Espaço CURA

“Soaria bem estranho se uma pessoa conjugasse verbos dessa maneira: Eu me nasci, eu me cresci, eu me amadureço, eu me envelheço, eu me morro. Soa estranho porque não é a pessoa que faz essas coisas; essas coisas simplesmente ocorrem com a pessoa. Ou seja, existe algo que faz essas coisas ocorrerem com ela. Esse algo que transcende a pessoa, que gera e rege todas as coisas, recebe os mais diversos nomes de acordo com as várias tradições, crenças, cosmovisões e mitologias que existem no mundo.”

Aprendizados vindos das aulas de taoísmo, sabedoria milenar da China, e a certeza que existe um espírito maior, uma grande consciência, e como barcos neste grande oceano, vamos escolhendo como navegar, sabendo que independente disso, são as águas que nos levam. Certas da experiência cíclica da vida, nutrimos nosso interior, alimentando nossa chama de encontro a nossa Mãe Natureza, tão perfeita e sábia.

São filosofias assim, como o Tao, a Ayurveda que alimentam minha visão da vida e a forma como crio, elas são fundamentais, na verdade, para ver além da consciência ocidental, afirmando, essa memória ancestral: existe algo maior em todos nós.

:::: 28 a 30 de JUNHO
vai acontecer um retiro, aqui em Ubatuba, para podermos sentir na pele o quão bom é estar na tenda vermelha, umas cuidando e inspirando as outras, trocando histórias e sabedorias, dançando e cantando com as plantas, o sol e o mar..

E assim celebramos a chegada de mais um Inverno. Amanhã é o solstício, a noite mais longa do ano, quando ouvimos os ventos do sul cantarem com mais força para as mulheres fazerem poesia com o fogo do lado de dentro.

Venham, vai ser maravilhoso estar com cada uma de vocês nesse momento 🕸️🔥

frames de “Meu Amor Alcança”, mais uma música do álbum Olhos de Sol, que virá

cavalgando nessa expressão artística de dar corpo para o que antes era apenas voz, e criar uma cinematografia poética — na coragem, na dança, no figurino, que ficou pronto depois de tantos meses tecendo, por querer fazer a mão, por plantar a arte como uma semente que transforma desertos em florestas amazônicas

essa música foi uma busca pela minha raiz em terras distantes, a experiência de encontrar dentro a própria casa

a dança é uma velha companheira fiel das almas livres

através da dança podemos nos sentir, nos fazer expressão, fazer emoção, e também notar ausências, dores, rigidez .. mas, sobretudo, encontrar o lugar para voltar a tocar e aquecer-se. por dançar consigo e não para o outro, devolvo a inocência ao movimento e deixo grande minha sede de vida

assim eu me faço ponte para a gigante natureza passar

📽️
em breve!

próximas datas:::

UBATUBA
— 23/06 vou conduzir uma oficina de rebolado: despertando o quadril, na .ecologica

— 28 ao 30/06 vou conduzir, ao lado da , um retiro para mulheres, para que possamos conhecer mais nuestras cuerpas, dialogando sobre nossa saúde sexual, perceber a dança e a música como ferramentas inatas a todas nós e colocá-las em práticas como forma de cura e revolução, tudo isso juntinho do mar, também na .ecologica

A gente precisa, urgentemente, acabar com a farsa do descobrimento, e assumir a história do nosso povo e território indígenas, que chegam a 20 mil anos atrás.

Dizer que nosso país tem 524 anos, é afirmar o tempo da invasão – um dos maiores crimes da história da humanidade, e com isso saber que estamos pisando em sangue indígena, habitando espaços que foram criados por mãos pretas escravizadas. Não há reparação suficiente. Não há indenização suficiente, nem demarcação de Terra suficiente para os povos mais afetados.

Assisti a aula maravilhosa do Jonas Manoel, sobre o partido dos panteras negras, em que ele comenta que só a bélgica matou 10 milhões de congoleses.

Os reflexos da escravidão criminosa estão até hoje entre nós. Ter consciência da nossa real história molda a visão de onde queremos chegar.

Durante as gravações que fizemos em Floripa, conversando com Selita, a cacica do povo Guarani, na Aldeia Yynn Moroti Wherá, que significa “águas belas que brilham”, às margens da BR 101, tive, mais uma vez, a oportunidade de ouvir de frente, a triste realidade das pessoas que são arrancadas da sua terra e obrigadas a se adaptar a vida dos brancos, e ainda assim, continuam vivendo uma vida ética com intenções e buscas coletivas.

A verdade é que os povos originários são a nossa maior riqueza! Precisamos aprender muito.Os povos indígenas são detentores de sabedoria ancestral, conhecem a natureza, sabem morar e viver bem sem destruir o meio ambiente, vivem e lutam por um coletivo, fizeram isso aqui por milhares de anos, plantaram inúmeras árvores resultando na Amazônia como é hoje, porém com a chegada dos europeus e seu capitalismo brutal, vivemos uma insegurança social enorme.

O caminho é voltar. Andar só pra frente, consumindo e conquistando deu ruim. É voltar e aprender com as mestras:::: lembrar a existência do corpo que não precisa de domesticação.

Um corpo descolonizando.

Um corpo com força para continuar e subverter esse sistema. Um corpo que ativa as memórias das tecnologias dos ritos, porque sabe fazer a mediação entre a natureza e a cultura.

28, 29 e 30 de Junho. Aqui em Ubatuba
Retiro para despertar esse corpo-território
+ infos

A natureza apontando as melhores direções.
Paulo Freire trazendo significado para a luta.
Esse livro é maravilhoso. Para aprender… para aprender a ensinar, para se comunicar com o outro, para ser melhor em sociedade, para sermos uma sociedade mais justa e progressista, para perceber que toda educação é incrivelmente importante, e também, política...

Aflora a minha rebeldia em não me acomodar a um sistema ra***ta e colonial, mas sim procurar por caminhos, ações, soluções que criem espaços seguros para vivermos essa experiência humana.

“Uma das questões centrais com que temos de lidar é a promoção de posturas rebeldes em posturas revolucionárias que nos engajam no processo radical de transformação do mundo. A rebeldia é ponto de partida indispensável, é deflagração da justa ira, mas não é o suficiente. A rebeldia enquanto denúncia precisa se alongar até uma posição mais radical e crítica, a revolucionária, fundamentalmente anunciadora. A mudança do mundo implica a dialetização entre a denúncia da situação desumanizante e o anúncio de sua superação, no fundo, o nosso sonho.”

Quando pensamos em saúde sexual da mulher, não pode ser diferente, precisamos ter visão descolonizada, para nunca sermos um objeto, ao contrário, vamos ocupar o lugar digno de ser sujeito da sua própria narrativa, do seu corpo, da sua pesquisa, do seu cuidado, prazer, do seu parto.

Há alguns temas essenciais que precisamos saber, sobre nosso corpo, que nos permitem entender como manter e criar saúde, e também confiar naquilo que nunca saberemos…

E sempre: identificar os privilégios dado para corpos brancos, assim como, perceber o privilégio dado para homens. A sociedade patriarcal-colonial foi feita por e para homens brancos. Nós somos ruptura. Quando falamos sobre saúde sexual autônoma estamos girando um ecosistema bem grande de mulheres raizeras, parteiras, erveiras que vieram antes de nós, e são nosso melhor exemplo de vida, matriarcado, luta e sociedade — geralmente mulheres indígenas e negras.

Temos muito a fazer.
Em silêncio, a sós com a natureza, me preparo para receber vocês::

Dias 28, 29 e 30 de junho
retiro na .ecologica
ao lado de

Você tem vontade de entender e conhecer mais seu corpo e sua sexualidade, a partir de uma perspectiva descolonizada, colocando-se em roda para mover a energia dos nossos quadris, criando diálogos construtivos e tendo a possibilidade de cantar e ser ouvida, tudo isso em uma casa acolhedora na beira do mar?

28, 29 e 30 de junho
Retiro na Praia de Itamambuca, Ubatuba

Sob a luz dos raios dourados do sol, na fluidez das águas do mar e na coragem que pulsa em nossos ventres, nos encontraremos na Casa Ecológica, para juntas descobrirmos a potência que habita em nossos corpos.

Momentos de muito canto, dança, reconexões com nossos ciclos, contemplação e integração na natureza. Uma simbiose perfeita entre nossos corpos e a Mãe Terra.

Um resgate a nossa sexualidade sagrada junto às yoni eggs e práticas que fortaleçam a sabedoria ancestral como guia, verdade e intuição. Cada mulher receberá uma pedra para iniciar sua jornada, além do ensino e do apoio com o uso.

Te esperamos pra essa roda!
Entre em contato para realizar sua inscrição ou saber mais informações 🕯️

Pela remuneração dos trabalhos domésticos e reprodutivos — feitos ao longo dos anos, por nós!

O feminismo não é o oposto do machismo, e sim um movimento social por direitos civis, protagonizado por mulheres, que desde sua origem reivindica a igualdade política, jurídica, econômica e social entre gêneros.

Trouxe trechos do impactante livro de Silvia Federici, ‘o ponto zero da revolução’, nem tão antigo assim para ainda ser a realidade de muitas de nós. Outras tantas já não vivem essa dura realidade, ainda assim lutamos pela voz daquelas que estão encarregadas de criar famílias sem alguma remuneração, muitas vezes abrindo mão de seus sonhos pessoais, e também pelas nossas mães e nossas avós.

Trabalhar com mulheres necessita posicionamento político, enxergando nossas condições sociais de vida e trabalho, e sempre: olhando por todas!

Próximo Rito para mulheres:
28, 29 e 30 de junho
aqui em Ubatuba
na .ecologica
com

existe uma singela diferença em fazer algo que se quer individualmente, e fazer algo que muitas pessoas querem junto a você, tornando um querer coletivo, impulsionando sonhos, pois são sonhos que representam outras almas também, é isso fortalece a rede que já existe entre nós e nossas ações

23 de abril
eterno, celebração do meu aniversário 💫dia de Ogum, e com toda essa magia de luau na praia + lua cheia aproveitamos para gravar o clipe de Vem Senhora 🔥 em breve esse álbum estará no mundão, pois já comecei as edições visuais da parada toda 🎞️🎙️🧱

gracias a geral que tava junto nesse dia, vcs são f**a! o céu estava em festa vendo nossa alegria na areia

dedicando a criação desse álbum tb as raizes gaúchas, toda força a pachamama, vamos lembrar como os povos indígenas viveram milhares de anos nesse chão e mantiveram a natureza cada vez mais bela

Poder aprender com as mestras, vivas diante de mim. Ouvir suas histórias, o que viveram para serem o que são, os ensinamentos que atravessaram para chegar onde estão. A caminhada inteira. Perceber que está viva a sabedoria porque é eterna. Encontra-se na memória das plantas, nas palavras de rezo e naquilo que não podemos tocar. Vive naquela que busca.. na aldeias, nos quilombos, na sua própria raiz, pois tudo, para todas, começou com a natureza. E, quando olhamos para as antepassadas, vemos os partos naturais em casa, as curas sendo feitas com plantas em casa, a comida que vinha da Terra, sendo plantada em casa. Podemos encontrar a firmeza das respostas espirituais em épocas de altas tecnologias, facilidades e dispersões.

Mencionando o privilégio de poder beber da fonte. Deixando transpassar o corpo, para seguir fluindo como água de um rio que não seca.

Quando for eu a abuela, contarei sobre todas que conheci no caminho. Aprenderei com o tempo, guardarei em meu corpo, e continuarei acreditando no poder que habita em nós

abril tá sendo um mês de muita criação, viagem e trabalhos, depois das gravações do doc em minas, continuamos com a produção do meu primeiro álbum musical aqui em ubatuba… essa é uma emoção tão grande, tão maravilhosa, que é bem difícil colocar em palavras.. muita dedicação envolvida, um álbum é uma vida inteira traduzida em música, e tá ficando tão maravilhoso!! não vejo a hora de compartilhar com vcs ✨

e, pra continuar essa riqueza de movimento, dia 19 tem um delicioso concerto com a Ana Muniz em Garopaba, nosso primeiro show juntas! já estamos com os corações sentindo a inspiração dessa noite, de boa música e trocas sagradas

no aconchego da encantada, cacauzita servida pela minha hermana de caminhada, parteira e nutricionista Tamara Pita, acalentando nossa alma

19/04 — sexta
concerto de Ana Muniz e Betina Tirrã
\\ Cacau Reencontros
no Engenho dos Sonhos / 19 h

entre em contato para garantir seu ingresso para essa experiência sonora 🎼


dos.sonhos

📷

Cacau Reencontros será um momento para saludarmos nossas e nossos amigos queridos, ouvindo uma boa música, cantando, dançando e deixando as vozes guiar essa travessia

— um concerto musical de
Ana Muniz & Betina Tirrã

19/04 🌖 às 19 hrs
no Engenho de Sonhos, Encantada

Cacauzita servida pela parteira & nutricionista Tamara Pita

Você e sua família são bem-vindes

Valor ::
antecipado : 80$
no dia : 90$
[crianças não pagam]

Gratuidade para :
não brancos, pessoas trans

— inscrições com Betina ✨

Quem vem conosco? 💛

amor matriarca