Dra. Marcella Salazar

É uma batalha diária, entre preconceitos, desafios, exigências e a luta permanente pela igualdade de direitos, oportunidades e tratamento.

Neste Dia Internacional das Mulheres, acordei pensando na morte da cantora Paulinha e no resultado dos exames - que identif**aram inúmeras substâncias tóxicas consumidas com o objetivo de emagrecer.

A pressão para nos encaixarmos em padrões de beleza inatingíveis desafia nossa autoestima, saúde mental, felicidade e, em casos extremos como o da cantora, ceifa a vida.

Como profissionais de saúde, acredito que temos a obrigação de desestimular práticas danosas ao organismo. Mesmo quando os pacientes buscam fórmulas e estratégias “milagrosas” para emagrecer, nosso compromisso ético é de promover a saúde e o bem-estar.

Vejo com otimismo as discussões sobre a ditadura da magreza e os posicionamentos de conterrâneas em defesa da autoaceitação e liberdade dos nossos corpos.

Que o Dia das Mulheres seja também uma data de amor-próprio.

Os sintomas do refluxo podem ser amenizados quando o paciente compreende melhor a doença para evitar fatores que podem aumentá-lo.

Nos cards, reuni as principais dicas que passo para todos os meus pacientes.

São alimentos, bebidas e hábitos que interferem diretamente na atuação do sistema gastrointestinal e podem aumentar o desconforto.

A adaptação da rotina é a principal responsável pela melhora sintomática e pode retardar ou até eliminar o uso de medicamentos.

Lembrem-se, o segredo esta na moderação!

A regulação das calorias é alvo primordial das pessoas interessadas em controlar o peso ou adotar dietas para mudar a silhueta do corpo.

Mas é preciso cautela antes de cortar em excesso e sem orientação especializadas, sugere um estudo publicado na prestigiada revista Nature.

A pesquisa conduzida pelo Departamento de Endocrinologia e Doenças Metabólicas da Charité Universitätsmedizin Berlin identificou efeitos negativos na restrição calórica.

O consumo em baixa quantidade teria contribuído com a proliferação da bactéria Clostridioides difficile, associada à inflamação do intestino e à diarreia.

A ingestão de nutrientes (calorias), concluíram os estudos, tem relevância decisiva na composição e na manutenção da microbiota intestinal.

"O papel das calorias no controle do peso é muito mais complexo do que simplesmente quanta energia uma pessoa está consumindo", frisou Peter Turnbaugh, professor e coautor do estudo.

A pesquisa aponta para a urgência de avaliar com cautela o consumo de calorias e evitar danos provocados por cortes aleatórios estabelecidos em dietas ou mudanças alimentares.

Se você está acima do peso e tem apresentado sintomas de azia (queimação na região do tórax) e/ou regurgitação (retorno da comida ou bebida para o esôfago), você pode ter refluxo.

E por que isso acontece?

🔺Primeiramente, a obesidade abdominal, a famosa barriguinha, aumenta a pressão nesta região, funcionando como se alguém estivesse apertando seu estômago.
🔺Há ainda alterações na motilidade esofágica, alterando a velocidade com que o conteúdo que foi para o esôfago retorna para o estômago, deixando o esôfago mais exposto ao ácido e às enzimas do suco gástrico.
🔺A junção do esôfago com o estômago (JEG) também é alterada. Isso predispõe ao surgimento de hérnia hiatal (desalinhamento entre a JEG e o músculo diafragma, principal músculo da respiração).

Portanto, pacientes obesos tendem a ter sintomas mais intensos e exames de endoscopias com maior incidência de feridas, aquela famosa esofagite erosiva vista nos laudos de endoscopia.

E o que fazer?

A perda de peso é a melhor solução, com melhora de até 80% dos sintomas prévios.

Além disso, uma perda de 10% do peso corporal foi associada à melhora dos sintomas principalmente azia, regurgitação, dor torácica não cardíaca e arrotos.

E aí, está disposto a mudar os hábitos e se livrar deste tormento?

Que a pandemia tem mexido com os nervos de todos, nós já sabemos.

Mas qual a relação da ansiedade, do estresse e da depressão com o sistema digestivo?

Os DISTÚRBIOS FUNCIONAIS, como a síndrome do intestino irritável, a dispepsia funcional e a constipação funcional, são transtornos do EIXO CÉREBRO-INTESTINO, diagnosticados de acordo com critérios pré-estabelecidos pelo Consenso de Roma IV.

São problemas de saúde que, dentre outros, decorrem de alterações dos movimentos naturais do órgão (peristaltismo, acomodação) e de alterações da sensibilidade da mucosa (hipersensibilidade visceral).

Mas por que é tão difícil para alguns pacientes aceitarem esses diagnósticos?

Porque são DIAGNÓSTICOS DE EXCLUSÃO, ou seja, não têm causa orgânica que apareça em exames laboratoriais ou de imagem.

Além disso, há o preconceito relacionado ao diagnóstico, receio de ser tachado com algum distúrbio psiquiátrico.

Por isso, é muito importante ter uma boa relação médico-paciente e manter a tranquilidade porque, apesar de muito incômodo, não é algo que levará à morte.

Nos próximos dias, vou falar um pouco mais a respeito das principais doenças funcionais do trato gastrointestinal para tentar quebrar o TABU em torno do tema.

Algo parecido já aconteceu com vocês?

O ex-presidente uruguaio José Mujica foi submetido a uma cirurgia de baixa complexidade para retirar a espinha de peixe, não está em estado grave.

Na maioria dos casos, a deglutição de corpos estranhos é inofensiva. Alguns não provocam quaisquer sintomas. Outros geram incômodo, mas são eliminados naturalmente pelo corpo.

Mas também pode ser perigosa quando o objeto engolido é nocivo ao organismo (mais comum com crianças, idosos e pessoas com distúrbios psiquiátricos) ou causa a perfuração de órgãos.

Essas aberturas podem levar alimentos ou substâncias internas dos órgãos para outras regiões, como a cavidade torácica e o abdômen, provocando inflamação. A depender da intensidade, podem levar até a morte.

Dificuldade para respirar, não conseguir deglutir a própria saliva, sangramentos, dor e distensão abdominal são alguns dos sintomas possíveis após engolir um corpo estranho.

Se isso ocorrer, é necessário procurar atendimento médico para evitar complicações.

Os pacientes que passaram por um transplante apresentam mais risco de morrer por causa da Covid-19.

A taxa de letalidade é de cerca de 2,4% na pop**ação geral, de acordo com a ABTO - Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Entre os transplantados, o índice p**a para aproximadamente 20%.

O número reforça a importância dos cuidados para não contrair a doença e da necessidade de vacinação prioritária do grupo, formado por 80 mil brasileiros.

Esse aumento ocorre porque o órgão implantado é reconhecido como corpo estranho no organismo.

Para minimizar a possibilidade de rejeição, os pacientes precisam tomar imunossupressores durante o resto da vida.

O efeito colateral é o impacto negativo no sistema imunológico, tornando-os mais suscetíveis a infecções.

Os transplantados estão incluídos no grupo com comorbidades no plano de vacinação do Brasil, mas ainda não há previsão de data para a imunização.

O respeito à diversidade sexual é uma condição essencial para a convivência harmônica em sociedade.

Toda pessoa tem o direito de escolher com quem se relacionar, constituir família e buscar a felicidade.

O preconceito é um sintoma da incapacidade de aceitar a liberdade do outro, agride a alma e machuca o corpo.

É indigesto sob qualquer medida.

Apoie a diferença, acolha a pluralidade e cultive, sempre, a tolerância.

Alimente a vida com o coração.

As soluções caseiras para melhorar a digestão estão nas conversas em família, principalmente dos mais experientes, nas dicas de amigos e nas redes sociais.

Mas será que funcionam?

O conhecimento pop**ar não tem validade científ**a. Mas muitos "segredos" da medicina alternativa são incorporados à medicina convencional após estudos clínicos e comprovação da eficácia.

Ao contrário do que muitos pensam, o fato de algumas técnicas existirem há milênios e não serem indicadas pelos médicos é um indicador da falta de eficácia atestada delas.

Quando e se forem comprovadas, certamente passarão a fazer parte do rol de procedimentos e medicamentos.

Mas isso também não signif**a que as receitinhas são vilãs! O efeito placebo pode ser bom.

Se o impacto psicológico faz o paciente se sentir melhor, existe um benefício real, mesmo sem uma causa fisiológica para a melhora. E pode ou não funcionar em outras pessoas.

O importante é tomar muito cuidado com tratamentos "milagrosos" ou indicados por quem não tem formação na área.

Uma "receitinha" que ajudou muito alguém pode ser prejudicial a outra.

Ficou na dúvida? Pergunte ao médico.

A teleconsulta tem se revelado um canal bem procurado para atendimento - sobretudo diante do agravamento da pandemia e da necessidade redobrada de evitar aglomeração.

Mas ainda há quem desconheça essa modalidade e tenha dúvidas sobre como é feita a consulta.

Com a tecnologia atual, o teleatendimento permite um diálogo claro e informativo entre paciente e médico.

É possível relatar os sintomas, esclarecer dúvidas e - por meio do compartilhamento de tela - apresentar explicações com ajuda de imagens, para facilitar o entendimento do paciente.

O canal é seguro, reservado e proporciona uma troca objetiva para se chegar a um diagnóstico médico.

Caso julgue necessária a realização do exame físico, é realizada uma reavaliaçao presencial.

O importante é ter um local tranquilo e silencioso para poder se expressar com tranquilidade e clareza, assim como ouvir as orientações médicas.

📌 Tenho atendido pelo serviço de telemedicina pelo número 98517.9780.

🗣 Dúvidas? Só perguntar.

Estamos no mês de conscientização e prevenção do câncer colorretal!

Ele está associado à dieta pobre em fibra, obesidade, ao consumo excessivo de carnes processadas e de cigarro, sedentarismo e ainda a fatores genéticos.

Mas há dicas práticas de como retardar o aparecimento desse câncer:

♦️Invista em atividade física regular, principalmente aeróbica. Além de combater a obesidade, diminui a resistência insulínica sanguínea;
♦️Evite carnes processadas;
♦️Aumente a ingestão de fibras: frutas, verduras e legumes;
♦️Cesse o tabagismo;
♦️Mantenha os exames preventivos atualizados - neste caso, a COLONOSCOPIA

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceu 69 novos procedimentos para cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

E a nova relação da entidade inclui dois exames importantes para investigar a situação do intestino: a cápsula endoscópica e a calprotectina f***l.

O primeiro é indicado na suspeita de patologias do intestino delgado, principalmente sangramento ou anemia ferropriva (por falta de ferro).

O segundo é solicitado na suspeita de inflamação intestinal, principalmente.

A aprovação pela ANS é uma boa notícia porque torna possível a mais pessoas o acesso a exames cujos custos são elevados - e sobre os quais falarei em detalhes mais à frente.

A relação da ANS ainda expande a cobertura para outros 17 procedimentos e 50 medicamentos (coloco o link nos comentários) para tratar doenças de diversas áreas.

As novas determinações passam a vigorar no dia 1 de abril.

Não. Mas tem controle!

Mas, afinal, o que é a tão famosa Doença Celíaca (DC)?

É uma doença AUTOIMUNE em pacientes que têm predisposição genética, que é deflagrada pelo consumo de GLÚTEN .

Afeta cerca de 1% da pop**ação mundial, sendo maior a prevalência naquelas pessoas que têm parentes de primeiro grau com a doença ou apresentam outros problemas autoimunes (tireoidite de Hashimoto, diabetes tipo 1, etc.).

Os sintomas mais comuns são diarreia, perda de peso e distensão abdominal. Podemos observar ainda deficiência de ferro (com ou sem anemia), presença de aftas, dermatite herpetiforme, etc.

E como tratamos?

Uma dieta SEM GLÚTEN.

Bira e eu desejamos a todos um feliz Natal. Sem aglomerações, mas com muita esperança!

Que nossas esperanças se renovem neste Natal.

A boa digestão é resultado tanto da situação orgânica quanto de hábitos saudáveis adotados no cotidiano.

A situação clínica pode estar em dia, mas, se a pessoa tropeça em condutas inadequadas, a alimentação chega a virar um tormento.

Mastigar mal, deglutir ar nas refeições, fumar e beber álcool, passar longos períodos sem nada no estômago ou tomar líquidos prejudicam o processamento da comida.

O momento da alimentação precisa ser tranquilo, vivido de forma prazerosa para saborear a comida e facilitar a digestão.

Sem exageros, descuido ou afobamento para fazer das refeições um estímulo à saúde em vez de um incômodo ao organismo.

Os chás podem ser uma boa solução caseira para melhorar a má digestão e os gases que causam a sensação de barriga inchada e queimação.

São benéficos os chás de boldo, erva-doce, gengibre e hortelã (esse último não ser usado se houver sensação de queimação no estômago).

As ervas auxiliam o processamento de nutrientes, estimulam as secreções gastrointestinais e reduzem as bolhas de gases do intestino durante o processo de fermentação.

Os chás não devem ser adoçados, pois o açúcar e o mel podem fermentar e dificultar a digestão.

E como deve ser feito o preparo?

Para as ervas, é indicada a infusão:
- 1 colher de sobremesa da erva em 300ml de água fervente durante 10 minutos e depois coar a mistura.
- Para o gengibre, é indicada a decocção: adicionar 1 colher de sobremesa da raiz ralada em 300ml de água fria, levar para ferver e, em seguida, abafar por 5 minutos.

Mas lembre-se: devemos consumir os chás com moderação (até duas xícaras ao dia) e é contraindicado consumir em algumas patologias.

Além disso, o uso de chás não substitui uma alimentação saudável, que é essencial para evitar sintomas gastrointestinais.

Caso os sintomas persistam, é importante procurar um gastroenterologista!

Curso de Suporte Avançado de Vida em Gastroenterologia e Endoscopia (SAGA-E) realizado na SBAD 2019, em Fortaleza.

Tive o prazer de ser instrutora do módulo de Perfuração em Colonoscopia e poder trocar experiências com os colegas endoscopistas de vários lugares do Brasil.

Se você come feijão - ou repolho, couve, brócolis, soja - e se sente distendido, estufado e cheio de gases, este post é para você!

Os alimentos causam esses incômodos porque são ricos em RAFINOSE, carboidrato (trissacarídeo) formado por galactose, frutose e glicose e presente em algumas frutas, verduras, legumes, oleaginosas e cereais.

A rafinose é quebrada por uma enzima chamada alfa-galactosidade, que não existe nos humanos. Desta forma, a rafinose permanece íntegra por todo o trato gastrointestinal, sendo digerida no intestino grosso por bactérias ali existentes (flora intestinal).
A consequência é a produção de gases (hidrogênio, gás carbônico e metano) e o consequente surgimento de queixas como arrotos, flatulência, estufamento e dor abdominal.

E como melhorar os sintomas associados ao seu consumo?

🔹Uma dica prática é deixar o feijão de molho por 24 horas antes de consumi-lo;
🔹Outra forma é suplementar a enzima (alfa-galactosidase) quando for consumir esses tipos de alimentos em excesso.

Comenta aqui se você também sofre quando come feijão!

O mecanismo regular da digestão envolve o esvaziamento adequado do conteúdo gastrointestinal.

Isso exige o pleno funcionamento do nervo vago, encarregado de realizar o esvaziamento do estômago após uma refeição.

Mas o diabetes, marcado pelo descontrole do açúcar no sangue, pode atrapalhar o processo ao danif**ar o nervo e atrasar o fluxo.

A disfunção é resultado da desregulagem dos músculos locais provocada por mudanças químicas nos nervos e nos vasos sanguíneos gerada pelo desequilíbrio diabético.

O problema, batizado de gastroparesia, pode causar empachamento, náusea, vômito, perda de peso e inchaço abbdominal, refluxo e a sensação precoce de saciedade.

No Dia Mundial e Nacional do Diabetes, neste sábado, é crucial atentar para a influência da doença sobre a digestão e reforçar o alerta em relação ao controle dos níveis de açúcar no organismo.

Cuide da alimentação, evite exageros e monitore o organismo para garantir uma vida digestiva com qualidade satisfatória.

Saudade enorme de viajar para participar de um congresso, aprender, trocar informações, experiências.. esse intercâmbio tão produtivo para a nossa jornada médica.

O jeito é contornar essa limitação pandêmica com a recordação de um do DDW (Digestive Disease Week ) 2017, em Chicago (EUA), onde fui com meu pai.

A segunda foto é para descontrair! São esses tipos de mascotes (intestino delgado, por exemplo) que encontramos nos congressos de Gastroenterologia. Não resisti! 😁

Apesar do método mais conhecido para o diagnóstico desta bactéria ser a realização de Endoscopia com biópsias, existem outros métodos disponíveis, cada um com suas particularidades.

A decisão do método mais adequado ao seu caso cabe a seu médico, após avaliação da sua história clínica.

Arraste as figuras acima para ver. Curtiu? Compartilha!

Neste período de pandemia, muitos pacientes se queixam de mau hálito pelo uso frequente da máscara.

Mas, antes de culpar o acessório necessário contra a Covid-19, é bom entender se existe realmente o odor desagradável.

Existem três situações possíveis relacionadas ao ar expirado da boca.

A HALITOSE é uma alteração do hálito que o torna desagradável, com intensidade além do que é socialmente aceitável.

Pode ser fisiológica (halitose matinal) ou patológica (causas orais, respiratórias, digestivas, associadas a doenças sistêmicas).
Na PSEUDO-HALITOSE, o paciente frequentemente se queixa do mau hálito, mas ele não é notado por outras pessoas.

E, na HALITOFOBIA, o paciente acredita que tem mau hálito, mesmo após tratamento do fator causal da halitose ou pseudo-halitose.

É preciso entender também a circunstância: se a pessoa f**a muito tempo sem comer, suando, falando o tempo todo e de máscara, o mau hálito pode aparecer naturalmente.

A máscara, então, não é a vilã.

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Apesar da palavra pouco conhecida, a dispepsia é um dos diagnósticos mais comuns da gastroenterologia.

Caracteroiza-se por dor e desconforto na região superior do abdome e pode estar associada a empachamento, saciedade precoce, azia, náusea e vômito.

Pode ser classif**ada como:

🔹Orgânica: quando provocada por doenças como úlcera, câncer e infecções gástricas;
🔹Associada à bactéria H. Pylori;
🔹Funcional: sem um fator orgânico associado. É a famosa “gastrite nervosa”.
Apesar de benigna, pode afetar a qualidade de vida do paciente.

Mas atenção! Sempre que o desconforto vier associado a algumas das situações abaixo, devemos suspeitar de uma causa orgânica:
🔸Idade > 50 anos
🔸História de tumor do trato gastrointestinal em familiar de 1º grau
🔸Anemia por deficiência de ferro ou sangramento do trato gastrointestinal
🔸Perda de peso involuntária
🔸Dor para engolir
🔸Entalo
🔸Vômitos persistentes

Nestes casos, devemos prosseguir com a investigação através de exames de imagem, especialmente a endoscopia digestiva.

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A rotina muitas vezes rouba o tempo necessário para fazer as refeições e obriga as pessoas a comer tudo às pressas.

Mas não pode ser assim. Comer rapidamente faz mal à saúde e dificulta a digestão.

O montante mal mastigado requer maior ação ácida para ser digerido no estômago e pode levar a quadros de refluxo e esofagite.

A sensação de saciedade do estômago, gerada após cerca de 20 minutos, é atropelada por quem come rapidamente - o que predispõe a ingerir mais e a engordar.

A pressa também facilita a distensão do estômago e o empachamento, porque aumenta a chance de engolir ar durante a refeição.

Lembre-se: a alimentação em ritmo normal, além de fazer bem, permite saborear os alimentos porque as papilas gustativas estão na superfície da língua:

Aproveite o prazer da refeição e não tenha pressa. É gostoso e faz bem.

O refluxo pode afetar o sorriso. Literalmente.

A saúde dos dentes e a estética podem ser prejudicadas pelo retorno involuntário do ácido estomacal para o esôfago.

A razão está no potencial destrutivo do revestimento dentário pela acidez ampliada na cavidade bucal - o que abre espaço para uma erosão contínua da estrutura dos dentes.

O problema é mais incidente na parte traseira dos dentes em contato com a superfície da língua e pode ser percebido pela perda da coloração original (f**a mais escura).
O desgaste também se manifesta pela excessiva sensibilidade - causada pela perda do esmalte e consequente exposição da dentina - e pela redefinição do formato dos dentes, com superfície mais áspera e arredondada.

As complicações bucais derivadas do refluxo são mais uma razão para identif**ar e cuidar dos problemas gástricos.

Você tem se cuidado?

É muito comum na prática médica ouvir os pacientes alegarem que têm “diverticulite”. E esse é um erro perdoável, já que os termos se confundem.

Para quem não sabe, divertículos são herniações na mucosa intestinal que geram saculações na parede do intestino grosso, vistos durante a colonoscopia como “buracos” na parede.

Vamos entender a diferença entre os termos:

Diverticulose colônica: presença de divertículos, sem sintomas associados;

Doença diverticular do cólon: presença de divertículos associados a sintomas;

Diverticulite: inflamação dos divertículos (presença de edema, vermelhidão e pus).
Os divertículos podem ser congênitos (nascemos com eles) ou adquiridos ao longo da vida.

Alguns fatores de risco relacionados ao seu surgimento são: idade, dieta pobre em fibras, alto consumo de carne vermelha e sedentarismo.

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Quando se escolhe exercer a Medicina, essa decisão vem junto a um amor profundo pelo ser humano.

Diariamente, nos dedicamos a estudar e aprender como aprimorar a experiência do atendimento ao nosso paciente, como acalentar sua dor e como tornar sua qualidade de vida MELHOR.

Sou muito grata pela profissão que escolhi e espero exercê-la sempre com entusiasmo e dedicação!

Parabéns a todos os colegas de profissão, em especial aos meus pais, e Luis Alberto Sobral, nos quais me inspirei ☺️