Dra. Luana Harada

Final de ano é uma época mágica e/ou caótica ao mesmo tempo.
De um lado, precisamos de paciência e equilíbrio para conseguirmos dar conta de todos os afazeres, compromissos e confraternizações. De outro, estamos com o coração cheio de emoções das mais variadas formas: alegria, saudades, tristeza, ansiedade…às vezes mais uma do outra…cada um vive seu próprio final de ano de acordo com suas vivências, não há como generalizar o mesmo signif**ado para todo mundo. Mas espero que a esperança seja o centro dessa bagunça emocional nesse novo ciclo que se aproxima.
Em busca desse equilíbrio, já venho antecipadamente desejar a todos(as) pacientes, amigos(as), familiares, seguidores e parceiros(as) de trabalho um lindo e maravilhoso fim de ano.
Mas já? O ano ainda nem acabou! 😱 Já…preciso de um tempo breve de descanso e preciso me dedicar à conclusão do meu mestrado. Retomarei as atividades no instagram e do consultório no dia 16/01/2023. Para aqueles que já são meus pacientes, não se preocupem, não f**arei ausente do suporte que presto para esclarecimento de dúvidas entre as consultas, irei organizar esta forma de trabalho conforme expliquei/explicarei para cada um que segue o tratamento comigo.
Aproveitem as festas, os entes queridos e as comilanças. Que possamos todos recarregar as energias para que a esperança de dias melhores se concretize.
Boas Festas e até 2023!

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Para quem busca uma leitura reflexiva sobre o amor, sem idealizações, com suas dificuldades e realidades, mas que preserve o belo e o imprevisível - recomendo a leitura!
Não Pise no Meu Vazio é um livro de crônicas poéticas escritas pela psicanalista Ana Suy Sesarino Kuss.
Em minha visão, os textos tratam do amor, para com a gente e para com o outro. Falam sobre desencontros, encontros e muito sobre a falta. A insatisfação está onde? Como me preencho enquanto me esvazio? É sobre as contradições que enquanto seres humanos estamos fadados a viver, sofrer e sorrir. Fala sobre as partes, sobre o todo, sobre as nuanças nas relações que unem, as que repelem e criam faíscas, que podem até ser as mesmas que causaram aproximação em um primeiro instante.
Essa falta, esse vazio, que parece ser só meu mas que é tão comum, o que faço? Como o sinto sem cair aos pedaços? E, vale a pena preenchê-los a todo custo? Mas será que elas devem ser preenchidas o tempo todo? Será que isso é possível? As crônicas desse livro nos enchem de perguntas, e com calma, encontramos respostas, e acima de tudo, acolhimento e muita reflexão! Sugiro ler devagar, sem pressa.

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Ah, dezembro bateu e fico reflexiva. Mesmo que meu tempo esteja bastante ocupado com muitos afazeres, estou aqui fazendo um TBT - pasmem.

Esse ano fiz minha primeira corrida de rua - 5km mas com uma importância interna de uma maratona hehe. A atividade física fez parte de minha infância, mesmo sendo muito descoordenada em esportes e ter trauma de ballet. Depois aceitei que os esportes não eram minha praia e passei para a musculação e, entre idas e vindas, atividades aeróbicas. E assim fiquei por um longo tempo.

Porém, a pandemia levou aos poucos o gosto pelo exercício, não me adaptei aos treinos dentro de casa. Depois da vacina, recuperamos a flexibilidade para nos movimentarmos, mas aí meu condicionamento físico caiu e o cansaço para me exercitar estava me desmotivando. Ia para a academia de forma bem racional, "será bom, preciso ir!". Mas percebi que precisava mudar. Aquilo que me servia não fazia mais sentido, precisei experimentar coisas novas.

Um dia, conversando com , que é uma corredora ávida, eu disse que achava que correr era um pouco entediante mesmo me sentindo muito bem depois de correr. Ela então me respondeu "a corrida não é só um treino de condicionamento físico, é um exercício de persistência e paciência". Nesse momento, virou uma chave, ela acertou em cheio para me ajudar a ressignif**ar a corrida para mim - sou grata.

Aos poucos e com muito suor, fui recuperando algum condicionamento físico e especialmente a motivação, me dando forças para voltar a praticar atividade física regularmente. Ainda não me identifico com treinos longos de musculação como antes, tenho preferido uma prática intercalada de aeróbico intenso com exercícios de resistência - que me salve.

É muito bom buscar uma entrega na portaria sem cansar, não ter medo de subir escada haha e não sofrer para passear com o cachorro. E especialmente, saber que estou fazendo um bem enorme para minha saúde mental! Queridas(os) pacientes, eu sei que "pego no pé" com a atividade física, mas oh - eu "cobro" mas faço, tá? 😆

Muitos estudantes já estão de férias ou em breve estarão. E, escuto de muitos acadêmicos(as) que neste final de ano irão descansar e retomar o fôlego para o próximo ano de estudos. Assim, compartilho uma dica de leitura para as férias visando auxiliá-los neste enorme caminho que é o aprendizado. Porém, essa dica serve para todos(as) que buscam estudar e evoluir em qualquer área de conhecimento, mesmo que seja um hobbie.

Será que nós sabemos aprender? Parece uma pergunta estranha, mas a verdade é que passamos grande parte da vida estudando sem entender como o processo de aprendizado funciona.
A sugestão de leitura “Aprender a aprender”, do autor Daniel Dal'laqua , pode ajudar a compreender esse processo e otimizar a forma como estudamos.
Desfazer o mito que estudar é só “sentar a bunda na cadeira” é um dos primeiros ensinamentos. É necessário ter disciplina e organização, mas como fazer isso? Como não se distrair em um mundo hiperconectado? Como vencer a dificuldade de memorização?
Essas questões são abordadas de uma forma didática tornando uma leitura leve mas não menos rica por isso. O autor explica sobre as diversas chaves que trabalham em equilíbrio para que o aprendizado ocorra.
E também fala sobre os avanços da neurociência, dos nossos processos cognitivos, hábitos, da influência do sono, da alimentação e do estresse, mostrando estratégias eficientes para melhorarmos o aprendizado, seja ele qual for.
Precisamos sair da crença sobre a necessidade de "ter um dom" para evoluir, pois isso traz limitações e desmotivação. Precisamos aprender a aprender!

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Muitas pessoas aproveitam o final de semana para sair da rotina, dormir mais tarde, não ter hora pra acordar nem comer, quase como um momento de libertação para as amarras dos dias úteis, né?

Mas será que o funcionamento biológico do nosso organismo consegue diferenciar final de semana de dias da semana?

Não =( o corpo f**a confuso e isso pode trazer consequências.

O jet lag costuma ser mais conhecido quando alguém viaja para um local com fuso horário diferente do qual está adaptado, causando um desalinhamento entre o ritmo biológico interno e o externo. Porém, quando este descompasso é gerado por mudanças frequentes no turno do trabalho, dormir muito mais tarde no final de semana/feriados e, consequentemente acordar mais tarde, ou dormir pouco, ou tentar compensar o sono perdido na semana, chamamos de jet lag social.

O jetlag social pode induzir uma perturbação no ritmo circadiano, sentido de forma diferente entre as pessoas, e algumas podem ser mais vulneráveis que outras. Estudos mostram sintomas como desatenção, piora do controle de impulsos, maior dificuldade na tomada de decisões e impacto no humor.

Pode ser uma tarefa difícil, mas tente observar como mudar a rotina em excesso, ou então não ter uma rotina, te afeta e considere ter uma melhor higiene de sono para obter uma melhor qualidade de vida!

Fonte: PMID: 33545116

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E David Dunning e Justin Kruger publicaram em 1999 um estudo bastante interessante sobre um fenômeno que observamos diariamente: a coexistência do excesso de confiança em um momento de baixo conhecimento.

Neste estudo, os pesquisadores realizaram te**es de lógica e gramática em voluntários e pediram que avaliassem seu provável desempenho antes do resultado. Aqueles que acreditaram ter um maior desempenho na verdade apresentaram mais erros, e quem apresentou, de fato, maior performance se julgaram na média. Estudos posteriores mostraram resultados semelhantes, e muito antes de tudo isso, Darwin já disse: "A ignorância gera confiança com muito mais frequência do que o conhecimento."

Porém, vamos tomar muito cuidado antes de sair julgando por aí. O efeito Dunning-Kruger não está falando de inteligência e não está chamando ninguém de b***o. Qualquer pessoa está suscetível a este efeito, e para não cairmos nele precisamos sempre lembrar de refletir sobre as nossas próprias habilidades e conhecimentos, pensar sobre as críticas construtivas recebidas e aceitar que o processo de aprendizado tende a ser intenso e árduo.

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Só quem tem TDAH sofre com a falta de atenção? Não! Esse é um dos grandes mitos que envolvem os outros transtornos mentais. Transtorno de Ansiedade, Transtorno Afetivo Bipolar, Transtorno do Sono, Síndrome de Burnout e depressão são exemplos de transtornos que também apresentam a desentação como parto do quadro de queixas dos pacientes.

A lista de diagnósticos diferenciais é realmente extensa e, para diferenciá-los é necessário uma extensa entrevista com o(a) paciente e também o auxílio de informações adicionais vinda de familiares pode ser bem-vinda se o(a) paciente concordar. Outro desafio na investigação e tratamento, é quando existem comorbidades, isto é, a presença de mais um transtorno e ainda com a sobreposição de hábitos de vida não-saudáveis.

Além disso, você pode estar se sentindo mais desatento que o normal e ainda assim não ter nenhum transtorno mental. Precisamos entender que a atenção e concentração são funções cerebrais bastante "refinadas" e assim, são sensíveis ao estresse, sedentarismo e deficiências nutricionais.

Por isso é tão importante procurar um(a) profissional capacitado(a) para te direcionar no diagnóstico e tratamento correto!

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Você costuma dormir muito tarde ou acordar muito tarde? Essa bagunça no relógio biológico e a dificuldade de seguir o ritmo circadiano podem contribuir com a qualidade da saúde mental.

Como assim, Lu?

O nosso organismo gosta de rotina - mesmo que algumas pessoas gostem, outras detestam e outras gostam mas sentem dificuldade em segui-la. Enfim. Temos um relógio biológico dentro de nós, isso pode ser legal ou chato, mas ele está aqui e precisamos cuidar dele para o bem da saúde mental.

Ao longo do dia, o organismo funciona de forma diferente. A produção de hormônios tem variação, o metabolismo, a expressão de genes e até a digestão e absorção de nutrientes é diferente durante o dia e a noite. E isso traz impactos na saúde física e na saúde mental, embora essa separação seja mais didática: o corpo impacta a mente e vice-versa.

Sabemos que existem pessoas que preferem a noite, mas o dia é mais produtivo para nosso corpo, e devemos dar atenção aos nossos relógios biológicos.

Sei que isso vai na contra-mão dos hábitos modernos e de algumas profissões, o que torna esse tema ainda mais relevante e desafior. O uso excessivos eletrônicos, muita exposição à luz artificial e pouca exposição à luz do dia interfere na produção de melatonina que é um grande marcador do ritmo circadiano. Outro desregulador frequente: a alimentação mais concentrada à noite, que também compromete o café da manhã - isso também influencia o relógio biológico.

Transtornos do humor (depressão ou bipolaridade), transtornos ansiosos, TDAH e outros transtornos podem ser agravados com a desregulação do ritmo circadiano.

Pode ser chato para algumas pessoas, mas é importante: acordar cedo, preferencialmente junto com a luz do dia, dormir cedo e diminuir os estímulos de luzes artificiais ao final do dia, são hábitos essenciais para regular o ritmo circadiano e melhorar nossa qualidade de vida.

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Os sintomas de quem tem TDAH ainda é incompreendido por muita gente e, nas relações mais próximas podem causar grande prejuízo. Dificuldade de manter atenção e consequentemente não perceber os sentimentos da outra pessoa, se distrair durante conversas, não lembrar datas ou acontecimentos importantes, tudo isso causa impactos diretos nos relacionamentos.

Além dessas características mais comuns que citei, as pessoas com TDAH também podem apresentar:
Irritação quando interrompidos;
Dificuldade de se atentar aos detalhes;
Vergonha ao compartilhar ou mostrar suas dificuldades;
Esforço intenso para controlar fortes emoções;
Dificuldade de lidar com reações negativas sobre os sintomas do TDAH;

Por esses e por outros motivos falo tanto do TDAH aqui, para que possamos entender cada vez mais essas pessoas e possamos quebrar cada vez mais barreiras, trazendo compreensão nas relações. E também, incentivar que pessoas com TDAH busquem tratamento para que possam estar mais presentes nas relações e assim obterem maior qualidade de vida. É uma via de mão dupla em que ambos na relação se dediquem ao cuidado dela.

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A queixa de dificuldade de concentração está muito frequente!!

O excesso de estímulos, as muitas telas ao longo do dia, a semana cheia de compromissos, o estresse, tudo isso pode contribuir para que o nível de concentração caia, interferindo diretamente na produtividade e tornando o ciclo de autocobrança - ansiedade - baixa autoestima interminável.

Além da investigação de transtornos mentais que podem prejudicar a concentração, as estratégias para melhorar a concentração são necessárias, independente de qualquer diagnóstico.

Assim, separei algumas dicas que podem ajudar no seu desempenho ao longo dos dias:
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✨Organização + Rotina: é importante manter um ambiente externo organizado, como casa e/ou local de trabalho. Isso também pode melhorar a organização interna e torna a pessoa mais atenta nas atividades diárias.
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✨Metas: criar metas REAIS, por ex: dividir uma meta grande em menores. Além de evitar frustrações, também te ajuda a progredir durante suas tarefas e desenvolver a habilidade de completar as atividades de maneira mais organizada e clara.
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✨Diminuição de estímulos externos ao redor: quantas vezes as distrações te tiram a concentração? É importante limitar essas distrações para evitar interrupções das tarefas. É importante para a concentração, a linha de raciocínio e para a memória.

✨Hábitos de vida: sim, atividade física e alimentação saudável também interferem na concentração! O status nutricional é um fator muito importante para o bom funcionamento da memória e da função cerebral.

Essas estratégias podem (e devem) ser aperfeiçoadas e personalizadas de acordo com cada pessoa e a forma como ela consegue pôr em prática. Sem cobranças excessivas e sem comparações, hein!

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Nosso corpo é totalmente interligado e a libido não está fora de toda essa conexão, muito pelo contrário, a vida sexual pode ser impactada por diversos fatores internos e externos, um deles é a saúde mental - que também é ampla e inclui autoaceitação, autoestima e autocuidado.

A saúde sexual considera essencial o respeito à sexualidade e às relações se***is, bem como a possibilidade de se ter experiências se***is prazerosas e seguras, livre de coerção, discriminação e violência. A satisfação sexual é um aspecto importante para a qualidade de vida.

Estresse, preocupações, baixa autoestima e hábitos não saudáveis de vida, entre muitas outras causas, podem ser capazes de influenciar o desejo sexual.

Boa parte de nós está em busca de bem-estar, de uma vida mais saudável, de estarmos bem com nós mesmos. Quando encontramos esse lugar ou tentamos permanecer nele a maior parte do tempo, também vemos a vida com mais leveza, entendemos nossos limites, respeitamos esses limites, deixamos relacionamentos tóxicos de lado, ou seja, equilibramos nossa saúde mental!

É natural que nesse momento nosso desejo sexual fique presente, porque ele é resultado de condições físicas e emocionais adequadas.

A conexão de todas as partes do nosso corpo não é à toa. Precisamos estar bem para querer estar com alguém!

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Celebrar o Dia do(a) Médico(a) me deixa nostálgica e feliz. Relembrar o caminho trilhado até aqui…10 anos de medicina e de psiquiatria, todos os desafios e as conquistas, as pessoas incríveis que conheci, o aprendizado que tenho ao atender uma pessoa que compartilha comigo suas emoções e pensamentos, me fazem ter certeza que escolhi a profissão certa. Mas sem idealizações, toda profissão tem seus desafios e na medicina não é nada diferente: barreiras da ciência, da política, do preconceito… e assim, na saúde mental do(a) médico(a).

A responsabilidade é enorme, e precisamos sempre lembrar dela para nunca minimizarmos o quão importante é nosso trabalho e como ele pode fazer diferença na vida do outro. E, toda a importante consciência da responsabilidade também é terreno fértil para ansiedade. Assim, também precisamos lembrar de nos cuidarmos para manter nossa saúde física e emocional perante obstáculos. E então, poder vibrar com as conquistas dos(as) paciente e manter viva a motivação com a vida e com a profissão

Parabéns a todos(as) colegas de profissão.

Feliz dia para nós!

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Receber o diagnóstico de câncer de mama ou ter alguma familiar/amiga que acaba de receber essa notícia com certeza não é um momento fácil. O diagnóstico é o começo de uma jornada que envolve um tratamento com possíveis modif**ações físicas e reações emocionais.

Como f**a a saúde mental no meio disso tudo?

Pensar nas mudanças físicas que podem acontecer, nos impactos que a vida cotidiana de trabalho, casa, amigos, filhos, relacionamentos afetivos podem sofrer, tudo isso pode abalar a saúde mental da mulher e o apoio profissional e de pessoas de sua confiança é essencial!

Nesse momento, além de tratar o câncer com ajuda médica especializada, é importante ter suporte psicológico e psiquiátrico para as questões emocionais, pois sabemos que elas têm grande impacto no tratamento como um todo.

Sentimentos como ansiedade, medo, preocupação, tristeza e até depressão são compreensíveis e também merecem atenção! Por mais que digamos que é possível ressignif**ar o corpo e a aparência, é impossível exigirmos delas uma passividade perante tantas mudanças, e nesse processo de enfrentamento, um cuidado especializado tende a ser fundamental.

Por isso, nesse Outubro Rosa, quero chamar sua atenção para a importância dos exames de rotina, do autoexame, dos cuidados com a saúde física, mas também com a saúde mental!

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A Teoria do Apego estuda o vínculo formado entre bebês com as mães/pais/cuidadores. Essa teoria explica muito sobre nossas relações interpessoais quando adultos e a influência que nossa infância tem nelas.

Segundo John Bowlby, nos aproximamos das pessoas de maneira instintiva para criar vínculos que possibilitem a nossa sobrevivência, o que torna o apego inato no ser humano!

As experiências com o cuidador primário podem moldar o comportamento, as crenças e os pensamentos futuros, ou seja, tem um grande potencial para influenciar os relacionamentos na vida adulta, principalmente em situações de perigo/estresse, quando buscamos proteção e apoio de uma pessoa próxima.

A partir de John Bowlby, outras pesquisadoras, como Mary Ainsworth e Mary Main, contribuíram na descrição dos padrões de vínculos: seguro, evitativo, ambivalente e desorganizado.

Ambos autores defenderam a possibilidade de mudança no padrão de apego, ou seja, crianças com apego inseguro apresentam potencial para desenvolverem relacionamentos saudáveis! Assim, é importante saber identif**ar e assim buscar um tratamento adequado.

➡️➡️ confira no arrasta para o lado!

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Saúde mental precisa de atenção!
Estamos falando de um bilhão de pessoas que em 2019, de acordo com a OMS, viviam com algum transtorno mental, até hoje esse número deve ter aumentado. Um bilhão de pessoas que precisam de atenção, cuidado, respeito, tratamento adequado, suporte.

Os transtornos mentais ainda são vistos como tabus, frescura, entre tantos outros rótulos, que tornam a aceitação e o tratamento ainda mais difícil para os pacientes.

Hoje, no Dia Mundial da Saúde Mental, te convido a olhar seu amigo, companheiro de trabalho, familiar, com mais empatia e respeito!

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Penúltimo dia do Congresso Brasileiro de Psiquiatria!
É sempre muito bom participar, me conectar com profissionais de outras regiões, aprender novas coisas e melhorar meu atendimento com cada paciente que me procura.

Obrigada pelos dias aqui, Fortaleza. Vou sentir saudades!

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Será que a genética tem influência sobre os transtornos mentais? Estudos apontam que sim, os transtornos mentais têm sim predisposição genética. Porém, leia o post inteiro para não interpretar esta informação de maneira equivocada, ok? =)

Depressão, transtornos do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno bipolar (TAB) e esquizofrenia podem trazer consigo uma herança genética. Por exemplo: estudos apontam que a herdabilidade da esquizofrenia pode ser entre 60-85%, da bipolaridade entre 70-85% e da depressão aproximadamente 37%.

Mas isso quer dizer que, se tenho parentes com algum transtorno mental, eu também terei? Ou, será que meus filhos vão ter o mesmo sofrimento que eu?
Não! A herança genética não é determinante! Existe o que chamamos de epigenética - quando o ambiente influencia a expressão do gene: a interação gene-ambiente.

Os fatores ambientais, capazes de gerar esse efeito, que frequentemente são estudados em pesquisas são: nutrição, contaminantes ambientais, infecções, nível de cuidado ao longo da vida e a exposição ao estresse.

Os transtornos psiquiátricos são complexos e multifatoriais: não envolvem apenas um gene, são múltiplas variantes genéticas se relacionando com múltiplas variáveis do ambiente gerando diferentes formas de manifestação dos sintomas. Não podemos olhar a mente pela lógica da previsibilidade e com base em mecanismos de causa-efeito.

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Autismo e sucesso não combinam? Com certeza essa definição não se aplica na ficção, muito menos na vida real! Recentemente assisti um filme chamado "I used to be famous" que traz justamente essa temática. Não me refiro ao sucesso no sentido de fama, mesmo que ela possa existir, mas de ter espaço para compartilhar habilidades, poder desenvolvê-las e ter oportunidades, sem limitações de qualquer estigma.

O inglês Vince (Ed Skrein) ex boy band da mais famosa banda do mundo perde espaço na música com o passar dos anos. Ao conhecer Stevie (Leo Long), um jovem baterista do espectro autista que é extremamente talentoso e sonha em ir para a faculdade de música, surge uma bela amizade e a possibilidade de fazer sucesso novamente. Porém, ele também consegue ressignif**ar seu conceito de sucesso…só não falo mais para não dar spoiler!

O filme mostra um lado interessante do espectro autista que muitas vezes é encoberto em nossa sociedade, o lado do talento. F**a aqui minha indicação desse filme incrível, vale a pena assistir no final de semana, tá?

Depois me conta o que achou!

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Se você já se sentiu pressionado a estar online aqui nas redes sociais, ser digitalmente ativo, compartilhar momentos do seu trabalho e da sua vida, quero te dizer que: estamos no mesmo barco! 🥲

Eu também não me sinto muito à vontade para vir aqui em formato de vídeos, me incomodo quando não consigo cumprir meu planejamento de postagens no feed. Sei que boa parte dessa culpa é fruto de minha autocobrança, eu realmente me preocupo com a qualidade da informação e valorizo o acesso a ela. Mas também, acredito que a outra parte da culpa seja fruto da nossa sociedade que insiste em dizer que quem não é visto aqui, não é lembrado. Confesso que isso tem o potencial de me afetar.

Eu sei do papel das redes sociais em um negócio e de como é importante compartilhar conteúdo, mas priorizo atender e responder meus pacientes, momentos de estudo, minha saúde mental e os meus momentos de lazer. E isso acaba interferindo na frequência de postagens, mesmo com uma agência que f**a ativamente pedindo para eu escrever os textos e aprovar as imagens heheheh ☺️

Enfim, acho que esse post é um desabafo que talvez para me acolher eu quis compartilhar.

Está tudo bem não querer aparecer!
Está tudo bem ser mais discreto(a)!

Não são as redes sociais que vão medir o seu sucesso. Pense nisso e acalme seu coração!

A fibromialgia é uma condição complexa que ainda não é completamente compreendida, apesar de acometer muitas pessoas, especialmente mulheres. Ela traz consigo fortíssimas dores generalizadas no corpo, além de acarretar outros sintomas, como fadiga, insônia, ansiedade e depressão. Assim, prejudica muito a qualidade de vida.

Os tratamentos convencionais incluem o acompanhamento médico que poderá prescrever de forma individual medicamentos analgésicos, relaxantes musculares e/ou antidepressivos, além de sessões de fisioterapia e psicoterapia. E a atividade física também é parte fundamental do tratamento!

Porém, em alguns casos, o tratamento convencional pode não ser suficiente para aliviar as dores e tensões, e até a própria dor pode dificultar o início da atividade física. É nesse contexto, junto com o longo histórico da cannabis e evidências recentes sobre o possível efeito positivo da cannabis medicinal para dores crônicas, que seu uso também está em foco para o tratamento da fibromialgia.

Estudos têm indicado um alívio signif**ativo da dor, melhora do sono e redução dos sintomas ansiosos associados, promovendo melhora da qualidade de vida. Os dois principais compostos da cannabis com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias são o canabidiol (CBD) e o delta-9-tetra-hidrocanabinol (THC).

A avaliação especializada para iniciar o tratamento com cannabis medicinal é necessária, ela não é indicada para todos os casos, precisamos avaliar individualmente cada caso e verif**ar todos os tratamentos já utilizados. Vejo pessoas comprando produtos à base de cannabis que não tem controle de qualidade, que não sabem a dose que estão tomando e nem os compostos presentes, e também sem saber quais são as interações com outras medicações que usam. A segurança deve ser tão importante quanto a busca da efetividade! =)

Fonte: PMID: 33004171, PMID: 34567876

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