Paulá Macél l Psicoterapeuta
Psicoterapeuta
Psicoterapia l Constelações Familiares I Mindfulness I Florais I CNV I Ginecologia
Facilito processos de autoconhecimento oferecendo suporte, acolhimento e escuta, a partir de um percurso que brota da investigação atenta de cada história familiar. Acredito na saúde mental como um direito e um caminho nobre que nos leva à liberdade, parte da minha missão é facilitar esse caminho para que lutemos por este direito, cuidando primeiro de nós mesmos. Que haja coragem para acolher as d
A psicoterapia foi para mim uma das primeiras ferramentas de perecimento, junto com o teatro.
E foi depois de viver um trauma profundo na minha adolescência que eu descobri a psicoterapia. Minha primeira psicóloga não tinha ferramentas para cuidar de mim, e me lembro como se fosse hoje.
Depois eu encontrei a Claudia, que é minha psicóloga, foi minha supervisora e minha grande parceira de construções, transições e de vida. Quem me ama já ouviu falar dela.
Eu tenho me despedido da psicoterapia como profissão, nesse momento. Tem sido muito emocionante. Costumo dizer que foi a terapia e a arte que me salvaram.
Como é bom poder aprender a se dar amor, se acolher, poder saber o que é meu e o que é do outro, como é bom ter ferramentas para ter uma vida saudável e poder observar o mundo e não só reagir.
Tenho agradecido a todos os meus clientes por fazerem parte dessa caminhada, dançamos no vazio, escutamos silêncios profundos, suportamos ruídos e destamos nós. E com gratidão por nosso humilde consentimento, processos terapêuticos lindos se revelaram.
Vocês também me abriram muitos caminhos.
Tenho terminado as sessões com poemas, que é o meu recurso mais preciso para quando as palavras não são suficientes. Deixo aqui um poema em memória e agradecimento, a vocês.
O Mito de Narciso é conhecido pela passagem do jovem que f**a fascinado pela sua beleza e morre afogado ao tentar tocar a própria imagem. Todos nós podemos passar por fases no desenvolvimento em que estamos mais narcísicos. Todos nós conhecemos um Narciso. O que não sabemos sobre essa personagem, é que por trás do jovem caçador, há uma criança indefesa, desprotegida e talvez negligenciada, que como forma de suportar o trauma e a dor, criou para si mesma a fantasia de uma vida perfeita.
O narcisista cria um self impossível, intocável, porque é o ser perfeito, mas no fundo só está coberto de medo de se mostrar humano e real. Em processo psicoterapêutico o narcisista costuma nunca realmente começar o processo, as sessões f**am na superficialidade, o paciente narcísico costuma testar o psicólogo/terapeuta tirando algum prazer em construir uma relação de manipulação. É importante lembrar que estamos falando de movimentos inconscientes, até porque o narcisista nunca se considera como tal.
Por que é importante desvendarmos o que está por trás dos transtornos de personalidade? Primeiro para humanizar e compreender, depois para aprendermos a nos proteger, tanto nas relações do dia-a-dia como em setting terapêutico. A pessoa que está em um momento narcísico, vai internalizar que todos os seus problemas são culpa do outro, porque o transtorno gira em torno das necessidades básicas que não foram atendidas na primeira infância. E isso vai reverberar por toda uma vida, caso não haja uma busca por tratamento e desenvolvimento.
Quando eu em estado narcísico internalizo que o meu problema é responsabilidade do outro, nada que o outro faça vai realmente me satisfazer, porque houve aqui um erro de atribuição inicial. Dessa forma, as pessoas de fora, que lidam com essas personagens, precisam se lembrar que nada que eu faça nesse momento vai necessariamente me fazer suficiente. Aceitar ser insuficiente em uma relação narcísica, é uma das formas de se proteger de uma culpabilização constante.
Texto: Paulá Macél
Obra de Arte Narciso (1590), pintura de Caravaggio, Galleria Nazionale d'Arte Antica em Roma
Bell Hooks no livro Tudo sobre o Amor, conta que desde cedo fomos ensinados a pensar no amor como um sentimento. Quando na verdade o amor é a vontade de nutrir o nosso crescimento e o de outras pessoas. O amor é um constructo o qual assimilamos signif**ados subjacentes a partir do que vivenciamos no nosso sistema familiar.
Muitos de nós não puderam entrar em contacto com o cuidado, o compromisso, a confiança, a responsabilidade e o respeito em nossas famílias de origem, ou seja, não pudemos observar e nem nomear com clareza o signif**ado e a presença do amor. Em geral, não fomos ensinados a identif**ar e definir o que é um amor saudável.
Como aprender a cultivar algo que nunca discutimos e vivenciamos? O amor é uma habilidade que exige prática e educação. Quando damos ao amor palavras concretas, definimos também tudo que não é amor. O amor é a base de todas as crenças, de todos os atos políticos e sociais.
Cuidar e praticar o ato de amar é trabalhoso, porque é preciso integrar o sentir do próprio corpo e da alma, não fomos ensinados a fazer nem um nem outro. Há um buraco que separa o amor que recebemos quando bebês, do amor que reproduzimos na vida adulta.
Frequentemente, durante a passagem para a vida adulta, o toque e o carinho como demonstrações naturais de amor desaparecem. A gentileza toma o signif**ado de fraqueza. Resultados de uma herança colonial na qual o afeto e ausência dele eram usadas como forma de submeter o outro às vontades do colonizador.
Mas amor é um processo ativo, dinâmico, e em constante mutação, que exige atenção, para a normalização da sua falta não se tornar uma possibilidade existencial e reproduzirmos uma forma opressora de se viver. Desaprendemos a amar ao longo da vida, por falta de exemplos, de prática, por medos, experiências traumáticas. O que signif**a também que podemos voltar a aprender.
Demonstrar afeto, se fazer vulnerável, estabelecer conexões de confiança onde sente-se que o amor é bem-vindo, são passos essenciais para voltamos a dar signif**ado para essa palavra. Amar é uma habilidade que precisa ser nomeada e discutida, para não cairmos na subjetividade de tudo que pode ser amor, mas não é.
English text: https://atmanjacy.com/2022/09/27/what-is-love-how-do-we-define-healthy-love/
Texto: Paula Maciel
Foto: Cottonbro
́mica
Quando fecho olhos eu vejo você
Quando visualizamos a criança que um dia fomos. Signif**a que finalmente somos capazes de olhar para nossa criança interior.
E que aceitamos olhar para uma parte nossa que precisa ser atenciosamente cuidada.
-Quando fecho os olhos e vejo você, eu aceito os sentimentos de uma criança que está muito viva na forma do meu adulto de se relacionar, viver e aceitar ser amado.
-Eu sinto muito por tudo que você passou, e entendo ser desafiante enfrentar situações na vida que parecem sempre se repetir.
-Mas agora, quando te vejo, também te dou um lugar dentro de mim. E assumo minha responsabilidade em te acolher e escrever a nossa história, agora do lugar do adulto.
Por meio do processo terapêutico, a pessoa muda suas imagens e consciência do mundo. É essencial compreendermos no presente as coisas que não puderam ser compreendidas na infância e aquelas que não foram vistas no contexto completo da história familiar.
“Os padrões estabelecidos no passado podem ser alterados quando novas experiências mais amplas produzem um novo padrão. Nesse sentido, podemos mudar o passado. Nas palavras de Milton Erickson: “Nunca é tarde para ter uma infância feliz.” Ursula Franke
The complete text in English can be found in the website. Link in the stories and bio.
Texto: Paula Maciel
Ilustração: .joy
Reconhecer as coisas como elas são é a maneira de transformá-las. Na mitologia grega Sísifo foi condenado pelos deuses a carregar constantemente uma pedra até o topo de uma montanha. Lá, a pedra cai novamente sob seu próprio peso.
Sísifo, mantém a tarefa de seguir em frente. No entanto, quando Sísifo consegue reconhecer a futilidade de sua tarefa e tem certeza de seu destino, ele se liberta para perceber o absurdo de sua condição. Assim, ele atinge o estado de aceitação.
Existe um confronto necessário em todas as relações que nos chama para ver as coisas como elas são. Há um grande poder por trás da descoberta de Sísifo de que sua tarefa é fútil. Aceitar as coisas como elas são é um caminho para nos libertarmos de sofrimentos que nós mesmos criamos.
Eu não acho que todas as pessoas precisem de terapia, também não acho que a psicoterapia resolve todo e qualquer conflito interno. O verbo precisar que integra essa pergunta, é sinónimo de necessitar, e quando penso no papel que a psicoterapia teve na minha vida, vejo a psicoterapia muito além de uma necessidade, é um direito humano básico.
O cuidado da saúde mental tem sido renegado a milhares de pessoas no mundo todo, há muitos anos. E é muito desafiante olhar para um serviço como essencial, quando o mesmo nunca esteve ao nosso alcance ou nos foi apresentado como um privilégio.
Fomos ensinadas a sobreviver, até porque, sair do modo sobrevivência nos leva ao encontro de uma pergunta essencial e de caráter rebelde: O que me fizeram acreditar que eu merecia durante minha vida? Informações inconscientes… Fomos ensinadas a aceitar pouco, às vezes o mínimo, ou porque era o que estava disponível ou porque foi assim que as pessoas a nossa volta concluíram que era viver= aceitar o mínimo.
Todos temos o direito de ter alguém a nos acompanhar na impermanência da vida, a transformação e a mudança são as nossas únicas certezas. Eu acredito em um futuro no qual a psicoterapia vai ser vista como um direito, e a saúde mental como um cuidado insubstituível.
Pelo direito à terapia, pelo direito de escolha e pela valorização do processo psicoterapêutico, que é um reaprender a se relacionar, connosco e com o mundo, através de um olhar compassivo, honesto, e muito desafiante, que é reaprender tudo que concluímos inconscientemente sobre a vida.
O cuidado é a ferramenta mais essencial da vida, cuidar de mim como cuido dos outros, cuidar do meu cansaço, cuidar da tristeza, cuidar do luto e dos recomeços.
Viver, em algum momento vai ser cansativo… e não romantizemos a desesperança dos momentos de crise, cuidemos dela.
O sofrimento e a solidão te farão visitas inesperadas. E quando acontecer, que você se lembre de pedir ajuda, de sofrer, de estar no processo e não se culpar pelo que não consegue resolver, por faltar ação. Sofrer é um direito. E só o sofrimento liberta a ilusão da linearidade, de tudo que é bom mas também finda, do glamour da felicidade inabalável.
Sem sofrimento não há vida, e sem cuidado não há equilíbrio. Estamos só engatinhando em direção a aprendizagem de como cuidar de nós mesmxs.
O cansaço que permeia processos de imigração cercados de eventos traumáticos: o abuso nos serviços públicos, o estigma da mulher brasileira, a não aceitação de uma mulher latina em espaços familiares e entre colegas, ser recém chegada em um sistema que orgulhosamente mantém tradições que violam a eles próprios.
Existem feridas que não precisam ser compreendidas e vistas por todxs a nossa volta, nós as reconhecemos de longe. Feridas de eventos marcantes nunca antes vividos… quantas vezes não se manifestam no corpo em diversas formas de ansiedade? Noites mal dormidas, irritação, estado de alerta, descompensação, ausência- ausência também é cuidado.
O eterno relembrar de quem sou, como me cuidar e acolher meu sofrimento, porque só eu posso fazê-lo. Se proteger é reafirmar que viver em qualquer lugar do mundo dentro das condições que você escolhe, é um direito. O processo psicoterapêutico é essencial nesse percurso, nos recorda que o que o outro conclui sobre mim, fala sempre mais dele do que de mim mesmx, e assim posso cuidar do que é meu e te deixar com o que é seu.
“O sentido da terapia não é querer corrigir o drama do paciente, mas possibilitar seu confronto e o luto por esse drama.” -Quando Fecho os Olhos Vejo Você, por Ursula Franke
Entrar em contato com sentimentos secundários que foram reprimidos pela nossa criança, é uma parte muito importante do processo psicoterapéutico. Sentimentos secundários são os que camuflam as feridas que ainda não temos capacidade cognitiva para lidar.
Quando deixamos a armadura da criança ferida cair, podemos finalmente olhar para o adulto que ficou e também precisa ser visto. Só o adulto consciente da sua história pode ser motor agente de mudanças, começando por perdoar a si mesmo.
Foto da escultura LOVE por Alexandr Milovn
E se todos nós pudéssemos pertencer?
Casa é qualquer lugar em que caminho no escuro em segurança
Toco paredes sem medo, sei onde estou
É um sentimento de pertença, aqui eu posso ser
Quando pertenço a algum lado, posso finalmente errar sem medo
Tenho para onde voltar e me lembro de onde vim
Casa é a possibilidade de tentativas falhas, sabendo que há sempre recomeços
Para quem são meus serviços?
Para todos os seres que estejam em busca de construir relações mais saudáveis consigo próprios e com o mundo, porque graças a impermanência da natureza humana, não há uma linha final para os processos de autoconhecimento. Acredito na saúde mental como ferramenta essencial para a manutenção de uma vida saudável e consciente, questiono a apropriação ocidental dos cuidados do corpo e mente enquanto pílulas emergenciais para momentos de sofrimento.
Tenho um hábito constante de perguntar às pessoas que me cercam se já estiveram ou estão em algum processo terapêutico…Pequenos relatos cotidianos revelam um estigma ainda muito presente sobre para quem é e como funciona um processo terapêutico. Em muitos países considerados desenvolvidos, a primeira sugestão à alguém que busca cuidados para a mente são tratamentos feitos com base em medicações, reforçando a necessidade de soluções rápidas em uma sociedade líquida cada vez mais ansiosa, em busca de uma pílula que nos salve das angústias de habitar um corpo humano.
Prezo pela complementaridade entre o tratamento psiquiátrico e psicológico nos casos que demandam uso de medicamentos. Sou contra a terceirização da saúde, seja da mente, do corpo ou da alma. Considero que despertar para o direito à uma existência saudável é fazer escolhas livres dos emaranhados que se agarram ao inconsciente coletivo e individual, às vezes esse é um processo incômodo de olhar para sombras, revisitar memórias da infância, olhar para os abandonos, traumas, medos….
O autoconhecimento restitui a humanidade, o direito de sofrer, sentir dor e raiva, abre espaço para enxergarmos a história nos reapropriando do direito básico à saúde mental que liberta.
Sou uma mulher brasileira anti-ra***ta e defensora dos direitos lgbtqiap+, acolho pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e parte do meu propósito com Atman Jacy é levantar questões culturais e políticas que envolvem o acesso à saúde mental. Seja bem-vinde!
Não passar por cima de sentimento algum, não silenciar o coração ou a alma por medo
Não se prender a nada que não te faça sentir ainda mais inteirx
E não carregar culpa por sentir raiva e defender os seus direitos de existir em paz.
Negar o sofrimento é negar conhecer pedaços da sua história ainda não resolvidos
É negar o seu direito de enxergar a dor que permeia uma infância imperfeita
O sofrimento pode ser um caminho que traz movimento, mas para encará-lo é preciso muita coragem e suporte.
[QUINTA-FEIRA mais ECLÉTICA]
Blog: Sociologia & Análise
Nasceu! www.atmanjacy.com
Esse site lindo e feito com muito amor, pelas mãos de .quartz, obrigada Inês pelo amor com que faz seu trabalho e reverbera em todo o processo.
Obrigada .ft pelas fotos que fazem o site mais especial e único.
Obrigada esposa .e.o por me auxiliar nas traduções todas!
Obrigada a todes que fizeram parte de alguma forma, escrevendo algum depoimento sobre meu trabalho, estando presente em círculos, sessões psicoterapéuticas ou autorizando-me fazer fotos de nossos encontros!
“Basta apenas um lembrete para respirar,
um momento para f**ar quieto e, assim mesmo, algo em mim se instala, suaviza, cria espaço para a imperfeição. A voz severa do julgamento cai num sussurro e lembro de novo que a vida não é uma corrida; que todos nós atravessaremos a linha de chegada; Que despertar para a vida é para o que nascemos. Quantas vezes eu me esqueço, me vejo avançando sem nem mesmo saber pra onde estou indo, que muitas vezes posso fazer a escolha de parar, respirar e apenas estar, e devagar andar em direção ao mistério.”
“It only takes a reminder to breathe,
a moment to be still, and just like that, something in me settles, softens, makes space for imperfection. The harsh voice of judgment drops to a whisper and I remember again that life isn’t a relay race; that we will all cross the finish line; that waking up to life is what we were born for. As many times as I forget, catch myself charging forward without even knowing where I’m going, that many times I can make the choice to stop, to breathe, and be, and walk slowly into the mystery.”
Walk Slowly by Danna Faulds
Falhar faz parte do processo!
Respeite seus processos.
André Dahmer sempre genial.
Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Terapia de Florais atua para o equilíbrio das emoções, modif**ando padrões de comportamentos que se somatizam em doenças físicas e emocionais.
Cada tratamento pode envolver o uso de um ou mais florais, dependendo da desordem emocional de cada pessoa. Hoje o sistema de florais mais conhecido é o dos Florais de Bach, que foi concebido em 1930 pelo médico e homeopata inglês Edward Bach.
O sistema de Florais da Lua (criado pela terapeuta ) é atualmente composto por 13 florais, a grande maioria de plantas brasileiras que abundam em nossa flora, cada um especif**amente concebido para combater um problema diferente, nos (re)aproximando da nossa natureza cíclica.
Essa terapia utiliza as propriedades medicinais das plantas para trabalhar o corpo físico, mental, emocional e energético, trazendo para a consciência de forma gentil aspectos psíquicos a serem trabalhados.
Nos highlights do Instagram em Florais da Lua você pode consultar a função específ**a de cada um dos 13 florais.
Você conhece algum sistema de florais ou já tomou algum? Me conta nos comentários!
Florais
Ser cuidadora para mim é respeitar a individualidade de cada ser
É deixar as pessoas seguirem seus caminhos, sem interromper o fluxo através do certo ou errado
Ser cuidadora às vezes é sofrer em silêncio, ver a história se repetir sabendo ser necessário que assim seja
Ser cuidadora é aceitar o valor da experiência, a experiência vale mais do que mil poemas, dicas e conselhos
Ser cuidadora é acolher o sofrimento de famílias inteiras
Ser cuidadora é tentar estar no momento presente
Às vezes é ser mãe, pai, é ser base quando ninguém mais é
Enquanto cuidadora psicoterapeuta, tenho um enorme respeito aos meus limites, faz parte do meu trabalho ocupar vários papéis na vida de pessoas diferentes. Tem dias que eu não aguento ouvir a palavra trauma e assisto séries comendo pizza no sofá, tem dias que eu não quero ir fundo em nada, quero nadar no raso. Tem dias que eu choro pelas doenças, pelas famílias, pela impotência do ser humano diante da natureza das coisas.
Faz parte da minha auto-regulação também chorar o que não se pode chorar em setting terapêutico, se revoltar, achar triste. Ser cuidadora é ter um enorme respeito aos limites internos e externos que me cercam, me faço humilde e às vezes pequena diante da cada história que se apresenta.
💦 🌿 💕
A parte mais desafiadora de um processo psicoterapêutico é caminhar com o paciente em direção ao fim da ilusão da infância perfeita. Todos nós queremos amar nossa infância com tudo de leve e alegre que tivemos a nossa volta, quase ninguém quer enxergar os abandonos subtis que hoje resultam em comportamentos autodestrutivos.
“Uma criança precisa se adaptar a fim de obter a ilusão do amor, da atenção, do querer bem. O adulto não mais precisa dessa ilusão para sobreviver. Ele pode encerrar sua cegueira a fim de passar ao comando de suas ações- de olhos abertos.” O Drama da Criança bem Dotada- Alice Miller
É imprescindível que passemos por uma revolta à tudo que nos aconteceu quando éramos crianças. E é necessário para o desenvolvimento do adulto saudável, que esse esteja consciente da não perfeição de suas figuras parentais. Nós sabemos que nossos pais deram o que podiam dar, dentro de todas as circunstancias do momento. Também sabemos que você era uma criança e merecia amor, atenção, afeto, humanidade…
Consciência sobre o verdadeiro self é o encontro entre enxergar nossos pais sem idealizações e ter compaixão pela própria caminhada, abrindo espaço para fazer o luto necessário pelo que a sua criança não teve e por tudo que o adulto terá que fazer para se reinventar.
“Estou em situação de rua por causa do amor... Eu prefiro enfrentar o frio, a fome, do que deixar a Manuela aqui sozinha!
Tudo começou quando eu trouxe ela pra dentro de casa e apresentei pro meu pai. Ele não aceitou nossa "amizade" e tentou várias vezes separar a gente, mas não dá, sabe? Eu não pedi pra ser assim, e quando ele fez eu escolher entre ter tudo, casa, faculdade, família, e ter ela... Eu escolhi a Manuela!
A família dela também a expulsou de casa por causa de mim, então só sobrou a rua. Ainda lembro da nossa primeira noite aqui... Só tínhamos uma a outra e um cobertor. Eu não tava conseguindo dormir de tanto medo, mas aí a Manu falou:
- Hey, pode deitar aqui no meu ombro, eu passo a noite acordada te protegendo...
Eu sempre fui medrosa, e ela sempre me protegeu, mas agora eu tô começando a f**ar desesperada. A Manu foi diagnosticada com bulimia e tá cada dia pior... Eu não sei mais o que fazer!
Já disse não vou suportar a dor de perder ela nos meus braços. Eu amo muito essa menina e não vejo mais futuro sem ela. Esse sentimento que a gente tem uma pela outra, é muito forte, é amor!”
Nathalia e Manuela, juntas em situação de rua há 5 anos. (Viaduto do Chá)
Essa semana vamos trazer alguns relatos especiais do dia dos namorados para mostrar que o amor é capaz de aquecer o coração ❤ E que tal você aquecer uma história nesse inverno? DOE NO LINK NA DESCRIÇÃO
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"Nunca tinha ouvido falar do estatuto cuidador informal. Nem sabia onde procurar mais informações.
Só agora é que estou a "descobrir" estes apoios/ajudas".
(SA, 27 anos, PC com deficiência motora)
#800242252
O primeiro sistema a que pertencemos na vida é o familiar, sendo muito importante revisitarmos nossa história uma e outra vez, com atenção para o papel desempenhado por cada um nessa constelação. A família é a primeira instituição que marca toda uma experiência, gerida por traumas, aprendizados, amor, raiva, segredos… Hoje quem constrói o conceito de família somos nós enquanto sociedade. A reencenação inconsciente dos traumas e medos familiares continuam a ser passadas de geração em geração.
Você não precisa achar mal o que seus pais e avós achavam, você não precisa reproduzir preconceitos que nem eram seus e te foram embutidos. Ninguém nasce ra***ta, homofóbico, preconceituoso, classista e cheio de defesas do ego. Nossa vida é uma construção de experiências sensoriais, inconscientes, invisíveis aos olhos e conscientes, que formam nossa personalidade, nossa forma de enxergar o mundo.
Os processos psicoterapêuticos e a constelação familiar enquanto abordagem terapêutica trabalham de forma a nos fazer enxergar aos poucos tudo o que é nosso e o que não é. Começamos aos poucos a separar e descobrir o nosso lugar no mundo, nosso papel no sistema em que nascemos. Estamos carregando traumas que não são nossos, registrados em nossos corpos, medos de abandono, medos da escassez, medo do diferente. A psicoterapia liberta de preconceitos e abre portas para o amor. Sem amor não há saúde mental.
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Atman Jacy
Atman é uma palavra do sânscrito que significa alma, espírito, o eu verdadeiro em oposição ao ego, princípio de vida (sopro vital). Yacy ou Jacy, na mitologia tupi é a guardiã da noite e da Lua, protetora das plantas, dos amantes e da reprodução.
Atman Jacy é revistar pedacinhos da nossa história, dos corpos colonizados, ciclos desrespeitados, a obediência imposta, a passividade e o servir inconscientes. Uso aqui a psicoterapia como meio para a desconstruir pensamentos e comportamentos que estão enraizados na existência feminina.
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