GRESM Gigantes

A PERNAMBUCANA DE CORAÇÃO

1) O INÍCIO DE TUDO
Findo o festival de agosto de 1994, espetáculo marcado pela reedição dos primeiros sambas das escolas de maquete da GRESA, Verônica quis participar. Pediu auxilio a José Fernando, fundador e presidente da Bafo da Tatu e obteve ajuda. Aprendeu a fazer os bonecos de papel e assim começou a montar sua escola. Ia participar do 13 festival e sabia que seria no grupo inferior mas estava feliz. Decidiu falar sobre o café. Assim para o primeiro festival o enredo foi : Café, o néctar dos deuses. O nome da escola foi escolhido, devido a Gigante no Samba, e as cores em homenagem a esta e a Bafo do Tatu que apadrinhou a escola. O símbolo seriam três gigantes que marcaram o carnaval de sua terra. Assim, depois do samba entregue era treinar e cantar para apresentar no fim do mês de setembro. Foi a segunda escola a desfilar. Depois da Força Jovem de Santos, outra das quatro entidades estreantes, naquele festival. O dia era 29 de setembro de 1994, Morro do Pacoval e Volta Redonda, desfilaram depois. O resultado foi bom e a Gigantes conseguiu o quarto lugar do grupo B. Verônica, feliz se prepara agora para o segundo festival da Gigantes.
2) NAS ASAS DA LIBERDADE
Agora era a hora de criar um novo festival. O tema escolhido foi Nas Asas da Liberdade. Gigantes agora saia do nordeste e fazia uma homenagem aos vultos históricos que de uma força direta ou indireta lutaram pela liberdade no país. O samba foi um dos primeiros a ser entregues, assim ficou mais fácil para o canto da escola melhorar. O pai de Verônica, dono de uma padaria na Santa Efigênia, onde a menina morava, contribuiu com capital para o desfile ficar melhor. Porém Verônica, não usou este dinheiro, pois estava com o desfile praticamente pronto. Foi convidada para o aniversário dos primos fundadores da liga, Claudio e José Fernando. Lá na casa do Alto da Mooca, se divertiu e ficou mais ligada ao mundo das escolas de maquete. Chegando o grande dia, ficou um pouco nervosa para o desfile o que provavelmente contribuiu para o sétimo lugar no grupo B. Mas nada de chorar. Era hora de trabalhar mais do que nunca e buscar um excelente resultado em novembro.
3) ASCENÇÃO AO GRUPO A: A BENÇÃO DE SANTA EFIGÊNIA
Até hoje, agora lá no terreiro de Xambá em Pernambuco, quem for a casa da Gigantes, vai escutar este samba. É um dos sambas exaltação da Pernambucana de coração. Desfile que marcou o festival de novembro de 1994. E voltaria no 25 Festival, reeditado. O segundo lugar no grupo, iniciou com o dinheiro de seu pai. E assim ficou mais fácil realizar o projeto em homenagem ao bairro de Santa Efigênia. Com um refrão que foi cantado por todos os membros da liga, devido ao sucesso, a escola empatou em pontos com a Primeiro de Maio. Mas a perda de um décimo em obrigatoriedades (Um componente a menos nas baianas), tirou o título da escola. O título viria em abril de 1995, mas Verônica estava feliz. O objetivo fora cumprido e agora era estreiar no grupo de acesso e quem sabe com um excelente desfile, se apresentar no grupo principal, o sonho de todos, o Especial.

4) PRIMEIRA LUTA EM BUSCA DO ESPECIAL: ARRETADO NORDESTE
Hora de lutar pelo lugar mais alto. Foi assim que começaram os trabalhos no mês de dezembro de 1994. O segundo lugar do grupo B em novembro, com o samba antológico, dera a chance a Gigantes de sonhar com o Grupo Especial. A Região Nordeste foi escolhida como o enredo para aquele festival. Porém muitos erros foram cometidos, a começar pelo enredo. Falar de uma região com nove estados, quando se tem seis alas e um carro alegórico, é difícil. Era o sonho de Verônica, falar de sua cidade o Recife. Mas sobre o que falar? Cultura, danças, pontos turísticos? Ela escolheu tudo. E este foi o erro. O samba foi composto em cima do que ia ser apresentado. Então tínhamos alas musicais e depois as alas apresentavam as capitais. Mas cidades que eram citadas no samba não apareceram. Por que juntar Ceará e Teresina em uma mesma ala? Por que só uma ala para o Recife? Por estes erros de execução na obra, a escola amargou o último lugar do grupo A. Verônica aprendeu que um enredo grande é bom de ser apresentado no Grupo Principal que possibilita a execução, utilizando 9 alas, 2 carros e 1 tripé. José Fernando conversou com ela após a apuração explicando o ocorrido. O ano novo foi comemorado pela família da Gresa e novos sonhos viriam. Para a menina foi uma festa muito bonita e ali, durante a virada do ano ela teve a ideia do enredo de Janeiro. Falar sobre o Deus Grego Janus. Difícil enredo, mas valia a pena lutar.

5) AGORA 2018. HOMENAGEM AOS GIGANTES DE OLINDA

Buscando a ascenção ao Grupo A, a Pernambucana de Coração, homenageia os seus três símbolos : O Homem da Meia- Noite, O Seu Malaquias e o Zé Pereira. Com a reedição do samba apresentado em 2017, os erros que foram cometidos serão corrigidos e a verde e branco de Xambá, lutará pela vitória e seu segundo título no grupo.