Fernanda Zanatta

Médica de Família
Área de atuação em Cuidados Paliativos

09/03/2019

Um chamado à saúde das mulheres

8 de março, dia da Mulher.
Mais do que um reconhecimento histórico do movimento feminista que galgou direitos às mulheres e de uma homenagem a elas, é um dia de reflexão.
Sou médica há mais de 7 anos e médica de família há 5. Atendo mulheres, mães, esposas, filhas, amigas... Em todas as faixas etárias, vivendo momentos distintos, com vidas profissionais e pessoais diferentes. E é preciso chamar atenção para a saúde das mulheres, e como há diferenças importantes em relação aos homens.
As mulheres utilizam mais os serviços de saúde, costumam ter consultas mais longas e discutirem mais com seus médicos sobre dúvidas. Apesar de terem expectativa de vida maior, elas apresentam maior morbidade que os homens. O que signif**a que as mulheres vivem por mais tempo mas com mais doenças que os homens( físicas e psicológicas).
Isso, por si só é um alerta: como é a qualidade de vida das mulheres no mundo contemporâneo? Porque adoecem mais? Porque necessitam mais dos serviços de saúde?
Agora, trago uma percepção pessoal, enviesada e sem comprovação científ**a: pela minha experiência pessoal e profissional, as mulheres têm vivido com baixa qualidade de vida, sobrecarregadas, culpadas, solitárias em suas dores e necessitando de apoio e escuta.
Atendi( e conheço) mulheres que sofreram todo tipo de violência( e infelizmente é muito mais comum do que queremos crer), o que é algo muito difícil de "tratar" e que sempre deixa marcas. Mas mais do que chamar atenção para o feminicídio ou outros tipos de violência contra a mulher, precisamos evoluir na problematização e pensar naquelas muitas, milhares de mulheres que, diariamente, trabalham em 2 locais diferentes, cuidam de casa, são esposas, mães, filhas; que pegam 3 ônibus e gastam 4horas do dia apenas para se deslocar de casa ao trabalho, que não fazem atividade física porque não tem tempo, que comem industrializados e lanches pois são mais rápidos e/ou mais baratos. Pensar nas mulheres que voltam da licença maternidade quando seus bebês têm menos de 4 meses de vida e precisam desmamá-los, ou naquelas que precisam decidir entre voltar a trabalhar e f**ar com seus bebês, pois a creche é mais cara que o salário; e pensar que quando encontrarem outras mulheres, ouvirão centenas de críticas sobre tudo que fazem "errado" ou tudo que deveriam estar fazendo. Pensemos nas mulheres que trabalham fora, muitas vezes com mais de um vínculo empregatício e ainda estudando, que têm um companheiro ou companheira para nutrir um relacionamento e que quando encontram colegas de trabalho( muitas vezes mulheres) ouvem: "nossa, você esta acabada", "imagina quando você tiver filhos" e aí por diante... Naquelas que ouvem nas entrevistas de trabalho: " e como você irá fazer quando tiver filhos?", ou naquelas que precisam fingir não perceber o assédio de um colega de trabalho, chefe ou paciente, porque se reclamarem vão ouvir algo como " quem mandou vir com essa roupa?", "você está imaginando, deve estar muito sensível" ou " não dê uma de menininha, aguente".
Sabe sobre o que tudo isso fala? Sobre algumas das diferenças e dificuldades de ser mulher. Não é sobre pedir privilégios ou se vitimizar. É sobre a realidade que a história ainda não deu conta de mudar. O importante é notar as dificuldades e diferenças pra respeitar a história alheia e mudar o que continua ruim. Valorizar as diferenças e os diferentes papeis que cada um pode exercer na sociedade para melhorá-la.
Apenas um exemplo: médicas mulheres gastam mais tempo em consultas avaliando queixas psicossociais, fazem mais consultas preventivas e de forma geral seus pacientes têm maior nível de satisfação. Melhor? Não sei, diferente!
Mulheres precisam de muito ainda, nem tentarei enumerar tudo que ainda precisamos conquistar.
Mas o que tem faltado a todas as mulheres é escuta e empatia. Elas precisam ser ouvidas, seja nos casos de violência, seja na sobrecarga diária, seja na valorização de suas atividades profissionais ou simplesmente na sua dor. E precisam de empatia que gere menos julgamento, menos culpa e menor busca pela perfeição.
Além de pedirmos isso aos homens, precisamos primeiramente sermos empáticas e ouvintes nós mesmas, dos nossos problemas e dos das mulheres de nossas vidas. Parece um passo pequeno frente aos dilemas dos homicídios e violências enfrentados por tantas mulheres. Mas sem dúvida será uma pequena mudança com um impacto gigantesco.
Sabe aquela "gentileza gera gentileza"? Vamos mulheres, guerreiras que somos, modif**ar nossa história mais uma vez, com nossas próprias mãos, através de nossos ouvidos e olhares tão poderosos?

Em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu 13/02/2019

Em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu Dia 11-02-2019, após sabermos da morte do jornalista Ricardo Boechat e do piloto que dirigia o helicóptero em que ambos estavam, já f**a a saudade. Dentre tanto que ele nos ofereceu, em 2015, Ricardo Boechat deixou um texto sobre surto depressivo que o acometeu.

22/10/2016

“Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido"
Vinícius de Moraes
(da crônica 'Amigos Meus')

Timeline photos 06/09/2016

Você sabe qual o papel do médico de família?

Médicos de família passam a fazer atendimento particular personalizado 27/08/2016

O cuidado focado no paciente, e não numa doença específ**a.
A atenção ao ser humano em sua totalidade, todos os seus sistemas, sua história de vida, sentimentos e preferências.
Um médico de referência, a quem o paciente possa recorrer independentemente do problema, em uma relação baseada em vínculo e decisões compartilhadas.
Isso é um pouco da proposta que a Medicina de Família traz, e que escolhi oferecer a meus pacientes.

Médicos de família passam a fazer atendimento particular personalizado Em vez de fazer uma romaria de médico em médico, cada um especialista em uma coisa, a professora Maria Alice Rondini, 46, só vai em um: no médico de família Giuliano Dimarzio, de Amparo (a 59 km de Campinas).

O segredo de Michael Phelps: 5 Olimpíadas, 5 fases, 21 ouros (até aqui) - BBC Brasil 12/08/2016

Em clima de Olimpíadas, cabe uma importante reflexão sobre um dos problemas de saúde mais falado nos últimos tempos: depressão.
A depressão, é considerada por muitas pessoas como uma doença imaginária; fraqueza; preguiça; frescura e aí por diante. Inúmeras pessoas que sofrem com depressão são estigmatizadas por seus conhecidos, colegas de trabalho e até familiares; o que acaba levando essas pessoas a demorarem a aceitar que precisam de ajuda e a procurar auxílio. Além disso, acabam por isolar-se ainda mais, evitando confidenciar seus sentimentos por medo de serem julgadas. Tudo isso só diminui a auto-estima e aumenta o sofrimento de pessoas que já estão passando por um período de grande dificuldade.
Em outro extremo, temos os atletas olímpicos, ovacionados pela sociedade e considerados um dos maiores exemplos de força e superação. Gladiadores modernos que superam os limites de seus próprios corpos e mentes, passando por rotinas extenuantes e submetidos a pressões imensas: carregam nos ombros o país inteiro.
Seguindo a lógica de quem associa depressão a preguiça e fraqueza, atletas olímpicos seriam a antítese disso. Como explicar então o fato de que Michael Phelps, o maior atleta olímpico de todos os tempos, tenha sofrido de depressão? Após as olimpíadas de 2012, o nadador sofreu com depressão, vício em jogos e álcool, tendo que f**ar internado em clínica de reabilitação e afirmou ter perdido a vontade viver. Será que isso signif**a que ele não é o atleta incrível que se imaginava que fosse?
Pelo contrário. Depressão é uma doença, não é imaginária e causa grande sofrimento e transtorno na rotina das pessoas afetadas. Quem tem depressão não é mais ou menos fraco do que quem não tem. É apenas humano, suscetível a todas as intempéries biológicas, sociais e culturais que nos acometem. A depressão é uma doença tão real quanto diabetes, psoríase e câncer, e como tal, necessita de acompanhamento e tratamento. Mais importante: necessita de apoio e compreensão.
Nos dias atuais, com uma sociedade cada vez mais individualista, com uma rotina mais extenuante, trabalhando mais, tendo menos tempo para lazer e hábitos saudáveis; as pessoas f**am submetidas a maior risco de sofrimento psíquico. Seja depressão, ansiedade, stress ou tristeza, o sofrimento psíquico vem se tornando cada vez mais frequente em nossa sociedade, e se manifestando através de doenças psiquiátricas, somatizações (repercussão física de sofrimento psíquico através de sintomas variados- diarréia, dor abdominal, cefaléia,etc) e problemas nos relacionamentos e trabalho.
Nem toda tristeza é depressão, precisamos entender que nosso humor varia normalmente, e que passamos por fases da vida que por si só são estressantes. Ficar triste ou ansioso faz parte da vida em alguns momentos. Quando esses sentimentos f**am fortes demais e por mais tempo do que o esperado e atrapalham o cotidiano da pessoa, nesse caso podemos estar em frente a uma depressão ou transtorno ansioso. De qualquer forma, independentemente do nome do problema, todos precisam de auxílio. Ele pode vir através de chás, atividade física, boas conversas, terapia, meditação e em alguns casos, medicação.
Se você conhece alguém que esteja passando por isso, exercite sua capacidade de colocar-se no lugar da pessoa, escute, seja carinhoso e compreensivo, e além disso, oriente-a a procurar ajuda. Se você está passando por algo semelhante, acredite que as coisas vão melhorar e que há pessoas a sua volta torcendo por você e dispostas a te ajudar. Procure um profissional de confiança e peça ajuda. Mas não esqueça, o seu maior potencial de mudança está em você mesmo; assim como Michael Phelps, você também pode superar esse momento e retornar a sua vida ainda melhor.
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37028511

O segredo de Michael Phelps: 5 Olimpíadas, 5 fases, 21 ouros (até aqui) - BBC Brasil Nadador chegou a se desiludir com carreira e desistir da natação, mas retornou e tem quase o mesmo número de ouros que o Brasil conquistou em toda a história.

Timeline photos 20/07/2016

A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da Atenção Primária à Saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e poupando-os de intervenções excessivas ou desnecessárias. Conheça o perfil do MFC: http://goo.gl/HDlsmb

Truman (2015) 17/05/2016

Para os cinéfilos, segue uma dica interessante: o filme Truman, do brilhante Ricardo Darín, traz uma importante reflexão sobre como lidamos com pessoas em fim de vida. Principalmente quando vivemos em tempos de uso irrestrito de tecnologias diagnósticas e terapêuticas invasivas, que muitas vezes fazem mais mal do que bem aos pacientes.
Quando conversamos, informalmente, sobre como se desejaria morrer, a frase que mais ouço é: "dormindo em minha cama". Então porque a maioria de nossos pacientes e entes queridos continuam falecendo em hospitais, muitos em UTIs, afastados das famílias, cercados por máquinas, tubos e medicações?
Será que o problema é apenas a formação médica( e dos diversos cursos da saúde), ou também é um retrato de nossa sociedade? Uma sociedade que vive cada vez mais isolada de si mesma, com taxas cada vez mais altas de sofrimento psíquico, cercada de cada vez mais estímulos e responsabilidades e com menos tempo para conversar, compartilhar, rir e amar...
É importante refletir sobre o que queremos para nós( enquanto vivos e quando morrermos) e respeitarmos o que nossos entes desejam. Na mesma medida, devemos melhorar a comunicação entre a equipe de saúde, o paciente e a família, além de melhorar o diálogo entre os próprios familiares. Assim, abre-se a oportunidade para despedidas, perdão, compartilhamento de medos e emoções; diminuindo assim o sofrimento de todos os envolvidos.
Que possamos investir na saúde, e não na doença; na felicidade e não na dor; no diálogo e não no isolamento. Assim, construiremos uma sociedade mais sadia.

Truman (2015) Directed by Cesc Gay. With Ricardo Darín, Javier Cámara, Dolores Fonzi, Eduard Fernández. Julián receives an unexpected visit from his friend Tomás, who lives in Canada. The two men, accompanied by Julián's faithful dog, Truman, will share emotional and surprising moments prompted by Julián's compli...

12/05/2016

"A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor; Pois oque é o tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus. É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes." Florence Nightingale
A todos os enfermeiros e técnicos de enfermagem, especialmente aqueles que honram suas profissões, meus Parabéns pelo seu dia e meu muito obrigada, por seguirem o caminho da saúde conosco, por trabalharem em equipe, somando habilidades e conhecimento e multiplicando o bem-estar de nossos queridos pacientes!

10/05/2016

"Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida."- Clarice Lispector, A Hora da Estrela
Esta semana, inicio o Sim para um novo caminho. Buscando trazer saúde e qualidade de vida para meus pacientes e para mim própria.
Inicio os atendimentos no consultório no Ed Cotta Office Square, na Clínica Médica Biguaçu e os atendimentos domiciliares. Os atendimentos serão realizados sob a ótica da Medicina de Família, voltados para os pacientes de todas as idades e todos os tipos de problemas de saúde; pois cada ser humano é único e um todo em sua própria existência. Os atendimentos domiciliares buscam atingir pessoas com dificuldade de locomoção, acamados ou pessoas que prefiram ser atendidas no conforto do lar. O contato pode ser feito através dos telefones das clínicas, ou através do email [email protected] .
E que possamos, todos, exercitarmos nossa habilidade de dizer Sim ao que nos faz feliz!

09/05/2016

Bem-vindos! Este espaço servirá para interação entre médica, pacientes, amigos e interessados na Medicina de Família e Cuidados Paliativos. O objetivo é compartilhar informações e discussões que ajudem a empoderar o paciente e instrumentalizar as decisões compartilhadas entre médicos e pacientes.

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