Biocinética
Tratamento de dores crônicas da coluna vertebral
Supervisão: Ft. Rodrigo W. Lara Corrêa As consultas são feitas nas duas clínicas.
A Biocinética Ciência do Movimento consiste na pesquisa e análise dos aspectos físicos e biofísicos do corpo. O estudo parte do atendimento individualizado do paciente, através da análise biomecânica da marcha e análise postural. A equipe Biocinética é formada por profissionais da fisioterapia com formações clínica e acadêmica nas áreas de ortopedia e esportes, supervisionada pelo fisioterapeuta R
Já estamos prontos para receber vocês no I Floripain! Preparados?
Obrigado a todos que compareceram ao mini workshop sobre educação em dor para profissionais da educação física. Foi uma manhã de sábado muito prazeroso e enriquecedora para todos nós. Para quem ficou interessado, em abril teremos uma nova turma, de 5 a 8 profissionais. A ideia é ter turmas reduzidas para que possamos ter mais interação e troca de experiências.
Hoje acontecerá um mini workshop sobre educação em dor exclusivamente para profissionais da Educação Física. Minha proposta é levar aos profissionais da área o conhecimento sobre dor crônica e os fatores biopsicossociais da dor.
Me senti no dever de escrever sobre esse dia: Dia mundial da saúde. Afinal, definir saúde não é nada fácil. Mal sabe-se definir saúde e já se tem inúmeros programas de prevenção de doença.
Mas prevenir doença, ou melhor, correr atrás da prevenção significa estar com saúde?
Em 1946 a OMS ampliou o conceito de saúde: “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.
Dia 7 de abril, data criada em uma assembleia no ano de 1948 para conscientizar a população a se manter informada acerca da saúde e seus direitos quando o assunto é uma política de promoção à saúde.
A reflexão me remete a um artigo que li a um tempo atrás no journal of the american medical association, chamado practical clinical trials: increasing the value of care making in clinical and health policy. Esse artigo me chamou atenção por vários motivos. Todavia, tenho a convicção de que essa data não é uma data que nós profissionais de saúde devemos comemorar. Estamos longe de promover a saúde para a população. E não devemos nos furtar disso, colocando nossa passionalidade à frente. Amar o que se faz não é suficiente. Somente a arte de clinicar não promove saúde. A ciência deve ser o carro chefe e para isso devemos não somente amar, estudar, trabalhar...devemos saber como implementar a ciência na saúde. Atualmente, com as redes sociais, postamos vários estudos a respeito de intervenções em diversos ramos da saúde.
Mas, o que você lê é realmente importante para a vida da população? A maioria da qualidade das evidências disponíveis são inadequadas e isso se dá em parte por falta de esforço em desenvolver ensaios clínicos relevantes para atender às necessidades reais da população.
Contudo, no dia criado para informar a população acerca de sua saúde, devo categoricamente informar que os profissionais de saúde não estão cumprindo com o papel, cabe não somente a esses mas uma política pública resolutiva. Mesmo em âmbito privado, a consciência de políticas públicas de saúde devem ser consideradas com intuito de desburocratizar, desonerar e beneficiar o cidadão.
INSCRIÇÕES ATÉ QUINTA-FEIRA!Workshop com renda revertida para a Brazilian Journal Physical Therapy! Precisamos do seu apoio para ajudar a BJPT.
Dia: 16 de dezembro
Hora: 8 às 13 horas
Local: Unifenas Divinópolis
Inscrição: 150 reais (profissionais) 80 reais (estudantes)
Mais informações: (37) 99813-1618
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Na Noruega e na Suécia, a introdução de programas de triagem de mamografia tem sido associada a um aumento de aproximadamente 50% na incidência de câncer de mama para grupos etários selecionados e quase estável em grupos de idade mais alta. Isso sugere que o rastreamento de mamografia resulta em um grau substancial de sobrediagnóstico. MATERIAL E MÉTODOS: Em um estudo de coorte prospectivo do programa de mamografia norueguês, registramos a incidência de câncer de mama entre as mulheres de 50 a 69 anos, apresentando rastreio de mamografia, bem como a incidência de câncer de intervalo entre os participantes e câncer de mama entre os que não compareceram . Utilizamos esses dados para calcular a incidência de câncer detectado pela triagem entre aqueles selecionados. RESULTADOS: A incidência de câncer invasivo no segundo e terceiro rastreio é 2,4 vezes maior do que o esperado. Nós estimamos que apenas 42% dos cânceres invasivos detectados pelo rastreio se desenvolveriam em doença clínica na ausência de um programa de triagem. Quando o carcinoma ductal in situ é adicionado, apenas 34% dos cânceres detectados pelo rastreio desenvolveram-se em doença clínica. INTERPRETAÇÃO: dois terços dos cânceres de mama detectados pela mamografia são " overdiagnosis"
http://europepmc.org/abstract/med/15356688
É com muita alegria que começamos nesta sexta feira, às 17 horas no restaurante Mandioca com Açúcar, um encontro gostoso e leve para falar de ciência, saúde e dor crônica. Esse projeto mensal surgiu de 3 grandes amigos estudiosos da dor crônica músculo esquelética: Rodrigo Lara, Igor Andrade e Leonardo Ávila, três fisioterapeutas com uma trajetória clínica que não se desgruda do pensamento cientificista. A finalidade desse projeto é sair do ambiente clínico e informar a população sobre a necessidade de revisão dos seus conceitos a respeito de questões relacionadas à saúde e à dor. Se você tem curiosidade e quer participar de uma boa prosa e um café, marque seu instagram no comentários deste post.
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Na dor aguda, o processamento cognitivo não é significativamente perturbado (Seminowicz e Davis, 2007; Van Essen et al., 2012). Já na dor crônica, as alterações na cognição podem estar relacionadas à alteração no córtex pré-frontal dorsolateral (DLPFC) (Apkarian et al., 2004b), o pré-frontalal ventricular (VLPC) (Jensen et al., 2012) e a atividade reduzida do pré-frontal medial cortex(Loggia et al., 2013). É como se a dor crônica alterasse essas regiões para alterar a conectividade sináptica ou a função para diminuir as habilidades cognitivas, resultando em estados perceptivos e interceptivos alterados e na inibição do controle cognitivo descendente dos estados emocionais.
Hoje a minha amiga Dra Maria fernanda me deu uma canja pra falar de overtraining em sua IG. Obrigado pela moral Nanda
.mariafernandagontijo with
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O convidado de hoje no insta é o fisioterapeuta Rodrigo Lara, que explicou pra gente o que significa o termo OVERTRAINING. Você sabe o que é?
"Overtraining é um termo em inglês que significa excesso de treinamento, em que o atleta é acometido por sinais e sintomas físicos que prejudicam sua performance. Sendo assim, é uma síndrome . Atletas de alto nível e até atletas amadores são acometidos pelo overtraining. A fadiga e o baixo desempenho são comuns. Compreender a síndrome é fundamental e é de responsabilidade principalmente do coach, treinador físico deste atleta. O overtraining parece ser uma resposta inadaptada ao exercício excessivo sem descanso adequado, resultando em perturbações de múltiplos sistemas corporais (neurológicos, endocrinológicos, imunológicos), juntamente com mudanças de humor. Muitas hipóteses de patogênese da síndrome do overtraining são revisadas e uma abordagem clínica para atletas com possíveis sinais e sintomas incluindo história, teste e prevenção são indispensáveis. O diagnóstico de overtraining é clínico e realizado através da história, que deverá demonstrar o seguinte: diminuição do desempenho persistente apesar de semanas a meses de recuperação, distúrbios no humor e falha de sinais/sintomas ou diagnóstico de outras possíveis causas de baixo desempenho. Cabe aos profissionais envolvidos a capacidade intelectual e de sua expertise para gerenciar o quadro. O descanso absoluto à redução da intensidade e volume de treinamento são necessários . Em casos mais avançados, uso de fármacos como antidepressivos é indicado. A psicoterapia se torna, em muitos casos, indispensável para atuar em possíveis causas psicossociais envolvidas. Retornar o atleta ao esporte é o desafio, mas para que isso ocorra, deve ser resguardada sua integridade física e psicológica."
Rodrigo Lara é membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato Ortopédica (ABRAFITO). Foco no gerenciamento das condições crônicas músculoesqueléticas. Instagram:
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Rejeição social : do abandono , desprezo a insultos tem papel fundamental nos aspectos da dor crônica . A área que capta essas emoções é próxima ao córtex motor , fazendo conexões com várias outras áreas do cérebro .
Já falei em textos anteriores que dor e lesão são coisas distintas. Se lesionamos um músculo, um tendão ou um ligamento, fatalmente vamos experimentar dor. Mas nestes casos a dor é um sinal benéfico, pois está nos dizendo que devemos neste momento respeitarmos nossa incapacidade para que a região onde foi afetada seja bem reparada. Nosso corpo é bem espertinho e envia células do processo inflamatório, tanto as células que vão limpar a região quanto aquelas que vão reparar a região. Alguns tecidos, por terem um suprimento sanguíneo mais pobre, demoram um pouco mais para serem cicatrizadas. A dor certamente diminui quando o processo de cicatrizacao é finalizado. Então, neste caso a dor é um bom guia para proteção da região.
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Cultivar o bom humor é bom para memória, melhora sua cognição e te deixa mais criativo . Vou tentar ser menos ranzinza !!!!!
http://www.jneurosci.org/content/15/3/1617.short
"The natural history of rotator cuff tendinopathy probably plays a significant role in the results in the long-term. Even though the patients who underwent operative treatment had a stronger belief in recovery, which is likely to be surgical and the effect of placebo, the exercise group obtained similar results. In the future, an optimum exercise regime should be searched for, as the most clinically and cost-effective conservative treatment for rotator cuff tendinopathy."
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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/28566400/
"A história natural da tendinopatia do manguito rotador provavelmente desempenha um papel significativo nos resultados a longo prazo. Mesmo que os pacientes submetidos a tratamento cirúrgico tenham uma crença mais forte na recuperação, o que provavelmente será cirúrgico e o efeito do placebo, o O grupo de exercícios obteve resultados semelhantes. No futuro, um ótimo regime de exercícios deve ser buscado, como o tratamento conservador mais clínico e econômico para a tendinopatia do manguito rotador ".
Workshop em Teófilo Otoni!
Via Pesquisa em Dor
Obrigado pela matéria !
No próximo sábado terei o prazer em participar do primeiro simpósio mineiro de fisioterapia em coluna vertebral. Ainda dá tempo de fazer sua inscrição!
A população do planeta sofre de dor nas costas? Ok, porém o mais engraçado é que há 100 anos atrás estas dores não incapacitavam tanto quanto hoje. Os relatos de dor nas costas antes da Segunda Guerra Mundial também eram bem expressivos. No entanto, as pessoas costumavam realizar suas tarefas normalmente. Hoje, o dentista culpa sua profissão como causa da dor, assim como o pedreiro. O executivo reclama da sua incapacidade e medo de perder o emprego em virtude de sua dor. O pedreiro também. Vimos aumentar o número de incapacitados em virtude de dor nas costas da década de 40 pra cá.
Afinal, o que nós, profissionais de saúde que manejamos a dor estamos fazendo?! Somente nos Estados Unidos estima-se cerca de 100 bilhões de dólares gastos anualmente com tratamentos para dores nas costas, aumento expressivo de procedimentos invasivos e minimamente invasivos. E pra que?! Não estamos nem perto de reduzir está pandemia. Por isso, devemos mudar a forma de enxergar esta condição. (continuação no próximo post)
Fonte: Deyo RA, Mirza SK, Martin BI. Back pain prevalence and visit rates: estimates from U.S national surveys, 2002.Spine.Nov 1 2006;31(23):2724-2727. Deyo RA. Imaging idolatry: the uneasy intersection of pacient satisfaction, Quality of Care and overuse. Arch intern med. Mau 252009;169(10):921-923 Alan DB, waddell G. An historical perspective on low back pain and disability. Acta orthopaedica. 1989;60(S234):1-23
É com muita satisfação que irei participar do primeiro simpósio mineiro de fisioterapia em coluna vertebral. 2017 nem começou mas já me traz boas notícias!
Ano novo, cartão novo!
Como a tecnologia é fantástica! Obrigado a todos os colegas que ficaram online ontem para me escutar. Fico mto feliz de poder trocar ideias e contribuir para o fortalecimento das novas correntes de estudo em dor crônica.
E a gente continua online, falando sobre dor crônica e seu contexto atual.
Domingo de mais estudos! Curso avançado em dor lombar crônica no
A bagunça do sábado, mas que sempre vale a pena. Boa semana a todos!
Não precisamos de exames de imagem para dar diagnósticos de dores de origens da coluna, seja cervical ou lombar, exceto quando suspeitamos de patologias graves. No entanto, para que possamos dar um diagnóstico preciso devemos estar comprometidos com os estudos, ou seja, com a ciência. Dores na nuca, na cervical baixa e torácica alta, dores que irradiam para as extremidades ou dores de cabeça, podem ser agravadas e/ou reproduzidas através de te**es específicos na clínica. Levando em conta outros sinais como déficit de mobilidades, alterações de coordenação motora, fechamos o quadro clínico do paciente. No guidelines de diagnóstico e tratamentos da coluna temos codificações específicas para enquadrar cada síndrome diagnosticada na clínica de acordo com a International statistical classification of deseases and related health problems. Então, confie mais na condição intelectual do profissional que você buscou do que simplesmente em uma imagem.
Bom fds a todos!
Como seria mais fácil se todos os profissionais que atendem pacientes com dor na coluna seguissem os critérios estabelecidos pelos guidelines...
O guidelines da coluna cervical (nexo pain guideline) propõe categorizar os pacientes com dor cervical em até 5 subcategorias, como critério diagnóstico e guia para tratamento. A premissa é que pacientes enquadrados nestas subcategorias terão seus resultados otimizados, tanto alívio da dor quanto melhora da função do segmento tratado. Weng et al enquadrou os pacientes em: dor cervical apenas, dor de cabeça, dor cervical referida para o braço, dor cervical irradiando para o braço com sinais de radiculopatia (alterações de sensibilidade e motora). Os autores dos estudos observaram melhora clínica e estatisticamente significativa nas reduções da dor e disabilidade da coluna cervical comparado aos pacientes que foram agrupados no controle. Já os autores Childs et al, Fritz e Brennan usaram 5 subgrupos para categorizar pacientes em relação a: mobilidade, centralização da dor, exercícios e condicionamento, controle da dor e dor de cabeça. Fritz e Brennan, em seu estudo prospectivo observacional com 274 pacientes, relatam que intervenções agrupadas em seus subgrupos tiveram melhores resultados do que os pacientes que receberam intervenções que não foram agrupadas nos subgrupos. Vale muito ao profissional ler os critérios de classificação estabelecidos nestes estudos, quem ganha é a sociedade.
Sábado será mais um dia de atendimento em BH. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (31) 99526-1618
Em posts anteriores venho enfatizando as dores na coluna cervical e no primeiro post levantei a grande incidência atual das dores cervicais na população. Aproximadamente 44% dos pacientes que experimentam dor na coluna cervical desenvolverão sintomas crônicos, e muitos continuarão a exibir incapacidades físicas moderadas a longo prazo. Radhakrisshnan et al. demonstraram em seus estudos que 90% dos pacientes com radiculopatia cervical apresentaram sintomas moderados em um follow-up de 5 anos. Honet e Puri demonstrou que 70% dos pacientes com radiculopatia cervical exibiram moderados a bons resultados em um follow-up de 2 anos, sugerindo ainda que 70-90% desta população pode experimentar melhora sem intervenção cirúrgica. Estes estudos analisam o curso natural de uma condição dolorosa da coluna cervical e nos deixa otimistas em poder perceber que tais sintomas exibem uma boa condição para serem manejadas de forma mais conservadora e não invasivas. Quero deixar claro que não sou contra as modalidades invasivas e pouco invasivas para tratar as condições dolorosas da coluna, desde que bem indicadas e com um consenso entre profissionais e paciente.
Presença no simpósio de dor cervicotorácica, em SP.