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11/07/2022

🚨🚨 É HOJE 🚨🚨
🤓 Atenção aos inscritos no PS da LAIIM! Nossa Aula Magna de Imunologia já é hoje, às 20h.
🤩 A aula será ministrada pela Profa. Dra. Maria Cristina, orientadora da liga.
🚀 Os links serão enviados por e-mail a todos os participantes.
👉 Lembrando que a participação é de suma importância a todes que pretendem se tornar ligantes!
Dúvidas? Chama a gente nos comentários👇

04/07/2022

E aí galera, como andam as expectativas para fazer parte desta Liga maravilhosa? Lembrem-se que as nossas inscrições vão até o dia 10/07, então falta menos de 1 semana para elas se encerrarem! Não vão perder essa oportunidade, né?

22/06/2022

✨ Quer fazer parte de uma liga com discussões, eventos e mais sobre imunologia?
👉 Então f**a ligade! Divulgamos aqui o cronograma do nosso Processo Seletivo para ligantes 2022/2023!
👀 F**a de olho e já marca/manda para um amigo que não pode pastelar nessa 😬
Dúvidas? 🙋‍♀️ deixa pra gente aqui nos comentários!

20/06/2022

É com grande prazer que a LAIIM anuncia a abertura das inscrições para o processo seletivo 2022/2023! Você que está animado para fazer parte dessa liga incrível pode realizar sua inscrição por meio do link na nossa bio. Mas fique atento, porque a oportunidade para se inscrever vai só até o dia 10/07/2022.
Também disponibilizamos na bio nosso edital, que detalha mais sobre a LAIIM, as atividades a serem desenvolvidas ao longo do ano e como ocorrerá o processo seletivo. A leitura desse edital é de suma importância, para que você possa se tornar ligante e vir aprender ainda mais sobre imunologia com a gente!!

Photos from LAIIM UFSCar's post 20/06/2022

Conheça a nova gestão da LAIIM, que vai explorar junto a você o sistema de defesa do organismo!!

Photos from LAIIM UFSCar's post 17/12/2021

Os neutrófilos, também chamados de leucócitos polimorfonucleares (PMN), são células extremamente importantes do sistema imunológico inato, representando o tipo celular mais abundante no sangue. Sua produção ocorre na medula óssea (cerca de 10^11 células/dia) e, normalmente, essas células entram na circulação e migram para o tecido alvo, onde realizam suas funções e são eliminadas pelos macrófagos (1). Os neutrófilos possuem diversas estratégias para eliminação de patógenos. Ao encontrar um agente invasor, os neutrófilos fagocitam essas células e matam esses microrganismos por mecanismos dependentes de NADPH oxigenase ou proteína antibacterianas, como catepsinas e defensinas. Essas proteínas podem ser liberadas pelos neutrófilos para os fagossomos formados após a fagocitose ou para o meio extracelular, agindo de maneira intra ou extracelular, respectivamente. Além disso, a liberação de compostos chamados de armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs) também é uma estratégia antimicrobiana, os quais atuam imobilizando os patógenos (impedindo-os de se espalhar), auxiliam na fagocitose e podem eliminar diretamente os invasores por proteases e histonas antimicrobianas (2).

Referências
1. ROSALES, Carlos. Neutrophil: a cell with many roles in inflammation or several cell types?. Frontiers in physiology, v. 9, p. 113, 2018.
2. KOLACZKOWSKA, Elzbieta; KUBES, Paul. Neutrophil recruitment and function in health and inflammation. Nature reviews immunology, v. 13, n. 3, p. 159-175, 2013.

Photos from LAIIM UFSCar's post 15/12/2021

O sistema linfático apresenta três funções principais na biologia humana: manutenção do equilíbrio de fluídos, absorção de gordura no intestino e seu transporte de volta para a corrente sanguínea e facilitação das defesas imunológicas [1]. Neste último caso, os vasos linfáticos atuam como canais através dos quais os antígenos e células do sistema imunológico são transportados para os linfonodos [1]. Esse processo inicia a imunidade adaptativa, levando à produção de células e anticorpos que irão reconhecer e eliminar o patógeno, e gerar memória contra ele [1]. Assim, esse sistema participa da resposta imune de maneira direta, como exposto anteriormente, ou indireta, influenciando o microambiente linfonodal [1,2].
Esse sistema pode apoiar a imunidade por meio da (I) entrada do antígeno e células dendríticas nos linfonodos, (II) tráfego dos mesmos por meio de vasos aferentes, (III) apresentação de antígeno em nódulos linfáticos e (IV) saída de linfócitos [1]. Muito ainda é desconhecido sobre o papel do sistema linfático na imunidade, mas é possível considerar que seu impacto nas interações imunológicas é fundamental para a integração da imunologia com a fisiologia humana e, em última instância, com muitas patologias complexas [2].
Referências:
[1] LIAO, Shan; WEID, P.y. von Der. Lymphatic system: an active pathway for immune protection. Seminars In Cell & Developmental Biology, [S.L.], v. 38, p. 83-89, fev. 2015. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.semcdb.2014.11.012.
[2] RANDOLPH, Gwendalyn J.; IVANOV, Stoyan; ZINSELMEYER, Bernd H.; SCALLAN, Joshua P.. The Lymphatic System: integral roles in immunity. Annual Review Of Immunology, [S.L.], v. 35, n. 1, p. 31-52, 26 abr. 2017. Annual Reviews. http://dx.doi.org/10.1146/annurev-immunol-041015-055354.

Photos from LAIIM UFSCar's post 13/12/2021

Os mastócitos são células granulosas encontradas nos tecidos periféricos e que apresentam um importante papel nas reações inflamatórias e alérgicas. Seus grânulos estão repletos de heparina, histamina e proteases como triptases, e sua liberação para o meio extracelular (desgranulação mastocitária) pode ter diversas causas, como fatores físicos, toxinas e mecanismos imunológicos [1].
A superfície dos mastócitos possui receptores de IgE, e quando encontram antígenos ligados a essa imunoglobulina, a desgranulação mastocitária acontece, o que permite a organização de uma inflamação aguda em defesa a algum antígeno [1]. Entretanto, reações de hipersensibilidade podem ocorrer, gerando uma desgranulação exagerada, o que causa vasodilatação e broncoconstrição, além de outros sintomas, causando o chamado choque anafilático [1,2].
Referencias:
1- PAYNE, V.; KAM, P. C. A. Mast cell tryptase: a review of its physiology and clinical signif**ance. Anaesthesia, v. 59, n. 7, p. 695-703, 2004.
2- MOTA, I. The mechanism of anaphylaxis: I. Production and biological properties of mast cell sensitizing'antibody. Immunology, v. 7, n. 6, p. 681, 1964.

Photos from LAIIM UFSCar's post 10/12/2021

Citocinas são proteínas essenciais para a resposta imune e podem ser divididas em diferentes classes funcionais. Por exemplo, existem citocinas que atuam como fatores de crescimento para linfócitos, outras são pró-inflamatórias, anti-inflamatórias ou estimulam a quimiotaxia [1].
Um exemplo é o fator de necrose tumoral (TNF), uma citocina pleiotrópica com diferentes funções celulares, tais como proliferação, diferenciação e apoptose, além de ter uma importante propriedade pró-inflamatória [2]. O estudo genético e genômico do TNF e seus alvos permitiu utilizá-lo como alvo para o tratamento da artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal, psoríase, espondilite anquilosante, artrite juvenil idiopática e hidradenite supurativa [3]. Para tal, foram desenvolvidos imunobiológicos tendo o TNF como alvo, podendo ser anticorpos monoclonais humanos ou quiméricos, por exemplo [3]. Essa modalidade terapêutica tornou-se possível a partir do momento em que foram elucidados diversos genes que são regulados (induzidos ou suprimidos) pelo TNF, envolvidos em processos inflamatórios que podem levar ao surgimento das doenças citadas [3].
Referências:
1- DINARELLO, C. A. Historical insights into cytokines. European Journal of Immunology, v. 37, p. 34-45, 2007.
2- THE HUMAN GENE DATABASE. Tumor Necrosis Factor. [ano?]. Disponível em: https://www.genecards.org/cgi-bin/carddisp.pl?gene=TNF. Acesso em 23 abr. 2021.
3- KALLIOLIAS, G. D.; IVASHKIV, L. B. TNF biology, pathogenic mechanisms and emerging therapeutic strategies. Nature Reviews Rheumatology, v. 12, n. 1, p. 49–62, 2015.

Photos from LAIIM UFSCar's post 08/12/2021

Um importante conhecimento adquirido por meio da genômica refere-se aos genes codif**adores de receptores de quimiocinas e as possíveis mutações nesses genes. As quimiocinas (e seus receptores) exercem um papel essencial no direcionamento e na migração de células imunes [1].
Receptores de quimiocinas podem ser usados como co receptores por vírus, como é o caso do HIV. No processo de infecção da sua célula-alvo, o HIV utiliza uma glicoproteína para se ligar a um receptor de quimiocinas, podendo ser o CCR5 ou CXCR4 [2]. Na década de 90, estudos genômicos permitiram identif**ar uma mutação em homozigose no gene que codif**a CCR5 - mais precisamente, uma deleção de 32 pares de bases no cromossomo 3p21 - que confere ao indivíduo resistência à infecção pelo HIV-1 R5-trópico [3, 4]. Heterozigotos permanecem suscetíveis à infecção [4], embora possam apresentar uma progressão mais lenta da doença e, consequentemente, melhores taxas de sobrevida [5, 6]. Por sua vez, outros estudos apontaram uma relação entre a mutação e uma maior susceptibilidade ao Vírus do Nilo Ocidental (WNV) [7, 8]. Isso ressalta a importância da genômica para elucidarmos o nosso DNA, perante o qual ainda nos deparamos com diversos segredos e nuances.
Referências:
1- PALOMINO, D. C. T.; MARTI, L. C. Quimiocinas e imunidade. Einstein (São Paulo), v. 13, n. 3, p. 469-473, 2015.
2- SANTOS, N. S.; ROMANOS, M. T.; WIGG, M. D. Virologia Humana. 3a ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2015. p. 1085-1162.
3- LIU, R. et al. Homozygous Defect in HIV-1 Coreceptor Accounts for Resistance of Some Multiply-Exposed Individuals to HIV-1 Infection. Cell, v. 86, n. 3, p. 367–377, 1996.
4- SAMSON, M. et al. Resistance to HIV-1 infection in Caucasian individuals bearing mutant alleles of the CCR-5 chemokine receptor gene. Nature, v. 382, p. 722–725, 1996.
5- DEAN, M. et al. Genetic Restriction of HIV-1 Infection and Progression to AIDS by a Deletion Allele of the CKR5 Structural Gene. Science, v. 273, n. 5283, p. 1856–1862, 1996.
6- ROWE, P. M. CKR-5 deletion heterozygotes progress slower to AIDS. The Lancet, v. 348, n. 9032, p. 947, 1996.
7- GLASS, W. G. et al. CCR5 deficiency increases risk of symptomatic West Nile virus infection. Journal of Experimental Medicine, v. 203, n. 1, p. 35-40, 2006.
8- LIM, J. K. et al. CCR5: no longer a “good for nothing” gene – chemokine control of West Nile virus infection. Trends in Immunology, v. 27, n. 7, p. 308–312, 2006.

Photos from LAIIM UFSCar's post 06/12/2021

Um enorme marco na história da ciência, o Projeto Genoma Humano foi concluído em 2003 e o genoma de referência foi publicado em 2004. A partir do sequenciamento do genoma de mais indivíduos, foi possível o estudo da variação genética e genômica e a diversidade tem sido alvo de constantes pesquisas por todo o mundo.
Esta diversidade entre genomas humanos pode ser produto de alterações de nucleotídeos, variações no número de cópias, alterações na estrutura ou na quantidade de proteínas [1] e é muito importante no entendimento das diferenças nas variações fenotípicas entre os indivíduos, a susceptibilidade a doenças [2] e a regulação da expressão gênica [3], por exemplo.
Diferentes iniciativas visam a catalogar a diversidade genética humana, tais como o projeto dbSNP (Single Nucleotide Polymorphisms database, ou banco de dados de polimorfismos de nucleotídeo único) [4], o projeto 1000 Genomes [5], o dbVar (Structural Variation database, ou banco de dados de variações estruturais) [6], dentre outras. Existem também iniciativas específ**as para cada país e para diferentes faixas etárias, como o Arquivo Brasileiro Online de Mutações [7].
Toda essa grande quantidade de informações tem impactado em muito a imunologia, seja pela descoberta da constituição do sistema imune por famílias de multigenes ou pelas relações entre a variação genética e a predisposição ou proteção a diferentes doenças e infecções, por exemplo [3]. Nos próximos posts, traremos exemplos de associações genótipo-fenótipo que a genômica contribuiu à imunologia.
Referências:
1- NUSSBAUM, R. L.; RODERICK, R.; WILLARD, H. F. Thompson & Thompson - Genética Médica. 8a ed. Rio de Janeiro, RJ. Editora Guanabara, 2016. p. 43-54.
2- NUSSBAUM, R. L.; PUCK, J. M. 33 - Human Genomics in Immunology. in: Clinical Immunology (Fifth Edition). p. 463-470, 2019.
3- PLAYFAIR, J. H. L.; CHAIN, B. M. Imunologia básica: Guia ilustrado de conceitos fundamentais. 9a ed. Barueri, SP. Editora Manole, 2013. p. 98-99.
4- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/snp/
5- https://www.internationalgenome.org/. The 1000 Genomes Project Consortium. A global reference for human genetic variation. Nature, v. 526, p. 68-74, 2015.
6- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/dbvar/
7- http://abraom.ib.usp.br/index.php. NASLAVSKY, M. S. et al. Whole-genome sequencing of 1,171 elderly admixed individuals from the largest Latin American metropolis (São Paulo, Brazil). bioRxiv, 2015. doi: https://doi.org/10.1101/2020.09.15.298026.

Photos from LAIIM UFSCar's post 24/11/2021

BRUCE BEUTLER E JULES HOFFMANN
Bruce Beutler (1957-) e Jules Hoffmann (1941-) foram vencedores do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2011, "pelas descobertas sobre a ativação da imunidade inata". Os cientistas dividiram entre si metade do prêmio, uma vez que a outra metade foi concedida a Ralph Steinman individualmente.
Beutler foi um aluno brilhante desde o colégio, quando chegou a pular diversos anos. Com 14 anos de idade, Beutler já purif**ava proteínas e caracterizava enzimas e graduou-se em biologia aos 18 anos pela Universidade da Califórnia. Sua pesquisa que o levou ao Nobel se deu quando isolou em camundongos o fator de necrose tumoral (TNF) e, usando tecnologia do DNA recombinante para criar moléculas capazes de inibir o TNF, descobriu as ações inflamatórias dessa citocina. Inclusive, um desses inibidores tornou-se amplamente utilizado como opção de tratamento para determinadas doenças inflamatórias. Beutler também descobriu mutações em um gene de camundongos chamado Tlr4 (toll-like receptor 4) que contribuem para o desenvolvimento de choque séptico. Por consequência, Bruce elucidou que o gene Tlr4 está envolvido no reconhecimento de moléculas de lipopolissacarídeos (LPS) e contribui para a ativação da resposta imune perante a presença de LPS de bactérias.
Hoffmann, após conquistar seu Ph.D. em biologia, estudou o sistema imunológico de insetos. Mais especif**amente, nos anos 90, quando estudava respostas imunes em Drosophila, Hoffmann descobriu uma via de sinalização responsável por regular um gene chamado drosomicina que codif**a um peptídeo antifúngico; Jules também percebeu que mutações em moléculas chamadas Toll, presentes na via de sinalização em questão, relacionam-se com uma menor taxa de sobrevivência de Drosophila por infecções fúngicas. Tal descoberta levou, posteriormente, outros cientistas a procurar e descobrir receptores Toll-like também em mamíferos, sendo mais um grande marco no conhecimento da imunologia de mamíferos, inclusive humanos.
Juntos, Beutler e Hoffmann receberam o Nobel por suas pesquisas complementares na função de receptores Toll e Toll-like no reconhecimento de padrões moleculares de patógenos e na ativação da resposta imune inata.
Referências:
ROGERS, K. Bruce A. Beutler. 2011. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Bruce-Beutler. Acesso em 19 abr. 2021.
ROGERS, K. Jules Hoffmann. 2011. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Jules-Hoffmann. Acesso em 19 abr. 2021.
THE AMERICAN ASSOCIATION OF IMMUNOLOGISTS. Bruce A. Beutler, M.D. [ano?]. Disponível em: https://www.aai.org/About/History/Notable-Members/Nobel-Laureates/BruceABeutler. Acesso em 19 abr. 2021.
THE NOBEL PRIZE. Bruce A. Beutler - Facts. [ano?]. Disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/2011/beutler/facts/. Acesso em 19 abr. 2021.
THE NOBEL PRIZE. Jules A. Hoffmann - Facts. [ano?]. Disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/2011/hoffmann/facts/. Acesso em 19 abr. 2021.

Photos from LAIIM UFSCar's post 22/11/2021

Kiril Tzachev Bratanov (1911-1987) foi um médico veterinário e biólogo bulgáro com profundo interesse nos problemas envolvidos com a criação de animais, como capacidade reprodutiva e inseminação artificial. K. Bratanov publicou mais de 1000 artigos, sendo autor ou co-autor de monografias, livros didáticos, manuais práticos e revisões. Uma de suas conquistas mais inovadoras ocorreu em 1949, quando detectou a presença de anticorpos contra gametas masculinos em soros de animais que não foram inseminados com êxito. Esses foram os primeiros resultados descritos na ciência e prática mundial, evidenciando a possibilidade de que a infertilidade poderia ser imunomediada. Após alguns anos, seus estudos foram utilizados como base de dois artigos independentes que descreveram a presença de autoanticorpos espermáticos em homens inférteis e isoanticorpos contra espermatozoides em mulheres na mesma condição.
As contribuições no campo da “Imunologia Reprodutiva” deixadas por Bratanov ainda são muito discutidas em uma série de congressos internacionais e artigos científicos recentes. Uma expressão de seu reconhecimento nessa área foi sua nomeação como primeiro presidente da Associação Internacional de Imunologia da Reprodução, além das múltiplas medalhas e prêmios que recebeu. O pesquisador foi eleito membro de honra de diversas academias de ciências estrangeiras, chegando a receber o prêmio máximo do Instituto Pasteur de Paris por suas realizações no campo da Imunologia Reprodutiva.
Referência:
MOLLOVA, Margarita. The Patron of the Institute. Elaborada pelo Institute of Biology and Immunology of Reproduction "Acad. Kiril Bratanov". Disponível em: http://ibir.bas.bg/en/about-ibir/The-Patron-of-the-Institute. Acesso em: 20 abr. 2021

Photos from LAIIM UFSCar's post 12/11/2021

Todos os metazoas, reino animalia, possuem mecanismos que visam à proteção contra agentes virais, microrganismos e até mesmos outras células de indivíduos da mesma espécie (2), garantindo um certo procedimento que visa discriminar o próprio do não-próprio (2), no entanto, nem todo os metazoas possuem o mesmo modo para discrminiação ou reações efetivas resultantes para garantir essas ações (2).
Diferentemente do que se observa nos vertebrados, as respostas imunológicas desempenhadas por organismos invertebrados não consistem em ações locais ou sistêmicas, ou amplif**ação clonal de células produtoras de moléculas efetoras (2), pois apresentam ausência de imunidade adquirida (1). No entanto, a produção de moléculas antimicrobianas são desempenhadas por regulação de transcrição e, geralmente, não há memória (2). A atividade inata do sistema imune é altamente conservada entre organismos vertebrados e invertebrados, como a fagocitose, por exemplo, que é mantida em toda a metazoa (1,2,3). Ademais apresentam, também, ação de proteção através da produção de espécies reativas de oxigênio, proteínas análogas às citocinas, enzimas hidrolíticas, aglutinação e formação de nódulos, encapsulação de corpos estranhos, dentre outros (1). De maneira geral, organismos invertebrados utilizam-se de várias moléculas antimicrobianas e antifúngicas para garantir proteção, ainda que dentro de uma mesma espécie (1,2).
Além disso, vertebrados têm mantido cascata de sinalização relacionadas às inflamações que podem ser atribuídas aos invertebrados protostomianos e até mesmo a plantas (2). Alguns fatores de transcrição como NF-kappa B real são fundamentais para imunidade dos mamíferos e também estão envolvidos na indução de cecropinas e outros peptídeos antibacterianos em insetos (2). A via de NF-B, originalmente encontrada em linfócitos B, têm sido notada em vários insetos e costuma ser ativada durante o desenvolvimento embrionário ou em diferentes respostas imunológicas (2). Dessa forma, observa-se que a imunidade de invertebrados baseia-se no tripé composto por barreiras físico-químicas, defesas celular e mecanismos humorais (1,3). Na resposta celular, temos: a fagocitose, formação de nódulo de bactérias ou encapsulação de grandes parasitas pelos hemócitos (3), enquanto a atividade humoral inclui secreção de moléculas e peptídeos antibacterianos e antifúngicos, opsoninas, proteínas análogas às citocinas, entre outros (1,3) - sendo que ambas respostas, celulares e humorais, atuam de maneira coordenada para eliminação efetiva de um potencial patógeno (1).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1- CANESI, Laura; PROCHÁZKOVÁ, Petra. The invertebrate immune system as a model for investigating the environmental impact of nanoparticles. In: Nanoparticles and the immune system. Academic Press, 2014. p. 91-112.
2- DU PASQUIER, Louis. The immune system of invertebrates and vertebrates. Comparative biochemistry and physiology. Part B, Biochemistry & molecular biology, v. 129, n. 1, p. 1-15, 2001.
3- SAMPATH, VishnuPriya. Bacterial endotoxin-lipopolysaccharide; structure, function and its role in immunity in vertebrates and invertebrates. Agriculture and Natural Resources, v. 52, n. 2, p. 115-120, 2018.

Photos from LAIIM UFSCar's post 10/11/2021

As bactérias dispõem de vários mecanismos de defesa contra genomas virais e plasmídeos, como por exemplo, o bloqueio da injeção de DNA de fago [1]. Mas hoje iremos falar sobre o sistema imune microbiano adaptativo, que é baseado em repetições palindrômicas curtas regularmente inter-espaçadas (CRISPR) e genes Cas (associados a CRISPR). CRISPR em conjunto com os genes Cas, consegue fornecer resistência à infecções por bacteriófagos, funcionando como uma espécie de memória genômica contra patógenos invasores. Esse sistema é considerado altamente adaptável e hereditário, visto que, os loci CRISPR são encontrados em aproximadamente 40% de todas as bactérias sequenciadas [1,2].
Os sistemas CRISPR/Cas são classif**ados em três tipos, sendo que o tipo II é o mais caracterizado [1,2]. Resumidamente, este sistema funciona em três etapas: i) aquisição, o DNA do fago invasor é processado em pequenos pedaços por uma nuclease Cas e depois é incorporado ao locus CRISPR bacteriano; ii) biogênese, o locus CRISPR é transcrito em um precursor (pré-cRNA), é processado pela RNAse III endógena, formando RNAs CRISPR (crRNAs) maduros; iii) interferência, o crRNA maduro guia a proteína Cas9 para o DNA estranho complementar, desencadeando a sua degradação através da introdução de quebras de dupla fita [1].
O desenvolvimento do sistema CRISPR/Cas9 como ferramenta de edição do genoma humano revolucionou a biologia molecular. Isso porque é um método simples e específico que vêm sendo empregado para diversas finalidades, como, a engenharia genética de plantas, identif**ação de mecanismos de doenças genéticas, estudos epigenéticos mais profundos, entre outros [2].

[1] HRYHOROWICZ, Magdalena et al. CRISPR/Cas9 Immune System as a Tool for Genome Engineering. Arch Immunol Ther Exp (Warsz), v. 3, n. 65, p. 233-240, 3 out. 2016.
[2] LINO, Christopher A.; HARPER, Jason C.; CARNEY, James P.; TIMLIN, Jerilyn A.. Delivering CRISPR: a review of the challenges and approaches. Drug Delivery, [S.L.], v. 25, n. 1, p. 1234-1257, 1 jan. 2018. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.1080/10717544.2018.1474964.

Photos from LAIIM UFSCar's post 08/11/2021

As plantas, diferentemente dos mamíferos, carecem de células de defesa móveis e um sistema imune adaptativo. Em vez disso, elas utilizam o sistema imune inato de cada célula e as vias de sinalização geradas nos locais de infecção [1].
A imunidade ativada por padrões (PTI) e a imunidade ativada por efetores (ETI) são duas formas de imunidade, definidas pelos tipos de moléculas as quais são reconhecidas pelas plantas como indicadores de infecção [2].
A resposta ETI está relacionada, geralmente, à apoptose das células infectadas, e à síntese de moléculas com propriedades antimicrobianas no tecido atingido, além de ser mais efetiva contra moléculas com alta variabilidade entre os microrganismos [1]. Já a resposta PTI é uma resposta mais geral a certos MAMPs que são conservados entre os principais grupos de microrganismos [3].
A primeira linha de defesa contra os fitopatógenos é a parede celular, que pode ser reforçada pela deposição de calose, e a primeira defesa ativa das plantas se trata dos receptores de reconhecimento de padrões (PRRs) na membrana celular, que irão reconhecer os padrões moleculares associados a microrganismos (MAMPs), moléculas específ**as presentes em microrganismos invasores [3], esse tipo de reconhecimento ativa a imunidade do tipo PTI [2]. Devido à coevolução de plantas e patógenos, as plantas desenvolveram imunorreceptores intracelulares conhecidos como proteínas de resistência (R), as quais podem reconhecer a presença de certas moléculas efetoras de patógenos, e assim, ativar a ETI [3].

Referências:
1- JONES, Jonathan DG; DANGL, Jeffery L. The plant immune system. nature, v. 444, n. 7117, p. 323-329, 2006.
2- KATAGIRI, Fumiaki; TSUDA, Kenichi. Understanding the plant immune system. Molecular plant-microbe interactions, v. 23, n. 12, p. 1531-1536, 2010.
3- SPOEL, Steven H.; D**G, Xinnian. How do plants achieve immunity? Defence without specialized immune cells. Nature reviews immunology, v. 12, n. 2, p. 89-100, 2012.

Photos from LAIIM UFSCar's post 05/11/2021

Hoje falaremos sobre a síntese de anticorpos monoclonais, uma técnica de imunologia muito promissora que surgiu em 1976 com Georges Köhler e César Milstei. Os anticorpos monoclonais são biomoléculas capazes de atacar alvos específicos, combatendo microrganismos, toxinas e células cancerosas, por exemplo. Sua síntese acontece a partir dos chamados hibridomas, os quais são o resultado da fusão entre linfócitos B e células de mieloma. Nesse processo, os linfócitos B são “induzidos” a produzir anticorpos contra um único alvo – como uma proteína específ**a de um vírus –, e conseguem se replicar exponencialmente devido a uma característica intrínseca ao mieloma, que nada mais é do que um plasmócito (um subtipo de linfócitos B) canceroso. Dessa forma, os hibridomas são como pequenas fábricas produtoras de anticorpos especializados.
Por serem altamente específicos e potentes, os anticorpos monoclonais representam um grande avanço na medicina moderna e trazem uma nova perspectiva para o tratamento de doenças como câncer e COVID-19.

Referências:
SINGH, Surjit et al. Monoclonal antibodies: a review. Current clinical pharmacology, v. 13, n. 2, p. 85-99, 2018.
LIU, Justin KH. The history of monoclonal antibody development–progress, remaining challenges and future innovations. Annals of medicine and surgery, v. 3, n. 4, p. 113-116, 2014.

Photos from LAIIM UFSCar's post 03/11/2021

Os ensaios de histocompatibilidade são realizados durante o período preparatório de transplante - seja de órgão ou medula óssea. Trata-se de um passo crucial para que seja possível dimensionar se haverá rejeição, ou não, por parte do paciente (receptor). Para casos em que há suspeita de rejeição no período pós-transplante, a realização do exame também é indicada.
Muitos dos genes do Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH), sendo este um conjunto de genes situado no cromossomo 6 humano, estão envolvidos em funções imunológicas [1]. Diversas proteínas, que são expressas na superfície de vários tipos celulares, são codif**adas por um grupo de genes do CPH. Tais moléculas são denominadas de Antígenos Leucocitários Humano - sistema HLA (do inglês, Human Leucocyte Antigens) [2], que são divididos em três grupos: HLA Classe I, II e III.
Estas moléculas realizam a apresentação de “corpos estranhos” que entramos em contato aos leucócitos, nossas células de defesa, o que explica porque são responsáveis pelo processo de rejeição que pode ocorrer frente a um transplante. Vale ressaltar que as proteínas codif**adas pelos genes de HLA Classe III não fazem parte da apresentação de peptídeos aos linfócitos T [3].
Fazendo uso do método sorológico [4] e molecular [5], é possível determinar a tipif**ação HLA. Para as técnicas sorológicas, as moléculas HLA expressas nas superfícies celulares são identif**adas utilizando antisoros específicos. Porém, para proporcionar uma melhor resolução, os laboratórios de histocompatibilidade e de pesquisas científ**as têm como método de escolha as técnicas moleculares [6].
As técnicas moleculares PCR - Sequence Specific Primer (PCR-SSP) e PCR - Sequence Specific Oligonucleotide Probing (PCR-SSOP) são as mais utilizadas. Na PCR-SSP, ocorre a amplif**ação do DNA genômico fazendo uso de primers de sequência específ**a para cada grupo de alelos, apresentando baixa resolução, ou primers de sequência alelo-específ**a, que apresenta alta resolução. Posteriormente, é realizada a eletroforese do material amplif**ado, seguido da análise da fotografia do gel e transferência dos resultados vistos no gel para os worksheets [7, 8].
Já a técnica PCR-SSOP, se dá pela amplif**ação do DNA genômico utilizando primers loco-específicos e, posteriormente, é realizada a imobilização do material previamente amplif**ado em um suporte sólido. Depois, é feita a hibridização com sondas alelo-específ**as marcadas [7].
Os nomes de outros te**es - a título de curiosidade - que não serão descritos aqui, são: Prova Cruzada e Painel de Reatividade de Anticorpos (PRA).

Referências:

SENGER, G., RAGOUSSIS, J., TROWSDALE, J. AND SHEER, D. Fine mapping of the MHC class II region within 6p21 and evaluation of probe ordering interphase fluorescence in situ hybridization. Cytogenet. Cell. Genet, v. 61, 49-53, 1993. [1]
PEAKMAN M, VERGANI D. Imunologia Básica e Clínica. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro, 1999. [2]
ABBAS, A. K., LICHTMAN, A. H. Imunologia Celular e Molecular, 8º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. [3]
TERASAKI, P. I.; McCLELLAND, J.D. Microdroplet assay of human serum cytotoxins. Nature, v. 204 n. 4962, p. 998-1000, 1964. [4]
LAVANT, E. H.; AGARDH, D. J.; NILSSON, A.; CARLSON, J. A. A new PCR-SSP method for HLA DR-DQ risk assessment for celiac disease. Clinica Chimica Acta, v. 412, n.9-10, p. 782-84, 2011. [5]
RIBAS-SILVA, Rejane Cristina. Investigação sorológica, molecular e de marcadores genéticos de histocompatibilidade, na população de uma região endêmica, para leishmaniose tegumentar americana no sul do Brasil. 2015. [6]
KIMURA, A.; SASAZUKI, T. Eleventh International Histocompatibility Workshop reference protocol for the HLA DNA-typing technique. In: Tsuji, K., Aizawa, M., Sasazuki, T., eds. HLA-1991. Proceedings of the Eleventh International Histocompatibility Workshop and Conference. Vol. I. Oxford: Oxford University Press, p. 397-419, 1992. [7]
RIBAS-SILVA, R.C.; RIBAS, A.D.; GIAROLA, L.B.; BOTELHO, M.R.; BRAGA, M.A.; BORELLI, S.D. Discrepancies in HLA typing: use of different methods to confirm doubtful or inconclusive results. Acta Scientiarum Health Sciences, v. 36, n. 1, p. 11-14, 2014. [8]

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