Garimpando

Poemas e prosas para todos e para o ninguém. Por Érico de Barros e amigos.

Timeline photos 24/05/2017

Sorteio! 🌵
Vocês pediram e resolvemos sortear os sete exemplares da coleção Guimarães Rosa para um sortudo. 😉

Para participar:

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O resultado sai dia 2/06, às 14hs. Boa sorte!

22/08/2016

Rejeição

Todos veem uma flor.
Todos veem um colibri.
Todos veem a beleza.
Eu devo ser o adubo.

(Sobre padrões de beleza e como eles atingem quem está do lado de fora)

02/08/2016

O Mal Amado

Sobre J.C.M. Neto

O amor comeu tudo.
E penso que ela o comeu!
Sinto o cheiro no hálito dela
Quando fala.

Érico de Barros

02/08/2016

Protelo

Me beija mulher!
Me beija!

Obs: treine ao espelho antes de recitar em publico ou em particular.

02/08/2016

E é, é?

O que ela tem que ninguém tem?
Toda a poesia minha,
Um mar no olho direito,
Uma laguna no esquerdo,
E uma alma tácita
De uma deusa morta
Reencarnada na boca. (?)

Por Érico de Barros

02/08/2016

Sanha

Se esta carta for retida pelos oficiais
Em tempo de censura,
Se ela ofende a quem por esta
Passo minha remanescente doçura,
Ou se não mais puder ser lida
Pelo português ter sido da Terra varrido,
Vós alguém,
Que antes a tenha lido
Vá, por mim, ao amor
E diga que eu o tenho vencido:
Garimpei felicidade no retrato na parede
Esquecido,
No espelho
Baço, seco, caído.
E limpo o presente triste
Que me deste
Na lama que sobrou
Do trabalho que à vida me despe.

Érico de Barros

02/08/2016

Lar

Nasci com os dedos na areia
E o calcanhar no mar.

Só sinto o navio se ele me acertar.

04/01/2016

À alguém que pode até se chamar Ophélia:

Desculpe-me. Não tinha o direito.
A verdade é que vivo dias medíocres e estreitos. E toma-me uma extrema vontade de não estar só. Embora seja a solidão uma espécie de mascote. Perdoe-me também se pareço melancólico. Me sinto milenar quando erro! E perdoe-me se peço perdão demais.
Vendo eu certa amabilidade em ti, agarrei-lhe, e louco desvairado, como é meu praxe, atirei fogo em qualquer tipo de botão que pudesse existir.
Antes que eu queime pela exaustão mais algo, me termino. Com mais desculpas pela cordialidade. Os outros que lêem isto me forçam à ela.
Talvez possa lhe oferecer uma flor de poema como último tributo!

De Érico de Barros à Especial.

25/12/2015

O NATAL EM QUE A POMBINHA SE FOI

Empombilho-me aos meus amores para escrever-lhes:

Quando fala-se ao Natal
Busca-se o novo.
O que não ocorre com o canto dos pássaros.

Busco à minha volta.

Esse aperto de um torno no peito
Não é natalino.
É corriqueiro

O amor entre os homens
Também pode-se pôr à mesa
Junto da broa e do café.

Essa continua e amável fé
Pode-se mostrar no raiar de cada dia.
Com uma pitada de alegria.

Esta euforia
Pode-se inserir na ciranda das crianças.
Num quintal com frescores de amor materno.

Este caderno
De poesia nem cito.
Faz parte do meu

Este grito
De agonia da solidão
Está sempre aqui.

Essa paixão de supetão
É cota minha
De cada dia.

Mas essa carne...
Essa carne macia,
Não se tem todo dia.

Eis o meu Natal.
Esqueço que amo.
E olho estas pessoas à mesa.

As quais eu nuca conhecerei.
E que nunca me conheceram.
E que nunca...

É...acho que nunca mesmo.
O jeito é esquecer.
O jeito é eu querer esquecer.

25/12/2015

A OUTRA PALAVRA DITA

Porque a chinela intacta, jogada fora por sua parceira rasgada.
Porque a manga madura, esquecida ao chão, pelas moscas podada.
Porque a gotícula d'água de chuva,
límpida, solta,
na poça putrefata.
Porque a flor vistosa, ao pó do pé
abandonada.
Porque a pomba, desmerecida
em meio às maritacas.
Porque o cão entre as crianças
assustadas.
Porque o menino entre os grandes,
perante as moças desenlutadas.
Porque a brisa em meio ao vento
do frio feio das madrugadas.
Por que as mãos dos cafeicultores,
de marcas aprofundadas.
Porque perante todos as minhas palavras.
Porque os porquês.
Porque eu.

Isso tudo eu escrevo, talvez por isso, talves
por aquilo. Talvez porque isso, talvez porque aquilo. Talvez porque os porquês. Talvez porque eu.

Por quê?
Porque eu!

25/12/2015

AFILHAGEM

Não procure versos apaixonados,
Revirados de loucura,
Adocicados de êxtase,
Com gosto de licor de amarula na minha poesia.

Não há nestes dias adolescentes
euforia suficiente para tais tipos
de versaria.
Embora seja esta a idade da loucura,
eu pareço não ser isso que chamam de jovem.

São os meus versos apenas um discurso de ditadura.
Um mamão que caiu do pé numa pedra.
Um pássaro atropelado.
Um peixe afogado.

São os meus versos palhaçaria.
São os meus versos eles:
Comedores de palha. Não cavalos!
Porcos.
Porcos comedores de palha.

São os meus versos Eu.

Por Érico de Barros.

09/12/2015

01/12

Stou cansado
Não sei do quê.
Os dias já não
Se podem traduzir.
Gasto minhas últimas
Palavras com a esperança
De que me libertem.
Não sei esses seus olhos
Secos
Surdos
Surdinos.
Cheios de s.
Capitu já morreu.
E a casa réplica
Caiu.
Me sustento em
Um ramo floral
De uma orquídea
Brasileira
Que não sei o nome.
A jabuticabeira cinquentona
Dos vizinhos me
Parece que nunca produziu.
Sinto como se nunca tivesse visto
O chão forrado de flores
De acerola
Do quintal de meus avós.
Parece que nunca ri.
Mesmo tendo dado tantas
Gargalhadas.
Preciso de um dezembro.
O dia se apresenta
A mim
Em suas cores reais.
Não parcas,
Nem brilhantes,
Apenas reais.
Não consigo mais reescrever a vida.
Vivo-a,
O que fundamenta-me,
Mas nada dela compartilho.
Até a caneta que uso
Neste instante,
Eternizado pelo seu citar,
Me parece pesada demais.
Os versos que leio
São clínicos.
Os que escrevo
Padecem de bula de aspirina.
Stou como a bromélia que já floriu.
E como ela, produzo.
Uma produção que não será
Tão bonita.
Graças ao meu corpo,
Que aqui nas ondas da mata,
Amarelará e
Secará.
Assim tem sido meus dias.
Mas amanhã,
Antes de tudo voltar a isso
Pela tarde,

Eu te abraço.

Por Érico de Barros

03/12/2015

Devido às muitas ocupações de final de ano dos membros da página nossas postagens tem diminuído. Mas em breve voltaremos com todas as cores para enfeitar amores! Obrigado.

Timeline photos 31/10/2015

No pão de açúcar
De cada dia
Dai-nos Senhor
A poesia
De cada dia

OSWALD DE ANDRADE

29/10/2015

CICATRIZES

E lá estava ela.
Dançante.
Cantante.

E tinha um brilho fosco
Só visível à alma.

E ela a mirava
De maneira que quem percebeu
Teve medo de que aquela rosa secasse,
Tal a cobiça de seu olhar.

E queria lhe beijar.

Na nuca,
Não no colo.

Na barriga,
Não nos seios.

Nos calcanhares,
Não na canela.

No joelho,
Não nas coxas.

No ventre,
Não no s**o.

Nos olhos,
Não na boca.

Na alma,
Não no corpo.

Pois queria beijar onde ninguém mais o fizesse.
Para que as rugas que ainda iriam lhe nascer
Tivessem marcas de amor.

E a via o chamando.
Dizendo: beije qualquer coisa,
Menos minha mão.

Mas era tudo ilusão.
Tudo o que ela dizia era: prende este
Seu ma***to coração!

E sentia
Ódio
Inveja
Luxuriante
Gulosa
Avarenta
Preguiçosa
Vaidosa

Ah! Ele era um santo!

por Érico de Barros

29/10/2015

NÃO ACREDITO EM MIM MESMO

Sim. Sou crente desta fé.

Sim. Eu acredito no amor.

E digo mais:
Acredito no amor!

E digo ainda mais:
Eu acredito neste amor!

E repito:
Eu acredito nesta m***a de amor!

Ah! Mas que droga!
Eu ainda acredito no amor!

por Érico de Barros

29/10/2015

POESIA

São as palavras
Que deixam a gente
Sem palavras!

Disse o mudo.

por Érico de Barros

29/10/2015

A Última Parede

Li, e entendi. Ou melhor, senti.
Senti que a Letra, como cria outrora, não é um ser criado por nós. Antes, esta já habitava o mundo desde os seus primórdios, porque anteriormente, vivia no coração da alma do Existe.
Descartando o homem como seu criador, lhe resta o papel patético, mas estranhamente honrado, de descobridor. Como todas as artes, a Letra foi garimpada, e não feita! Os primeiros símbolos que foram escritos em lares de pedra e barro, não foram acrescentados ali com tinta, mas libertados através dos rios feitos nestes receptáculos de magia.
Capte, sinta, veja meio sábio! Não és escritor, mas garimpeiro! Pare de ambicionar a criação, descubra!
Quanto aos seus métodos, estes devem ser encarados da seguinte forma: não pense em escrever a palavra certa, procure-a! Não pense em criar personagens, conheça-os! Não se creia feitor, artífice. Encare a realidade: tu és um ladrão apenas.
Nada na humanidade foi feito. Tudo apenas pego no cheio que acreditamos ser vazio.
Não ponha nada! Rasgue com o buril esta parede que nos separa do Tudo. Revele a luz que há no quarto do outro lado.

por Érico de Barros

21/10/2015

NA PRÁTICA

"Vamos ficar aqui deitados,
A tarde inteira.
E deixa tudo apagado quando anoitecer.
Deixa só o luar passar pela clarabóia
E pelo seu olhar a nossa glória."

Dito isto
Despiram-se.

Ainda mais.

Por Érico de Barros

21/10/2015

CAUSO DO IGNORANTE

Andando pela rua
Recitando um poema velho
De maneira insossa
E quase amarela,
Avistei eu um mendigo,
No meu outro lado,
Cantando um lindo samba.
Simples.
Um vendedor de cocada.
Dizia o samba.
E sinto espanto,
Em ver que em alguém
Com tanto motivo de pranto
Exalava tanta beleza.

Mas ninguém o ouviu.
Só eu.
Porque mendigos são ídolos.
Não de madeira,
Nem de barro ou pedra.
Mas de insignificância incolor.
E não falam, não cantam.
Não ouvem.
Não sorriso.

Só existem.
Assim como todos nós
Misericórdias cegas.

Por Érico de Barros

20/10/2015

CIRCENSES

Vi um malabarista brincando com fogo na rua.
Tive vontade de lhe fazer um poema
Sobre sua vida crua.
Essa vida de artistas
Tentando fazer sorrir os passantes sonambulistas.

Mas como todos os transeuntes
Eu tinha mais o que fazer.

Por Érico de Barros

20/10/2015

POEMA SINCERO

Ó pai celestial
Se quanto à existência
Somos na morte
A concretização do óbvio
Mister da vida,
Deixasse o prazer de ter como ultimo momento
Uma manifestação egocêntrica.

Rogo, que se lhe parecer justo,
Recolhas-me enquanto envolvido pó tudo que sempre sonhei
Mas que in vero não me pertence.
Que determine a assinatura desta epopéia
Estando eu num veleiro enredado pelos verdes mares do mundo criança.
Cheirando o cheiro salgado dos cabelos cacheados
Daquela que sinto amar.

Suplico criador da vida e senhor do senhor da morte,
Aceite este poema como petição para morrer olhando o mar, sentindo amar,
E pensando que soube rimar.

Por Érico de Barros

20/10/2015

FARISEU INJUSTIÇADO

Ali estava ele
Brincando de ser criança
Sem nem gente ser.

Um livro à sua frente
Coloria o parco dia
Ensolarado por um sol de lua.

Contava e organizava as miçangas enamoradas
Fazia de meio metro
Palácio.

Lá fora pergutaram-lhe:
Não tem o que fazer velho
Doente?

E ele preferia ser
Forte
A belo.

Em verdade fingia.
Pois todos, na alma, querem ser
Fazedores de boas rimas.

Por Érico de Barros

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