Rafael M Coelho
Escritor de Poesia, Prosa e Artigos
Homenagem aos 50 anos do 25 de abril.
50 anos, 50 versos inspirados ou da autoria plena dos poetas:
Ermelinda Duarte
Maria Teresa Horta
Natália Correia
Sophia de Melo Breyner
António de Almeida
António Gedeão
Eugénio de Andrade
Francisco Duarte
José Afonso
José Carlos Ary dos Santos
Manuel Alegre
Miguel Torga
Rafael M. Coelho
Sérgio Godinho
JÁ EXISTIA NO AR O RUMOR
Já existia no ar o rumor,
A esperança com o sol a raiar
Mal desapontara o dia em flor
Ao encontro da liberdade rumar,
Os militares vestidos a rigor
Traziam para a rua o seu sonhar.
Dizia o poeta: “é urgente o amor
É urgente haver um barco no mar”
E o grito do soldado o ecoou
Trazendo à rua o povo que apoiou.
Esta é a madrugada que eu esperava
Da noite e do silêncio a emergir
Uma gaivota voava, voava
No bico trazia uma pena a luzir.
Sem estrada nem tempo esvoaçava
De um rasto de paz a ressurgir
Aquela paz que o povo esperava
Na madrugada, a manhã a surgir,
Poisava na espingarda o cravo
Num gesto genuíno e bravo.
Asas de vento, coração de mar,
O poeta chorou abril a partir
Na substância do tempo habitar
Abril que já não é abril vir.
No sonho do tempo se queria amar
Apesar dos sem poder a zurzir
A gaivota trazia novas p’lo ar
Anunciando o novo que há de vir
O mundo vai pular, vai avançar
Sempre que de mãos dadas caminhar.
Eles não sabiam e nem sonhavam
Que o sonho era possível realizar
O seu destino nas mãos confiavam
Entregues à esperança de acalmar
A voz parada, sem pátria calavam.
Nunca mais soprou o vento linear
Nem rente ao oceano navegavam.
Em que rosa-dos-ventos caminhar?
Viemos com o peso do passado
A urgência da espera é o nosso fado.
Isto vai meus amigos isto vai
O que é preciso é ter sempre presente
Que o presente é um tempo que se vai
E o futuro é o tempo resistente
A palavra deu-nos abril, levai
Falai de todos, da raiz à semente
Quebrar as barricadas e lavai
Corpo, alma, coração e mente.
Quando um homem se põe a pensar
Dorme à noite ao relento no mar.
14/04/2024
Rafael M. Coelho
Rafael M. Coelho - Homenagem aos 50 anos do 25 de abril Data de publicação: 14/abr/2024 16:12
O Caminho do Salvador
O Menino que nasceu em Belém,
Depois de perseguido pelos poderosos,
Que de perderem o poder eram receosos,
Não compreenderam que a razão do bem
Era a única que o Menino trazia,
Para este mundo de alma vazia
Onde ap***s a soberba contava.
Foi esse Menino em graça crescendo
Dos seus pais e vida não reclamava,
A sua família com trabalho sustentava
E as lições para a vida foi aprendendo.
Apesar das dificuldades sentidas,
Numa família pobre conhecidas,
Foi cultivando práticas de humildade.
Por Deus, seu Pai foi enviado
Gozando de uma única santidade
Um privilégio para a humanidade
Que não soube ser aproveitado.
Iniciado na sua vida coletiva,
O Menino feito Homem prometia
Ajudar todos os necessitados.
Levar até eles o bem e a paz
Curar a alma, perdoar os pecados,
Sarar o leproso e o aleijado,
Ninguém sabia do Ele era capaz!
Admirado com a sua doutrina
O povo seguia-O com teimosia
Desde a Galiléia até Jerusalém.
Na Cidade Santa foi acometido
Pelos falsos defensores do bem:
Os fariseus e escribas não se coíbem
De o perseguirem sem sentido
Pois ap***s o conseguiam acusar
De espalhar o bem e todos amar,
Sem escolher a sua condição.
De tanto amar, invejas despertou:
Não compreendiam aquela razão
Que O levava a agir com o coração
E aquela bondade fingida provocou
Aos poderosos que temiam o poder
Mas Ele nada tinha a perder,
A Sua missão cumpria com devoção.
Transformado o Seu corpo divino
E sangue e partilhado em vinho e pão,
Instituiu a sagrada refeição
Naquele dia da paixão vespertino.
Mesmo sendo bom foi atraiçoado
Por amigo que se fazia afeiçoado,
Que por trinta moedas se vendeu.
Foi preso sem merecer tal tratamento
Até Pedro, perdido, não reconheceu
“Não O conheço” foi o que respondeu
Ao que se seguiu o seu grande tormento.
Padeceu às mãos do governador
Que não teve paixão do Salvador,
O mandou açoitar e crucificar.
No alto do monte dependurado
Entre os ladrões a reclamar
O Salvador ainda jurava amar
Todos os que O tinham insultado,
Enquanto Sua mãe a tudo assistia
Com o seu coração destroçado sentia
Que seu Filho tinha cumprido a missão.
No escuro sepulcro foi sepultado
Após ter padecido tremenda paixão
E descido da cruz da compaixão.
O templo em três dias foi restaurado
Enquanto os seus amigos assustados
Se escondiam dos judeus assoberbados.
Em boa hora lhes apareceu
Quando o desconfiado Tomé
Não se encontrava, desapareceu.
E após a prova feita se comprometeu
Que seu Senhor ressuscitara na fé.
Depois dos últimos ensinamentos,
O Senhor elevou-se no firmamento
Para sempre ficar connosco prometeu!
Rafael M. Coelho
2024/03/29
Recordando...
José Rafael Coelho | Masterclass | Antena 1 Tim dirige a Masterclass Antena 1/SPA. Ao longo do ano, analisará todo o material e definiu planos de trabalho com os autores, compositores das propostas rec...
Recordando...
https://www.facebook.com/watch/?v=334238397519026
"A única altura em que deves olhar o outro de cima para baixo, é para o ajudar a levantar."
Papa Francisco
❤️🤍
DO SONO AO SONHO
Da noite, o silêncio profundo
Quem invade os corações puros,
E os não puros que transcendem uma mente
De ebulição perturbada pela vivência de um dia pleno,
Onde o reino do vil metal opera imperioso
E onde as mentes já fracas sucumbem ao inevitável
Cansaço de vida, de trabalho farto, de vício inato!
O silêncio parodia os anjos,
Afasta os males de uma sociedade exigente,
Ofusca com a sua luz, apagadas da trevas,
Essas sim, obscuras, mas não negras,
Porque de negro também se escreve o mundo.
As cores todas surgem neste sonho,
Quando o sono aparece durante o silêncio do cosmos,
Todas são as cores do sonho aceso, do sonho livre,
Do sonho que o homem sonha antes da obra nascer.
Esse sono que atravessa o túnel de luz e fogo,
Onde a água não apaga a dor, nem o fogo, nem a luz.
A luz que renasce quando apagado o vil metal;
O fogo que do amor propaga a eterna esperança,
Do túnel de onde corre a água viva que alimenta a alma,
No sonho que passa da utopia à realidade,
Quando o homem acredita que é real o seu sonho,
Mesmo sonhado em sono de anjos,
Dentro de um túnel de luz,
Onde as cores não ofuscam a vida
E a água limpa a alma do ser que não ama o vil metal.
04/08/2023
Rafael M. Coelho
Zé Rafael Coelho
A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE:
AS BANDEIRAS!
Longe de Lisboa, acompanho pela televisão o verdadeiro tumulto em que se encontram várias cidades do País. De repente, este lugar envelhecido, de aldeias desertas e vilas despovoadas, de cidades presas nas suas rotinas monótonas, resmungão e dorido de tantas p***s, está a ser invadido por jovens vindos de todos os lugares do mundo. É bom vê-los a sorrir e a cantar. É bom vê-los transportando as bandeiras dos seus países que se misturam com bandeiras de outras terras. Nunca vi coisa igual. Ou estão desfraldadas lado a lado, solenes, em frente a instituições oficiais ou em paradas desportivas ou, então, em confronto nos estádios de futebol. Assim, irmanadas informalmente, cruzando-se entre cantares e alegria são imagens que me comovem. Quanto custa a alegria? Qual o preço da tristeza? São jovens, tantos jovens!, que os acolho com os olhos marejados de tão estrondosa manifestação de vida que, por momentos, desejo que Deus exista e obedeça a estes hinos pela Paz. Bem-vindos de todas as cores vestidos com bandeiras de todas as cores. Que a vossa alegria se cumpra, abraço a abraço, bandeira a bandeira, vida a vida.
A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE:
AS BANDEIRAS!
Longe de Lisboa, acompanho pela televisão o verdadeiro tumulto em que se encontram várias cidades do País. De repente, este lugar envelhecido, de aldeias desertas e vilas despovoadas, de cidades presas nas suas rotinas monótonas, resmungão e dorido de tantas p***s, está a ser invadido por jovens vindos de todos os lugares do mundo. É bom vê-los a sorrir e a cantar. É bom vê-los transportando as bandeiras dos seus países que se misturam com bandeiras de outras terras. Nunca vi coisa igual. Ou estão desfraldadas lado a lado, solenes, em frente a instituições oficiais ou em paradas desportivas ou, então, em confronto nos estádios de futebol. Assim, irmanadas informalmente, cruzando-se entre cantares e alegria são imagens que me comovem. Quanto custa a alegria? Qual o preço da tristeza? São jovens, tantos jovens!, que os acolho com os olhos marejados de tão estrondosa manifestação de vida que, por momentos, desejo que Deus exista e obedeça a estes hinos pela Paz. Bem-vindos de todas as cores vestidos com bandeiras de todas as cores. Que a vossa alegria se cumpra, abraço a abraço, bandeira a bandeira, vida a vida.
. Uma praia em 1970. 😎
Não há tatuados, cirurgias plásticas.
Não há camas na praia, guarda-sóis e óculos de sol.
Não há telefones. As pessoas conversam umas com as outras.
Não há nada, mas há tudo. ♥️
Já não é mau, para um principiante...
25 de abril de 2023
Desço a avenida de cravo na mão
À direita uma loja de luxo
À esquerda um pobre no chão.
Agitam-se as bandeiras no ar
De cores e mensagens fortes
Velhos sentados tiram sortes
Das cartas que vão baralhar.
Desço a avenida de cravo na mão
À direita um banco fechado
À esquerda o pobre encharcado.
A multidão continua a descer
Protestantes contra o nada
O povo de mão levantada
Não sabe bem o que dizer.
Desço a avenida de cravo na mão
A outra no bolso fechada
Com receio de ficar sem nada.
O povo segue a toque de caixa
Desritmado e desorganizado
Mas firme na fé do seu fado
Acelerada vai esta marcha.
Descendo de cravos na mão,
A multidão dispersa cansada
Por que está ali para nada…
Protestos para quê e contra quem?
Que protesto é hoje o nosso?
Escola, justiça, posso?
Já não se entende muito bem…
Já ficam os cravos murchos na mão
Quando olho com desconfiança
O oportunismo da liderança.
Rafael M Coelho
Interessante.
Na Idade Média, não havia escovas de dente, perfumes, desodorantes e muito menos papel higiênico. Excremento humano era jogado das janelas do palácio.
Num dia de festa, a cozinha do palácio podia preparar um banquete para 1500 pessoas, sem a mínima higiene.
Nos filmes de hoje, vemos pessoas daquela época se sacudindo ou se abanando.
A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam sob as saias (feitas de propósito para conter o cheiro das partes íntimas, já que não havia higiene). Também não era costume tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água corrente.
Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, dissipar o mau cheiro que o corpo e a boca exalavam, além de afugentar os insetos.
Quem esteve em Versalhes admirou os imensos e belos jardins que, naquela época, não eram ap***s contemplados, mas serviam de banheiro nas famosas baladas promovidas pela monarquia, por não haver banheiros.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos acontecia em junho (para eles, o início do verão). O motivo é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; então, em junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável. Porém, como alguns cheiros já começavam a incomodar, as noivas carregavam buquês de flores perto do corpo para disfarçar o fedor. Daí a explicação da origem do buquê de noiva.
Os banhos eram feitos em uma única banheira enorme cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho em água limpa. Então, sem trocar a água, os demais chegaram à casa, por ordem de idade, mulheres, também por idade e, por fim, filhos. Os bebês eram os últimos a se banhar.
As vigas de madeira, que sustentavam os telhados das casa, eram o melhor lugar para os animais, cachorros, gatos, ratos e besouros, se aquecerem. Quando chovia, as goteiras obrigavam os animais a pularem no chão.
Quem tinha dinheiro tinha chapas de lata. Certos tipos de alimentos oxidam o material, fazendo com que muitas pessoas morram de envenenamento. Os hábitos de higiene da época eram terríveis. Os tomates, por serem ácidos, foram considerados venenosos por muito tempo, as xícaras de lata eram usadas para beber cerveja ou uísque; essa combinação às vezes deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela mistura de bebida alcoólica com óxido de estanho).
Alguém andando na rua pensaria que ele estava morto, então eles recolhiam o corpo e se preparavam para o funeral. Em seguida, o corpo era colocado na mesa da cozinha por alguns dias e a família observava, comia, bebia e esperava para ver se o morto acordava ou não.
A Inglaterra é um país pequeno, onde nem sempre havia um lugar para enterrar todos os mortos. Os caixões foram então abertos, os ossos removidos, colocados em ossários e a tumba foi usada para outro cadáver. Às vezes, ao abrir os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas internas, indicando que o morto havia, de fato, sido enterrado vivo.
Assim, ao fechar o caixão, surgiu a ideia de amarrar uma alça do pulso do falecido, passando-a por um orifício feito no caixão e amarrando-a a uma campainha. Após o enterro, alguém foi deixado de plantão ao lado do túmulo por alguns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria soar a campainha. E seria "salvo pelo gongo", que é uma expressão popular que usamos até hoje.
Douglas Brizzante
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