Dr. Guilherme Rocha Jr - Ortopedia

▫️Eu sei, parece frase de efeito, mas eu juro para vocês que é o que a ciência nos diz sobre o treinamento físico. 👨🏽‍🔬🏋🏽

▫️Quanto maior a intensidade do exercício (e, claro, desde que respeitados os seus limites e o período de descanso) mais pronunciados serão os mecanismos que levam à adaptações do seu corpo àquele estímulo.

▫️Por exemplo: se você chega na academia e levanta pesos muitos leves, sem qualquer esforço ou desconforto, as adaptações geradas serão mínimas ou até nulas. Se por outro lado, o exercício lhe tira da zona de conforto, aí, sem dúvida alguma, teremos os seus benefícios propriamente ditos.

▫️É por esse motivo que o seu treino precisa ter progressão de dificuldade (além da periodização, mas que é assunto para um outro post) para que possa ser considerado de fato um treinamento, e não somente um exercício, e isso significa que ele jamais será confortável. Não podemos confundir progressão de dificuldade com somente progressão de carga, afinal, existem outras variáveis a se manipular.

▫️Diariamente, na academia, tão comum quanto ver pessoas com cargas exageradas, e execuções de baixíssima qualidade, é ver pessoas fazendo exercícios com cargas muito baixas, sem consciência corporal alguma, sem demonstrar qualquer alteração da percepção subjetiva de esforço, por vezes até atualizando as fofocas ou mexendo no celular enquanto fazem o exercício. Acreditem, eu vejo isso até no Leg Press e nas cadeiras extensoras e flexoras…

▫️Da próxima vez que você pensar em agredir o(a) seu(ua) personal trainer porque ele(a) mudou o seu treino, ou aumentou as cargas, justamente quando você já estava “se acostumando com o treino anterior”, lembre-se desse post e agradeça a ele(a)… Mas somente após ter sobrevivido ao treino, ok? 😂

Dr. Guilherme Rocha Jr.
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▫️Você está seguindo uma dieta individualizada, com macros e micronutrientes calculadas por nutricionista?

▫️Você está acompanhando a sua composição corporal por método de dobra cutânea ou bioimpedância?

▫️Você está seguindo um plano de exercícios físicos discutido com médico do esporte e montado/acompanhado por um profissional de educação física?

▫️Você está dormindo bem?

▫️Você está fazendo o uso regular e adequado dos seus suplementos e/ou medicamentos com finalidade de emagrecimento (quando há indicação)?

▫️Se a resposta para qualquer uma dessas perguntas for não, então, sinto informar, porém você não está tentando emagrecer.

▫️É possível emagrecer tentando simplesmente melhorar os hábitos de vida por conta própria e iniciando atividade física? Sem dúvida alguma. É garantido? É a maneira mais eficaz? Certamente que não.

▫️A verdade é que maioria das vezes é complicado mudar hábitos nocivos e vícios sem uma estratégia e sem acompanhamento profissional especializado. O acompanhamento não serve somente para que você alcance os seus resultados mais rapidamente, mas também para que alcance com efetividade e segurança.

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▫️Quando a equipe dialoga a cerca das necessidades do paciente e consegue estabelecer uma estratégia alimentar individualizada, os resultados são otimizados e a satisfação do paciente é garantida. Por esse motivo, procuro sempre estabelecer diálogo com nutricionistas que acompanham os pacientes (alguns inclusive são parceiros) e, em quase todos os casos discutimos a inserção de alguns alimentos na rotina, como a Aveia.

▫️Mas por que é tão importante consumir aveia com regularidade? Bem, vamos aos seus benefícios estudados pela ciência! 🧪

1. FIBRAS SOLÚVEIS BETA-GLUCANAS: ajudam a reduzir os níveis de colesterol e a regular a glicemia.

2. PODER ANTI-OXIDANTE: a aveia é rica em compostos fenólicos chamados Avenantramidas, as quais regulam a ação de enzimas relacionadas à anti-oxidação (controle dos radicais livres), como a superóxido-dismutase.

3. PROVÁVEL MELHORA DA RECUPERAÇÃO MUSCULAR: ainda carece de ensaios clínicos, entretanto, acredita-se pelo efeito acima;

4. AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA: auxilia na regulação de substâncias pró-inflamatórias (citocinas), como a IL-1b, NF-kB, IL-6, além de algumas peroxidases. Alguns ensaios clínicos demonstraram ainda redução da proteína C-reativa no grupo que consumiu aveia, durante 8 semanas, em relação ao grupo controle.

5. REGULA FORMAÇÃO DE PLACAS NO INTERIOR DOS VASOS: efeito por enquanto demonstrado somente em estudos em animais, supostamente por regular a produção de óxido nítrico (substância que dilata os vasos) e a proliferação de células musculares no interior dos vasos.

▫️Além de tudo isso, a aveia é fácil de ser consumida mesmo por pacientes com déficits de mastigação, tem índice glicêmico moderado (versão em flocos) e pode ser utilizada tanto em estratégias de ganho de massa muscular quanto no emagrecimento.

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▫️Apesar de trabalhar com atletas de esportes de combate, hoje eu não vou falar sobre os objetivos de peso por categoria. Meu recado é para a população em geral, atletas ou não, e se você é do tipo que não consegue deixar a balança de lado, então essa mensagem é para você também. Vem comigo?

▫️Uma situação comum no consultório é o paciente apresentar uma meta de peso: “Dr., eu quero perder 11 kgs!”. Muitas das vezes, essas metas advêm de cálculos de IMC (índice de massa corpórea) que o próprio paciente faz, desejando estar com o peso na chamada “faixa de normalidade” (IMC entre 18,5 e 24,9). Outras vezes, isso decorre do fato de aquele paciente já ter tido esse peso-alvo, com uma boa auto estima: “Eu gostava muito do meu corpo quando pesava 65 kgs!”.

▫️De todo modo, precisamos entender que a avaliação do peso sem avaliação da composição corporal não nos diz muita coisa.
Vamos imaginar dois adultos com 70 kgs e 1,75 m de altura. O adulto A tem 8% de percentual de gordura e o adulto B tem 32%. Certamente, o risco para doenças crônico-degenerativas e a aparência dos dois será bem diferente, não é mesmo? Entretanto, ambos terão o mesmo IMC:
Peso (70) / Altura x Altura (1,75 x 1,75) = 22,87.
Entendeu por que avaliar a composição corporal é mais importante?

▫️Sobretudo nas pessoas que praticam exercícios físicos regularmente, a chance de o peso ou o IMC não traduzirem a realidade é enorme. Um fisiculturista, por exemplo, pode ter facilmente IMC de obesidade grau II ou III, e ninguém em sã consciência o chamaria de “obeso”…
Outra situação comum é, em algum momento durante o processo de emagrecimento, o paciente sentir que o seu peso estagnou, apesar de continuar percebendo as mudanças manequim ou quando se observa no espelho, o que significa que a sua composição corporal continua mudando positivamente.

▫️Por esses motivos, utilizamos métodos como a Aferição das Dobras Cutâneas e a Bioimpedância para estimarmos a composição corporal. São exatos? Não. Mas nos entregam um parâmetro objetivo muito mais próximo da realidade individual.

Depois de saber de tudo isso acho que já podemos começar a considerar menos o peso e pensar mais na nossa composição corporal, né?

Dr. Guilherme Rocha Jr.
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▫️Iniciando as consultas… ‘Olá, bom dia! Em que posso lhe ajudar?’

Paciente A: “Dr., eu tenho hérnia de disco, discopatia degenerativa, artrose na coluna… Acho que no meu caso só trocando tudo!”

Paciente B: “O meu problema é artrose, desgaste grave nas juntas. Me falaram que tá encostando osso com osso, que não tem mais cartilagem.”

Paciente C: “Tenho artrose grave na coluna cervical, com e discos todos desgastados, não aguento mais…”

▫️O que os pacientes A, B e C tem em comum? Todos vestem o chamado “estigma da doença”. Quer entender melhor? Então vem comigo no post de hoje!

▫️Quando vestimos o estigma da doença, nós a experimentamos integralmente e isso afeta diretamente a nossa auto-estima e até mesmo o controle da Dor. Na consulta, acabamos falando do nosso diagnóstico, que por vezes nem ao menos está correto, antes mesmo de falarmos sobre o que estamos sentindo. É como se tatuássemos um diagnóstico na testa: “Hipertenso!”, “Osteoporótica!”, “Gastrite!”…

▫️Eu sei que muitas das vezes você busca um diagnóstico em um exame de imagem. Ver aquele enorme termo técnico lá no laudo, que mais parece uma condenação judicial, e que diz “Conclusão: você tem isso e aquilo e aquilo lá”, para que assim você possa tomar o remédio milagroso que vai combater o problema, certo? Todavia, na maioria das vezes, o seu problema não tem relação com o achado do exame de imagem, sobretudo no caso dos exames solicitados sem um propósito específico de auxiliar a nortear conduta.

▫️Ninguém pode ser definido ou limitado por um diagnóstico. Em outras palavras, as doenças que você teve (ou tem) não definem quem você é. O que lhe define é o que você faz para prevení-las, controlá-las ou tratá-las. Mas, quer saber? Essa relação “o que somos” vs “as nossas atitudes” vale para todos campos da nossa vida, não é mesmo?

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▫️Sim, eu sei que provavelmente já lhe disseram que se você alongasse as suas dores iriam embora. E eu também sei que os alongamentos proporcionam aquela sensação gostosa de relaxamento que, dependendo do caso, até dá uma sensação de que a dor amenizou… Porém, além de muitos pacientes com dor ao longo da coluna vertebral não terem limitações significativas de flexibilidade para as suas atividades diárias, os alongamentos por si sós não serão capazes de resolver. Vamos entender?

▫️Primeiramente, se ter boa flexibilidade fosse fator de proteção absoluta para a coluna, atletas de ginástica olímpica 🤸🏼‍♀️ e bailarinas 🩰 não teriam dor lombar, concorda? Para vocês terem uma noção, a cada 10 bailarinas, 2 a 8 sentem dores lombares, dependendo do estudo e do perfil populacional. A avaliação, e por conseguinte o tratamento, das dores na coluna, via de regra, são multifatoriais, sendo necessário avaliar equilíbrio, mobilidade, resistência, força, gestual e carga de treino.

▫️Não existe uma fórmula mágica que sirva para todos, muito menos “um remédio”, até porque a dor é um sintoma, não um diagnóstico.

▫️”Guilherme, por que então você alonga?” 🧐 Primeiramente porque eu preciso ganhar amplitude de movimento dos chutes, sobretudo do Ninjutsu. Depois, pois eu tenho os alongamentos como rotina de regeneração muscular e de relaxamento.

▫️Alongamentos possuem múltiplos benefícios para a saúde musculo-esquelética, mas entenda que se o caso for tratamento de dor na coluna, dificilmente eles, por si sós, serão suficientes, tudo bem? 👨🏽‍⚕️

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▫️Você sofre com dores há bastante tempo e acredita que se tentar fazer exercícios essas dores irão piorar de maneira catastrófica? Em um determinado movimento, você sofreu uma lesão, e agora teme realizar qualquer movimento semelhante por acreditar que irá se lesionar novamente? Acredita que por ter osteoporose os exercícios podem quebrar os seus ossos? Além de ter medo de fazer exercícios, você se sente vulnerável em relação a sua dor? Talvez você tenha desenvolvido o que chamamos de Cinesiofobia.

▫️Cinesiofobia nada mais é do que a sensação excessiva e irracional de medo de realizar movimentos e exercícios, por acreditar que eles lhe farão mal, piorando a sua dor ou lesão.

▫️Até 70% dos pacientes com dor crônica podem experimentar algum grau de cinesiofobia. Pacientes com osteopenia/osteoporose podem desenvolver a crença equivocada de que caso se exercitem sofrerão fraturas, ou seja, quebrarão ossos, como se os mesmos fossem extremamente frágeis. Além disso, indivíduos em tratamento de uma lesão, com cirurgia ou não, também podem desenvolver o medo de realizar movimentos, sobretudo os relacionados ao mecanismo do trauma (o que, inclusive, é trabalhado no processo de reabilitação).

▫️A cinesiofobia impacta diretamente no sucesso do tratamento, pois o paciente limita, cada vez mais, os seus movimentos, baixa o seu nível de atividade, e com isso temos um efeito dominó que leva a mais sedentarismo e inatividade, piorando as dores.

▫️Então, como lidar? Além de demandar paciência e acolhimento dos profissionais do movimento para tranquilizar e orientar o paciente adequadamente quanto a todo o processo (e até tentar estratégias inicialmente mais lúdicas), por vezes são situações que demandam suporte psicológico e até tratamento de comorbidades como depressão e ansiedade, que podem estar associadas.

▫️Sentir que a dor aumentou discretamente no estágio inicial do tratamento (a depender do tipo de dor) pode ser um evento completamente esperado e que faz parte do processo de reabilitação. Contudo, o movimento bem indicado e orientado para o tratamento da sua Dor nunca irá lhe prejudicar.

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▫️Sim, eu sei que você passou a vida inteira acreditando que se esparramar no sofá faria mal para a sua coluna, ou que exista um colchão ideal e milagroso que previne todas as dores, ou até mesmo que existe um padrão de postura ideal e universal. Porém, eu preciso dizer que essas são crenças equivocadas. “Então, se não é a minha postura ao sentar que causa as minhas dores nas costas, o que é então?” Vamos entender…

▫️A menos que o seu cantinho de trabalho tenha uma disposição dos móveis e aparelhos completamente disfuncional, dificilmente eles serão a causa da sua dor. Imagine que você senta uma cadeira baixa e que precisa enxergar o monitor do seu computador que está apoiado em uma mesa elevada. Automaticamente, você olhará para cima, fazendo uma extensão cervical. Se você passar 2 minutos nessa posição, não será incômodo. Contudo, se passar 4 horas, provavelmente começará a sentir dores.

▫️Então quer dizer que se o monitor, a mesa e a cadeira estiverem devidamente ajustados, e eu passar longos períodos nessa posição “ideal” eu não vou sentir dor? Provavelmente você também começará a sentir dores.

▫️”Ué, então o que causa a dor?” As dores são causadas pelos longos períodos de baixa atividade da coluna vertebral. Nossa coluna tem várias pequenas articulações, e as nossas articulações gostam de movimento. Se você ficar com o joelho esticado durante horas, quando tentar dobrar vai perceber ele duro e sentir um incômodo, que melhorará com o movimento. Nossa coluna não é diferente.

▫️Durante anos, a indústria da ergonomia vende a ideia de que existe uma postura ideal, aparatos quase mágicos de “correção postural”, com a promessa de prevenir ou eliminar as suas dores, e nada disso possui fundamentação científica adequada.

▫️Avaliar funcionalmente o paciente, compreendendo diferenças de flexibilidade, força e mobilidade entre os lados ou segmentos é muito diferente de tentar estabelecer uma postura ideal. Cada paciente tem a sua própria postura.

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▫️Você começou a praticar um esporte e o corpo ficou todo dolorido? Isso não significa que você teve alguma lesão.

▫️Passou o dia inteiro sentado e quando se levantou começou a sentir dores nas costas? Isso também não significa que você se lesionou.

▫️Teve que andar o dia inteiro em busca dos preparativos para uma festa e os joelhos começaram a doer? Advinha só… Não significa lesão.

▫️Lesões são alterações estruturais anormais em nossos tecidos, como um ligamento que rompeu, um osso que quebrou ou até mesmo um músculo que “rasgou”.

▫️”Ah, então o que é a Dor?” É um sintoma que experimentamos, de várias maneiras, a partir de um sinal que o seu corpo emite, que pode advir de uma lesão ou não, e que tem função de nos alertar sobre algo.

▫️”O que eu faço se eu estiver sentindo dor?” Inicialmente, aprenda a ouvir o seu corpo. Observe o que faz melhorar ou piorar a sua dor. Perceba o quanto ela lhe incomoda e se impede de realizar alguma atividade do dia a dia. Atente aos outros sintomas que podem estar acompanhados e, em caso de dúvida ou persistência, procure o seu ortopedista, médico do esporte ou fisioterapeuta!

▫️Por fim, não esqueça que dores secundárias a traumas, pancadas e torções devem sempre ser avaliadas por um profissional especialista!

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▫️Se você não sabia disso, então eu lhe convido a ler o post de hoje! Sim, o cérebro e a medula podem modificar a maneira como sentimos a Dor!

▫️Imagine que o nosso corpo é um prédio e que na cobertura está o cérebro. Para que sintamos Dor, uma pessoa precisa subir pelo elevador levando uma caixa com vários documentos, pesando uns 20 kgs. Essa caixa será checada em alguns andares. Após chegar na cobertura, o cérebro analisa aqueles documentos e prepara uma outra caixa organizada que irá descer em outro elevador. Porém, ao passar por determinados andares, essa caixa vai se tornando mais leve, até chegar ao seu destino final com, digamos, 5 kgs de documentos, e aí temos a Dor.

▫️Agora imagine uma pessoa subindo o tempo todo com a mesma caixa por algum tempo. Em algum momento, ela passa a subir mais e mais vezes, e a caixa de 20 kgs, na subida, ganha mais 10 kgs de documentos confusos. Ao chegar na cobertura, o cérebro não consegue entender bem o conteúdo daqueles documentos e acaba montando uma caixa desorganizada e com conteúdo distorcido, que pesa 40 kgs. Na descida, a caixa já não mais diminui de peso porque quem tiraria coisas dela pelo caminho já não consegue fazer isso. Qual o resultado? A caixa chega lá embaixo pesando muito mais do que deveria!

▫️É mais ou menos isso que ocorre em quem sofre com um fenômeno chamado Sensibilização Central: a experiência da dor é desproporcional ao estímulo e a pessoa sente muito mais dor que deveria.

▫️Qual a importância de se diagnosticar isso? Uma pessoa com dor lombar crônica de origem mecânica tem tratamento COMPLETAMENTE DIFERENTE de uma pessoa com dor lombar crônica com sensibilização central. Por vezes, pessoas não diagnosticadas passam até por procedimentos desnecessários, como cirurgias, que não irão resolver o seu problema.

▫️O diagnóstico da sensibilização central tem critérios específicos e exige uma boa avaliação clínica e um exame físico adequado. A quem quiser aprofundar no assunto, também recomendo seguir a e o .jsousa

Dúvidas? Manda abaixo nos comentários!

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▫️Ao contrário do que muitos pensam, os nossos ossos são órgãos que estão ativos e em um constante e inteligente processo de renovação. Onde houver necessidade de que nossos ossos sejam mais fortes e resistentes, nosso corpo o fará, por meio de estímulos. Por esse motivo, os nossos ossos que sustentam o nosso peso (como os das pernas) precisam ser mais resistentes que os que não tem essa necessidade (como os dos braços).

▫️Se você, no entanto, não estimula os seus ossos com carga (impacto controlado) ou com a musculação, o seu corpo entenderá que não existe uma real necessidade de mantê-los tão resistentes assim, e determinadas células irão reabsorver algo daquele osso, sempre trabalhando na lei do menor esforço, a partir das demandas, nesse eterno “produz onde é mais necessário, retira de onde não é”.

▫️É fácil imaginar que os nossos ossos tem função de sustentar o nosso corpo e proteger nossos órgãos internos como uma armadura, certo? Contudo, eles também funcionam como uma enorme poupança de Cálcio, que é fundamental para várias outras funções que o nosso corpo executa, como o simples fato de fazer o coração bater.

▫️Exames de metabolismo ósseo nada mais são do que provas laboratoriais de investigação de todas essas reações químicas direta e indiretamente relacionadas à produção ou reabsorção do tecido ósseo. Exames como as dosagens de cálcio e fósforo no sangue e na urina, paratormônio, vitamina D e seus metabólitos, fosfatase alcalina, propeptídeos do colágeno tipo 1, osteocalcina, CTX, NTX, hidroxiprolina, dentre outros, ajudam a compreender como determinadas etapas desse processo estão ocorrendo no seu organismo, a fim de se investigar alterações que possam estar fragilizando os seus ossos.

▫️”Quais exames então eu preciso fazer?” Isso dependerá de avaliação médica e até mesmo do resultado de outros exames, sendo sempre uma investigação individualizada. Desse modo, é possível fechar o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado. Nem tudo que fragiliza os ossos é osteoporose e se você está tratando há anos e não está vendo melhora nos sintomas ou na densitometria óssea, é preciso rever o diagnóstico e o tratamento, tudo bem?

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▫️Suplementos alimentares, como o próprio nome sugere, devem ser usados para SUPLEMENTAR uma alimentação equilibrada, jamais para substituir (com poucas exceções).

▫️Eles podem ser extremamente úteis no manejo e na prevenção da sarcopenia e da osteoporose, uma vez que são fáceis e práticos de se consumir. Alguns idosos tendem a apresentar algum grau de resistência a alimentos muito sólidos, que exijam maior capacidade de mastigação, seja por fraqueza dos músculos que realizam esses movimentos, seja por problemas odontológicos e, como os suplementos são líquidos ou pastosos, essas dificuldades são facilmente vencidas.

1. Whey Protein: a proteína isolada do soro do leite tem elevado grau de absorção e aproveitamento pelo nosso corpo, auxiliando na construção e manutenção dos músculos. Além disso, são ricos em cálcio, ajudando a fortalecer os ossos.

2. Peptídeos de Colágeno e BCAA: embora apresentem poucos benefícios em indivíduos jovens, em idosos são suplementos extraordinários, sobretudo na sarcopenia, uma vez que diminuem o catabolismo proteico (degradação da nossa massa muscular) e diminuem a perda de proteínas na urina (excreção urinária). Nas doenças articulares seus efeitos são controversos e com baixo nível de evidência.

3. Leucina: um aminoácido essencial que auxilia bastante no tratamento da sarcopenia. Assim como os BCAA, desencadeia resposta insulínica, reduzindo o catabolismo proteico.

4. Creatina: auxiliam no processo de ganho de massa muscular, aumentando a tolerância aos exercícios. Além disso, em idosos há diversos estudos que associam a sua suplementação à melhora da capacidade cognitiva, afinal, podemos dizer que há bastante creatina no tecido cerebral.

5. Albumina: proteína de elevado valor biológico, com velocidade absorção moderada, que auxilia a diminuir o catabolismo proteico e no ganho de massa muscular. Além disso, é uma alternativa de baixo custo!

6. Beta-Alanina e Bicarbonato: ajudam a melhorar a tolerância aos exercícios, postergando a fadiga.

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▫️Sim, precisamos romper com as velhas crenças sem fundamentação científica de que grandes perdas de força e funcionalidade são esperadas no idoso em virtude simplesmente da idade. Quando eu digo para pacientes idosos que eles precisam fazer treino resistido (musculação) muitos ainda ficam bastante surpresos, uma vez que se enxergam de maneira frágil, por um estereótipo obsoleto mas que ainda é muito difundido.

▫️É óbvio que uma pessoa com 80 anos não terá o mesmo desempenho físico esportivo que uma de 20 anos, mas isso não significa dizer que essa pessoa de 80 anos não poderá dispor de uma boa força muscular ou que não conseguirá fazer as suas atividades do dia a dia. Em outras palavras, a idade influencia na performance mas jamais será um fator determinante se trabalharmos em cima do que podemos modificar (hábitos de vida e controle de morbidades por exemplo).

▫️Essas atividades do dia a dia podem envolver necessidade de levantar e agachar para apanhar objetos, subir ou descer escadas e ladeiras, fletir o tronco para amarrar os cadarços, rotacionar o ombro internamente para coçar as costas, carregar objetos pesados, martelar ou serrar para reparos e trabalhos artesanais, por exemplo.

▫️Por estes motivos, praticar somente caminhada certamente não será o suficiente, é preciso treinar força e funcionalidade, sempre levando em consideração, evidentemente, a individualidade, e sempre com orientação do profissional de educação física, tudo bem?

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▫️A regra é clara: se você não dorme bem, a chance de você sofrer com dores crônicas é bem maior. E a recíproca também é verdadeira: se você sofre com dores crônicas que não estão sendo devidamente tratadas, a chance de começar a ter insônia também é consideravelmente maior.

▫️Sono de má qualidade e Dor possuem essa relação direta e bidirecional, tanto porque é durante o sono que o nosso corpo se recupera dos estímulos lesivos diários, quanto porque o cérebro restabelece o seu funcionamento adequado nesse momento. Quem não dorme bem enfrenta prejuízos de cognição, equilíbrio, atenção, memória, nível de alerta e fluência verbal.

▫️Dor diária persistente pode aumentar os períodos gastos na cama e em sofás, repousando (vocês que me seguem já estão carecas de saber que isso não irá resolver a dor), o que pode aumentar a frequência de sonos de fases curtas (cochilos), alterando o ciclo circadiano e diminuindo o sono noturno e restaurador. Além disso, sentir dor cronicamente pode facilitar o desencadeamento de quadros de depressão e ansiedade, comorbidades que também repercutem no sono. Alguns estudos sugerem que a dor crônica é o fator que mais impacta negativamente na qualidade do sono, por exemplo.

▫️”Então, se eu tratar o sono eu resolvo a dor, e se eu tratar a dor eu resolvo o sono?” Não. A dor crônica é muito mais complexa e a sua abordagem deve ser sempre multifatorial e interdisciplinar, tudo bem?

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