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O restauro dos bens integrados da nave da capela da Santa Casa de Porto Alegre.
Em 2002, a restauradora Susana Cardozo liderou as primeiras intervenções na Capela. Quase duas décadas depois, uma nova intervenção se tornou necessária devido ao surgimento de problemas com umidade ascendente e descendente. Com técnicas avançadas como termografia e medidores eletrônicos de precisão, foi possível realizar um levantamento detalhado dos danos, identificando causas e traçando estratégias de restauração. Calhas, telhados e paredes foram inspecionados para localizar infiltrações e analisar amostras de argamassa e sais. O mapeamento incluiu cada fissura e sinal de infiltração, guiando a criação de um memorial descritivo com recomendações de engenharia, principalmente para combater problemas de umidade. Foram realizados ajustes nas paredes, incluindo a remoção de dutos embutidos, a drenagem do pátio e o uso de ventilação induzida e compressas para secagem e limpeza. Para preservar a integridade estética, técnicas de pintura cuidadosas foram aplicadas, como a reintegração cromática com tintas à base de cal e aquarela. A limpeza e a consolidação das paredes foi um processo minucioso e demorado, em que se aproveitou o tempo para ajustar quais os pigmentos poderiam reproduzir a tinta mais adequada para a reintegração das lacunas na camada pictórica e contou com a consultoria da conservadora e restauradora Keli Scolari e supervisão de
A cimalha, que embora estivesse fora do escopo de trabalho, teve todas as fissuras no reboco consolidadas e a camada pictórica fixada e reintegrada. O friso dourado a folhas de ouro pelo próprio Emilio Sessa foi então resgatado, pois estava oculto por uma fina camada de tinta a cal na cor marrom. Após a limpeza mecânica e química foi revelado e reintegrado com tinta acrílica de modo devolver a leitura original dos painéis.
Em cada etapa, um compromisso em manter a autenticidade e longevidade da obra.
A equipe foi composta pelos conservadores e restauradores , na coordenação, com apoio de .galli.526 e as academicas , Fernanda Rodrigues e Andressa d'Allastra.
Emílio Sessa – Vida e Obra
Emílio Sessa, nascido em 1913 em Bérgamo, Itália, foi um renomado pintor muralista e decorador. Iniciou sua formação artística sob a orientação de Fermo Taragni, sendo colega de Aldo Locatelli, com quem manteve uma amizade e colaboração. Em sua juventude, trabalhou na Itália, Bulgária e Áustria, aprimorando sua técnica em pintura mural.
Em 1948, Sessa veio ao Brasil acompanhado de Locatelli e Adolfo Gardoni, marcando o início de sua significativa contribuição artística no Rio Grande do Sul, onde atuou até 1965. Suas obras estão em importantes edificações religiosas, como a Catedral de Pelotas, a Igreja São Pelegrino em Caxias do Sul, a Catedral Nossa Senhora da Conceição em Santa Maria e a Capela Santa Tereza Verzeri em Santo Ângelo.
Em Porto Alegre, Sessa deixou um legado em locais como o painel do antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho, as igrejas Santa Teresinha do Menino Jesus e Sagrada Família, a Capela Bom Pastor do Presídio Madre Peletier, a Igreja da Conceição e, especialmente, na Capela da Santa Casa.
Sessa faleceu em 1990, deixando um rico acervo de obras no Brasil e na Itália, reconhecidas pela genialidade e originalidade. Desde 2008, o Instituto Emílio Sessa dedica-se à documentação, estudo e promoção de sua arte, valorizando sua contribuição ao patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.
Capela Nosso Senhor dos Passos – História e Restauração
A Capela Nosso Senhor dos Passos, erguida para atender ao hospital da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, guarda relíquias raras como a imagem de Nosso Senhor dos Passos. Datada de 1808, essa peça, trazida da Catedral Metropolitana em 1825, possui olhos de vidro e cabelos naturais, além de uma cruz cortada em 1910, o que é uma curiosidade histórica.
Autorizada em 1815, a construção só começou em 1819, financiada pela Irmandade, com a nave concluída em 1825 e as torres finalizadas dez anos depois. Entre 1863 e 1869, a capela passou por uma ampliação do altar-mor e a inserção de talhas de madeira, executadas pelo mestre carpinteiro João Couto e Silva, também responsável por obras nas Igrejas da Conceição e das Dores. A segunda reforma relevante ocorreu entre 1909 e 1911, quando o interior ganhou uma estética eclética.
Entre 1960 e 1962, o pintor italiano Emílio Sessa decorou o interior com pinturas murais ornamentais, aplicando esponjados e molduras que conferem à capela um caráter único. Em 2002, as paredes laterais e o forro foram restaurados pela restauradora Susana Cardoso, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC).
Em 2019, um novo processo de restauração foi necessário devido a infiltrações que deterioraram as pinturas. O arquiteto Lucas Volpatto elaborou um diagnóstico e um projeto de intervenção, coordenando a restauração realizada por Mara Nizolli e Fábio Galli, especialistas formados pela Universidade Federal de Pelotas.
Capela Nosso Senhor dos Passos – Santa Casa de Misericórdia, Porto Alegre
As obras de conservação e restauração das pinturas decorativas das paredes da capela ocorreram entre o final de setembro de 2019 e o final de fevereiro de 2020, abrangendo aproximadamente 700 m² de limpeza e intervenções específicas nas pinturas decorativas da nave, situadas abaixo da cimalha.
Os trabalhos envolveram técnicas minuciosas, incluindo limpeza química e mecânica das superfícies, fixação e reintegração da camada pictórica, além da consolidação do reboco por meio de injeções químicas, em um processo minimamente invasivo. Em áreas com grandes lacunas, foi necessário reconstituir certos trechos, sempre preservando a autenticidade do conjunto.
A equipe multidisciplinar, composta por arquitetos e conservadores-restauradores, contou com o auxílio de acadêmicos aprendizes, todos comprometidos em realizar uma intervenção que preservasse a integridade e a leitura das pinturas sem recorrer a intervenções agressivas e irreversíveis. A proposta foi respeitar as marcas do tempo e a pátina característica das paredes da capela.
Elementos como o fundo esponjado, as gregas, os frisos e as molduras dos vitrais, característicos da obra de Emilio Sessa, foram cuidadosamente estudados quanto à cor. Após a consolidação de fissuras e rachaduras, aplicaram-se velaturas necessárias para a reintegração cromática, incluindo o redesenho das gregas e dos frisos, e a restauração do friso dourado que arremata a pintura antes do início da cimalha.
O Projeto Memorial da Presença Teresiana, uma iniciativa que visa homenagear e preservar a rica história das irmãs da Congregação Enrique de Ossó e sua contribuição inestimável para a comunidade. 📜💖
Este memorial será um espaço dedicado à reflexão, à educação e à valorização do legado Teresiano, contando com exposições interativas, painéis informativos e objetos históricos que contam a história inspiradora dessas mulheres notáveis.
Nosso Projeto Luminotécnico vai além da simples iluminação – ele valoriza cada detalhe arquitetônico, destacando a beleza e a história preservada nos espaços do Colégio Santa Teresa de Jesus. A proposta integra soluções modernas e eficientes, respeitando o ambiente histórico e criando uma atmosfera que convida à contemplação e apreciação.
Combinando tecnologia, sustentabilidade e sensibilidade artística, estamos trazendo luz para a memória e o patrimônio cultural de forma inovadora.
O projeto de restauração das fachadas do Colégio Santa Teresa de Jesus busca valorizar a arquitetura eclética e histórica deste símbolo de Sant’Ana do Livramento, respeitando suas características originais e promovendo sua conservação para as futuras gerações.
Este é mais um passo em direção à preservação da nossa história, unindo tradição, técnicas sustentáveis e cooperação internacional. Vamos juntos manter viva a memória e o legado cultural da região.
O Curso Livre em Patrimônio e Conservação de Bens Culturais surge a partir da mobilização para o tombamento das fachadas e da Capela do Colégio Santa Teresa de Jesus, em Sant’Ana do Livramento, impulsionado pelas irmãs da Congregação Enrique de Ossó. Este movimento visa a preservação do patrimônio local e o fortalecimento do debate sobre a importância dos bens culturais na fronteira entre Brasil e Uruguai, envolvendo a região no contexto patrimonial do Mercosul. O projeto busca a formação de mão de obra qualificada para a restauração e conservação de patrimônios culturais, abordando temas como a identificação e preservação de acervos ainda não catalogados, além de gerar empregos e incentivar o turismo cultural.
Objetivos principais:
1. Formação de profissionais qualificados: Capacitar mão de obra para atuar em restauração de obras de arte e edifícios históricos.
2. Geração de emprego: Promover oportunidades de trabalho na restauração e conservação, bem como em setores ligados ao turismo e educação patrimonial.
3. Sensibilização para o patrimônio cultural: Criar consciência local e internacional sobre a importância da preservação do patrimônio.
4. Fomento à cooperação internacional: Estabelecer parcerias com instituições renomadas, promovendo trocas de conhecimento e experiências.
5. Promoção da interdisciplinaridade: Integrar áreas como história, arquitetura, química e artes para uma abordagem holística no restauro.
6. Contribuição para o desenvolvimento sustentável: Adotar práticas de conservação que respeitem o meio ambiente e o contexto cultural.
O curso será composto por 9 módulos, totalizando 44 horas de formação, com aulas teóricas expositivas e práticas, focadas na resolução de problemas e aplicação de técnicas de avaliação de estruturas. O Colégio Santa Teresa de Jesus, com foco na capela e nas fachadas tombadas, será o objeto de estudo. As aulas serão presenciais e remotas, permitindo a participação de até 40 alunos, com seminários ao final de cada dois módulos para debates e aprofundamento.
O curso oferece uma oportunidade para profissionais de arquitetura, engenharia, museologia e áreas afins se especializarem na conservação do patrimônio cultural, contribuindo para o desenvolvimento regional e internacional.
Os bens móveis sacros da capela incluem imagens de São José, Nossa Senhora da Conceição, Sagrado Coração de Jesus, Santa Teresa D'Ávila, Santa Teresinha do Menino Jesus e Jesus Crucificado. Além disso, destacam-se o sacrário com baldaquino em latão polido, luminárias de tipo arandela, a lamparina do Santíssimo, as 14 estações da Via-Sacra, as pias de água benta, as caixinhas de ofertas e as antigas portas em latão e bronze da mesa de comunhão. O sino que outrora adornava o frontão também fazia parte do conjunto.
Os painéis da Capela do Santíssimo Sacramento estão alinhados à iconografia Teresiana, retratando os momentos mais importantes da vida de Santa Teresa de Jesus, assim como suas visões místicas.
As fachadas principais do Colégio Santa Teresa de Jesus, localizadas na esquina das ruas Brigadeiro David Canabarro e 13 de Maio, revelam uma arquitetura austera e eclética, típica da primeira metade do século XX, com influências hispânicas e da arquitetura platina. A edificação ocupa ¼ do quarteirão e apresenta volumes que formam um pátio interno, característica comum em edificações educacionais da região do rio da Prata. A composição volumétrica destaca os acessos à escola, ao salão de atos e à capela.
Construído em blocos distintos, o prédio utiliza técnicas tradicionais de alvenaria com tijolos e fundações de pedra arenítica, aproveitando a topografia para a distribuição das partes. A capela e o salão de atos estão voltados para a rua 13 de Maio, onde há três acessos: capela, hall principal (que leva aos dormitórios das irmãs) e o salão de atos. O acesso principal da escola é pela rua Brigadeiro David Canabarro, por uma grande portada de madeira que conduz a um hall com abobadilhas típicas da região platina.
As fachadas apresentam um predomínio de superfícies sólidas, com janelas dispostas em arco pleno no segundo pavimento e arco abatido no primeiro. A edificação é coroada por uma platibanda que oculta o telhado original, feito de telhas cerâmicas. A fachada da rua 13 de Maio se diferencia pelo frontão da capela do Sagrado Coração de Jesus, encimado por um arco que, originalmente, abrigava um sino de bronze. Abaixo da porta de acesso à capela, há um brasão de Santa Teresa d'Ávila com o lema "Viva Jesus".
A horizontalidade do prédio é acentuada por frisos e cimalhas que avançam sobre a fachada. Parte da fachada é revestida por pedra fingida ou cimento penteado, enquanto outra parte exibe alvenaria de tijolos e pedra aparentes. As fachadas foram construídas em etapas distintas, sendo a da Brigadeiro David Canabarro contínua e alinhada com a rua, enquanto a da 13 de Maio é composta por dois volumes que abrigam a capela e o salão de atos, separados por um pequeno pátio.
A capela do Colégio Santa Teresa de Jesus possui uma nave única, separada pelo antigo átrio e uma mesa de comunhão de mármore de Carrara, com detalhes em mármore rosa, que eleva o presbitério em três degraus. O presbitério termina em uma falsa abside com estrutura de madeira e aço, revestida de estuque com pinturas decorativas em tons de azul, ocre e dourado. No fundo, encontra-se o retábulo-mor, em estilo neogótico, esculpido em madeira e policromado, que ostenta a imagem do Sagrado Coração de Jesus, com Santa Teresa d'Ávila e Nossa Senhora da Conceição ao lado. Ao centro, há um brasão de Santa Teresa de Jesus e duas peanhas com imagens de Santa Teresinha e São José, todas sob dosséis neogóticos.
O forro da capela é de estuque, com abóbadas ornadas por pinturas em estampilha que criam faixas com arabescos e florões. Nas laterais, pinturas murais descrevem a vida de Santa Teresa d'Ávila, e a semi-cúpula retrata sua morte. As paredes laterais possuem estampilhas em tons de azul e bronze, além de guarnições em marmorino que alternam entre rosa e branco, harmonizando com a mesa de comunhão.
A capela possui oito janelas em madeira azul com vidros martelados, e a fenestração se dá no lado esquerdo, com nichos do lado direito para equilíbrio visual. O átrio é ladeado por duas salas menores, uma com uma escada caracol que dá acesso ao coro, que possui decoração semelhante à nave. A capela mantém uma linguagem arquitetônica eclética com tendência ao estilo românico, mesclando pinturas decorativas e painéis historiados em tons ocres, azuis, bronze e dourado. O piso é de mármore de Carrara e ladrilhos de granitina, formando padrões arabescos.
O levantamento cadastral realizado na escola revelou as seguintes condições para o restauro:
O telhado está bem conservado, com uma estrutura de madeira em bom estado. As telhas cerâmicas originais foram substituídas por telhas metálicas, e o estuque abobadado, embora em boas condições, apresenta fissuras em suas áreas decoradas.
O revestimento em reboco de cimento penteado apresenta áreas com desprendimento, sujidades, crosta negra e infiltrações devido à umidade. Intervenções inadequadas, como instalação de veículos de divulgação, também prejudicaram a estrutura. Há infiltrações que comprometem as pinturas decorativas da capela, além de pontos com degradação da alvenaria e presença de biocolônias.
As esquadrias originais de madeira estão bem conservadas, especialmente na capela e fachada voltada para a Rua 13 de Maio. No entanto, a porta principal da capela requer substituição de peças devido ao ataque de insetos xilófagos. Já as esquadrias da fachada voltada para a Rua Brigadeiro David Canabarro foram alteradas.
Os pisos da capela estão em ótimo estado de conservação.
As pinturas decorativas necessitam de intervenção urgente devido à degradação avançada pela umidade, colocando o suporte em risco. Os bens móveis estão em bom estado, exceto os bancos da nave, que precisam de substituição de peças degradadas também pelo ataque de insetos xilófagos.
Esse levantamento evidencia a necessidade de intervenções cuidadosas para preservar a integridade estrutural e estética do edifício.
Hoje será apresentado para a comunidade Santanense o processo de tomabamento da capela Sagrado Coração de Jesus do assim como o projeto de restauração. O Colégio Santa Teresa de Jesus, de Sant'Ana do Livramento, é um importante monumento para a cidade, foi fundado pelas irmãs da Companhia de Santa Teresa de Jesus. Em 1911, as religiosas chegaram à cidade e se instalaram provisoriamente em uma casa alugada. Em 20 de janeiro de 1913, a irmã Francisca Macazaga adquiriu um terreno onde se iniciaria a construção da sede definitiva do colégio, com projeto do arquiteto Juan A. Tarragó, de Montevidéu. Em agosto de 1914, a obra foi concluída parcialmente e, em 1º de novembro daquele ano, o colégio foi oficialmente reaberto em seu novo edifício.
A partir de então, o Colégio Santa Teresa de Jesus passou por diversas ampliações e melhorias. Em 1916, uma classe especial em espanhol foi criada para atender meninas uruguaias de Rivera, refletindo a proximidade geográfica e cultural entre as duas cidades fronteiriças. Essa classe funcionou até 1939, quando foi encerrada por ordens governamentais, após 23 anos de existência.
Hoje será um grande dia para a comunidade Santanense, em especial para o Colégio , pois será divulgado para a comunidade o processo de tomabamento da Capela Sagrado Coração de Jesus e o seu proejto de restauração. Por isso, vamos contar um pouquinho desta história por aqui.
Durante as décadas de 1920 e 1930, o colégio continuou a expandir sua estrutura física, incluindo a construção de uma nova sala de aula para meninas carentes e, em 1929, a inauguração da capela definitiva. Outra importante melhoria foi a construção de quartos individuais para as irmãs em 1935, atendendo às recomendações das Superioras Visitantes para maior decoro na vida religiosa.
O Colégio Santa Teresa de Jesus consolidou-se como uma importante instituição educacional ao longo dos anos, oferecendo educação de qualidade e desempenhando um papel fundamental na comunidade de Livramento e Rivera.
Fundada em 1918, a igreja matriz São Pedro foi uma das primeiras paróquias estabelecidas na cidade durante o período Republicano, desempenhando papel importante no desenvolvimento urbano da zona norte da cidade. Sua construção em estilo neogótico, com torres gêmeas visíveis à distância, só foi finalizada nos anos 1950. A antiga capela de São Pedro contribuiu para a integração do Arraial de São Manoel e da Estrada da Floresta à malha urbana, atraindo melhorias públicas e privadas, como o bonde. A paróquia foi sustentada por várias associações de fiéis, que ajudaram em sua manutenção e crescimento, e deu origem a duas escolas no bairro, além de promover atividades recreativas e festas tradicionais.
Em setembro de 2023 o Studio 1 Arquitetura entrou com pedido de tombamento da igreja na Prefeitura de Porto Alegre, por sua importância histórica e cultural para a cidade, além de sua importância arquitetônica e como templo para os católicos apostólicos romanos da capital gaúcha.
Os telhados da nave e da capela-mor da igreja são estruturados em madeira e cobertos por telhas cerâmicas francesas. O cruzeiro que adorna o frontão do transepto da fachada sul e a abside da capela-mor são elementos marcantes. As entradas laterais possuem pórticos com gradis metálicos, enquanto as duas torres sineiras abrigam sinos de bronze, encimadas por coruchéus de cobre com cruzes. A fachada é enriquecida com ornamentos argamassados, como lambrequins, pináculos, frisos, cimalhas, quadrifólios e rosáceas. As portas de acesso são feitas de madeira almofadada, e os vitrais são estruturados em mainéis de cimento e rosáceas.
O calçamento ao redor da igreja é feito com pedras portuguesas em granito rosa, cinza e preto, formando padrões geométricos. Internamente, as pinturas decorativas e murais foram realizadas pelos Irmãos Curci e pela empresa ARS Arte Sacra, preservando características cromáticas distintas. As paredes são revestidas em arenito, o piso da nave é de ladrilhos de granitina, e o forro de estuque é adornado com pinturas e gradis nos óculos de ventilação.
Os vitrais historiados estão dispostos em sequência, com o guarda-corpo e a escadaria do coro feitos de madeira, mantendo suas características cromáticas originais. O púlpito, retábulos de madeira, o sacrário e o baldaquino em latão polido, assim como os castiçais e mesas litúrgicas, são peças que mantêm um estilo formal e cromático definido. A imagem de São Pedro com o pé desgastado, ladeada pelas imagens de São Pedro e São Paulo, o trono e o baldaquino de madeira, e a via sacra em suas estações originais também são destaques.
As imagens de santos, como o Sagrado Coração de Jesus, Santa Teresinha, Santo Antônio, e outras, decoram os retábulos laterais, mantendo o estilo formal e cromático. Lustres e arandelas de latão envelhecido, o crucifixo na capela-mor, as lamparinas no presbitério, o órgão de tubos, o confessionário em madeira e os bancos dos fiéis são elementos que, juntos, compõem o cenário sacro e preservam suas características formais e cromáticas.
Hoje dentro de nossa retrospectiva em preparação as comemorações dos 15 anos do S1arq trazemos um projeto que estamos atuando, a igreja de São Pedro , localizada em Porto Alegre, que tem sua origem em uma capela dedicada ao padroeiro do Rio Grande do Sul, erguida em 1887 por iniciativa de Eduardo Azevedo de Souza Filho e sua esposa, que doaram o terreno e uma imagem do apóstolo. A capela foi consagrada em 1888, sendo inicialmente subordinada a outras freguesias até se tornar sede do Curato de São Manoel em 1916. Em 1917, foi definida como Matriz do Curato de São Pedro, e, em 1918, aprovou-se o projeto do arquiteto tcheco Josef Hruby para um novo templo em estilo neogótico, a primeira grande igreja desse estilo na cidade. A construção, conduzida por Franz Rhoden, viu sua primeira missa celebrada em 1919, mesmo com o templo ainda inacabado.
O destaque da igreja sempre foi sua ornamentação interna, desenvolvida a partir de 1922 sob a responsabilidade do escultor João Vicente Friedrich. Em 1929, foram instalados os altares neogóticos em madeira, e a primeira torre foi finalizada sob a supervisão de Vitorino Zani, também responsável pelo revestimento da fachada. As pinturas internas começaram em 1944, com Pedro Paulo Curci e seu irmão Attilio, e os vitrais, produzidos pelas Casas Irmãos Veit e Casa Genta, complementam o interior.
A Igreja de São Pedro tornou-se um importante centro de devoção católica e um marco na identidade dos bairros Floresta e Moinhos de Vento. Mesmo com as transformações urbanas, suas altas torres e o estilo arquitetônico neogótico continuam a se destacar, sendo um ponto focal da paisagem da região. Esses fatores contribuíram para que a Igreja de São Pedro fosse reconhecida como patrimônio cultural tombado pelo município, devido ao seu valor histórico, arquitetônico, paisagístico e funcional.
Pesquisa histórica:
Fotos: Acervo da Paróquia São Pedro
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