de MCT e glicose. Tampouco de medicações que reduzem as emoções.
Felizmente, é cada vez menor o número de pessoas que me busca para tratar os extremos com soluções extremas. Tu te tornar o agressor não pode ser a cura da violência. Não morra pela cura, dizia minha professora. Este é o grande desafio: morrer pelo polo e renascer na Graça de cruzar o humano inteiro. Se precisar da minha mão pela jornada, só me chamar: atendimentos, link na bio aqui do instagram.

03/04/2023

- Me abraça, segue meu corpo e olha a lua. – Ele me disse.

Subir a serra na troca do sol pela lua é a experiência mais bela, mas, falta. Falta a fusão do meu corpo com o teu. Do corpo com a máquina. Do vento com a pele. Da água que verte da pedra e que verte de mim. Sente? Porque eu te abraço forte sim. Se te aperto não é mais tensão de estresse, é de confiança e entrega: a ti, ao motor, ao verde, à dança que nos cruza na velocidade da carne nua.

E eu tava na cama descansando da festa. Eu fui pela música, pela fusão com o espaço. Entrei e saí sozinha, saciada de mato. Porque quando eu danço tem que ter árvore na frente e estrela no teto! “Tu era a vida da pista”, disse o DJ. “Eu sei. Porque eu sei que tu dá luz ao meu corpo porque me reconhece!”. Amálgama.

Então, tu chegou com o nascer do fogo no céu, mas eu me dei ao direito ao cansaço por parir o universo na madrugada. Eu te disse que não tinha força nem pra tirar o pijama. Mas, é isso que o Homem faz: ele mostra que Ele é a Força. É aqui que não corro por pressa, sequer me esforço: só vejo mão perna e braço num movimento integrado pra encontrar a Fonte. Porque eu nunca paro de dançar, entende? Só quando me invade a mente. Mas, isso não acontece mais.

Eu me vi no espelho quando matei o medo. E enxerguei que minhas curvas formam o encaixe perfeito pra gente dançar de moto no mato. Nas curvas da serra. No frio de fora que queima a pele como o teu calor quando tu me protege. Me guia. Me disseram covarde, imbecis. Eu só era ignorante do bicho Homem – espécie em extinção – mas, eu já sabia da Fome e do desafio da entrega. Me leva.

Fecho meu olho porque sinto teu corpo e entendo: a infusão de ketamina custa 2.000 reais. É o preço do m**a. Tudo isso pra tirar o medo. Pra curar o trauma. Pra que tu confie em ti até tu vir a mim. Pra elevar serotonina, ocitocina, como minha mão no teu peito e minha alma na festa. De graça. Agora.

Então, já não sei se falo de s**o, de moto, de selva, alucinógeno ou dança. Eu sei que falo de ritmo e de coragem. De encaixe de Força – aquela que te forma e exige que tu entre. Em mim. Na pista. No asfalto.

Gratidão, Homem. Pela Ordem. Eu não sei teu nome, mas tu f**a pra história.

21/03/2023

Filho da p**a, me partiu. Ao meio! Masculino. Aqui, eu honro o falo em pranto confesso. Te curva ao poder da espada, à força da lança – mas só quando estiver pronta pra jorrar toda água que te falta. Porque é na tua própria correnteza que começa tua jornada.

E agora, ma***to? Tu me enfia tua faca na víscera e some. Desgraçado, bem como deveria ser! Eu, transbordando sangue de morte, de vida, de parto, de ti e de mim! Enrolada em ideias, planos e fios que tentam conter a fissura indomável. O que faço agora que a morte é vida e a luz é sombra? O que faço dilacerada, frente à fonte?

Me disseram que seria belo, mas a língua sempre trai. Range os dentes pra falar BELO. Aqui, tu não entra antes de ser o que descreve! Porque o belo me arromba. Me submete! EU! Eu que ria da sociedade pânica por excesso de escolha! EU! A única lúcida de ter nascido da não opção! Nua, esfolada, descascada, nem osso me sustenta ou barra – em mim, é só dilúvio!

PORÉM, ainda tenho instantes de separação. Ainda sou funcional ao mundo: capaz de reconhecer as dualidades que me extraem me obrigando a um dos polos.

Médica, toco meu pelo analisando meu sagrado Monstro. Rio da estupidez ao buscar pílulas de paz sendo eu a precisa consciência da constituição do caos. Consciência? Não pega, não toca! Porque isso é pedaço. Senciência! Horrorizada em êxtase por ser convocada por aquilo que apavora, o preciso eixo da humanidade, aquele que nos divide entre medo e barbárie. Entre inanição e fome. Jamais! Nunca à ponta – e não por receio do extremo, mas por ânsia do outro polo. Tua foice dilacerou minha última barreira. Não há proteção em lugar algum! E o que tu faz quando aplaude a morte e viver é risco? O que tu faz quando o sol te joga na entranha e a lua te exige caça? O que tu faz, criatura, quando chora por sentir na carne tudo que ainda não se apresentou a ti?

O desespero da unidade. Tu queria pertencer, então te funde à lava! Arde e comemora o apocalipse. A gargalhada histérica frente à aniquilação do limite. Urra. Porque a força vence e tu te curva ao ser cruzado pelo desejo Original. Orgasmo. Catástrofe. Banquete. Cuidado com aquilo que deseja é o único bom senso desta era.

04/03/2023

Aurora chegou em casa correndo e gritando: voltei para esta casa lindaaaa! Comecei a chorar e me expliquei: mamãe cresceu num mundo muito feio, filha. Escuro, bagunçado, sem flores ou grama. Não tinha nem céu. Eu não podia olhar pra cima e respirar e encontrar deus... como aqui. E a mãe cresceu com tanto medo dessa feiúra toda, que eu matei tudo tentando eu mesma f**ar bonita. E era tanto vazio de beleza, que eu não conseguia mais parar de tentar. E eu morri. Morri muitas vezes, tentando ser toda beleza que faltava na minha vida.
Quando engravidei de vocês, eu sabia: eu podia errar em tudo, mas eu tinha que criar um mundo de beleza pra vocês. E eu trouxe vocês para correr pelas ruas, sendo abraçadas pela história destas casas e pela estabilidade das montanhas, pelo ar fresco da cachoeira. A mamãe até pode acordar cada vez mais cansada ou sorrir menos, mas eu sei que dei pra nós uma vida em que a beleza era a constante e por isso eu sei que criei meninas especiais, com coração forte e mente fixa no norte certo. E eu sei que dei a volta inteira na minha vida. Por isso, mesmo quando estou derrubada, eu vou ali e colho flores pra trazer pra dentro de casa. Por nós, pra que nunca esqueçamos o que nos falta.
O professor da mamãe sempre dizia: depressão é o luto da alma pela beleza que não existe mais. E eu posso dizer que nossa cura está nesta flor.
Hoje, as pessoas vivem pra fugir da tristeza e pra ter alegria. Elas vão de um lado pro outro. Sentem muito medo e nervosismo, porque tristeza e alegria mudam o tempo todo. Elas não têm mais beleza e esqueceram onde ela está. A beleza, meu amor, é essa mistura de carinho e contemplar. Ela une tudo que já nos foi dado e uma vontade de tão grande de participar, que nosso toque nem muda, só agradece. É uma fome de ter tudo isso dentro de nós.
Por isso, quando vocês não estão aqui, mesmo quando estou muito cansada ou doente, mesmo quando eu me vejo muito feia no espelho, eu levanto e cuido do lar, porque eu me torno bela quando tu chega gritando que a mamãe é capaz de criar beleza no mundo.

Revolução Keto, por Juliana Szabluk

Terapeuta e Consultora Nutricional certif**ada pela Fundação Tim Noakes/Nutrition Network, com especialização em aplicação profissional de Dieta Cetogênica e Low Carb. Certif**ada pela Low Carb USA, uma das principais instituições para médicos e profissionais de Low Carb no mundo.

Meu trabalho é aliar Cetogênica, suplementos, psicologia/filosofia, Mindfulness e saúde ancestral em tratamentos que te ajudarão a restabelecer a saúde emocional, metabólica e mental.

Minha linha de atendimento atua majoritariamente sobre três frentes: a rotina, a mente e a dieta: construção de uma rotina que jogue ao seu favor, suplementações para saúde mental, desconstrução de padrões mentais destrutivos e nutrição (cetose terapêutica). Temos um bom fundamento para finalmente começarmos a viver.

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