Frente Baixada Santista

restauração constitucional, esse viés discriminatório parece haver perdurado. Embora a cidade de Santos apresente, em alguns bairros, boa qualidade de vida, de maneira geral seus índicadores sociais, e os da Baixada, são inferiores aos verificados em outras regiões do Estado, notadamente no que diz respeito à saúde (vejam-se, por exemplo, os índices de mortalidade infantil), segurança, habitação e mobilidade urbana. Esse quadro se agrava com a diminuição de nossa representação política. E coincide com uma fase da vida nacional em que a corrupção parece corroer nossas esperanças na construção de uma sociedade democrática e desenvolvida. Os subscritores deste manifesto, certos de que a nação depende, para prosperar, da participação cidadã, querem construir um ponto de encontro, onde nos mobilizemos na luta contra a corrupção, a desigualdade social, a desinformação e a discriminação, principalmente a discriminação racial, que agride tantos de nós. Querem, ao mesmo tempo, construir uma agenda positiva que, tendo como eixo os nossos interesses regionais (em que se destaca a destinação, para a saúde e educação, dos resultados do pré-sal) e como foco a organização popular, defenda e promova os direitos do trabalhador, da mulher e do jovem, direitos esses que se enfeixam nos direitos humanos. Convidamos todos os segmentos sociais, profissionais e corporativos, a fazerem deste ponto de encontro uma plataforma de atuação cidadã e extrapartidária, capaz de transformar nossa indignação em ação política eficaz. E confiamos em que, assim unidos, possamos produzir frutos de justiça e bem estar para a Baixada Santista, para o Estado de São Paulo e para o Brasil.