Ashtanga House Faro

Dia 15 de Setembro vamos estar no Festival Atman , para uma conversa informal sobre o método de Ashtanga Yoga, assim como partilhar um pouca da nossa experiência enquanto praticantes e professores; seguida de uma pequena aula de demonstração da prática.

Junta-te a nós no jardim municipal de Loulé às 18h.

O evento é gratuito e aberto a toda a gente!

Até já 🌸

Todo o yoga assenta no valor pela não-violência, ahimsā, assim como todo o crescimento pessoal proposto por este sistema.

Somos educados (a grande maioria de nós) a aprisionar desde cedo a nossa espontaneidade, para que nos possamos encaixar num conjunto de normas e valores para os quais nada contribuímos na sua construção.

É certo que temos de nos adaptar uns aos outros se queremos viver numa sociedade equilibrada, mas em que ponto é que essa necessidade de encaixe passa a ser corrosiva ao nosso bem-estar?

Quando estendo o tapete, se o que eu quero realmente é encontrar essa liberdade interior há muito perdida, a única direção que posso tomar é a de começar a afastar-me do que me foi imposto sem o meu consentimento.

Quando faço algo tão simples como esticar o corpo e respirar fundo, estou a dar lentamente permissão ao corpo para ser exatamente da maneira que ele é. Com todas as suas características.
Esta permissão, com o tempo, vai-se alastrando para para todas as outras dimensões que nos compõem, e aos poucos vamo-nos libertando de correntes que nunca imaginámos ter.
O caminho do yoga é o caminho para um coração livre.

Todo este processo nasce de uma proposta de acabar com a violência que nos foi imposta e ensinada a ter connosco mesmos.

Quando entendemos que é possível ter uma vida autêntica de coração livre, não ferir quem está à nossa volta passa a ser uma consequência natural.




A forma mais genuína de não ser violento com o mundo á nossa volta é uma expressão natural da relação de bondade que nutrimos para connosco.

Existem várias razões para se começar a praticar yoga. Podemos começar a praticar como uma terapia para alguma lesão que possamos ter; pode-nos ter sido recomendado como uma forma de aliviar alguma pressão emocional que possamos sentir; podemos simplesmente querer treinar a nossa condição física; aprender a respirar melhor; ou podemos também começar a praticar por mera curiosidade em relação ao misticismo e espiritualidade indianos que tanto ouvimos falar e acerca dos quais tão pouco sabemos.

Não existe uma razão melhor que outra para estender o tapete. Seja qual for a razão que nos leve a praticar yoga, é muito provável que dentro de pouco tempo sintamos não só que o motivo pelo qual começámos a prática está a ser satisfeito, como também um bem-estar geral com a vida e com os outros vai crescendo dentro de nós.

Lê o resto do texto no blog do nosso site! ✨

As aulas no Ashtanga House Faro recomeçam hoje! 🔥

AULAS MYSORE

Manhãs - Segunda, Quarta e Sexta às 7h
Tardes - De Segunda a Quinta às 18h30

AULA GUIADA

Sexta às 18h45

Esperamos ver-te em breve!
Até já! ❤️

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Classes at Ashtanga House Faro start again today! 🔥

MYSORE CLASS

Mornings - Monday, Wednesday and Friday at 7am
Afternoons - Monday to Thursday at 6:30 pm

LED CLASS

Friday at 6:45 pm

Hope to see you very soon! ❤️

Having the capability to love and smile even when everything is upside down is indeed a super power worth spending time learning.⚡️

That’s what we do (or try to) in our yoga practice. Through breath, bandhas and focus we learn how to get through obstacles and discomfort without loosing our stability. Like a green bamboo that bends when is needed but always returns to its original shape.

When I started my journey through Ashtanga Yoga I aways felt that the practice created a pillow between ourselves and the world. And as consequence of that pillow space is created so we can finally act in a free way. It reduced signif**antly the noise and pressure from outside.

Nine years later it is still the same. It simply does not fade. The practice changes overtime, our life changes, everything changes but that sense of space where inner freedom starts to blossom stays. That’s the nectar of the practice. Yoga creates freedom from the world. (or simply remembers us that we were never really attached to it).

In our shala, much more of being “teachers” we are space holders. All we can do is to hold a space and give some guidelines so people can start to explore their freedom, but the work is done individually and in a solitary way. “Teachers” can’t teach freedom, just point the way. Our role is just to hold your hand and not let you fall until you learn how to fly alone. 🌻

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It is with great excitement that we announce Harmony Slater‘s presence at Ashtanga House Faro for a four-day Ashtanga Yoga intensive.

Harmony Slater is a certified Ashtanga Yoga teacher and certified spiritual wellness coach. She traveled to East Asia in 2002 to study Buddhism, after completing two degrees in Philosophy and Eastern Religion. In 2004, she began a lifelong love affair with India, spending the next fifteen years living there for long periods immersed in the practice of yoga and philosophy. She co-founded two yoga schools in Canada.
Find more about Harmony in our website!

All levels are welcome.

Thursday, October 17th
7am – Mysore
8:30am – Mysore
11am-12:30pm – Beyond Āsana: Chanting, Pranayama and Meditation
2:30pm – Workshop 1: Start where you are: Visions, Values and Purpose: Learning to let go and have presence in what is. Integrating Eastern Philosophies with Western Psychology.

Friday, October 18th
7am – Mysore
8:30am – Mysore
11:00am-12:30pm – Beyond Āsana: Chanting, Pranayama and Meditation
2:30pm – Workshop 2: Enneagram and Yoga: A look at our unconscious patterns. Using the Enneagram to understand ourselves, our students, and how it relates to yoga practice; how we can use this new awareness to change the practice so that it is more in tune with what you need.

Saturday, October 19th
7am – Mysore
8:30am – Mysore
11am-12:30pm – Beyond Āsana: Chanting, Pranayama and Meditation
14:30pm – Workshop 3: Yoga: The union of opposites: a class on the metaphorical language used in India to describe a very real awakening process within our body-mind. Learn how the union of opposites provides the experience of Yoga, at all levels of consciousness: physical, emotional, mental and energetic.

Sunday, October 20th
7am – Mysore
8:30am – Mysore
11am-12:30pm – Beyond Āsana: Chanting, Pranayama and Meditation
2:30pm – Workshop 4: A holistic approach to Ashtanga Yoga practice: how to modify asana practice during times of transition, stress or injury to help nourish and care for our emotional and psychological health. Learn how to incorporate yoga exercises into your other daily routine.

Visit our website for more information!

Memories from two wonderful weeks practicing at beautiful with and ❤️

By the amazing eye of 🌸

At the end of the day the equation is simple. Do more of what makes you and those around you happy.

Some times it takes some hard work and other times it is surprisingly easy. No matter what, stick with it.

Is there really anything more urgent to do?

Photo by

Há dias em que a prática é uma dança e há outros em que é uma luta.

Nas duas situações fazemos um esforço para respirar e ir um passo mais longe.

O passo não vai ser do mesmo tamanho e muitas vezes vai parecer um passo para trás.

Mas a certeza de que tentámos permanece e é nessa certeza que a nossa força se constrói.

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Já estamos abertos! ✨

No Ashtanga Yoga aprendemos desde a primeira aula a construir a nossa prática pessoal, baseada numa estrutura de posturas pré-definida apresentada por este método.

Esta estrutura permite que tenhamos um guia de prática, que saibamos para onde nos dirigir e qual o caminho a percorrer, sendo ao mesmo tempo flexível e adaptável às necessidades, limitações e objetivos de cada praticante.

Assim que tenhamos uma prática pessoal interiorizada, por mais curta que seja, é uma ferramenta que passa a ser nossa e que está sempre disponível quando quisermos ou precisarmos.

Manhã - segunda, quarta e sexta - 7h

Tarde - todos os dias - 18h30

Até já! 🌸🔥

É com muita alegria que voltamos a receber Petri Räisänen no Ashtanga House Faro para mais um intensivo! ⚡️

O Petri é um professor internacional de Ashtanga Yoga, conhecido pela sua abordagem suave, terapêutica e inclusiva em relação à prática.

Pratica desde 1989 e ensina desde 1991.

A sua vasta experiência enquanto praticante e professor de yoga, é complementada nas suas aulas com os seus conhecimentos de terapia energética finlandesa, que usa para enriquecer e amplif**ar o aspecto terapêutico que a prática tem para nos oferecer.

O intensivo vai ter como tema principal aprendermos ou reaprendermos a usar a prática a nosso favor, adaptando-a às nossas necessidades e objetivos.

O intensivo é aberto a todos os níveis de praticantes.

PROGRAMA

SEXTA-FEIRA 2
17h30- 19h - Aula Guiada (Turno 1)

19h30 - 21h - Aula Guiada (Turno 2)

SÁBADO 3
7h - Mysore (Turno 1)
9h - Mysore (Turno 2)

14h - 16h - Discussão sobre adaptabilidade na prática de acordo com os objetivos e necessidades de cada praticante.

16h30 - 17h30 - Técnicas simples de Prāṇāyāma.

DOMINGO 4
7h - Mysore (Turno 1)
9h - Mysore (Turno 2)

14h - 16h - Como aplicar o que foi discutido no dia anterior no āsana e nos ajustes.

16h30 - 17h30 - Técnicas simples de prāṇāyāma.

Até já! 🔥

quality in practice means quality of attention.

strength and flexibility come and go all the time.
a focused mind is what remains at the end of the day.

train to sharp your mind in order to sharp your life.

practice.
practice.
practice. ⚡️

and what seemed impossible.. just happened 😅💪

in vedic tradition, it’s time for navarātri, or the nine nights of the goddess.
in these nine nights (this year from 15 to 24 october) we celebrate the divine in its feminine manifestation.

the first three nights are dedicated to mā durga, the goddess in her warrior and demon hunter form. durga means “the inaccessible” or “the invincible”.

the next three nights are dedicated to mā lakṣmī, the goddess form of abundance and prosperity.

and the three final nights are dedicated to mā sarasvatī, the goddess manifested as art and knowledge.

it is said that when a human being walks this threefold path, gaining first the courage of durga, then the abundance of lakṣmī, culminating in sarasvatī knowledge, it wins everything there is to win in life.

that victory in life is celebrated on the tenth day of navarātri, called vijayadaśamī.

may we all have the courage, the abundance and the knowledge to thrive in our lives and to help those around us to do so too 🔱

ॐ दुं दुर्गायै नमः

one breath ⚡️

o yoga tem tanto o potencial para nos elevar como para nos destruir.

esta ideia raramente é apresentada no main stream e, quando falada, é um assunto tabu que compromete uma série de fantasias que foram criadas no ocidente acerca do que o yoga é.

embora na Índia também aconteça, é principalmente em terras onde só uma pequenina parte do yoga é apresentada como yoga, que a prática pode deitar uma pessoa ainda mais abaixo do que estava quando decidiu começar a praticar para se sentir melhor.

uma vez li uma frase que dizia que a prática era como um terreno fértil que fazia crescer o que quer que lá se plantasse, sendo por si só uma ferramenta neutra. se planto crescimento emocional, compaixão, gentileza, aceitação, mais cedo ou mais tarde vou começa sentir os seus frutos na minha vida.

por outro lado, se planto rigidez, competição, vaidade e auto-agressão, posso ter a certeza que mais cedo ou mais tarde vou bater no fundo.

em muitos casos este último cenário é necessário ao crescimento e à compreensão de que o caminho certo é por outro lado. no entanto, pode ser evitado.

e podia ser ainda mais evitado se a forma como o yoga nos é vendido e apresentado não estimulasse ainda mais essa mentalidade.

outra frase que me ficou na memória foi que a única coisa que importa quando pratico é a forma como me sinto, mesmo que nem me consiga dobrar dois milímetros.

a cada postura temos a opção de escolher que caminho queremos tomar.

podemos escolher observar e respeitar o nosso corpo físico e emocional e ir somente até onde faz sentido ir, ou podemos transgredir os nossos limites e ir além do que nos faz bem.

qualquer que seja o diálogo interno que escolhamos ter durante a prática estamos a treinar, mesmo que não tenhamos noção disso, para o ter também fora do tapete.

porque nos esquecemos com a vida o que nos faz bem, disciplina é necessária no processo.

disciplina não no sentido de me obrigar a fazer uma maratona de acrobacias todos dias,

mas sim no sentido de tirar todos os dias um tempo para fazer as pazes comigo mesmo.

self love discipline.

self love requires practice. in this world of ups and downs, we need a steady daily practice to manage them. it is indeed easy to feel good when things go as we wish but, if we talk honestly, most of the times, that’s not what happens.

ashtanga yoga is challenging because it wants to show us that is possible to feel good when things are not by our side.
as i said before, it is a mind practice.

there will be always some posture that triggers our undesired mind patterns, that will make us feel frustrated and beaten down. it has six series of postures to guarantee that there will be always something that we could not do.
exposing myself daily to these challenges, getting out of my comfort zone, will make me learn how to manage all this stuff, how to manage frustration, how to manage sadness and rage.

if i learn how to still love myself and carry on when everything i do appears to fail, there will not be many things in the world that will have the power to take me out of my center.

good day.
bad day.
take practice.

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Lembramos que na próxima terça-feira, dia 1 de Agosto, é dia de lua cheia. Dia de descanso da prática de āsana.

O Yoga, sendo uma disciplina inserida num corpo gigante de conhecimento a que se dá o nome de tradição védica, influencia e é naturalmente influenciado por outras disciplinas também pertencentes a esta cultura, que funcionam como um todo rumo a um objeto comum, o auto-conhecimento.

Quando começamos a praticar o método Ashtanga Yoga de forma tradicional, rapidamente somos convidados a observar as diferentes fases da lua e de que forma somos afetados por elas, pois os dois picos lunares são considerados dias de descanso e reflexão.

Esta consciência dos céus chega até nós através de outra disciplina chamada Jyotisha, vulgarmente conhecida como astrologia védica.

Com a lua cheia a aproximar-se, f**a tudo mais intenso. É uma altura propícia a exposição e concretização daquilo que foi plantado na lua nova.

Por outro lado, as nossa emoções também f**am mais intensas e imprevisíveis, pelo que também é aconselhado parar e observar, para que possamos tomar as melhores decisões sem agir impulsivamente.

Observamos o que chegou até nós, o que frutificou e o que não, com uma atitude de aprendizagem que nos permitirá tomar cada vez decisões mais acertadas.

Preparamo-nos também para abrandar com a lua minguante e discernir entre aquilo que queremos manter na nossa vida e o que queremos deixar ir.

Bom descanso e boas reflexões 🌕

Yoga family ❤️

Lembramos que amanhã, dia 17 de Julho, é dia de lua nova e portanto dia de descanso da prática de āsana.

Voltamos terça-feira às 18h30🔥

Até já e bom descanso! 🌸

Yoga teaches us the power of commitment.

Indeed, I believe that’s the key teaching that allows our minds to be strengthened and purified.

Of course that yoga works at many different levels. It makes our body fit and boosts out health and energy but, ultimately, yoga is a mind practice.

It shows us that it’s possible to tame our minds to be on our side in the direction of growth instead of being always after its whims and fantasies that most of the time do not take us anywhere.

That tame is done with commitment.

Yoga is a commitment practice.

It’s a safe place where I can train myself to commit with something and stick with it until I want to.

That’s what yoga can do for our lives.
It can show us that it’s possible to train ourselves to stick with what we want in life in order to create the life we want.

Lembramos que amanhã, dia 3 de Julho, é dia de lua cheia 🌕 dia de descanso da prática de āsana na tradição do Ashtanga Yoga.

Esta lua cheia de Julho é muito importante na tradição védica, também conhecida como guru pūrnima, ou lua cheia dedicada ao guru.

É um dia onde se reverenciam os mestres que abençoaram e abençoam o nosso percurso com o seu conhecimento, tornando assim possível que tenhamos chegado onde chegámos e que continuemos e crescer e evoluir.

As aulas retomam terça-feira às 18h30🔥

Ate já.

Ashtanga yoga is not easy.
It can be done in a calmer, gentler way but it is still not a easy practice to carry on.

It is like that because transformation is not easy. It is really hard to change unhealthy mind patterns and to build strong healthy ones.
Happiness requires hard work.

All these faces and bodys belong to strong yoginis from the shala who show up regulary to sweat their sh*t out in order to grow healthier, stronger and happier. 🔥

Consistency is key.

From what I’ve been seen over time meeting yogis from every part of the world, the number one struggle regarding to their practice is consistency, me included.

It is easy when we have a shala to practice and a community to share it with like-minded people. If we have it, we must have to take that opportunity to root our practice deeper in us, so we can struggle less when we have to practice by our own, alone in an empty room, because, if one really wants to incorporate practice in life, sooner or later this is what will happen.

However, this struggle to practice alone is what really can shape ourselves stronger and wiser, if we give a chance to practice to work and not quit immediately.

For this to happen, I believe that the most important attitude is thinking and reflecting about it. As my dear Vedanta teacher swamini Tattvamayanandaji says: Dharma is to be understood, not forced.
So is discipline.

In order to keep going with anything in life we must ask deeply why am I doing that thing and what will I attain by doing that. Or, maybe even a more effective question is what will I lose by not doing that.

We head naturally for what is better for us, wether is material, emotionally or spiritually so, if one does anything that is not that healthy nor constructive to his life, the only reason is lack of clarity in thought.

If the problem is in the mind, the solution is in the mind.

Practice is the ship we use to safely navigate its tumultuous nature without taking the risk of drowning in its never end labyrinths.

We practice to train our mind to be in the present moment.

Every day is a different day, every practice is a different practice, every breath is a different breath.
Being aware of this mutability is the key to connect deeper with life.

Every time we roll out our mats we must make an effort of sharpening our awareness. How am I feeling today? How is my mind? How is my body? According to that, how should I practice today? Should I practice full power? Should I slow it down? Should I skip (😱) any posture?

All yoga traditions point to one direction: to stop living mechanically. We work our awareness in practice to be aware in life.
As swami Dayanandaji used to say: living an alert life is(practice).

Although it sounds logic and easy, it’s its opposite. It is very hard to live like that and we are going to fail lots of times. That’s natural and part of the process.
Everytime we make a bad decision we learn from it: what should I have done instead? How can I act better next time?

By training our mind to do this inquiry at any moment, slowly we start to align our acts with our heart.

That’s why yoga is tough work. Because it’s hard and it’s forever.

But is the only way to live the life you want.

“Desisti de entender porque é que estes humanos andam sempre de cabeça para baixo” 😅

Praticamos para nos libertar.

Libertar do quê? Que conceito é este de liberdade em que submetermo-nos a uma disciplina é a única forma de a atingir? Que conceito contraditório é este afinal de contas, em que para ser livre não posso fazer tudo o que me dá na gana?

No ocidente temos uma ideia muito superficial de liberdade. Se nos perguntam o que é ser livre, a resposta mais imediata é: fazer o que me apetece quando me apetece.

Por outras palavras, hedonismo. Buscar o máximo de prazer que conseguir sem ter de dar explicações a ninguém.

Porém, se analisarmos este comportamento através do pensamento indiano, concluímos que, ao invés da liberdade que este possa transparecer, é na verdade exatamente o seu oposto.

Quando faço simplesmente o que me apetece, estou completamente à mercê do condicionamento da minha mente a fazer o que ela gosta e a não fazer o que não gosta. Ora, condicionamento este feito pela vida e para o qual contribuímos muito pouco.
Por outras palavras, somos escravos dos nossos desejos.

O conceito indiano (e não só) de liberdade vai um passo mais fundo do que estamos habituados e tem a ver com nos libertarmos dessas amarras que são os nossos gostos e aversões, e passarmos assim a agir de acordo com o nosso intelecto. Com o que realmente queremos no fundo do nosso coração e que está a ser boicotado pela busca superficial do que é mais fácil e prazeroso.

Se ao analisar profundamente a minha vida, chegar à conclusão que quero parar com este ciclo de auto boicote e que, para isso, quero incorporar uma prática que me ajude nesse processo, então só me resta comprometer com essa prática e deixar a menta vacilante de lado.

A cada dia que estendo o tapete (porque quero fazê-lo) sem me deixar levar por pensamentos fantasiosos acerca de tudo e de todos, estou a exercer a minha liberdade de escolha. Só quando deliberadamente escolho fazer algo porque sei que é o melhor a fazer naquele momento é que posso dizer que estou a escolher livremente.
De outra forma, estou a viver condicionado, preso pelos desejos momentâneos que me fazem agir mecanicamente.

Liberdade é ter a capacidade de dizer sim ou não a qualquer situação.