Legafro

Legafro

O Legafro foi criado com o intuito de combater a discriminação e promover a igualdade através da difusão do legado africano.

A criação da página foi motivada pelo Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e de sua Abolição e pela Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), que com o tema “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento” busca promover o respeito, a proteção e a realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais de afrodescendentes, como reconhecidos na De

Timeline photos 30/11/2015

5 jovens, 50 tiros.
O genocídio da juventude negra é real! Até quando? Ser negro e morador de periferia é motivo pra morrer? Os amigos voltavam do Parque de Madureira, subúrbio do Rio, onde comemoraram o primeiro emprego de Roberto Souza (16) como Jovem Aprendiz no Atacadão da Avenida Brasil. O pai dele contou como recebeu a notícia: “O pessoal me ligou dizendo que tinha uns baleados lá em baixo e meu filho estava no meio. Fiquei doido. Não acreditei. Fui ver e estavam os cinco vizinhos dentro do carro.Só quem faz aquilo ali são os terroristas do Estado Islâmico. Foi uma barbaridade. Eram muitos tiros e depois plantaram uma réplica no pneu ao lado do motorista. A chave de ignição estava no porta-malas. Foi uma cena deprimente. Foi uma execução. Vamos acompanhar o desenrolar dessa situação, porque não é a primeira vez que acontece mortes de jovens com a participação de policiais."

29/11/2015

Negro Rei - Cidade Negra

Prende a tristeza meu erê
Sei que essa dor te faz sofrer
Mas guarda esse choro
Isso é um tesouro
Ó filhos de rei

O sol que queima a face
Aquece o desejo mais que otin
O sal escorre no corpo
E a dor da chibata é só cicatriz
Quem é que sabe como será o seu amanhã
Qualquer remanso é o descanso pro amor de Nanã
Esquece a dor axogun
Faz uma prece a Olorum
Na força de Ogum

Ayê yê yê, ayê yê yê
Ayê mamãe África, o meu ilê
Ayê yê yê, ayê yê yê
Brasil, mamãe África, meu ilê!

Fotos: Alvaro Villela - Comunidades quilombolas da Barra e do Bananal, na Bahia.

Timeline photos 28/11/2015

Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs

Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.

Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso

Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou

Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...

Solano Trindade

Timeline photos 28/11/2015

Tecelagem

Embora por um motivo de desinformação histórica o brasileiro pense nos cativos africanos que vieram para o Brasil no período do escravismo criminoso como pessoas vindas de tribos de “homens nus”, a difusão da manufatura têxtil já estava neste período muito difundida em todo território do continente africano.

Os africanos introduziram no Brasil forma de tecelagem para fabrico de panos para roupas como para outras utilidades, entre elas redes de dormir, velas de embarcações e sacaria para embalagem de produtos agrícolas e alimentícios diversos. Boa parte do vestuário utilizado pelos africanos e seus descendentes, no Brasil Colônia e Império, era de fabricação artesanal própria. A tradição da confecção de redes de dormir no nordeste brasileiro permanece até hoje utilizando a forma têxtil de tear vinda da África. Da mesma forma que a produção de pano da costa para as atividades religiosas do Povo de Santo, nos candomblés do Brasil. Além das técnicas têxteis, a experiência neste ramo de manufatura engloba outra, no campo da química, nas áreas da produção de tinturas e fixadores de cores.

Fonte: Tecnologia Africana na Formação Brasileira - Henrique Cunha Junior.

Timeline photos 28/11/2015

Tecnologia Africana.

Até o século 16 o desenvolvimento africano era superior ao europeu em várias áreas do conhecimento. O âmbito ra***ta da colonização, a continuidade ra***ta e desinformada sobre o desenvolvimento da África fizeram com que o africano fosse sempre caracterizado como mão de obra bruta, como força apenas de massa muscular e não pensante. Contudo, a mão de obra africana e afrodescendente no Brasil foi em parte um conjunto de trabalhadores com formação profissional esmerada e com especializações importantes para a economia da época em diversas áreas de ofícios.
Durante o Ciclo do Ouro, no Brasil colonial, a tecnologia africana foi essencial. Vejam que a escala de produção não implica apenas a abundância do produto, mas também as formas técnicas da sua extração. A mina de grandes proporções, mesmo que a céu aberto, faz parte de um conhecimento específico. A mineração na mesma forma e na mesma escala da brasileira já era realizada em pelo menos duas regiões africanas, da África Ocidental e da região de Zimbábue. O período do ciclo do ouro no Brasil foi um período de muita inovação de técnicas, graças à base de conhecimento africano transferida para o Brasil. A exploração muitas vezes não se restringe à mineração, mas também à fundição, às profissões de ourives e à produção de joalheria. Os ciclos econômicos da história brasileira foram possíveis de sucesso em muito devido aos conhecimentos da mão de obra africana. Muitas especializações agrícolas e de mineração encontradas na África não eram de domínio europeu e foram realizadas no Brasil em virtude da importação de africanos.

Tecnologia Africana na Formação Brasileira - Henrique Cunha Junior

Timeline photos 27/11/2015

Carta à Mãe África - GOG.

As senzalas são as antessalas das delegacias
Corredores lotados por seus filhos e filhas...
Hum! Verdadeiras ilhas, grandes naufrágios
A falsa abolição fez vários estragos
Fez acreditarem em racismo ao contrário
Num cenário de estações rumo ao calvário
Heróis brancos, destruidores de quilombos
Usurpadores de sonhos, seguem reinando...
Mesmo separado de ti pelo Atlântico
Minha trilha são seus românticos cantos
Mãe! Me imagino arrancado dos seus braços
Que não me viu nascer, nem meus primeiros passos
O esboço! É o que tenho na mente do teu rosto
Por aqui de ti falam muito pouco
E penso... Qual foi o erro cometido?
Por que fizeram com a gente isso?
O plano f**a claro... É o nosso sumiço!

Timeline photos 26/11/2015

"Quem não pode com mandinga não carrega patuá."

Os mandingas formam um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões. Por volta do século XII, grande parte dos mandingas já havia se convertido ao islamismo. Eles ergueram o poderoso Império Mali, que teve seu apogeu sob o reinado de Mansa Musa, considerado o homem mais rico da História. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, cerca de um terço da população mandinga foi embarcada para a América como escravos, após a captura em conflitos. No Brasil Colonial, eles f**aram conhecidos pelo hábito de carregar um pequeno pedaço de couro com inscrições de trechos do Alcorão pendurado em um cordão junto ao peito. Os negros de outras etnias chamavam essa espécie de amuleto de patuá. Depois de feita a inscrição o couro era dobrado e fechado costurando-se uma borda na outra.

Os mandingas, por serem mais instruídos que outros grupos escravizados, eram escolhidos para exercerem funções de confiança, inclusive como capitães do mato, e desfrutavam de maior liberdade. Observando essa relação, os demais negros passaram a utilizar patuás falsos. Porém, os muçulmanos conseguiam identificá-los facilmente: primeiro recitavam versos do Alcorão e, caso não completassem ou não entendessem, eram descobertos. Daí o temor de mandinga signif**ar magia, ou feitiço. Com as leis de proibição do Islã no Brasil, o hábito de carregar versos do Alcorão foi igualmente proibido e, com as conversões forçadas ao catolicismo, as gerações seguintes foram perdendo a herança islâmica, porém certas práticas ressurgiram de uma nova forma até chegar na conotação que a mandinga tem hoje.

25/11/2015

Gritaram-me negra(Victoria Santa Cruz)

Tinha sete anos apenas,
apenas sete anos,
Que sete anos!
Não chegava nem a cinco!
De repente umas vozes na rua
Gritaram-me Negra!
Negra! Negra! Negra! Negra! Negra! Negra! Negra!
"Por acaso sou negra?" – me disse
SIM!
"Que coisa é ser negra?"
Negra!
E eu não sabia a triste verdade que aquilo escondia.
Negra!
E me senti negra,
Negra!
Como eles diziam
Negra!
E retrocedi
Negra!
Como eles queriam
Negra!
E odiei meus cabelos e meus lábios grossos
e mirei apenada minha carne tostada
E retrocedi
Negra!
E retrocedi . . .
Negra! Negra! Negra! Negra!
Negra! Negra! Negra! Negra!
Negra! Negra! Negra! Negra!
Negra! Negra! Negra! Negra!
E passava o tempo,
e sempre amargurada
Continuava levando nas minhas costas
minha pesada carga
E como pesava!...
Alisei o cabelo,
Passei pó na cara,
e entre minhas entranhas sempre ressoava a mesma palavra
Negra! Negra! Negra! Negra!
Negra! Negra! Neeegra!
Até que um dia que retrocedia , retrocedia e que ia cair
Negra! Negra! Negra! Negra!
Negra! Negra! Negra! Negra!
Negra! Negra! Negra! Negra!
Negra! Negra! Negra!
E daí?
E daí?
Negra!
Sim
Negra!
Sou
Negra!
Negra
Negra!
Negra sou
Negra!
Sim
Negra!
Sou
Negra!
Negra
Negra!
Negra sou
De hoje em diante não quero
alisar meu cabelo
Não quero
E vou rir daqueles,
que por evitar – segundo eles –
que por evitar-nos algum disabor
Chamam aos negros de gente de cor
E de que cor!
NEGRA
E como soa lindo!
NEGRO
E que ritmo tem!
Negro Negro Negro Negro
Negro Negro Negro Negro
Negro Negro Negro Negro
Negro Negro Negro
Afinal
Afinal compreendi
AFINAL
Já não retrocedo
AFINAL
E avanço segura
AFINAL
Avanço e espero
AFINAL
E bendigo aos céus porque quis Deus
que negro azeviche fosse minha cor
E já compreendi
AFINAL
Já tenho a chave!
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO
Negra sou!

Timeline photos 25/11/2015

・・・
"A morte do meu filho é uma experiência que me faz cada dia mais forte. A minha luta é para que nenhuma outra mãe passe pelo que eu passei." Estas palavras poderiam ter sido ditas por Ana Paula - mãe de Johnatha, executado pela polícia em maio de 2014 - ou por Terezinha - mãe de Eduardo, morto pel polícia em abril de 2015.

Mas foram ditas por Alfamir Castillo, de 51 anos, de Pradera, Valle del Cauca, na Colômbia. Alfamir é mãe de Davey que, junto com outro jovem, foi executado pelo exército colombiano em 07 de fevereiro de 2008. Alfamir não se calou e desde então, luta por justiça pela morte de seu filho. Por está luta, já sofreu inúmeras ameaças de morte e teve que deixar seu país. Hoje, mora na Espanha enquanto espera o julgamento de generais envolvidos no crime. O caso de Davey é um dos muitos conhecidos como "falsos positivos" na Colômbia. Um escândalo enolvendo o exército colombiano na execução de jovens em nome da guerra às dr**as.

Hoje, em Madrid, Ana Paula, Terezinha e Alfamir se conheceram pessoalmente. Compartilharam histórias de dor, de luta e, principalmente, de solidariedade.

Que forte e que lindas são essas mulheres.
Que bom estar aqui para ver isso e sentir, de verdade, que o mundo pode mudar sim, mas ele não muda sozinho. (Renata Neder, assessora de direitos humanos da Anistia Internacional Brasil, acompanha as mães na iniciativa )

Timeline photos 23/11/2015

Manoel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, nasceu no dia 23 de novembro de 1899, no bairro Engenho Velho, freguesia de Brotas, Salvador-Bahia. Filho de Luiz Cândido Machado, ex-escravizado, descendente de banto e mestre do batuque, e Maria Martinha do Bomfim (descendente de índios).

Com a junção do Batuque (luta do Nordeste brasileiro) com a Capoeira de Angola, Mestre Bimba criou a Capoeira Regional, arte marcial genuinamente brasileira. Em 1932, Mestre Bimba abre a primeira academia especializada em capoeira, no Bairro Engenho Velho de Brotas. Em 23 de julho de 1953, exibe-se no Palácio do Governo, para o governador Juraci Magalhães e para o então presidente Getúlio Vargas, que, tendo f**ado tão impressionado, declarou que a capoeira era o único esporte verdadeiramente nacional. Vargas terminaria revogando a lei que criminalizava tanto o candomblé como a capoeira, muito embora com limitações para as práticas do candomblé, a capoeira gozava da liberdade esportiva.

Em 5 de fevereiro de 1974 veio a falecer vitimado por um derrame cerebral. Em 12 de junho de 1992, a Universidade Federal da Bahia lhe concedeu o título de Doutor Honoris Causa.

acordacultura.org.br

Timeline photos 22/11/2015

Em 20/11 o Ilê Axé D'Ogun-Já e o CIAFRO (Centro de Integração da Cultura Afro-Brasileira), lançaram o Projeto "Aonde se pinta o respeito, se apaga a intolerância". A Yalorixá Ignez D'Yansã e seus filhos do axé pintaram os muros da estação de trem de Bento Ribeiro em Nilópolis, apagando escritas que demonizavam entidades como Sr. Tranca Rua (Umbanda) e Orixás como Yemanjá e Ogum (Candomblé), onde era evidente a às religiões de matriz africana. As frases foram substituídas por desenhos e frases afirmativas de amor, respeito e de combate ao e a . Sabemos que a e o vêm sofrendo ao longo de séculos a falta de e isso tem que acabar. Segundo Mãe Ignez, as pessoas têm o direito de escolher as suas religiões e professá-las da forma que quiserem: "Respeite o meu Axé que eu respeito a sua fé. Sou uma mulher do Candomblé, minha religião tem , e . Chegamos até aqui com muita luta e muito suor e vamos continuar na fé de Olodumaré."

21/11/2015

Retirante, ruralista, lavrador
Nordestino, Lampião, Salvador
Pátria sertaneja,
Independente
Antônio Conselheiro
Em Canudos presidente
Zumbi em Alagoas comandou
Exército de ideal
Libertador
Sou mandinga
Balaiada
Sou malê
Sou búzios
Sou revolta
Arerê!

Revolta Olodum - José Olissan/Domingos Sérgio

Timeline photos 21/11/2015

Durante as primeiras décadas do século XIX várias insurreições negras explodiram na província da Bahia. Em 1809, a sociedade secreta negra Ogboni atacou fazendas e libertou escravos. Em 1816, vários engenhos em Santo Amaro foram incendiados. Já em 1826, o quilombo Urubu quase ocupou Salvador.

No ano de 1835, ocorreu o movimento mais expressivo, a Revolta dos Malês. Em iorubá, a palavra "malê" era usada para designar os negros convertidos ao islamismo. Bastante instruídos, por vezes, até mais do que seus senhores, os malês organizaram inúmeros levantes.

Entre os líderes dos malês estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luís Sanim, que elaboraram um detalhado plano de luta contra os senhores, visando soltar escravos e conseguir liberdade religiosa. Luísa Mahin, mãe do abolicionista Luís Gama, também é apontada como uma liderança do movimento. A batalha aconteceu no centro de Salvador com os malês atacando subitamente uma patrulha do exército. Porém, uma denúncia alertou sobre o início da revolta.

Na noite de 24 de janeiro de 1835, alguns malês foram cercados pela polícia na Casa de Manuel Calafate, local onde muitos rebeldes foram mortos e presos. Ao tentar fugir da cidade, um grupo de mais de quinhentos malês foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água de Meninos, onde ocorreram os combates decisivos, todos vencidos pelas forças policiais.

Neste confronto morreram sete integrantes da polícia e setenta malês. Aproximadamente duzentos escravos foram detidos no Forte do Mar e julgados nos tribunais. As condenações foram a pena de morte para os principais líderes, trabalhos forçados, fuzilamentos e açoites.
Apesar de massacrada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do sistema escravocrata. Havia um grande receio de que os negros conseguissem sua independência, como acontecera no Haiti naquela mesma época. Isso fez com que os senhores passassem a agir de forma mais rigorosa com os escravos e, em Salvador, os escravos foram proibidos de circular à noite pelas ruas e de praticar as suas cerimônias religiosas.

Timeline photos 21/11/2015

Mulheres negras de todo o país tomaram as ruas de Brasília nesta quarta (18) para protestar contra o racismo, o machismo e pedir o fim da violência e o bem viver. Elas representaram as 49 milhões de brasileiras negras e reivindicaram compromisso com a promoção da igualdade racial e de gênero. Lugar do negro e da negra é no protagonismo.

SEPPIR

Timeline photos 21/11/2015

with
・・・
Ernesto, 31 anos, ator e jornalista "Um carro da polícia ultrapassou a gente e apontou para o taxista parar. Eles mandaram a gente sair e mexeram só com a gente, com o taxista não fizeram nada. "Mão na cabeça!" Meu tio estava com uma guia de orixá no bolso e falaram:
- Olha lá...ainda por cima é macumbeiro. O que vocês estão escondendo aí? Por que não querem deixar a gente mexer nas coisas?

Para eles eram 3 negros dentro de um táxi. Só podiam ser bandidos. Chegando àquela hora da madrugada na rodoviária? "Pra onde você tá indo? De onde você tá vindo?" Eles fazem de um jeito que você sinta que estão te intimidando". Conheça essa e outras histórias na página "Senti na pele", no Facebook.

20/11/2015

Me ver
Pobre, preso ou morto
Já é cultural
Histórias, registros
Escritos
Não é conto
Nem fábula
Lenda ou mito
Não foi sempre dito
Que preto não tem vez?

Seu Jorge recita 'Negro Drama' (Racionais MC's)

https://youtu.be/yQdPM7r-cls

Timeline photos 20/11/2015

Terras de Luanda,
Costa do marfim,
Reino de Guiné,
Pátria de Aruanda
Awa de!

Carne em toneladas,
fardos de porão.
Quota da coroa
fichas de batismo,
marcados a ferro
para a salvação.
Entregues à morte,
sendo Cristo a vida.
Humanos leilões,
pecas de cobiça.

300 Milhões
de africanos mortos
Na segregação
caça das bandeiras,
do esquadrão da morte.
Exus do destino,
capitães-do-mato.
Quantos Jorge Velho
de todos os lucros,
de todos os tempos,
de todas as guardas!
Quantas Áureas Leis
da Justiça Branca!

Kyrie - Missa dos Quilombos.

Timeline photos 20/11/2015

Timeline photos 20/11/2015

“Não precisamos de um dia de consciência negra, mas de 365 dias de consciência humana.”

Dizer que somos todos humanos e, portanto, não é necessário definir um dia específico em memória a um povo, é uma maneira rasa e irresponsável de tratar a história brasileira. Embora sejamos todos humanos de acordo com a biologia, uma análise observacional nos aponta que em fatos reais não somos iguais. Como exemplo, temos a campanha que a Anistia Internacional do Brasil lançou esta semana, chamada “Jovem Negro Vivo”, que frisa o número de jovens negros assassinados, traçando um panorama das condições sociais em que estes jovens se encontram. A observação sobre a sociedade ainda nos chama a atenção para o fato de haver menos negros em universidades, mais negros em situação de rua, menos negros ocupando cargos altos em empresas, mais negros encarcerados, mais negros em cargos de servidão.

Não há nada mais ra***ta do que diminuir a importância do Dia da Consciência Negra.

Os 365 dias de consciência humana são uma ilusão preguiçosa que impede o acesso à História Negra e faz pousar sobre a sociedade a falsa ideia de que já vivemos em igualdade. Além disso, clamar por 365 dias de consciência humana para serem colocados no lugar da consciência negra é uma forma de silenciar o Movimento Negro e sua luta histórica por visibilidade.

O enfrentamento à sociedade estruturalmente ra***ta seguirá ferindo egos e privilégios dos que até então não haviam sido questionados sobre sua posição social. O racismo é uma ferida aberta, consequência histórica, e irá sempre ser abordada até o dia em que as pessoas negras forem realmente livres.

Fonte: Blogueiras Negras, 18.11.2014

Timeline photos 20/11/2015

"Não existe racismo no Brasil"

Timeline photos 20/11/2015

"A princesa Aqualtune comandou exército de 10 mil homens para combater a invasão de seu reino, no Congo. Derrotada, foi aprisionada e trazida para o Brasil, vendida como escrava reprodutora. Ao f**ar grávida, foi vendida para o engenho de Porto Calvo, onde tomou conhecimento de Palmares (também conhecido como Angola Janga (Minha Angola Pequena).

Nos últimos meses de gravidez organizou uma fuga para Palmares, onde liderou um dos mocambos que recebeu seu nome. Ela teria dado a luz à Ganga Zumba e Gana, que se tornaram chefes de dois dos mais importantes mocambos de Palmares. Posteriormente teria dado a luz a Sabina, que seria a mãe de Zumbi, o grande líder dos Palmares.

Aqualtune, com seus conhecimentos políticos, organizacionais e de estratégia de guerra, foi fundamental para a consolidação do Estado Negro, a República de Palmares"

Timeline photos 20/11/2015

Morto em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi decapitado e esquartejado, como era praxe entre os civilizados portugueses. Sua cabeça foi levada ao Recife para ser exposta em praça pública, com o que se esperava atemorizar e dissuadir quilombolas em potencial. Longe de se restringir a Palmares, o exemplo do quilombo se espalhou como fogo em palha de cana, atingindo todas as regiões da colônia [...]
Se vivesse hoje em dia, Zumbi teria muitas razões para a tristeza e a revolta, em virtude das condições de vida de seus descendentes, e da passiva aceitação por muitos destes da ideologia ra***ta e assimilacionista corporif**ada no mito da “democracia racial”. Mas encontraria também motivos de regozijo e esperança pela presença de uma cultura africana que soube resistir às adversidades para se impor - se não de direito, com certeza de fato - como a verdadeira cultura nacional brasileira. E pela crescente conscientização dos afro-brasileiros em relação aos seus direitos, à sua força, à sua capacidade e à sua História. Sem o que - não se pode ter dúvida disso - não estaríamos aqui, no dia de hoje, reverenciando a memória de Zumbi e a daqueles que com ele tombaram, em defesa da dignidade humana, na primeira república livre das Américas, a República de Palmares. Zumbi está vivo!

Abdias Nascimento, 1997.

Timeline photos 19/11/2015

・・・

O mês da precisa ser cada vez mais o mês de , da autonomia absoluta da mulher negra e da completa liberdade feminina, que protagoniza as trincheiras da resistência contra a discriminação por cor e gênero.

foi esposa de e, devido à conjuntura machista, ela não tem seu devido reconhecimento e nem é estudada nas escolas. Lutou contra o regime de escravidão no século XVII, liderou homens e mulheres fugindo dos padrões de gênero até hoje impostos às mulheres. Além dos serviços domésticos no quilombo, ela caçava, lutava , empunhava armas e liderava segmentos do exército negro do .
Dandara foi suprimida tanto pelo machismo que não lhe oferece posição de destaque na história do , como pelo racismo, que só dá visibilidade às mulheres brancas.
Dandara representa um símbolo de força e luta contra a escravidão no Brasil e um símbolo de empoderamento da mulher negra. Uma figura que não deve ser esquecida e tão pouco lembrada apenas como uma coadjuvante sob a sombra masculina de .

Até hoje não se tem conhecimento de como era o seu rosto ou de onde veio. Dandara não queria acordos pela metade e nem se vendia em troca de libertação parcial. Morreu como a he***na que foi em vida e, graças à sua luta, hoje temos força para continuar a batalha contra o brasileiro.
A he***na negra cometeu suicídio negando-se a voltar para a condição de escrava após ser capturada em 1694. ☆? - + ??/??/1694


negrosinvisiveis.tumblr.com
facebook.com/negrosinvisiveis

Timeline photos 19/11/2015

Amanda Balbino foi a única candidata negra do Miss Brasil 2015. A primeira representante negra do Distrito Federal foi vítima de racismo ao longo da sua trajetória, chegando a desistir da carreira de modelo: “Eles queriam que eu alisasse meu cabelo, afinasse meu nariz, mudasse meus traços, então, resolvi desistir”, contou em entrevista ao Correio Braziliense.

Quando venceu o concurso estadual, Amanda falou no facebook: "Tantas e tantas outras negras caminharam, persistiram e enfrentaram essas barreiras que muitos chamam de "invisíveis", mas se perguntassem saberíamos a cor que tem", desabafou a moça.

O título de Miss Brasil 2015 ficou com a gaúcha Marthina Brandt.

http://goo.gl/oNsleH

#

Timeline photos 19/11/2015

・・・
MISS BRASIL 1986 ★ Deise Nunes ★ Representante da Beleza Brasileira.

Timeline photos 19/11/2015

Pela primeira vez na história um avião Boeing 737 decolou comandado por duas mulheres como capitãs. Esse capítulo histórico da aviação aconteceu na última sexta-feira (16) na cidade de Harare, no Zimbábue. Foi lá que as pilotas Chipo Matimba e Elizabeth Petros decolaram a aeronave da Air Zimbabwe até as Cataratas de Vitória, na fronteira com a Zâmbia.

“Primeiro 737 só com mulheres na cabine de controle. Foi um prazer, Chipo Matimba”, escreveu Elizabeth seu perfil em uma rede social. A viagem durou cerca de um hora, mas representou muito para as pilotas. “A história foi feita!”, publicou a Air Zimbabwe na internet.

Um estudo da Sociedade Internacional de Pilotas de Aeronaves mostrou que 97% da categoria é compostas por homens. O feito de Chipo e Elizabeth já está causando impacto em vários lugares do mundo. As duas lançaram a hashtag (“Pintando o Céu de Rosa”) para encorajar outras mulheres a entrarem na profissão.

http://www.portalafricas.com.br/v1/pela-primeira-vez-na-historia-boeing-737-e-pilotado-por-mulheres/

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