Rosinha Mattos Marzol

Somos todos, na condição de seres humanos, produtores de lixo. Produzimos lixos materiais, emocionais, espirituais e comportamentais.
Acreditamos que o lixo que produzimos e descartamos, ao sair do nosso campo de visão, vira fumaça.
As crises pelo qual enfrentamos, nos conclamam em revermos as consequências de todos os nossos atos. Dos mais simples, aos mais complexos. Não podemos mais acreditar que a solução para os problemas de inúmeras ordens, serão somente responsabilidade do outro. Recolher o lixo pode ser de responsabilidade do outro, mas o assustador reside no fato de que o produtor do lixo não se sente implicado neste processo. Não falo somente do lixo material, falo de questões mais amplas e subjetivas, ou seja, de reconhecermos nossa participação e responsabilidade em tudo aquilo que nos afeta.
Muito daquilo que pensamos, sentimos e agimos, são lixos tóxicos que emanamos para o Universo. Mas não nos enganemos, todo lixo emitido, retorna ao emissor. Sejamos mais conscientes e responsáveis, porque em algum momento, teremos que dar conta de nossas escolhas. As crises nos conclamam a pensarmos na possibilidade do surgimento de seres mais reflexivos. Cientes das responsabilidades e consequências das nossas ações. Até porque, infalivelmente a lei do retorno, alcançará todos nós.

Ao receber essa mensagem meu coração f**a inundado de compaixão e esperança.
Compaixão, porque sei que abrir mão de um sonho é uma tarefa árdua. Relacionamentos são sonhos construídos a dois. Reconhecer que o sonho não é mais compartilhado dói e dói muitoooo.
Esperança pelo movimento do reconhecimento de que permanecer em um sonho sozinho é escolher permanecer em estado de privação de atenção, cuidado e carinho.
Viver é uma aventura onde não existem certezas, por isso, nem sempre o viver será fácil. Mas dentro desta imprevisibilidade do viver, uma coisa é certa: todo dia teremos a oportunidade de escolher onde devemos permanecer e o que devemos deixar para trás. Sem esquecer que tempestades não duram para sempre. Aguarde, quando menos esperamos, o sol volta a brilhar!

Vou compartilhar com vocês a história de José e Maria, mas este script não é somente deles, mas de muitas outras Marias e Josés.
“Acontece todos os dias, o mesmo sentimento de solidão e desamparo. Quanto mais eu peço atenção mais sinto ele afastado, irritado, impaciente. Sinto raiva e quando vejo já estou mal-humorada e irritada. Mas também né, ele não colabora. E depois vem querer coisinha. Não aguento mais” - Maria
“Parece que estou sendo sempre observado, julgado. Nunca está bom o suficiente, ela sempre quer mais. Me sinto invalidado, invadido. Ela não quer um marido, ela quer alguém que viva dando atenção o tempo todo. A mínima coisa já é um dramalhão. Não me esforço mais mesmo, porque não adianta. Cansei” - José.
O que uma terapeuta de casal pode dizer? Que o sentimento de cada um é importante e pertinente. O problema não reside no que eles sentem, mas na forma como cada um está lidando com as necessidades do outro. Quanto mais Maria pede atenção, mais aumenta a sensação do parceiro de que não consegue satisfazer a esposa. Consequência: Se afasta. Quanto mais José se afasta, mais Maria exige e também se afasta. A reação de cada um retroalimenta o problema. Será que sozinhos conseguirão modif**ar essa dinâmica?

Uma imagem será sempre interpretada de acordo com a subjetividade de cada um. Costumo apresentar essa imagem para alguns casais. Essa imagem revela uma dinâmica relacional que nem eles, enquanto casal, têm consciência da sua existência. Nesta modalidade relacional, há sempre uma luta, velada ou explícita, onde as desqualif**ações, as ironias, o ataque e contra ataque e o distanciamento são algumas das estratégias utilizadas. Um jogo onde não há vencedores, sendo que o maior perdedor é o próprio relacionamento.
A chegada à terapia de casal ocorre quando um deles, ou ambos, já estão com os braços lesionados, cansados e feridos. Mudar as dinâmicas relacionais não se constitui em processo fácil, mas é possível e gratif**ante. Mas diga aí, essa imagem lhe sugere algo que precisa ser modif**ado no seu relacionamento?

Lá vou eu refletir sobre tema que foi conteúdo semanal de terapia e que talvez ajude pessoas que estejam passando por algo semelhante.
A chegada do primeiro filho.
O pacotinho chamado bebê chegou! Com ele a necessidade de reconfigurar rotinas, expectativas de atenção e apoio. Abrir mão da nossa criança interna (a impulsiva, a acomodada, a que quer ser vista e protegida) e deixar emergir o adulto para cuidar do seu bebê não é tarefa fácil para alguns. Muitas vezes as fotos não revelam o quanto também os pais estejam vivenciando desavenças, expectativas frustradas e sofrimentos. Será uma etapa onde precisaremos entender o que sentimos além da alegria de ter nosso filho. Eventos deste tipo são muito mais comuns do que possamos imaginar. Tem até uma nomenclatura, CRISES NORMATIVAS. As crises podem ocorrer também em outros momentos tais como filhos na adolescência, aposentadoria, morte de um cônjuge, ou seja é quando algum evento nos tira daquele lugar no qual estávamos acostumados e sabíamos como lidar.
Com a chegada do primeiro filho, vamos nos deparar com subjetividades, crenças e valores sobre infância, ser pais, ser cuidado, relação conjugal que até então estavam adormecidos.
Portanto, f**a a dica, não hesite em buscar ajuda. Muitas pessoas sentem confusão e dor juntamente com alegria nesta etapa do ciclo vital. Somos humanos, somos complexos.
A terapia familiar pode te ajudar a compreender e a superar dificuldades. Cuidar dos pais é cuidar das crianças. ❤️

AS LUTAS DIÁRIAS QUE DEVEMOS MANTER COM OS NOSSOS FILHOS:

Sempre digo que criar e educar filhos é tarefa para gigantes. Como seria fácil orientarmos uma vez e a partir desta orientação o comportamento tornar-se um hábito permanente. Mas sabemos que não funciona assim. A educação se dá a partir do momento em que nossas orientações passem a fazer sentido para a criança, sendo que não podemos esquecer que a educação se dá pela modelagem, ou seja, não será o que falamos, mas sim o que fazemos que fará a diferença na educação dos nossos filhos.
Vou citar algumas lutas que por mais difíceis que sejam, não devemos esmorecer. (mas sabemos que temos muita vontade de desistir)
A LUTA POR ALGUNS MOMENTOS EM FAMÍLIA
Seja durante as refeições, seja para um passeio, seja para jogar. Enfim, adapte esses encontros a faixa etária de seu filho, mas não abra mão de usufruir momentos juntos.
A LUTA PELA LEITURA
O hábito da leitura começa bem cedo. Começa quando os levamos às livrarias, quando desde cedo lemos para eles e antes de tudo, quando eles nos veem lendo. Portanto, adquira esse hábito caso ainda não tenha.
A LUTA POR UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL
Não ensinamos nossos filhos a praticar esportes, tomar sol, dormir com qualidade, não exagerar no uso das telas, não abusar do alcool e se alimentar de forma adequada se isso não fizer parte da nossa rotina. Dê exemplos.
Diante destes desafios, f**a a reflexão: Estas lutas diárias são com nossos filhos ou na verdade são as lutas que travamos diariamente com nós mesmos? Nossos filhos nos lapidam. Será por eles que faremos as mudanças mais difíceis. Será justamente por eles que iremos buscar a nossa melhor versão.

Tema: Psicoterapeuta de família e casal!
🗓 Terça-feira, 7 de Novembro
⏰ Às 21:00

A comunicação clara e assertiva entre o casal é fundamental. Em nossa rotina, emitimos mensagens e a resposta é diferente do esperado.
Quando isso ocorre, atribuímos o signif**ado de invalidação, desconsideração, desrespeito ou desamor.
Fique atento! Muitas vezes o problema não é a resposta mas sim o signif**ado que foi atribuído à ela.
Se isso é comum no seu relacionamento, venha cuidar dele. Faça terapia! ❤️

Carta de uma terapeuta familiar para mães de adolescentes

Querida mãe, sei da tua luta para que teus filhos se tornem pessoas de bem e do teu esforço para educa-los e protegê-los. Sei também o quanto às vezes se sentes confusa. Aqueles filhos parceiros, agora passam a maior parte do tempo no quarto. Os abraços e as conversas que ocorriam antes de dormir foram substituídas pela frase: “mãe, não tô afim de papo, tô com sono”.
Aí vem a pergunta: onde eu errei?
O que quero te dizer é que provavelmente fizeste tudo certo, exatamente como deverias ter feito. Teus filhos estão entrando em um ciclo da vida onde precisarão construir sua própria identidade. Parecem fazer questão de agir ao contrário do que você diz. Vivemos o luto da partida dos nossos pequenos. Às vezes, temos a sensação de que eles se tornaram ilustres desconhecidos e não sabemos mais como lidar, como se aproximar.
Por não saber lidar, brigamos, choramos, castigamos e sofremos.
Minha dica é: escolha as batalhas. Não tente reaver aquele filho que obedecia e se alegrava em agradar você. Saiba que eles estão se preparando para um dia se tornar pessoas que sabem o querem, que lutam pelo que acreditam. Teria lugar mais seguro para treinar o ser “eu mesma” do que ao seu lado?
Na família eles poderão errar, acertar e errar novamente.
Portanto, escute, relaxe, seja leve e diga palavras de incentivo. E acredite, se foi feito um bom plantio, aguarde o momento certo da colheita e nos momentos difíceis, diga a si mesma: Isso vai passar!

João aos 47 anos procurou terapia juntamente com Maria, 45 anos. Eles relatam estarem insatisfeitos no casamento. A possibilidade de separação é difícil porque João diz não querer abrir mão do convívio com os filhos nem dilapidar o patrimônio, assim como Maria, acha que deveria ter se separado a 15 anos atrás. Questiono se querem ajuda para se separarem ou desejam descobrir se existe outras razões encobertas para manterem-se juntos, além dos filhos e patrimônio. Ambos optaram pela segunda opção. Então bem vindos a terapia de casal!
Jornada dolorosa e ao mesmo tempo linda. Reconhecer como cada um contribuiu para o atual esvaziamento do relacionamento, focando-se na criação dos filhos, na carreira e nos projetos pessoais está fazendo parte do nosso processo, bem como reconectar-se com as características que um dia os uniu. O tempo e as demandas do dia a dia muitas vezes nos fazem esquecer que um dia a pessoa sentada ao meu lado foi uma escolha de amor.
**a a dica: Aventure-se. Olhar para o passado, investir no presente e planejar o futuro com seu companheiro(a) fará a diferença. Afinal toda planta viçosa necessita em um certo momento da vida, ser replantada, adubada e podada. Se não fizermos isso a planta poderá vir a morrer ou simplesmente continuar sendo uma planta sem brilho, sem viço e sem produzir flores. Será um terapeuta de casal um jardineiro?

DE OURO
O conhecimento que torna o amor melhor

Ontem conversando com amigas comentei: gostaria de ter tomado conhecimento há 39 anos atrás o que sei hoje sobre educar, proteger e cuidar de crianças. Claro que naquela época dei o meu melhor dentro daquilo que sabia. Esse sentimento veio a se constituir atualmente na motivação para orientar, para postar e atuar como terapeuta familiar. Levar conhecimento sobre o quanto nosso comportamento, enquanto pais irá repercutir na vida de nossos filhos tornou-se um propósito.
Minha dica é: Se você tem filhos pequenos ou adolescentes, procure conhecer como “funciona” a criança que você ama, porque informação aliada a boas intenções e afeto se constitui numa receita ef**az na construção de adultos saudáveis e felizes. Conhecer, aprender e refletir fará muita diferença na nobre tarefa de cuidar dos nossos tesouros.
Mas se você, como eu já ultrapassou esta etapa, envia este post para todas as pessoas que estão iniciando a vida como pais. Certamente isso será um ato de amor.

Adoro imagens.
Elas tem o poder de capturar nossa atenção e substituir mil palavras. Quem sabe gravar essa imagem na tela do nosso celular? Ou quem sabe imprimir e colocar na parede? Digo isso porque serão nos momentos mais difíceis com nossas crianças que precisaremos lembrar disso, mas será exatamente nesse momento que iremos esquecer. Essa não é uma imagem para ser vista, curtida e esquecida. Essa é uma imagem para ser vivida e nortear o relacionamento com nossas joias mais preciosas, nossas crianças!

Escutei de uma pessoa a seguinte frase: Apanhei muito quando criança. Meu pai tinha um arsenal de objetos para esse fim. (Relho, cinta, vara, mangueira). Disse acreditar que essa modalidade educacional funcionava porque ele e os irmãos morriam de medo. O que será que passa na cabeça de uma criança quando está sendo castigada? Não falo na brutalidade do espancamento, falo daqueles que normalmente utilizamos tais como retirar regalias, oferecer privações e passar sermões. Pode produzir obediência sim, mas junto vêm a aprendizagem da submissão a quem tem mais poder, vêm as crenças de ser mau, ser inadequado e não ser amado. Pode produzir também, a criação de estratégias para esconder os erros e manipular a verdade.
Não penso que a solução resida em ser indulgente com os equívocos das crianças. Isso também é profundamente prejudicial.
Minha sugestão reside em tentarmos escutar mais, compreender o que a criança pensa e sente sobre o seu comportamento. Se ele compreende o que o outro sente com sua atitude e se teria uma forma de agir diferente em outro momento similar. Buscar uma solução, onde todos os envolvidos sintam-se melhores, talvez ajude a criança a tornar-se responsável na construção de uma solução mediada pelo entendimento e pela paz. Afinal, não é isso que esperamos das nações em guerras, dos conflitos de interesses nos mais diversos segmentos. Será que isso não pode ser aprendido em casa?
Quanto ao menino que apanhava, ele disse não acreditar que a modalidade educacional da sua infância tenha prejudicado sua vida.
Mal sabe ele que quando grita com a esposa e filhos, quando ameaça, empurra, desqualif**a, está declarando: sim papai, eu aprendi a tratar as pessoas que amo igual a você.
F**a a dica. Para tocar no coração das crianças, comece pelo ouvido. Existe um canal invisível entre ouvido e coração, Fale menos e escute mais. Experimente e se quiser depois me conta.

Dispensa legenda, uma imagem que fala por si só!

A entrevista veiculada na mídia sobre a crise no relacionamento familiar de Larissa Manoela desencadeou inúmeras manifestações. Muitas pessoas se posicionando sobre o lado certo e o lado errado. Temos o hábito de funcionar assim: ou é preto ou é branco.
Os relacionamentos familiares estão sujeitos a situações de elevada complexidade. Dentre muitos aspectos a serem observados, pode-se fazer referência aos ciclos normativos no qual todas famílias estarão sujeitas. Quando os filhos são pequenos, nossa intervenção enquanto pais é de uma ingerência quase absoluta. Esse comportamento de controle é considerado adequado para aquele ciclo. Conforme nossos filhos vão crescendo, nossa atuação enquanto pais necessita sofrer alterações. Novos ciclos, novas necessidades, novos comportamentos. Vejo na clínica, alguns pais exigindo dos filhos adolescentes o mesmo comportamento de quando eram crianças. Sentem-se desrespeitados quando seus filhos expõem seus posicionamentos, muitas vezes contrários ao que pensam. Estes filhos que um dia foram nossas criancinhas deverão tomar suas decisões e assumir as consequências de tais decisões. É comum encontrarmos pais em pânico com a possibilidade dos filhos sofrerem as consequências de suas próprias escolhas. Provavelmente os pais de Larissa Manoela argumentam que ela não tem condições de gerir seu próprio patrimônio. Pensamento adequado quando ela começou sua carreira ainda menina. Estes pais ainda enxergam e se comportam como se a filha ainda fosse aquela menina. Não estou aqui mencionando questões jurídicas, apropriação indevida de patrimônio dentre outras questões. Utilizo este evento privado que se tornou público para evidenciar que isso acontece em muitas famílias. Não são manchetes, mas são filhos que sentem-se desleais no momento em que adquirem independência financeira e emocional. Isso pode equivocadamente ser confundido com desamor e ingratidão. Quanto a família de Larissa Manoela, só temos a lastimar por não terem conseguido encontrar uma solução através do diálogo e do respeito mútuo. Puxando brasa para o meu assado, talvez uma boa terapia familiar tivesse ajudado essa história ter tido outro desfecho.

Hoje vi uma postagem de alguém que dizia:
DOMINGO É DIA DOS PAIS E NÃO DE QUEM FAZ FILHO
A partir dos 12 anos os órgãos se***is masculinos já estão prontos para produzir espermatozoides, ou seja, estão prontos para procriar. Entretanto, para tornar-se um PAI, é preciso algo mais do que a biologia, é preciso uma prontidão emocional. Conhecemos inúmeros pais que, por as mais diversas razões, não se tornam uma boa referência paterna na vida de seus filhos. Dentre as muitas razões, podemos constatar o efeito transgeracional, ou seja, filhos que não sentiram-se cuidados, reproduzem o modelo de paternidade e acabam também não cuidando dos seus filhos. Triste herança de desamor, negligência e distanciamento emocional.
Neste dia em que comemora-se o dia dos pais, deixo meu abraço a todos aqueles que fazem a diferença na vida dos seus filhos, mas deixo também o meu desejo de que aqueles que ainda não conseguiram assumir com amor e dedicação tão nobre e difícil função, que sejam tocados pelo chamamento que todo filho faz, muitas vezes silenciosamente: PAPAI OLHE PARA MIM, EU PRECISO DE VOCÊ.

Semana passada escutei de uma mãe que se esforça para tratar igualmente seus três filhos. Me contou vários exemplos de ações com tal objetivo. Como estava diante de uma boa cozinheira, perguntei se utilizava o mesmo tempo de cozimento para preparar uma refeição utilizando músculo e outra com alcatra a partir do momento em que ambas são carne. Ela respondeu: obvio que não.
Através desta comparação ele compreendeu que os três filhos possuem necessidades, interesses, temperamentos e personalidades diferentes. Portanto ela precisaria adequar sua maternagem as características de cada um. O filho tímido/inseguro certamente necessitará de maior estimulo, maior apoio e um comportamento mais atento por parte dos pais onde levem em conta tais características. Já o filho expansivo com muitos amigos certamente terá outras necessidades.
Compartilho a reflexão com os pais que estão lendo este post. Será que estamos atentos as características e necessidades de cada filho ou estamos agindo de forma automatizada e generalizada desconsiderando a subjetividade de cada filho? Reflita, converse, pergunte como ele se sente. O que ele gostaria que fosse diferente na sua vida e na sua família. As vezes falamos mais do que ouvimos. E te garanto, sentir-se ouvido fará toda a diferença.

Reflexão super necessária!

Semana passada atendi um menino que verbalizou: eu sou um fraco (isso representa uma crença que tem sobre si mesmo)
Essa frase possibilitou algumas reflexões que desejo compartilhar de forma resumida por aqui.

1-Como é importante ajudar as crianças a se reconhecerem, se entenderem. Ajuda-las a avaliar suas fragilidades e suas fortalezas para assim irem aprendendo a refletir sobre si mesmas. Autoconhecimento é TUDO.
Ajuda-las a perceber que se sentir um fraco é diferente do que ser um fraco. Nossas ações serão de acordo com a visão que temos sobre nós mesmo, portanto tenho sim o poder da mudança
Receber o incentivo de construir estratégias para vencer tais sentimentos e reconhecer o poder das crenças. (tanto das crenças negativas como das positivas)
A última e não menos importante é o fato de que a modalidade relacional na família deste menino é a superproteção. O prefixo” super ” faz com que a proteção deixe de ser proteção e torne-se um risco ao desenvolvimento saudável.
Quais serão as crenças que nossos filhos/netos possuem sobre si mesmo?
Só tem uma forma de descobrir:
Dialogando
Interagindo
Escutando.
**aadica

Quais as áreas que a terapia familiar pode ajudar?
A T.F. é uma ferramenta importante para mediar conflitos entre pais e filhos.
Como suporte no manejo da depressão e ansiedade infantil bem como nos processos de elaboração do luto e adaptações familiares nas adoções.

São inumeros os depoimentos das famílias atendidas que mencionam a importância que a terapia famiar teve em situações de crise.
Acredito que atualmente, com tantos desafios psicossociais que estamos enfrentando buscar o apoio da terapia familiar pode trazer alívio para sofrimentos que sozinhos nem sempre conseguimos superar. F**a a dica....

Ainda é muito forte ter percebido através das nossas conversas que ao buscar constantemente relacionamentos novos, ainda procuro a mãe que morreu quando eu tinha três anos. Agora tudo faz um pouco mais de sentido para mim. Pode ser que agora eu consiga entender o meu vazio e a necessidade de conquistar o s**o feminino. Nunca havia percebido que talvez minha criança procure quem certo dia sumiu e nunca mais voltou

Muitos casais esperam que a terapia mude o comportamento do outro.... mas a terapia realmente começa quando percebemos que as mudanças começam a partir de nós mesmos. Se você está disposto a sair do papel de vítima ou salvador do seu parceiro, comemore.... você está pronto para entrar em uma postura magníf**a chamada autoconhecimento. Bem vindo ao movimento de compreender que a melhor forma de obter mudanças no outro é a partir das nossas próprias mudanças. Experimente....

As boas brigas de um casal

Em condições sadias os conflitos resultam em soluções. Em condições adoecidas, os conflitos se cronif**am... uma luta onde não há vencedores. Ninguém escuta o outro, mas apenas a si mesmo

O amor é como a Lua. Quando não aumenta, ele diminui

Ser mais amoroso com seu parceiro não faz bem somente à ele, mas fará a ti também.

Frase que ouvi de um casal em terapia na semana passada:

“Aprendemos na terapia que quando conseguimos mudar o tom de voz das nossas conversas e também a forma como nos olhávamos ajudou para que qualquer divergência do dia a dia já não se tornasse uma grande briga”.

Parabéns a estes queridos pelas transformações. A conquista de vocês é minha também. Estão crescendo, saindo do lugar de vítima no relacionamento.

Conforme construímos juntos no nosso último encontro: conjugalidade rima com maturidade.

Foto: Brodie Vissers

Uma bela reflexão que pode mudar a dinâmica de um casal 🥰