ALCEP - Associação Livre Centro de Estudos em Psicanálise

DesAtos - Ato IV recebe José Cavalhero e Cayo Vieira para pensar o que pode uma imagem. Não uma imagem estática, capturada, congelada, mas justaposta de movimentos de vida, produzindo fendas no tempo a partir do olhar e do gesto artístico.

Com a interlocução do psicanalista Tiago Schiavon, faremos um diálogo-composição entre as obras “só me lembro da tua ausência” e “nem frio nem calor, apenas o cheiro de jasmim”. A sobreposição desses gestos artísticos que pensam o vínculo a partir da criação, uma filiação intensiva em devir que atravessa os campos da lembrança-esquecimento, vida-morte orgânicas e propõe outras relações em fazer-se.

As pinturas do trabalho de José Cavalhero são autorretratos dos fungos que se fazem no jogo entre sobreposição e justaposição de imagens de slides familiares antigos e a pintura atual, nesse meio vivo que a decomposição, o tempo e o gesto produziram.

As fotografias analógicas de Cayo Vieira, em sobreposição de tempos e espaços, agenciam a imprevisibilidade de uma criação na relação. Os filmes rebobinados te expostos revelam a morte do pai como revivif**a sua presença em um ausência ativa.

Qual o ato que possibilita, que abre caminho, que produz espaço, para o próximo ato? Qual gesto sobrepõe tempos, imagem, memória e afeto e gesta novos campos de possível? Quando a decomposição é o nascer de uma nova composição, de um composto alquímico que conjuga vida, morte, esquecimento, aparecimento?

DesAtos - encontros entre arte e psicanálise é uma ação aberta à comunidade realizada pela ALCEP/PR em parceria com o coletivo de arte NÓ movimento em rede. DesAtos é uma série de eventos que tem por objetivo promover diálogos entre arte e psicanálise.

DesAtos - Ato IV
ENTRE tempos

com Cayo Vieira
José Cavalhero
Tiago Schiavon

Serviço:
Data: 15 de maio
Horário: 19h30
Local: Espaço NÓ
Travessa Doutor Flávio Luz 132, sala 5
Juvevê - Curitiba/PR

Valores:
R$ 20 (social)
R$ 35 (cobre os custos)
R$ 50 (apoia o projeto)

obs: ingressos comprados na hora serão pelo valor de R$ 50. Sujeito a lotação

PIX: 33447217000101
Cayo Vieira

enviar o comprovante para (41) 99722-0705

* Inscrição individual.

Germinário Sublime Ação - todas às sextas, encontro online das 10:00h às 12:00h A mim interessa o encontro de multiplicidades.
Afirmações de desejos, falas desimpedidas, exercício
pulsional. Interessa saber se o que fazemos aqui esta para produção do bem ou para produção do mal. Entendendo por “bem” não o prazeroso, mas sim tudo o que pode vir potencializando a vida, e mal algo que não tem nada a ver com a moral dos sistemas vigentes de valores, que definem por mal tudo que não for sucesso na arrecadação de capital financeiro ou narcísico. O que é mal vindo é tudo que sufoca, despontencializa a força para vida.
Vamos em frente... Por Gilceley Santos

DesAtos - encontros entre arte e psicanálise é uma ação aberta a comunidade realizada pela ALCEP/PR em parceria com o coletivo de arte NÓ movimento em rede. DesAtos é uma série de eventos que tem por objetivo promover diálogos entre arte e psicanálise.

Através de Atos, convidamos artistas a trazerem ao público uma obra e, a partir dela, se desdobrará aproximações psicanalíticas.

DesAtos - Ato III
BIBLIOTECA DE CORPOS

com Luciana Romagnolli
Neto Machado
Jorge Alencar

Serviço:
Data: 17 de abril
Horário: 19h30
Local: Espaço NÓ
Travessa Doutor Flávio Luz 100, sala 5
Juvevê - Curitiba/PR

Valores:
R$ 20 (social)
R$ 35 (cobre os custos)
R$ 50 (apoia o projeto)

Inscrições pelo link da bio

Curso: Racismo e Psicanálise
Escuta: sofrimento e linhas de força

Vagas afirmativas disponíveis

Inscrições abertas!

Início: 10/04

DesAtos - encontros entre arte e psicanálise é ação aberta a comunidade realizada pela ALCEP/PR em parceria com o coletivo de arte NÓ movimento em rede. DesAtos é uma série de eventos que tem por objetivo promover diálogos entre arte e psicanálise.

Através de Atos, artistas serão convidados a trazer ao público uma obra e, a partir dela, se desdobrará aproximações psicanalíticas.

DesAtos - Ato II
com Thais Adorno e Marcel Malê

Seria a escrita um novo modo de existência? A escrita como abertura e dispositivo de transmutação vem de quais letras e de quais línguas?

Escrita tem cor? E corpo?

Na encruzilhada entre a Arte e Psicanálise propomos espaço para pensar escritas, gestos e corpos que escrevem individual e coletivamente.

Entre escritas, racialidades e contornos propomos um convite:

Faz um capítulo comigo?

Thais Adorno é psicóloga, psicanalista e escritora.

Marcel Malê é artista da cena e pesquisador
Estuda sobre o apagamento de narrativas afro-diaspóricas nas artes da cena em Curitiba.

Serviço:
Data: 13 de março
Horário: 19h00
Local: Espaço NÓ
Travessa Doutor Flávio Luz 100, sala 5
Juvevê - Curitiba/PR

Valores:
R$ 20 (social)
R$ 35 (cobre os custos)
R$ 50 (apoia o projeto)

Inscrições pelo link da bio

Clube de audiovisual • Mexidão
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​​Mexidão, como o prato mineiro com tudo dentro, sem preconceito. Mexidão de gêneros, estilos, tons, e temas. Mexidão porque bota a gente pra sentir. Pra falar da potência e da beleza nas narrativas alegres e tristes da ficção e da vida. A cada temporada, um tema ou jornada. E, nesta primeira, queremos falar sobre justiça visceral olhando pra experiência do que é comprimido e busca vazão.
​​
​​O formato do clube é por encontros quinzenais, em que abordamos e elaboramos temas através de dois filmes sugeridos. A lista de filmes desta temporada é composta por diversos tons e gêneros (e décadas) para auxiliar numa jornada temática:
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​​1. Gaiolas impostas e autoimpostas que impedem o livre trânsito das nossas subjetividades
​​2. Alianças que construímos que tornam possível a percepção de que há impedimentos e a superação deles
​​3. Resistência do vivo que se recusa à submissão
​​4. Justiça visceral, os caminhos de retif**ação possíveis em nome da justiça - por vezes vingança
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​​Alguns dos filmes previstos dentro destes temas são: Cidade de Deus, Cinco Diabos, Amor à Flor da Pele, Thelma & Louise, Entre Mulheres, Nimona, Ladrão de Sonhos, Princesa Mononoke, Assassinos da Lua das Flores, Midsommar, Lady Snowblood, Simpatia por Lady Vingança e Suspiria.
​​
​​Início: 11/03
​​Frequência: Encontros quinzenais, às segundas-feiras, 19h30
​​Faixas de contribuição: R$60 ou R$100
​​Inscrições: abertas ao longo do ano via formulário (disponível em www.alceppr.com.br/atividade e link na bio )
​​Dúvidas: via whatsapp (41) 98440-3125

02/03 - Psicanálise e arte II- (8 encontros, sábados quinzenal das 10h às 12h, inscrições abertas até 02/03)

05/03- Percurso de Psicanalista (atividade regular, toda terça das 19h30 às 21h, inscrições encerradas para esse semestre)

08/03 - SublimAção (atividade regular, toda a sexta-feira às 10, com inscrições abertas o ano todo)

-11/03 - Mexidão (atividade regular, com encontros quinzenais, segundas-feiras, 19h30, inscrições abertas o ano todo)

13/03 - DesAtos (atividade mensal e presencial; quartas-feiras, 19h. As inscrições de março serão de 02/03 a 12/03)

13/03 - Ritornelos (atividade regular, quartas-feiras 14 às 15h30, inscrições abertas)

Grupo de Estudos Ritornelos
Retornando à obra de Félix Guattari

“Melhor a trama das coisas que o drama da vida. Manter o rumo. Consistência do virtual. Ritornelo real.”
Ritornelos - Félix Guattari

Este grupo [re]surge, retorna, se fazendo outro. Ano passado mergulhamos no estudo do livro Caosmose, convocadas pela palavra singular, molecular, de Guattari, em um texto clínico e pragmático, que instiga a produção aberta de uma teoria viva. Agora, faremos um retorno à sua obra, como modo de seguir adiante, em ritornelos clínicos e afetivos.

Nossa proposta é estudar uma trama de diferentes textos e dizeres do autor, orientadas por fios temáticos que puxaremos ao longo do trabalho, a partir dos interesses e caminhos trilhados pelo grupo.

Para iniciar as atividades, no mês de março exploraremos este dizer por uma série de entrevistas com Guattari, como um modo de nos aproximarmos dessa voz. Encontrando as brechas que queremos alargar e ver por onde passa a força do dizer quando inquirido por perguntas, quando interpelado pelo Outro.

O grupo acontecerá nas quartas-feiras (com excessão da primeira do mês), das 14h às 15h30. Os encontros são on-line via meet.

Iniciamos os trabalhos dia 12/03. Interessados podem entrar em contato via DM com ou

ALCEP e NÓ convidam:
DesAtos - encontros entre arte e psicanálise

Laço. Nó. Ato.
O que o ato move em nós?
Quais amarrações nos compõe?
Quando a ligação é abertura?

Psicanálise e arte andando juntas, costurando-se. O ato de tecer como proposta criativa e criadora de novas linhas e ligações. Pontes que se constroem e pavimentam caminhos não trilhados. Lugar de encontros. De tecer juntos aberturas.

ATO I
com Gilceley Santos e Elisabete Finger

Decifração, descentramento, a desmedida que coloca em questão todas as medidas, que desata e desfaz, uma santa destruição, que revirada do avesso, vista do estômago dela mesma, é um novo ato. Ato que desata e libera, liberta o desejo e dá uma nova direção.

A partir da série HISTÓRIAS GESTOS e outras obras da artista Elisabete Finger, esse encontro inaugura uma série de encontros entre artistas e psicanalistas. Essa ação é realizada pelo coletivo NÓ movimento em rede em parceria com a ALCEP – Associação livre centro de estudos em psicanálise, sob coordenação e curadoria do artista e psicanalista Cayo Vieira.

Serviço:
Data: 21 de fevereiro
Horário: 19h00
Local: Espaço NÓ
Travessa Doutor Flávio Luz 100, sala 5
Juvevê - Curitiba/PR

Valores:
R$ 20 (social)
R$ 35 (cobre os custos)
R$ 50 (apoia o projeto)

Inscrições pelo link da bio.

O que pode a psicanálise?

Os graus da pulsão são graus de proximidade com o real, são graduações do saber e níveis de vitalidade. 
Uma vez alcançados, repercutem em todas as demais condições de existência - biológicas, culturais, afetivas, ideacionais. 
Não exercê-los, não praticá-los, também afeta as demais condições, de tal modo que se experimenta, a cada vez, 
o que é justo.

Atividade de Gilceley Santos e João Perci Schiavon.
Presença de convidados e palestrantes ao longo do ano.

Encontros semanais

• Sextas-feiras de 10h a 12h
• R$330,00 / mês
• Primeiro encontro do ano 23/02/24

Pessoas interessadas podem enviar mensagem para whatsapp (41) 99954-0011

SublimeAção Convida - Mariana Lacerda

Mariana Lacerda é ser humana, nascida no Recife, crescida na beira do Rio Capibaribe. Formou-se em jornalismo e é mestre em História da Ciência pela PUC São Paulo. Trabalha com cinema de documentário e artes visuais, convocando ou deixando-se convocar pela participação do outro. Organizou os livros Uma Baleia na Montanha (2021, n-1 edições, ao lado de Peter Pal Pelbart), e Reviravolta de Gaia (2023, ed Cobogó e n-1 edições, ao lado de Rivane Neuenschwander e Joana Amador). Recentemente, realizou os filmes Gyuri (2020), a série infantil Histórias de Fantasmas Verdadeiros para Crianças (2023), o filme Eu sou uma arara (ao lado de Rivane Neuenschwander, 2023) e Mapear Mundos (2024, inédito, ao lado do Instituto Socioambiental).

Nessa sexta-feira, 24/11, o SublimeAção receberá Mariana Lacerda e todas as afetações convocadas pela sua presença e trabalho. O encontro está aberto a todes que desejarem participar. O valor da inscrição é de R$85,00 e pode ser feita via WhatsApp: (41) 99954-0011.

PARA CAMINHANTES DO PERCURSO

Dando continuidade à caminhada formativa do Percurso do Psicanalista, em agosto daremos início a um espaço quinzenal de supervisão em grupo.

Esta atividade faz parte do tripé analítico, e parte das seguintes premissas:
- participação no Percurso formativo (alunos e ex-alunos)
- disposição para implicação e a exposição (de si, da sua escuta)
- ter uma prática clínica, independentemente do espaço ou disciplina de atuação (clínica geral, não restrita ao setting analítico ou ao consultório)
- estar em análise

A escuta limpa, a direção do tratamento, a ética da psicanálise e o desejo do psicanalista são pontos que podem se apresentar. Antes de darmos início aos casos e questões vamos introduzir nossa proposta para essa supervisão em grupo e tirar dúvidas.

Os encontros quinzenais iniciam em agosto, às terças feiras, de 19h30 a 21h (intercaladas com os Diálogos com o Pragmatismo Pulsional).

Caosmose

Quando era menor lembro que tencionava aprender por osmose. Queria um jeito “fácil” de estudar. Mais fácil do que aqueles que tentavam me forçar cabeça adentro, ao menos. Um jeito outro de ir sabendo das coisas. Um jeito mais corpo, mais contato. Estar na presença do outro de fato é um ato de assombro. O espantado de pensamentos que não são meus mas fazem afeto na carne. Não o eram. Encontro que ganha corpo. Apreender a vida por osmose fala de um afeto, de uma permeabilidade. O que passa? O que f**a? O que adentra o meu corpo? Como se arranja molecularmente este saber em mim? Membrana viva, avaliadora.

Estudar Caosmose vem de uma convocação de nossos corpos. Se falamos de caos e cosmos, falamos também da molécula, de suas vibrações. Não se trata de uma linha unívoca de compreensão, mas de ir fazendo um tracejado, mapeando caminhos, farejando uma trilha. Quem desejar compor conosco este corpo de investigação pode falar diretamente com ou ou via WhatsApp
Vanessa: 41 98864-1080
Monah: 41 99990-0520

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GRUPO DE ESTUDOS CAOSMOSE

Quando: quartas-feiras (exceto a primeira do mês) das 14h00 as 15h30.
Início: 09/03/2023
Onde: online (zoom)
Valor: 150 reais/mês. (há desconto para quem participa de outras atividades da ALCEP)

Próprio ao estrangeiro é o contraste que ele causa. Pele-fronteira, sua forma expulsa o sim pelo não.

Quando nos sentimos estrangeiros em nossa própria casa?

O estranho incomoda, seu corpo é clínico. Nós o escutamos?

O estranho luta, seu corpo é político , seu devir é ético, seu movimento é de uma vida singular. Vida que insurge em seus dizeres, corporidades e escolhas. Nós os damos condições de existência?

Ano 2 de nossos estudos do Estrangeiro e a Psicanálise, nos lançamos no es(c)(t)udar desse cruzamento: o estranho, o infamiliar, o estrangeiro no pensamento da psicanalista Suely Rolnik e suas "Esferas da Insurreição".

Quando: Quintas (exceto a primeira do mês), 16h00-17h30. A partir de 9 de fevereiro.

Onde: Online
Custo de participação : 150 R$/mês

Para mais informações e inscrições, escreva-nos : [email protected] [email protected]

Como um amor se inscreve? Quando dizer : amo, coincide com dizer: inscrevo? Inscrevo o desejo, vivo-o como ato. Escuto-o, componho ativamente com isso que me acende, com isso que me move.

Uma inscrita nasce de uma relação erótica com a vida.

Na pesquisa do Amor enquanto Ato, poderíamos fazer pergunta: quais atos? Não nos interessa catalogar os atos enquanto um manual a ser seguido, não estamos sendo guiados pelo plano moral do amor.

Nos interessa uma pesquisa que é uma prática de persistência, cujo norteamento é ético e criador. Persistimos n'isso' que em nós, singularmente - presencia e percebe - o desejo pela vida desejando expressar-se.

Já navegamos por textos da psicanálise, da filosofia, da literatura, em mitos, composições musicais. Os textos, as histórias, são articuladores, disparadores para a emergência de uma zona afetiva onde chegamos com nossos corpos.

Nossa proposta de estudo traz essa convocação: que cheguemos com nossos corpos, que cheguemos com nossa escrita, que cheguemos com nossos desejo de inscrição do que nos pulsa. Nos propomos a estudar e praticar um amor que é sinônimo de criação, de construção, de movimento expressivo.

Iniciaremos o ano articulando questões de dois livros, "Eros, o doce-amargo" de Anne Carson, e "O Riso da Medusa", de Hélène Cixous. Pensaremos o amor junto de alguns pontos da passagem da cultura oral para a cultura escrita, chamando Eros e Medusa pra roda.

Nossos encontros são todas as quintas, menos a primeira do mês, às 11-12:30h. O valor de participação é 150,00 reais. O tempo do grupo já fez dele um solo muito fértil pra quem deseja se ocupar do amor enquanto potência de criação. É nesse solo que ainda há espaço pra quem quiser chegar.

inscrições com , e .tiago

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É o segundo semestre deste grupo que se propõe a estudar textos de Jacques Lacan.

Neste ano visitaremos suas falas através do seminário 1 – os escritos técnicos de Freud.

A leitura empreendida por Lacan nos dá possibilidade de (re)visitar textos e conceitos freudianos.

Nesta retomada ele debruça-se sobre questões como a resistência, análise do discurso e análise do eu, o narcisismo, reelabora a tópica do imaginário, recorda os três sistemas já introduzidos o imaginário, o simbólico e o real. Fala ainda sobre a transferência e formula o conceito da análise como uma práxis e não como uma “técnica”.

Na abertura do seminário nos diz que “O pensamento de Freud é o mais perpetuamente aberto à revisão. É um erro reduzi-lo a palavras gastas. Nele, cada noção possui vida própria. É o que se chama precisamente a dialética.”

O convite é para que juntos sigamos revisando estes pensamentos e criando novos.

Nossos encontros acontecem nas segundas das 10h30m às 12h, via zoom
De 06 de março a 26 de junho

Coordenação Luciana Basso

Valor 4 x R$ 180,00
Para alunos da Alcep – 4 x R$ 150,00

Número limitado de vagas.

Dispomos de 2 bolsas de estudos voltadas a comunidade negra, indígena, LGBTQIA+ e periférica.

Inscrições e Informações pelo whatsapp (41) 99122-2349

formação O Percurso do Psicanalista: Fundamentos em Análise.
Vagas sociais e afirmativas.

Pessoas com deficiência, negras, indígenas, migrantes e refugiadas, travestis, transgêneras e não-binárias estão convidadas para compor o nosso corpo discente. Dispomos também de vagas sociais para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica.

O esforço em nossas atividades é o de criar brechas, mesmo que aparentemente pequenas - visto que vivemos num mundo de forças recalcantes tão poderosas - apostando na Outra força.

“Fazer existir é sempre fazer existir contra uma ignorância ou um desprezo” - Guattari

Para saber mais sobre as vagas e conhecer mais da abordagem do Percurso, e sobre a ALCEP, confira nosso site www.alceppr.com.br/percurso e caso a proposta ressoe com seu desejo, por favor entre em contato conosco via e-mail [email protected] ou whatsapp (41) 99271-7423 e compartilhe essas informações com quem que possa ter interesse.

As inscrições vão até dia 03/03, e as aulas começam dia 07/03.

Estão abertas as inscrições para o 4ª semestre da nossa formação, O Percurso do Psicanalista • Fundamentos em Análise.

As inscrições vão até dia 03/03, e as aulas começam dia 07/03.

Os valores do semestre são R$790 (à vista) ou em 5x de R$198,00.

Temos vagas sociais e afirmativas, que detalharemos ainda esta semana.

Sobre algumas dúvidas recorrentes:

- É apenas para pessoas da área de psicologia?
Não. Não é preciso ter formação específ**a. Todas as pessoas interessadas no curso ou nos temas tratados são bem vindas.

- É possível entrar no curso em andamento?
Sim. entendemos o estudo teórico como um prato redondo, pode-se começar a comer por qualquer lado. o curso não foi desenhado de forma linear, e sim trazendo em formato de módulos os conceitos que entendemos por essenciais na formação. por isso, havendo vagas, é possível entrar no início de cada novo semestre.

Para conhecer mais da abordagem do Percurso, e sobre a ALCEP, confira nosso site www.alceppr.com.br/percurso e caso a proposta ressoe com seu desejo, por favor entre em contato conosco via e-mail [email protected] ou whatsapp (41) 99271-7423.

O que muda a intervenção de um “h” no sintoma? Em francês, essa intervenção se faz Sinthome, ou santo homem. Qual é o sintoma de um santo homem? O que é ser um homem santo? Ou seria um fazer [se] santo? Se o santo é aquele que não peca, falamos da impecabilidade de uma ação, de cada ação. Como pode uma ação ser impecável? Há que se implodir o pecado desde dentro, abrir o corpo e a língua para o real. Falar em virtualidades, que dizem a partir de lá onde isso era e que retorna de novo, de novo, de novo, enfim, o novo. Eterno retorno da diferença, eterno retorno ao estado nascente. Aquele em que se permite que algo nasça. O ovo. Vir a ser. Qual é o ato que permite, que dá passagem, ao próximo ato? Qual é a letra que se escreve, que se inscreve, no agora? Que ação borra os horizontes já desenhados em favor de um desenho que vai se fazendo no passo, no caminhar? Falasser… Falar para se desfazer. Refazer o nó. Uma ação que avalia todas as outras. Em nome de que? Não mais o meu nome, o meu jeito de ser. Antes, um modo de ser afetado, de produzir afetos, de percebê-los e novamente ser afectado por esta percepção - a processualidade analítica, constância da avaliação.

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Escrito nascente do Módulo Sublimação e Sinthome do 'Percurso do Psicanalista', junto a demais estudos realizados na

Por João Perci Schiavon

As condições da escuta

Desde que lugar e mediante quais conceitos os processos psíquicos, subjetivos ou existenciais precisam ser pensados? Não só pensados, mas igualmente penetrados por uma prática, uma intervenção clínica à altura do desafio que comportam? As dimensões do desafio se esclarecem aos poucos, à medida que essa prática se instaura e persevera. Mas nem por isso se desenvolve: permanece antes no mesmo plano ético, cuja instauração é contínua. Freud a chamou de escuta flutuante, a “ação” que perfaz esse plano, enquanto chão originário do processo analítico.

Este se parece ao que Deleuze e Guattari chamarão de espaço liso. A ele se ajusta a escuta flutuante. Também cabe dizer que a escuta flutuante instala o espaço liso da análise. Como não ver o caráter rizomático dessa escuta, tão precocemente elaborada por Freud para responder às condições do inconsciente? A psicanálise é um jorro intuitivo de conceitos que não para de se renovar, mas as condições observadas para tanto são exatamente – as do inconsciente.

A que atende essa escuta? Por que ela flutua? Ela atende, na sua flutuação, ao que Lacan definiu como alvo da análise, a diferença absoluta. Esta jamais adviria, jamais se pronunciaria no curso de um encaminhamento estritamente teórico, jamais se produziria pela mera exigência da razão ou da lógica; ela requer uma prática de atenção ao que foge do pensamento, ao não pensado, não advertido, ao imprevisto. Uma lógica do informal a preside – ou da força, se preferirmos. A percepção filosóf**a de Deleuze, expressa em Cinema – imagem-tempo, de que o pensamento se inclina finalmente a pensar com as categorias da vida, situa o fulcro da experiência analítica. Não que isso não se originasse no inconsciente. Pelo contrário, é o que nunca deixou de acontecer, e tal é a descoberta de Freud, concebendo clinicamente o inconsciente. Isso pensa com as categorias da vida, mas é muito diferente situar-se no plano desse pensamento. Dir-se-ia até que o próprio pensamento precisa ser pensado com as categorias da vida com as quais ele pensa. Nessa dobra reside, de um lado, a crítica, de outro, a clínica, com sua decifração pragmática.

Enquanto o desejo do psicanalista é a diferença absoluta, o fascismo é a tentativa de eliminação da diferença.

A ALCEP se posiciona nas linhas de fuga de discursos adoecedores e atos contra a continuidade da vida. Nos posicionamos junto à democracia, à arte, à abertura, aos saberes, aos devires.

Nós, da Alcep, somos analistas guiados pelos afetos gerados em encontros constantes que nos permitem fazer, viver e reverberar psicanálise de modo singular. Esse movimento, que faz de nós um bando, gera compromissos individuais e de grupo com novos e possíveis agenciamentos com as teorias e práticas psicanalíticas, por entendermos que se trata de uma clínica, uma ética e uma política afirmativa.

Esse constante processo de atualização e cocriação, requer de nós disponibilidade pragmática e colaborativa. O esforço pessoal se faz necessário para nos conectarmos, compormos e potencializarmos a força da Alcep como uma instituição que produz diferença. Para formarmos o bando de analistas da Alcep, além de compartilharmos interesses, afetuosidades, o que já sabemos e interessamo-nos pelo saber do outro, também precisamos nos reinventar por meio de novas aprendizagens provocadas pelas urgências do trabalho. Não basta desejarmos fazer parte da Alcep sem nos implicarmos, dentro do que for possível para cada um, com o incessante traçado da cartografia deste coletivo.

Por Tatiana Bittencourt

Por que ainda insistimos em um não saber? O que está por trás disso?

Quando somos constituídos a partir de um conhecimento outro, imposto, colonizado, longe de ser originário e sem condição ativa de avaliação de nossas forças, o que está soterrando? Quais são as camadas soterradas que impõe um não saber, um não sentir, um não fazer parte? Será que tudo isso não começou muito antes do que se imagina? Tentando responder a primeira pergunta, mas ainda sem resposta, não se acessa o saber, ou não se quer acessar o saber porque ele incomoda e faz exigências?

Ainda que se soterre, tem uma força que insiste. Uma nascente que teima em resistir.

O que precisa romper?

Romper com todo tipo de violência que fomos submetidos ao longo dos destroçamentos que nos foram impostos. Porque nós podemos acessar esse saber originário que insiste. Em nós mora a possibilidade de avançar, de nos mover e nos curar. O originário não começa a partir de um acorrentamento, de uma castração de um não saber, mas de uma força viva e ativa. Precisamos compreender quem e o que nós somos e o que podemos. A partir disso, refazer um caminho que foi corrompido, desviado e dar passagem para a subjetividade nascente, que teima em resistir. Apostar na força originária para remover os rejeitos que vem de fora e contaminam as margens e nascentes e soterram nossos afetos e nossa força. Para isso, precisamos estar atentos. Pois, ao contrário do que se parece, o originário não se trata de algo entendido como “natural”, que brota independente de qualquer coisa. Se trata, ao contrário, de uma força que insiste, e que em nossos atos pode perseverar. O originário é uma ética que a escuta nos traz.

* Texto integrante das discussões do Percurso do Psicanalista, Módulo Saber da Cura, onde trabalhamos nas imediações dos afetos originários, com o livro Pragmatismo Pulsional de João Perci Schiavon

Por Tiago Schiavon

O mar não tem fim, o amor também não. Mas como não tem fim? O mar em sua grandiosidade, seus fluxos, suas ondas e ventos sempre acaba na beira da praia, lugar seguro, objetivo final do navegante, espaço de sua salvação. Em terra o navegante deixa de ser, passa ser homem da terra, bicho tão pequeno, olha as conchas, as areias que f**am no mesmo lugar quando a onda passa. O bicho da terra afeiçoa-se com a praia, reboca a jangada para o seco, desmonta sua embarcação e aquilo que antes era o bojo de sua vida, vira pilar enterrado fundo na areia. Agora, de sua casa bem construída, quiçá de sua sacada, olha o mar e o horizonte e f**a a contemplá-lo, admirado e percebe que na verdade ele não tem fim, nem o navegante nem o mar, que tudo é uma questão de perspectiva, para que lado volta o rosto. A vontade de lançar-se novamente ao mar é grande, mas quanto esforço é necessário para reconstruir a jangada? Quanto mais se demora, mais a fundação da casa assenta na terra, mais manutenção ela exige. O olhar o mar se torna raro, só se escuta as pancadas das ondas na areia. A lembrança do mar cresce no peito e aquilo que antes era alegria de pé no chão agora esfria a sola do pé calejado, corta, abre ferida. Mas por baixo do bicho da terra ainda vive o navegante que conhece o sal do mar que cicatriza. Quando ele põe o pé na água, arde e ativa a memória dos dias em que no barco estava. Então começa a laboriosa desmontagem da casa. Nem tudo é utilizável, é preciso buscar em outros lugares o material necessário para a nova embarcação. A madeira do casco deve ser flutuante, o leme de firme constituição, o cordame forte e flexível, e a vela... Ah, a vela atenta ao vento. Do baú para a mão a agulha de Mariah.
No mar, só há mar, amar...

O Amor em Ato é um momento de estudo e reflexão implicada numa prática do qual este texto é uma de suas produções. O grupo é coordenado por e .tiago . O espaço segue aberto para mais pessoas que queiram estudar conosco. Quintas-feiras das 11h às 12h30.

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