Eixo Financeiro

Ninguém acorda querendo fazer um planejamento financeiro.

Todos nós queremos trocar de casa, comprar um carro novo e viajar com a família. No entanto, esquecemos que — para alcançarmos a maioria destes objetivos — ter um planejamento financeiro é crucial.

Essa semana, durante um atendimento, um cliente dividiu algo intrigante comigo. Ele havia conseguido renegociar e pagar todas as suas dívidas no prazo de um ano. Dívidas altas, vários cartões de crédito. Colocou 100% do seu foco naquilo. Com muito trabalho e organização, conseguiu. Pagou tudo.

Agora olhem o dilema. O ano seguinte deveria ter sido muito melhor, com dinheiro sobrando e algumas novas conquistas. Afinal de contas, não haviam mais dívidas. Infelizmente, não foi exatamente o que aconteceu. Mesmo sem as dívidas, não “sobrou” nada. Na verdade, sabemos que dinheiro nunca sobra.

O desimportante acaba se tornando importante.

Janeiro é o mês crucial para as nossas finanças. Geralmente, é o mês com o maior número de contas. Ele praticamente divide as pessoas em dois grupos.

O primeiro é o grupo que tinha um planejamento e provisionou as despesas. Costumam passar mais tranquilos e conseguem iniciar o ano sem grandes dores de cabeça. Infelizmente é o menor grupo.

O segundo grupo é aquele que ficou na torcida para que as contas de janeiro não chegassem, mas elas chegaram. Não fez reserva, não provisionou, não separou nada do décimo para pagar as despesas sazonais. A dor de cabeça é inevitável.

Segundo pesquisa feita pelo SPC, apenas 11% dos brasileiros conseguem arcar com essas despesas sem que seja necessário fazer uma economia ao longo do ano.

No planejamento orçamentário, é fundamental considerarmos o “efeito janeiro”. Caso contrário, teremos a falsa impressão de que as coisas estão sob controle.

O assunto não poderia ser mais clichê: metas de ano novo. Mas vale lembrar que todo clichê se torna clichê pelo mesmo motivo: ele funciona.

Ou seja, colocar as metas no papel é um negócio que funciona. Saber para onde você está indo funciona. A meta nos traz clareza, nos direciona pelo caminho que iremos percorrer. Mas ela é a garantia de que iremos chegar lá? Não é.

Mais importante que a meta é a execução. E essa é a parte mais difícil do processo. Se você traçou uma meta para 2022, existe algo que você precisa fazer durante 365 dias. É aqui que mora o grande desafio.

Já traçou as tuas metas para 2022?

Certa vez, eu ouvi de um pastor a seguinte frase: “o ser humano é insaciável.”

Eu nunca mais esqueci a frase. Olhando para a minha própria vida eu percebi como aquelas palavras eram verdadeiras. Eu percebi que — de alguma maneira — eu nunca estava satisfeito.

Essa é a nossa natureza. Todos nós temos uma multidão de desejos, mas apenas um punhado são aqueles que iremos de fato conseguir realizar. Precisamos ser seletivos.

É fundamental definirmos aquilo que realmente é necessário. Caso contrário, tudo que desejarmos se transformará em algo necessário. O tamanho do orçamento já não importará mais e, sempre que aumentar, será consumido por novos desejos.

Nós podemos inverter essa tendência.

Um excelente 2022 🌝

2021 - 2022

Definitivamente, 2021 não foi um ano fácil. Não ter sido fácil, não o torna um ano ruim. Muito pelo contrário. Eu diria que foi um ano de muito aprendizado.

O ano que chega ao fim me trouxe autoconhecimento. Me conheci mais. Me conheci melhor. Tomei algumas decisões erradas, sem sombra de dúvidas. Mas em nenhum momento eu deixei de tomá-las, e isso para mim foi o mais importante.

O João que começa 2022 é outro. É alguém melhor. É alguém mais calejado. É alguém que colherá os frutos dos erros que cometeu, mas que também terá as ferramentas necessárias para acertar muito mais.

Você conseguiria resumir 2021 em apenas uma palavra?

DINHEIRO É ACESSO

Quando pensamos na imagem de alguém com muito dinheiro, normalmente nos vem à mente aquele estereótipo do ricaço: carro bacana, casa gigante e aquelas viagens incríveis para Maldivas.

Isso pode até representar algumas coisas que o dinheiro é capaz de comprar, mas dinheiro é muito mais do que isso. Dinheiro é acesso. Uma boa escola para o seu filho, é acesso. Um tratamento digno em um hospital decente, é acesso. Não precisar comprar o macarrão mais barato no supermercado, é acesso.

O seu José, dono do mercadinho da esquina, não acharia ruim uma viagem para as Maldivas ou uma Porsche Cayenne na garagem, mas ele seria muito feliz com menos, com o básico que assegura aquilo que realmente importa para ele. Ele seria “rico” tendo acesso imediato a bens e serviços que possam resolver os problemas reais dele e da sua família. É isso.

Como o Ícaro costuma dizer, quem acha que “dinheiro não traz felicidade”, é porque nunca teve que dividir, entre os irmãos, o valor do velório do pai.

11 ANOS

Olhando só para o tempo, até parece muito. Mas olhando para o tamanho do nosso amor, é evidente que esses onze anos foram só o início da nossa jornada. Queremos viver muito mais. Queremos amar muito mais.

Aquilo que para alguns é uma eternidade, para nós passou como onze meses, talvez onze semanas. A verdade é que parece que tudo começou ontem. As primeiras conversas, o primeiro beijo, o dia do nosso casamento. Chegamos aqui mais maduros, mais preparados e conhecendo um ao outro muito melhor. Construímos um relacionamento sólido e seguro para seguirmos viagem. E como é bom viajar contigo.

Obrigado por me fazer tão feliz. Espero fazer de você também a mulher mais feliz. Estarei aqui — ao teu lado — até o meu último suspiro de vida.

Te amo, meu bem. Que venham os próximos onze anos.

O QUE NINGUÉM TE CONTOU SOBRE PROSPERIDADE

A verdade é que fomos ensinados a gastar tudo, até a última moeda. É assim que a maioria de nós se relaciona com dinheiro.

Desde muito cedo, aprendemos que dinheiro existe para ser gasto. Na mão, chega a dar até coceira. Quando, por algum motivo o dinheiro sobra — o que não é comum — a primeira coisa que fazemos é encontrar uma forma de gastá-lo. E não faltam formas, evidentemente.

Compramos até o limite do orçamento e — quando não há mais limite — então financiamos, parcelamos e pegamos dinheiro emprestado. Não paramos um minuto sequer para pensar no dia de amanhã, como será o nosso futuro e de que maneira podemos construir algo melhor. Nesta parte, inclusive, esperamos que o Estado garanta alguma tranquilidade. Ledo engano.

A cultura de investir para o longo prazo, para o futuro, infelizmente não fez parte da criação da maioria de nós. Pelo contrário, crescemos acreditando que investir é coisa para gente rica e muito inteligente. Bobagem.

No livro “O homem mais rico da Babilônio”, encontramos o seguinte princípio: “Achei o caminho para a riqueza quando decidi que conservaria comigo uma parte de tudo que ganhasse.”

Esse é um dos princípios mais importantes sobre dinheiro — sobre prosperidade — e que nós desprezamos por completo. Ignoramos algo tão simples, mas que pode alterar completamente o nosso futuro.

Se você quer mudar a forma como enxerga e se relaciona com o dinheiro, hoje temos um novo encontro, às 19:07. É 100% online. É 100% gratuito.

Até mais!

O CICLO VIRTUOSO DO DINHEIRO

Muito se fala sobre gastar menos, mas pouco se fala sobre ganhar mais.

Grande parte dos nossos problemas financeiros estariam resolvidos se houvesse uma preocupação real com o tema RENDA. É fato.

Gastamos muito tempo discutindo se é melhor investir em um CDB que rende 102% do CDI ou no Tesouro Selic quando, na verdade, essa decisão não irá alterar em nada a nossa situação financeira. Na melhor das hipóteses — no final do ano — teremos dinheiro para comprar uma pizza.

A “febre” dos investimentos não pode tirar o nosso foco daquilo que realmente pode transformar bruscamente a nossa realidade financeira: a nossa renda. É isso.

Como fazer renda extra? Como ser promovido? Como ganhar um aumento? Como empreender? Como me tornar um profissional desejado pelo mercado? Esse é o tipo de pergunta que nós precisamos responder.

Quanto melhor profissional você for, mais dinheiro entrará na sua conta. Esse é o ciclo. Simples assim.

O nosso Desafio continua. Hoje temos um novo encontro, às 19:07. É 100% online. É 100% gratuito.

Até mais!

CAINDO NA REAL

A vida adulta é dura. Talvez mais dura do que gostaríamos que fosse.

A realidade baterá à porta, é fato. E muitas vezes nutrimos verdadeiro pavor apenas com o fato de que em algum momento precisaremos abrir a tal porta. Ficamos ali — apenas ouvindo o som das batidas — e fingindo que não é com a gente.

No fundo, sabemos que é. No fundo, sabemos que apenas nós podemos abrir a porta. No fundo, sabemos que quanto mais demorarmos para abrir, pior será.

Eu já senti isso. Várias vezes. Na real, sinto até hoje. Quando abro uma porta e encaro um problema, ouço outra batida, em outra porta. Advinha o que é? Outro problema. A vida adulta é assim.

A questão chave é: fugir não resolverá nenhum dos nossos problemas. Encarar a realidade e partir para o confronto, sim. O quanto antes você cair na real, melhor.

Hoje começa o nosso Desafio. Se você quer começar uma transformação na sua vida financeira, esteja comigo às 19:07. É de graça. É gratuito.

Até mais tarde!

REMOVA OS OBSTÁCULOS

Hoje cedo — enquanto fazíamos a nossa caminhada — fomos atrás de um coqueiro para garantir a nossa água de coco gelada. Encontramos um. Mas existiam três problemas: não alcançávamos, não conseguíamos escalar e tinha um galho bem na frente atrapalhando qualquer tentativa de tirar os cocos.

Tentamos de tudo. Tentamos subir, não deu. Tentamos cortar o caule com um pedaço de madeira, não deu. Tentei até levantar a Vic pra ela pegar, mas também não deu. Eu só queria desistir e ir para casa tomar um banho, mas a Vic não deixou. Então continuamos quebrando a cabeça atrás de uma solução.

E a solução estava mais perto do que pensávamos. Era o próprio galho, o obstáculo. Foi quando pensamos: e se conseguirmos remover o galho, os cocos cedem um pouco e talvez a gente alcance. Foi exatamente o que aconteceu. Os cocos desceram menos de um palmo e eu consegui alcançar com um pulo incrível, digno de uma medalha de ouro 😌

Moral da história. Algumas vezes, tudo que você precisa é remover os obstáculos e ter alguém que não te deixe desistir. A sua água de coco pode estar logo ali.

Marque aqui embaixo alguém que nunca te deixa desistir 👇🏼

Saber identificar uma possível pirâmide financeira é crucial para o investidor iniciante. Destaquei aqui três características presentes em todas elas.

FOCO EM INDICAÇÕES - Uma das principais características é o sistema de indicação desenfreada de novos membros. Esse ponto é crucial para que a pirâmide se mantenha viva. É daqui que sai o dinheiro para pagar toda a estrutura. É o coração da pirâmide. Para os “consultores”, a ênfase sempre será o recrutamento e a pressão que eles precisam exercer para captar novos investidores. Normalmente, existe uma bonificação extra para a indicação de novos membros.

ALTOS RETORNOS EM POUCO TEMPO - Esse é o grande chamariz das pirâmides financeiras para atrair pequenos investidores. Em um país como o Brasil, com quase 15 milhões de desempregados e com 70% das famílias endividadas, tudo que alguém quer ouvir é que consegue um retorno de 10% ao mês sem esforço algum. A pessoa pega 50 mil, aplica e recebe no final do mês seus 5 mil sem qualquer esforço. Quer coisa melhor? O problema é que esse tipo de retorno é ilusório e em determinado momento a conta não vai fechar.

PRODUTO CONFUSO - Na verdade, por muitas vezes, o produto até existe, mas é confuso ou muito difícil de avaliar. Justamente por isso é possível atrair vendedores que não entendem muito do assunto para avaliar o quão real a oferta é. Ou seja, a ignorância está presente nos colaboradores e no potencial cliente. É o caso das pirâmides mais recentes envolvendo o mercado de criptomoedas.

E você, já foi vítima ou conhece alguém que já caiu neste tipo de furada?

Nós costumamos julgar pela aparência, e a aparência da riqueza tem um apelo muito forte no nosso imaginário. Justamente por isso que o Esquema Ponzi — ou a velha e conhecida pirâmide financeira — faz tanto sucesso. O fraudador vende uma imagem de investidor bem-sucedido, milionário e com métodos de sucesso financeiro totalmente comprovados. Você vê tudo aquilo e pensa: eu não posso ficar de fora! Pronto, a m&rd@ está feita.

Pirâmide financeira é crime contra a economia popular. Se chama pirâmide justamente pelo formato do modelo de negócio. Existe um “vendedor” no topo, logo abaixo um pequeno grupo, no próximo nível um grupo maior e assim por diante. A base da pirâmide é composta por milhares de pessoas. Os degraus inferiores sustentam os superiores, por isso a necessidade de novos membros, o que torna o negócio insustentável no longo prazo.

Para que o negócio não entrasse em colapso, o volume de novos entrantes precisaria ser contínuo e cada vez maior, o que por motivos óbvios é impossível de acontecer. E é exatamente aqui que o problema ocorre. O fluxo de novos “investidores” na base diminuiu e começam os problemas para pagar os níveis acima. Estatisticamente, mais de 80% das pessoas que entram neste tipo de esquema saem no prejuízo.

Ao contrário do que acontece no mercado financeiro, onde risco e retorno andam de mãos dadas, nas pirâmides essa relação direta não existe. A promessa é de investimentos com ótimos retornos, sem risco algum — ou risco muito baixo. Como eu sempre falo, no mercado financeiro não existe almoço grátis. O risco existe, é altíssimo e não será um contratinho registrado em cartório que livrará você de um golpe.

Estas empresas andam à margem do sistema financeiro e do mercado de capitais. Ou seja, não possuem autorização para atuarem no mercado regulado. São empresas de consultoria, supostamente especializadas em um mercado pouco conhecido e uma promessa ilusória de ganhos financeiros altíssimos. A proteção para o cliente é simplesmente nula.

E você, já foi vítima ou conhece alguém que foi?

Queremos pra ontem, temos pressa.

Tudo tem prazo, é imediato, urgente, prioridade. Se tivermos que esperar 10 minutos por um Uber é o fim do mundo (exagerei, realmente 10 minutos é muita coisa 😅). Se o sinal abrir e o motorista da frente não se mover no primeiro segundo, já buzinamos. Se demorar dois segundos, até a mãe do cara vai ouvir.

É engraçado. Quando eu falo sobre meu processo de perda de peso (23 kg) sabe qual a pergunta que mais escuto? “Em quanto tempo?” Em quanto tempo eu emagreço, em quanto tempo eu enriqueço, em quando tempo eu sou promovido. Acredito que nunca nos preocupamos tanto com tempo e tivemos tão pouco dele.

Nos cálculos de juros composto, por exemplo, a variável tempo é muito preciosa. Se Joãozinho economizar mensalmente o valor de R$ 500,00 desde o início do ano, ao final do ano não terá tanto dinheiro assim, mesmo investindo com uma taxa de retorno boa. Agora, se o nosso amigo fizer isso por 40 anos, com uma taxa média de retorno de 0,7% ao mês, terá acumulado a quantia de R$ 1.974.738,96. Sim, quase 2 milhões. Joãozinho nunca sonhou que pudesse formar essa poupança para sua velhice investindo apenas R$ 500,00 por mês. O valor total investido foi de R$ 240.000,00. A diferença de R$ 1.734.738,96 é fruto do trabalho dos juros compostos no período de 40 anos. Joãozinho e sua senhora terão uma velhice mais confortável, sem depender do INSS. Parabéns, Joãozinho!

A vida nem sempre é de quem corre mais, mas de quem caminha em frente. O “ficar rico da noite para o dia” demora anos para acontecer. Não há mágica.

Foco no longo prazo 👊

E aí, já cometeu algum erro hoje? 🙂

Por trás de um belo prato, sempre existirá uma pia cheia de louças esperando para serem lavadas.

Eu já falei sobre isso. A vida no Instagram não é real. Ou melhor, é apenas uma pequena fração daquilo que alguém quer mostrar. Pensamos que sim, mas o que assistimos aqui não corresponde nem a 1% do que é a vida real. Por vezes, aquilo que vemos até nos afasta do que é a realidade.

Nos acostumamos com tantas conquistas que passam pelo feed, mas ignoramos o preço pago — pois não o conhecemos. E sabe de uma coisa? Para tudo que nós vemos — de bom ou ruim — um preço foi pago. Alguém empreendeu? Pagará um preço. Continuou como empregado? Também pagará um preço.

Uma vida financeiramente confortável requer anos de disciplina e sacrifícios. Um negócio de sucesso requer anos de trabalho duro e jornadas de 16 horas. Um casamento feliz requer anos de dedicação e paciência. Tudo é esforço. Tudo é sacrifício. Tudo é trabalho. Tudo é uma grande pia de louças sujas.

Não se engane. Todos querem comer, mas ninguém quer lavar a louça. Quando você olhar para a vida de alguém — mesmo que não enxergue a pia de louças — saiba que ela estará lá, provavelmente nas fotos que não foram publicadas.

Vou lá, que ainda tenho muita louça para lavar 😅

O título foi mais para chamar sua atenção, mas não deixa de ser verdade. O melhor a se fazer — em muitos casos — é não pagar mesmo. Eu trabalhei por muito tempo (mais de 10 anos) para uma das maiores instituições financeira do país, justamente com renegociação de dívidas. Uma das coisas que eu mais presenciava eram clientes colocando dinheiro no ralo com um mau acordo. Dinheiro bom em negócio ruim. A pessoa ficava anos fazendo acordos sem nenhuma efetividade. Era o tal “enxugar gelo”.

Para não entrar no mesmo ciclo, você precisa ter muita clareza com relação aos pontos que listei abaixo.

Não pague o banco, antes de ter uma visão clara sobre o problema.

Não pague o banco, antes de resolver a origem do problema.

Não pague o banco, antes de organizar o seu orçamento.

Não pague o banco, antes de parar de fazer novas dívidas.

Não pague o banco, antes de saber qual dívida quitar primeiro.

Não pague o banco, antes de entender o nível de risco de cada uma das dívidas.

Não pague o banco, antes de ter todo o histórico e informações relevantes sobre cada uma das dívidas.

Tenha calma e paciência. Aprenda a negociar. Trabalhe duro até resolver a situação. Priorize o pagamento à vista. Não esqueça: é só dinheiro e dinheiro é papel.

Cuidado! Renda extra é importante, mas quando é gerada de forma inteligente e sustentável. Serve para um objetivo específico e possui prazo de validade.

Ninguém ficará rico fazendo renda extra. Faça o possível para extrair o máximo da sua renda principal, e só depois busque outras alternativas.

Foco é dizer não.

Você não está sozinho. A grande maioria das pessoas que você conhece também não sabem nada sobre o assunto. Para você ter uma ideia, menos de 2% da população brasileira investe na bolsa de valores. Se olharmos para os norte-americanos, esse percentual salta para 65%. A diferença é gigante!

Você não precisa saber tudo. Talvez um dos maiores obstáculos seja o tamanho do tema “investimentos”. Com o tamanho também vem a complexidade. As pessoas até começam, mas quando se deparam com aquele monte de informações acabam desistindo. Ninguém sabe tudo e você também não precisa saber.

Vou listar quatro passos importantes para você começar:

1. INVISTA EM VOCÊ

Sem dúvida, esse é o investimento que — no longo prazo — pagará os maiores juros. Investir em conhecimento poderá colocar você em outro patamar financeiro, profissional e pessoal. Um livro de 50 ou um curso de 500 reais podem mudar a sua vida para sempre, o que um CDB de 120% do CDI nunca fará.

2. INVISTA NAQUILO QUE VOCÊ ENTENDE

Esqueça a “dica quente”. Todos os dias nós recebemos uma enxurrada de informações aqui na internet. Ações, fundos de ações, fundos multimercado, fundos imobiliários, títulos públicos, criptomoedas, opções. É um universo de possibilidades. Como filtrar? Invista em algo que você entende minimamente como funciona.

3. INVISTA POUCO

Comece devagar. Um dos maiores medos das pessoas é perder dinheiro. Para a maioria, perder 10.000 trará um impacto emocional muito maior do que ganhar 10.000. Não deixe de começar por medo de perder. Invista um valor que não fará falta e foque em aprender como o mercado funciona. Com o tempo você perceberá que não é nenhum bicho de sete cabeças, o que trará confiança para aportar cada vez mais.

4. INVISTA EM ALGO SEGURO

Com a febre da bolsa de valores e do mercado de criptomoedas, muitos já começam a investir sem passar pela renda fixa. É um erro. Comece por algo mais seguro e menos volátil, como o Tesouro Selic. Com o tempo, você toma mais risco e diversifica a sua carteira.

Me conta aqui embaixo se você já deu o primeiro passo 🙂

AFINAL DE CONTAS, EU PRECISO OU NÃO CORTAR O CAFEZINHO?

O cafezinho pode ser considerado uma pequena despesa dentro de um orçamento pessoal. Dificilmente um problema financeiro sério será criado por uma pequena despesa. Em excesso, pode até agravar a situação, mas dificilmente será o grande responsável pelo problema. Normalmente a origem estará na base do orçamento, no padrão de vida que foi definido lá atrás.

E é aqui que mora o problema. É muito mais difícil reconhecer que o erro foi na definição do padrão de vida. O mais fácil é cortar o cafezinho. Você acaba virando refém das pequenas economias. Pesquisa tudo, anota tudo, controla tudo. Essa rotina se torna um fardo, pois você percebe que o mais fácil de cortar também é o mais prazeroso no dia a dia. E quanto você economizou? Nem 5%. Ou seja, cortar o cafezinho não mudou a sua vida financeira.

Não estou criticando o hábito de economizar, de forma alguma. O problema é tornar o corte de pequenos gastos como a solução principal, pois não é. Normalmente é necessário reconhecer erros do passado e mexer no padrão de vida, o que significa mexer nos grandes gastos, aqueles que teoricamente já foram conquistados. É difícil, mas na maioria das vezes será a saída. Repensar onde se mora, como se desloca, como se educada e como se alimenta pode ser a solução. Não comece cortando o cafezinho, ao menos que o seu problema seja de pressão alta 🌝

Bill Gates disse o seguinte: “Não é um problema celebrar o sucesso, mas é mais importante prestar atenção às lições do fracasso.”

Concordo com ele. Em alguma medida, nós só crescemos errando, fracassando. Não se demore lamentando o leite derramado. Entenda os motivos do resultado aquém do esperado e se mova em direção ao próximo desafio, agora com a rota corrigida.

EU FRACASSEI

Durante algum tempo eu acreditei que o sucesso de algo estava na ausência de erros. Eu queria tudo sob controle e organizado. Sentia que as coisas estavam indo bem apenas quando davam certo e aconteciam conforme eu havia planejado. Ledo engano.

Elon Musk disse o seguinte: “Fracasso é uma possibilidade. Se as coisas não estão fracassando, você não está inovando o suficiente.” Vamos substituir o “inovando” por “arriscando”. Você só evita o fracasso não correndo riscos. Se é a vida que você quer — controlada e previsível — não há problema algum. Agora, se você quer mais, saiba que o fracasso é uma possibilidade real.

O fracasso não é necessariamente um problema. Ele não é o fim da linha. Você só não pode parar nele. Enxergue como uma oportunidade. Aprenda com ele. Cresça com ele.

Talvez você tentou organizar a sua vida financeira e fracassou. Talvez você tentou empreender e fracassou. Talvez você tentou aprender um novo idioma e fracassou. É normal. Isso só aconteceu porque você fez algo. Não pare, e o seu fracasso nunca se transformará em uma derrota completa.

Eu fracassei. Você também irá fracassar. Siga adiante.

Prioridades, pequeno cringe.

Eu não vou mentir. O processo de organização financeira não é fácil, mas é simples e possível. E mais importante que isso, é recompensador. Você pode até ser feliz em meio ao caos financeira, mas sempre sairá perdendo. Perderá liberdade. Perderá tempo. Perderá a realização de sonhos. Não deseje isso. Comece hoje a construir a vida financeira que você gostaria de ter nos próximos anos.

Me conta aqui nos comentários qual a primeira coisa que faria se dinheiro não fosse problema.

A vida não é linear. Nada é.

Estamos em uma estrada sinuosa. Enquanto não compreendemos isso, a tendência é buscarmos linearidade e previsibilidade onde não há, o que só nos trará frustração.

A mágica da vida está na volatilidade, nas incertezas que nos cercam, no fato de que não teremos controle algum sobre a maioria das coisas. Não estou fazendo apologia à falta de planejamento ou desorganização, muito pelo contrário. Organizar, planejar e investir nas coisas certas só nos fará bem, sem dúvida alguma. A questão é que — entre os pontos A e B — haverá um caminho de oscilações, de altos e baixos. Na verdade, as oscilações são o próprio caminho.

Esteja ciente de que será assim com tudo que você se propor a fazer: emagrecer, começar um relacionamento, aprender a investir, abrir um negócio. Você pode até buscar uma linha reta, mas encontrará um trajeto bastante onduloso.

O desafio é seguir em frente. O desafio é não parar. A vida é uma subida cheia de desníveis, mas se você decidiu que está disposto a pagar o preço por aquilo que tanto almeja, não pare, o ponto B é logo ali.

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