Luciana Fonoaudiologa

Vamos falar sobre apraxia de fala!!! Você sabe o que é?

Não perca o 2 Simpósio de Saúde, Educação e Práticas interventivas: Uma visão na neurociência, em julho.

inscrição: https://www.sympla.com.br/evento-online/2-simposio-de-saude-educacao-e-estrategias-interventivas-uma-visao-na-neurociencia/1515022

O Modelo Denver de Intervenção Precoce (ESDM) é um dos métodos utilizados na intervenção para o autismo e apresenta comprovação científica. É destinado às crianças de 12 a 48 meses, visa reduzir a severidade dos sintomas do autismo e acelerar o desenvolvimento da criança em todos os domínios, por meio de ensino naturalístico e priorizando a motivação da criança.
Esse final de semana foi de muito aprendizado, para que eu posso oferecer o melhor para os pequenos.
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# fonoaudiologia

Ontem foi dia de dar alta 😍. Uma boa avaliação nos ajuda definir os objetivos e, assim, planejar as estratégias adequadas para a terapia, para ter sucesso na intervenção 😉.

O processo de aquisição dos sons segue uma hierarquia! Por isso é comum vermos as crianças produzirem um som da língua portuguesa em uma palavra, mas não produzi-lo na fala encadeada, por exemplo!

A boca é o produto final da fala, onde os sons são articulados! Acontece que antes disso, a mensagem deve ser ouvida, pra que o cérebro programe, planeje e execute os movimentos necessários para cada som, sílaba, palavra e frase, para a elaboração de uma resposta adequada!

Por isso, a investigação de uma dificuldade na fala, vai muito além de olhar pra boca da criança! Precisamos garantir que o sistema auditivo, assim como suas vias, estejam íntegros e investigar o controle motor da fala também!

A fala não é a única forma que utilizamos para nos comunicar! Por isso, é sempre importante que os pais e profissionais estejam atentos às formas de comunicação não verbal e compreensão também! 😉

A pessoa com deficiência não é uma pessoa que apresenta um defeito, que deu errado, com uma alteração indevida. A deficiência não é um erro dentro da humanidade. A deficiência é parte da nossa condição humana. A deficiência é natural. A deficiência faz parte.

A pessoa com deficiência não se resume à sua deficiência. A pessoa com deficiência é uma pessoa como eu e você! Capacitismo é como chamamos o preconceito contra a pessoa com deficiência e qualquer tentativa eliminar deficiências é uma tentativa de eugenia. Pessoas com deficiência não devem ser vista como menos pessoa, menos capaz, menos importante, menos necessária. Elas são gente como eu e você.

A reabilitação é processo de intervenção que favorece a participação das pessoas com deficiência na sociedade e nas atividades que ela bem entender realizar.

A pessoa com deficiência não é uma pessoa com um problema. É uma pessoa com uma especificidade.

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É um tema bem delicado. Depende muito do tipo de dificuldade. Em geral é um diagnóstico de exclusão. Existem muitos mitos, por exemplo: a criança viu um sapo e fico gaga.

Muitos pais me perguntam sobre separação e criança que regrediu ou parou de falar. Mas já percebeu que muitos pais se separam nos primeiros anos depois que nasce o bebê?! Não necessariamente o fato da criança ter parado de falar ou não ter desenvolvido a fala tem relação com questões emocionais (e nem toda separação é traumatizante). Por isso digo que é muito complicado juntar alhos com bugalhos. Existem dificuldades de fala com envolvimento psicológico como o mutismo seletivo, algumas disfonias enfim, tudo deve ser avaliado com cuidado antes de tomarmos conclusões precipitadas.

O problema é sendo humanos somos projetados para buscar sentido em tudo, a gente tenta o tempo ligar as coisas. Qualquer dor de barriga do bebê e a gente começa: será que foi o que eu comi, será que foi o excesso de calor, será que é virose, será que é o dentinho, será que é mau-olhado?! Verdade ou não é??? Essa mesma habilidade que nos torna cismados e conspiradores é a habilidade que nos ajuda a ajuntar o som “água” com o elemento 💧 nos dando o poder da linguagem. A gente busca o sentido de tudo o tempo todo. Nada contra, de verdade, mas tem gente que encontra sentido até no alinhamento dos astros no dia que a pessoa nasceu, que dirá num ocorrido supostamente traumático e uma dificuldade da criança... Pode estar relacionado?

As vezes sim, mas de novo, muita calma nessa hora, vamos excluir causas orgânicas e desenvolvimentais sem nunca esquecer que aquela criança é um ser biopsicosocial e pertence à uma família, comunidade, cultura e que tem uma história de vida única, a qual temos a honra de influenciar positivamente!

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Alguém aí tem um irmão que é intérprete e porta-voz do outro? A primeira coisa que eu gostaria de dizer é: Que bom que o irmão entende e interpreta o outro. É isso que todos nós devemos fazer, procurar o sentido no bebê, tentar entender e interpretar o que ele quer comunicar muito antes mesmo dele falar.

Isso é posicionar o bebê como falante. O segundo passo, que pode ser onde mora a dificuldade é: Garantir um espaço de fala para o bebê, garantir uma voz: filho vc quer água ou suco? Vamos no parquinho? Mas e se o irmão responde por ele?! A gente precisa pontuar as coisas: “fulano eu perguntei para o seu irmão, vamos ver a resposta dele, vamos esperar!” “Beltrano vc quer ir no parquinho???” .... tempo.... silêncio ..... repete a pergunta.... Ele tem que se manifestar: Não precisa ser uma palavra, pode ser um sorriso, um acenar com a cabeça, um sair correndo em direção à porta, até mesmo o silêncio comunica.

Mas ele precisa saber que existe um espaço na família que só pode ser preenchido por ele e por mais ninguém! E o irmão vai ficar orgulhoso dele: viu mamãe, ele fez que sim com a cabeça, ele quer sim, viva!!!!

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Sabe o Galvão Bueno? Ele narra exatamente o que a gente vê, certo?

Assim deve ser com a criança - NARRAR a rotina, os acontecimentos (ou o que vai acontecer).

Ex. Hora da refeição: “Agora a mamãe vai arrumar a mesa, colocar os pratos, talheres, copos, para depois servir o arroz e o feijão que vamos comer”.
Hora do banho: Vamos até o banheiro! Agora tem que tirar a roupa: a calça, camiseta, cueca. Agora vamos ligar o chuveiro e pegar a sabonete...

Narrar estimula a linguagem compreensiva e expressiva.
Portanto prepare sua voz e seja um ótimo narrador! 📣


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Os gestos são a primeira manifestação da comunicação intencional e carregados de significados. Gestos são preditivos do desenvolvimento lexical.

Valorize cada gesto que seu filho faz e estimule a fala nestas ações.

Ex: movimento da mão de um lado para o outro dando tchau - você fala repetidas vezes “tchau, tchau”.

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A voz da mãe acalma o bebê enquanto ele está na barriga e os sons internos ajudam no desenvolvimento da audição, mas não só isso, a própria linguagem começa a ser construída ainda na gestação.

Pouco antes de nascer, o cérebro já diferencia o idioma falado pela mãe, ainda na gravidez as mamães podem conversar com o bebê e depois que ele nasce deve continuar falando, contando histórias.

Quanto mais cedo a criança é exposta, mais vai aprender, pois nesse período ocorre a maturação cerebral e ela terá capacidade maior de absorver elementos únicos.

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Sabe o que isso quer dizer? Que seu filho está sempre “sugando” os estímulos, aprendendo a todo momento, por isso: crie situações que estimulem de forma saudável a fala e a comunicação da criança ❤️

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A forma como corrigimos as crianças é super importante. Ela pode nos ajudar a fortalecer a autoestima e incentivar a criança, ou o contrário, levando-a até mesmo à se recusar a tentar novamente.
Arrasta a imagem para o lado para ver formas alternativas para algumas falas que às vezes pode sair sem querer no dia a dia.

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Fale sempre a função das coisas que pega ou pelas quais a criança se interessa, além de dizer o nome e se possível a leve a ver como funciona enquanto também fala o nome das ações e de coisas envolvidas.
Dessa forma você fornece vocabulário funcional tanto para a fala quanto para a compreensão.

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A linguagem é a capacidade que nos permite adquirir e utilizar os recursos da comunicação, expressar as idéias, emoções e pensamentos, o que pode ser feito por meio da fala.

O desenvolvimento da linguagem começa antes do aparecimento das primeiras palavras.

Por isso, para que a criança desenvolva a fala, é importante estimular a linguagem

O conhecimento explícito é aquele que a gente se da conta de que está aprendendo, é um aprendizado mais consciente e cognitivo. O conhecimento implícito é quase osmótico, mais inconsciente e vindo da prática e interação com o ambiente.

O aprendizado da fala, na minha opinião é muito mais implícito e intuitivo, quando vc vê aprendeu. Ele está muito mais na interação, na brincadeira que no: “fala ca-va-lo”. Se vc pensa que para uma criança falar vc precisa ensinar palavra por palavra, pense de novo!

É muito importante a interação dos pais com o bebê para estimular a prática de fala carregada de sentido, contexto e emoção. Esse é um investimento poderoso de tempo, funciona sempre, embora em alguns casos apesar disso a criança pode precisar de ajuda especializada com fono.

Lembre-se: conexão vem antes de comunicação!

NÃO! Falar separando as sílabas não ajuda não, acho até que atrapalha.

Diferente do que vc possa imaginar falar as sílabas isoladas não vai te ajudar a falar palavras e sentenças.

Da mesma forma que decorar movimentos isolados não te transformará num dançarino! É preciso conhecer as transições, é preciso se envolver com o ritmo, é preciso saber improvisar! Falar é sambar!

E pra sambar só sambando, só praticando, tentando, observando, se envolvendo, e achando graça nisso! Falar é igual! Tem muitas coisas que a gente pode fazer pra favorecer a fala do bebê e aqui vão as dicas:

1- Capricha na entonação.

2- Alongue um pouquinho as vogais

3-chame a atenção da criança para a sua boca

4- Associe a palavra a gestos ou figuras

5- Não fale numa velocidade de narrador de jogo de futebol, leiloeiro, radialista na hora da propaganda.

Mas isso não é pra falar com crianças apenas, com qualquer ser humano!

6- Aumente o tempo de latência, o tempo entra a pergunta é a resposta que vc espera. Isso sim! Aumente pra valer!

Tenho recebido muitas mensagens de profissionais e pais me questionando se esta nova geração de quarenteiners está mesmo mais atrasada no desenvolvimento. Eu não tive acesso a dados epidemiológicos neste sentido.

Não temos evidências de que isto procede. E se isso procede se trataria de um atraso em relação ao esperado ou uma adaptação da espécie à uma mudança ambiental, no caso, cultura-comportamento.

Espero que pesquisas com este teor estejam sendo realizadas no Brasil. Pq vamos combinar que quarentena aqui não é igual a quarentena na Inglaterra ou no Congo, por exemplo.

Mas partindo de uma perspectiva sociointeracionista que é meu ponto de partida, seria improvável ser diferente. Isolamento e distanciamento social, escolas e creches fechadas, pais sem suporte fazendo home office com um olho na tela e outro criança (que também está com o olho na tela) são uma receita para a privação de interação. Cantei esta pedra em Maio 2020 numa reportagem para a revista crescer.

Mas considerando que esta diferença exista ela é um atraso ou é evolução? Já parou pra pensar nisso?! Evolução é adaptação, nem sempre progresso ou melhora. Quem é mais evoluído, nós humanos ou as baratas??? Resposta: quem se adaptar melhor às mudanças! Então pq nós estudamos as baratas e elas não nos estudam? Nós estamos no topo da cadeia alimentar, dominando o globo todo e possivelmente a habilidade que nos trouxe até aqui é a linguagem, a capacidade de juntar significantes e significados e transmitir mensagens complexas e abstratas aos outros da espécie.

Eu acredito que esta mesma habilidade nos levará à diante e que a inabilidade ou o atraso em comunicação e linguagem de nossos bebês é muito preocupante. Nos adaptarmos a pobreza de estímulos reais, significativos e humanos na minha visão é um prejuízo incalculável. Mas a verdade é que só o futuro dirá!

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Começando a sua quarta com essa super dica em recursos visuais as informações sobre o brincar simbólico: Qual a idade, os pré-requisitos, as habilidades envolvidas e como ajustar as expectativas e favorecer o processo. 🥰

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Um assunto bem pouco falado, pouco comentado, cheio de mitos e ainda por cima pouco tratado na literatura! MUTISMO!!!! Difícil achar literatura sobre o tema. Pesquisei um bom tanto é ainda estou insegura de estar falando coisa errada. No DSM-5 só achei o Mutismo Seletivo. Vou responder os comentários dentro do melhor entendimento que eu tenho que por sinal não é muito.

O importante é ressaltar que é o mutismo existe e que o tratamento pode ajudar muito em muitos casos.

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Você só pode comparar o seu filho com uma criança: ele mesmo!

É comum as mamães ficarem desesperadas por comparar o seu filho com o de outras crianças da mesma idade, mas será mesmo que isso vai ajudar no desenvolvimento da criança ou só piorar a situação?

É muito importante evitar a comparação, porém é necessário conhecer os marcos dos desenvolvimento para nortear a estimulação correta.

Me conta a sua opinião sobre comparações depois de ler essa dica.

As mamães concordam? A estimulação correta da linguagem aproxima a mamãe e a criança, melhorando a comunicação e a relação dos dois.

Você se identifica com essa frase? Me conta como tem sido o processo de desenvolvimento da fala e linguagem do seu filho.

Essa dúvida é muito comum entre as mamães que estão iniciando a estimulação correta da linguagem, então resolvi listar algumas dicas para ajudar.

Você já passou por essa situação de não entender o que a criança está falando? Me conta como você lidou e se essas dicas te ajudaram para as próximas vezes!

Você consegue multiplicar-se de um modo tão peculiar, tão atento, tão forte. Coisas dessas estão somente à altura de pessoas como você, Mãe!

É que somos tantos filhos, tantas bocas para alimentar, tantos corações para encher de amor, tantas cabeças para educar, e mesmo assim você sempre conseguiu dar conta de todos nós. Sua entrega, seu empenho e dedicação são a razão de tanto amarmos você! Obrigado, Mãe.

Desenvolvimento pessoal e social da criança:
brincar para aprender

Brincadeiras mais simples estimulam condutas importantes para o desenvolvimento social infantil. Ao brincar com outras crianças o seu filho vai precisar compartilhar brinquedos, ideias e vontades contribuindo para que ele aprenda sobre o direito do outro e o respeito ao próximo.

Blocos de construção, jogos de tabuleiro e as brincadeiras tradicionais como pular corda, amarelinha e elástico são excelentes formas dos pequenos interagirem uns com os outros. Além de estimular o desenvolvimento social da criança, esses passatempos também beneficiam a coordenação motora e a linguagem.

Já as atividades que envolvem competições em equipes ensinam a criança a ganhar e perder de forma saudável, estimulando o espirito esportivo. As modalidades esportivas como futebol, vôlei e tênis têm a vantagem de servir como recreação, exercitar a criançada e ainda educar sobre esses conceitos.