Crônicas de Psicologia - Adriana Biem

Fazer escolhas pode ser uma dádiva e também uma sina.

Estamos a todo momento fazendo escolhas e também lidando com as consequências das escolhas que já fizemos.

Dificuldades em escolher podem derivar de dificuldades em lidar com o que vem depois, dificuldades de se responsabilizar pela vida que iremos viver.

É comum hesitar em alguns momentos, o que não podemos fazer, é jogar a responsabilidade de nossas escolhas em outras pessoas, o que não podemos é esperar fórmulas prontas para que não tenhamos que assumir o caminho que escolhemos.

Faça de suas escolhas uma forma de exercer a sua liberdade!!!

Relacionamentos são feitos de escolhas, processos, reflexões, decisões, conversas, paciência, riscos, medos e tantas outras construções em parceria…
Não são feitos de mágica e milagres como muitos pensam…
Claro que um pouco de sorte é bem vinda, mas depois é com você. Cultivar é o que sustenta o amor. E muitas vezes, é o mais difícil em tempos de tanto individualismo e liquidez nos relacionamentos humanos.

Adriana Biem

Algumas pessoas acreditam que não falando de seus dores emocionais, elas deixarão se ser importantes. Optam por tentar esquecer o vivido acreditando que falar só trará mais sofrimento.

Será que é assim mesmo que funciona? Você já tentou esquecer uma dor física e então ela de uma hora para outra parou de doer? Acredito que não…

Elaborar e ressignificar nossas dores é um caminho importantíssimo para a fluidez da vida, para vivermos de maneira mais plena e satisfatória, podendo assim, integrar todas as nossas partes dando significado aos acontecimentos.

A dor não some só porque você finge que ela não está ali.

Momentos terapêuticos, viagens terapêuticas e até mesmo pessoas terapêuticas. Isso tudo existe, faz parte da vida e trazem imenso prazer.

Existe muita coisa terapêutica na vida. Treinar, tomar cerveja com os amigos, ler, brincar com o seu cachorro, comer uma comida que você ama.

Não deixe de ter momentos terapêuticos, mas não confunda isso com terapia.

Os profissionais de Psicologia possuem uma extensa formação em comportamento e psiquê humano, além de vasto conhecimento sobre as emoções, traumas, defesas, relações humanas, entre muitas outras coisas.

A terapia te aprofunda em questões especiais. Trata traumas, ajuda a lidar melhor com seus relacionamentos, além de promover autoconhecimento essencial para você poder tomar melhores decisões.

A terapia aprofunda, acolhe e cuida.
As coisas terapêuticas te distraem das situações que estão te incomodando

Distração é muito importante, ter contato com algo desagradável 100% do tempo, é de alguma maneira insuportável e também pouco produtivo. Sendo assim, é necessário viver situações mais leves para conseguimos continuar suportando, mas não dá pra passarmos uma vida nos distraindo do que realmente importa.

Uma hora será necessário olhar para suas questões de maneira mais profunda.

Adriana Biem

Faz algum sentido pra você?

Claro que o cansaço pode ser por vários motivos e às vezes cansaço é só cansaço mesmo, sem “psicologizar” muito, mas se vc está sentindo um cansaço que não consegue explicar, tente olhar um pouquinho para tudo o que está tentando controlar ao seu redor…

Tentar controlar tudo é extremamente cansativo (além de inútil).

Evitamos tanto os erros, mas já parou para pensar sob esse outro ponto de vista? E se os erros fossem uma possibilidade de ver as questões de uma forma mais criativa? Você se permitiria errar mais?

É muito fácil cair na cilada do cuidado excessivo, e de repente sentir-se sobrecarregada com as tarefas que você mesma se propõe a fazer. Cuidar do outro é importante, mas não é possível, a longo prazo, cuidar do outro sem cuidar de si.

Será que tudo que você faz é realmente necessário? Será que o outro não pode dar conta de algumas coisas sozinho? Será que os limites estão bem estabelecidos?

É fácil confundir!!

Tenho um pouco de pé atrás com listas do que devemos fazer, pois penso que além de um pouco deterministas, elas passam a imagem de que tudo é muito fácil. É só seguir os passos e tudo será resolvido, e que se você não conseguir resolver, a culpa é sua e da sua incapacidade.

Então, trago uma lista com algumas dicas e já adianto que não é um processo fácil e nem simples.

O intuito da lista é o exercício da observação dos seus sentimentos como uma ferramenta para tentar facilitar o processo de acolhimento, mas como eu disse, é um processo, e processos quase nunca são fáceis.

Quem por aqui já se sente aberto para conhecer-se e desconhecer-se?

Bom final de semana!! 😀

Esse é um equilíbrio nem sempre muito fácil de alcançar e pode gerar muitas confusões pelo caminho, mas o saudável é estar sempre em movimento, visitando cada lugar um pouquinho.

A rigidez nesse processo, tanto para um lado quanto para outro, pode acabar fazendo com que percamos a nossa identidade e nosso contato com as nossas próprias necessidades, quando colocamos muito a nossa atenção no outro, ou que nos tornemos muito autocentrados e desconectados das relações importantes e do nosso próprio crescimento que se dá nessas mesmas relações quando focamos única e exclusivamente em nós mesmos.

Você está saudável em suas relações?

Há muita confusão entre essas duas palavras, ou melhor, entre essas duas atitudes.

Muitas vezes, na ânsia de preservarmos a nossa individualidade a todo custo, acabamos por nos tornarmos demasiadamente individualistas, de não considerarmos o outro e as nossas relações em nossas decisões.

É fácil ultrapassar a barreira entre uma coisa e outra e, em vez de ter uma flexibilidade entre os conceitos, sabendo distingui-los no nosso dia a dia, acabarmos criando uma rigidez na noção de si mesmo e dos nossos limites e caminhar para um lugar que não existe espaço para relações saudáveis devido ao individualismo.

Lembrem-se que somos seres relacionais e que para vivermos de forma saudável, é preciso sim preservar a nossa individualidade, mas além de tudo, é preciso entender que pessoas fazem e sempre farão parte de nossas vidas.

Relacionamentos devem oferecer terras férteis para que outro possa florescer sendo aquilo mesmo que ele é.

Seu relacionamento te faz florescer? Você é terra fértil para outra pessoa?

Isso é para qualquer relação viu gente? Não somente a relação amorosa.

Que os pais sejam essa terra fértil para os filhos, que os amigos sejam, que os parceiros sejam também!!

Acolher o “vir a ser” do outro tendo genuíno interesse pelo que florescerá!! 🌹

Questione sempre!

As dúvidas nos fazem chegar a novos lugares, novos pensamentos, novos caminhos. A incerteza gera curiosidade necessária para a nossa evolução.

As certezas muitas vezes nos afastam de novos conhecimentos e da própria essência da vida, que é o despertar.

O quanto essa questão ficou mais clara para todos nesse momento de pandemia?

Quem aqui acha que consegui ter mais clareza sobre as incertezas nesses últimos tempos?

Essa ideia não surgiu agora, mas talvez tenha tido maior entendimento nessa fase.

Em bons relacionamentos, naturalmente você vai QUERER ser uma pessoa melhor, e não vai PRECISAR ser uma pessoa diferente.

Você consegue ter um relacionamento leve sendo você mesmo? 🤔

É importante saber separar o que e regra e o que é exceção em nossa vida. Essa questão é uma que, se confundida, pode confundir toda a nossa dinâmica, estragar nossos planos, atrapalhar nossas metas.

Podemos perceber isso em questões alimentares, financeiras, amorosas, relacionais, laborais, etc...

E você? Sabe separar na sua vida o que é regra e o que é exceção?

Adriana Biem

A empatia faz com que a gente consiga se relacionar de modo mais respeitoso e compreensivo com o outro.

Estimula a reciprocidade e nos aproxima das dores comuns aos seres humanos.

Como é a sua capacidade de se colocar no lugar do outro? Você se considera uma pessoa empática?

Aceitar quem somos e a nossa história é fundamental e um dos processos que realizamos em psicoterapia.

É preciso aceitar todos os nossos processos, inclusive os dolorosos.

Ao abandonarmos a ideia de sermos o que não somos, podemos enfim, eu um terreno sólido, nos tornarmos nossa melhor versão.

Adriana Biem

Algumas pessoas tem facilidade para construir. Constróem ideias, relacionamentos, histórias. Incentivam os outros, apoiam sempre que possível, e normalmente fazem com que seja possível.

Algumas tem sempre a intenção de destruir, não conseguem estruturar coisa alguma e anulam qualquer ideia com críticas exacerbadas. Tornam as coisas impossíveis.

Qual dos dois é você?
Como são as pessoas que te cercam?

Adriana Biem

Essa costuma ser uma das maiores desculpas para que muitas vezes fiquemos imóveis diante dos nossos problemas.

Acreditar que o tempo irá resolver tudo é uma ideia falsa e só irá arrastar e aumentar a maioria das questões que precisamos resolver. Temos essa impressão porque de longe, as coisas acabam parecendo menores.

O tempo dessa forma, pode se tornar até um inimigo, pois nos dá a ilusão de que tudo será resolvido.

É necessário encarar algumas situações e entender que para resolver aquilo, será necessária alguma atitude e coragem.

O tempo ajuda em algumas situações, mas em outras, a ajuda terá que vir da nossa própria força.

Adriana Biem

Esqueça a ideia de que será perfeito quando encontrar seu grande amor. Se você não esquecer isso, pode deixar escapar pessoas realmente especiais.
Perfeição e vida real não combinam.

O seu grande amor pode chegar não da forma como você idealizou, mas e daí? Talvez a outra forma seja até mais divertida.
Não ache que com seu grande amor você não terá discussões, não terá caras feias ou brigas banais. O diferencial será a forma como resolverão essas diferenças.

O seu grande amor terá dor de barriga, preguiça de te acompanhar em alguns programas e às vezes uma família difícil de lidar, mas haverá compreensão dos dois lados para entender qual é a melhor forma de seguir em frente.

O seu grande amor ficará doente, desempregado e de mau humor. Terá medos, inseguranças e momentos de isolamento. Isso não significa que ele não serve para você, e sim que ele é um ser humano. Encontrem a melhor forma de respeitar a humanidade um do outro.

Nem tudo tem a ver com você, mesmo com seu grande amor, ele tem toda a vida dele pra viver.

Ele também está aprendendo, vai errar e pode te magoar. O aprendizado está na forma como tudo será resolvido, na vontade de melhorar para que a relação seja cada vez mais um local de bem estar e aprendizado e não de competição e orgulho.

O grande amor sempre irá somar!

Às vezes a gente se apega, a gente quer que tudo permaneça igual, mas o que é a vida senão um eterno processo de mudanças?

Apegar-se causará ansiedade e uma briga inútil com a própria fluidez da vida.

E você? Como lida com essa questão? Deixa fluir ou se apega?

Adriana Biem

Aquela “tristezinha” que parece inofensiva, aquela “briguinha” que parece boba, aquela “brincadinha” que irrita o outro e parece engraçada.

Todas essas coisas quando feitas de maneira repetida e sem consciência, acabam se tornando grandes problemas muito mais difíceis de serem resolvidos.

Preste mais atenção nos seus atos do dia a dia, tome mais consciência das situações que podem crescer e ir para caminhos não desejados. A maioria das questões que se tornaram grandes problemas, um dia já foram pequenas e mais fáceis de serem resolvidas.

Adriana Biem

Muitas vezes nos convencemos de que merecemos menos para cabermos no que os outros estão dispostos a nos dar.

A gente vai se encaixando e se adaptando, sem perceber que aos poucos vamos diminuindo e perdendo nosso brilho.

Você consegue fazer esse exercício de entender se está aceitando menos do que merece? Me conta aqui...

Quando ficamos “de mal” com alguma parte nossa, não conseguimos integrar verdadeiramente quem somos e seguir a vida de uma forma que consigamos entender que todas as nossas experiências nos levaram a ser quem somos hoje.

Para nos amarmos hoje, não podemos odiar quem já fomos!

É claro que somos seres sociais e que precisamos um dos outros.

É claro que as pessoas tem que desenvolver e fortalecer a responsabilidade afetiva, mas sempre que nos sentimos decepcionados, é importante que olhemos para nós mesmos, para localizarmos em que ferida nossa, o outro acabou mexendo.

As pessoas, no fim, são o que são e cabe a nós aceitarmos se queremos elas na nossa convivência ou não.

O processo para isso não é nada fácil e nem rápido, mas é possível.

Se você ainda tem dúvida se a psicoterapia é pra você, veja alguns dos motivos que podem te ajudar a esclarecer e a decidir se esse é um bom caminho a seguir.

E você que já faz terapia, acrescentaria algum motivo?

Espero que ajude! 😊

A raiva é uma emoção primária, natural do ser humano e que muitas vezes acaba sendo mal interpretada e encoberta.

Sentir raiva não é errado. O que devemos observar é o modo como lidamos com ela a a expressamos.

O que você faz quando sente raiva e como lida com ela?

Adriana Biem