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Mercado de trabalho: O mercado de trabalho de Portugal parece estar mais resiliente do que o inicialmente esperado. A taxa de desemprego aumentou ligeiramente de 6,4% para 6,5%, mas a população empregada também cresceu 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Contas públicas: As contas públicas de Portugal estão deficitárias em cerca de -2,3% do PIB no acumulado do ano até maio, face a um excedente de 0,7% no mesmo período de 2023. Isto deve-se a um aumento substancialmente menor das receitas (3,7%) face às despesas (12,5%). O BPI mantém a expectativa de que as contas públicas terminem o ano em território positivo na base da contabilidade nacional, mas alerta para riscos que podem ensombrar as perspetivas.
Pulso económico semanal: O relatório semanal de pulso económico do Banco BPI aborda temas como a capacidade de autofinanciamento da economia portuguesa, a inflação, o saldo orçamental do governo e os créditos malparados (NPLs). O relatório indica que a capacidade de autofinanciamento da economia portuguesa aumentou para 3,2% do PIB no ano terminado no 1º Trimestre de 2024, um aumento de 0,5 pontos percentuais face a 2023. A inflação retomou a sua trajetória descendente em junho. O saldo orçamental do governo foi de -0,2% do PIB no 1º Trimestre do ano. O rácio de NPLs manteve-se inalterado no 1º Trimestre.
A taxa de variação homóloga do IPC estimada pelo INE para junho é de 2,8% (3,1% em maio 2024).
A variação mensal foi nula (0,2% em maio 2024; 0,25% em junho de 2023).
A taxa de inflação média anual fixou-se em 2,5% em junho (2,6% em maio 2024).
Setor do Turismo / Portugal
09.05.2024
No primeiro trimestre de 2024 há um crescimento no total de turistas e de dormidas face ao trimestre homólogo de 2023 (+7,7% e +7,1%, respetivamente). No entanto, o ano começou com um desempenho modesto, com variação negativa de turistas residentes em janeiro face a janeiro de 2023.
Em volume, a região Norte foi a que registou o maior aumento no número de dormidas (1T 2024 vs 1T 2023) mas proporcionalmente foi a região do Oeste e Vale do Tejo (+23% vs 1T 2023).
Para 2024 esperamos crescimento do setor face a 2023 mas em níveis mais modestos (+5% de hóspedes) decorrente do abrandamento da atividade económica global, maior proximidade ao limite da capacidade instalada aeroportuária e manutenção de alguma cautela nos mercados Europeus centrais, mais expostos aos conflitos
O saldo consolidado do conjunto das Administrações Públicas (AP), em contabilidade nacional, ficou em 1.2% do PIB em 2023, o que compara com um défice de 0.3% em 2022, e acima da última estimativa do Governo (0.8% do PIB, inscrita no OGE 2024).
Destacamos:
Crescimento da receita fiscal e contributiva (8.7% homólogo)
Reversão da trajetória descendente dos encargos com juros, já antecipada (+23.3% homólogo, face a -10.1% em 2022)
Aumento do investimento público abaixo do estimado (+17.5%, face à última previsão que apontava para um crescimento superior a 24%)
As contas públicas parecem ter voltado a uma certa normalidade pós-pandemia, havendo que evidenciar a forte desalavancagem do setor neste período.
A taxa de variação homóloga do IPC estimada pelo INE para março é de 2,3% (2,1% em fevereiro 2024).
A variação mensal foi de 1,99% (0,1% em fevereiro 2024; 1,74% em março 2023).
A taxa de inflação média anual fixou-se em 2,9% em março (face a 3,3% em fevereiro 2024)
Economia portuguesa | Moodys revê rating de Portugal para A3, mais dois níveis do que a classificação anterior
O impacto positivo nas condições creditícias do país, resultante de reformas económicas e fiscais, redução do nível de endividamento do setor privado, fortalecimento do setor bancário e boas perspetivas para o crescimento no médio prazo justificam a melhoria da classificação do risco de crédito de Portugal.
Nos primeiros 42 dias do 4T, o indicador diário de atividade acelerou face ao trimestre anterior, um comportamento promissor para o andamento do PIB no 4T 2023.
Balança corrente continua a recuperar: estimamos que em setembro a balança corrente tenha registado um excedente em torno de 1,5% do PIB.
Défice da balança comercial continua a encolher face a 2022.
O índice de custo do trabalho acelerou no 3T.
A taxa de juro implícita do crédito à habitação mantém a trajetória ascendente.
Economia internacional | A Comissão Europeia voltou a rever o crescimento previsto para a Zona Euro
No relatório de outono, a Comissão salienta que o aumento do custo de vida, a fraca procura externa e as condições monetárias mais restritivas continuarão a afetar o crescimento. Assim, a Zona Euro deverá crescer 0,6% em 2023 e 1,2% em 2024 , o que representa o cenário menos favorável (excluindo 2020 por COVID) desde a crise da dívida em 2012.
A taxa de inflação subjacente dos EUA em outubro foi ligeiramente inferior ao esperado e a inflação global intensifica a sua correção.
Indicadores de atividade de outubro na China: luzes e sombras: vendas a retalho aceleram, investimento abranda.
O Japão registou uma quebra superior à prevista no 3T.
Mercados financeiros | O sentimento risk-on voltou aos mercados
O sentimento risk-on voltou aos mercados, com a inflação a abrandar e a antecipação dos próximos cortes nas taxas dos bancos centrais.
Fonte:bpi
Economia portuguesa | Crise política em Portugal
Indústria em queda, construção continua a evoluir favoravelmente.
No 3T 2023, a taxa de desemprego estabilizou em 6,1%.
Défice da balança comercial continua a encolher face a 2022.
Economia internacional | A redução das novas encomendas trava o crescimento da atividade económica no início do 4T
A situação delicada da indústria alemã no final do 3T confirma-se.
Os dados relativos à exportação e à inflação confirmam a mensagem dos PMI: na China, o 4T começou com um ritmo lento.
Ligeira melhoria dos dados relativos à atividade na indústria e nos serviços em Espanha.
Mercados financeiros | Os mercados financeiros tentam discernir o caminho que a política monetária seguirá
Os investidores continuam a centrar-se nas próximas medidas a tomar pelos bancos centrais e, face a esta incerteza, impulsionada por dados económicos mistos, os mercados navegaram sem uma direção clara durante a semana
Fonte:bpi
imativa rápida do IPC de outubro é animadora.
Setor do turismo em setembro com mais de 3 milhões de hóspedes e 10 milhões de dormidas.
Saldo consolidado da administração pública até setembro sugere excedente orçamental equivalente a 5,1% do PIB (ótica de caixa).
As novas operações de crédito ao setor privado voltam a registar nova quebra em setembro.
Economia internacional | A Zona Euro confirma a sua debilidade no 3T ao mesmo tempo que a inflação se modera
Os EUA iniciam o 4T com indicadores de atividade mais fracos e um mercado de trabalho ainda robusto.
Os dados relativos ao sentimento empresarial mostram que as dificuldades da economia chinesa não ficaram para trás.
O setor industrial espanhol está a enfraquecer, enquanto o turismo continua a apresentar bons resultados.
Mercados financeiros | A Fed mantém as taxas, mas continua a questionar: “devemos subi-las mais?”
O sentimento risk-on regressa aos mercados após as decisões recentes dos bancos centrais
Fonte:bpi
Economia portuguesa | Avaliação Bancária na Habitação com mais uma subida em setembro
Os bancos antecipam que a procura por crédito de empresas e particulares continue a cair no 4T.
Economia internacional | O abrandamento económico na Zona Euro intensifica-se no início do 4T
A economia dos EUA revela-se, por enquanto, imune ao ambiente de taxas de juro elevadas.
O crescimento do PIB de Espanha revela uma moderação no 3T de 2023, perante o abrandamento da procura externa.
Mercados financeiros | O BCE mantém as taxas e reitera a perspetiva de uma política restritiva durante algum tempo
A recuperação das taxas de juro em toda a curva reduz a probabilidade de novas subidas das taxas de juro por parte da Fed.
Volatilidade nos mercados financeiros que aguardam a decisão da Fed na sua reunião de 1 de novembro.
Fonte:bpi
A taxa de variação homóloga do IPC estimada pelo INE para outubro é de 2,1% (3,6% em setembro).
A variação mensal foi -0,17% (1,1% em setembro; 1,24% em outubro 2022).
A taxa de inflação média anual fixou-se em 5,7% em outubro (face a 6,3% em setembro 2023).
O PIB em Portugal caiu 0,2% no 3T 2023 face ao 2T (+0,1% no 2T 2023).
Em termos homólogos, o crescimento foi de 1,9% (2,5% no 2T 2023).
Os dados publicados colocam significativos riscos em baixa para a previsão do BPI Research de um crescimento de 2,4% em 2023.
Fonte:bpi
O PIB da zona euro caiu 0,1% em termos trimestrais no 3T 2023, de acordo com a primeira estimativa publicada pelo Eurostat, depois de ter crescido uns modestos 0,2% no trimestre anterior (revisto em alta em 0,1 p.p.). Em termos homólogos, o PIB avançou 0,1% no 3T 2023, após 0,5% no trimestre anterior.
A inflação global (IHPC) diminuiu acentuadamente em outubro para 2,9% em termos homólogos (-1,4 p.p.), enquanto a inflação subjacente caiu para 4,2% (-0,3 p.p.). Em termos mensais não corrigidos de sazonalidade, a inflação global aumentou 0,1% e a inflação subjacente 0,2% (face a médias históricas de outubro de 0,3% e 0,2%).
Fonte:bpi
Dia 16 em FabLab de Torres Novas em Parceiros de Igreja, uma palestra sobre Mercados para se ganhar dinheiro.
Economia portuguesa | Défice da balança comercial portuguesa diminuiu em julho
Balança comercial nos primeiros sete meses do ano registou défice de 15.539 milhões de euros, uma melhoria de 945 milhões face ao período homólogo.
Faturação na indústria contraiu 7,7% homólogo; em termos deflacionados a queda foi de 1,1%.
Economia internacional | Atividade económica mundial regista o ritmo de crescimento mais lento dos últimos sete meses
A atividade económica mundial registou o ritmo de crescimento mais lento dos últimos sete meses.
A Zona Euro continua a dar sinais de fragilidade.
O sentimento económico nos EUA recuperou em agosto, apesar do abrandamento do mercado de trabalho.
O setor externo da China está a enfrentar um ambiente económico desafiante.
Os indicadores de atividade em Espanha revelam que o crescimento está a abrandar.
Mercados financeiros | Apetite pelo risco mantém-se frágil
O apetite pelo risco mantém-se frágil perante os sinais de incerteza global.
A aposta dos mercados: o BCE não alterará as taxas em setembro, mas voltará a aumentá-las antes do final do ano.
fonte:bpi
O BCE encara a reunião de setembro com a porta aberta para deixar as suas taxas de juro inalteradas pela primeira vez após mais de um ano de subidas sustentadas (+425 p.b. desde julho de 2022).
Isto não significa que o endurecimento da política monetária tenha terminado. Os mercados financeiros atribuem uma probabilidade de 35% a que o BCE aumente as taxas em setembro, mas a probabilidade de que o faça antes do final do ano é de 70%. De facto, a nossa opinião no BPI Research é que o BCE ainda irá fazer mais uma subida, para colocar as taxas num pico de 4,00% (depo) e 4,50% (refi).
Em setembro, o BCE atualizará igualmente as suas perspetivas económicas para a Zona Euro. Embora os dados sobre a inflação tenham ficado razoavelmente em linha com as projeções apresentadas em junho, os indicadores de atividade têm sido um pouco mais fracos e acreditamos que o BCE poderá rever em baixa as suas previsões para o PIB (atualmente, estima um crescimento de 0,9% em 2023 e de 1,5% em 2024, em comparação com 0,6% e 0,9% do consenso dos analistas).
Fonte:bpi
Economia portuguesa | Economia portuguesa estagnou no 2T
1. INE confirma estagnação do PIB no 2T.
2. A taxa de desemprego dá sinais positivos no 2T e terá estabilizado no início do 3T.
3. A balança corrente entrou em território positivo no primeiro semestre do ano.
4. O excedente orçamental foi de 1,4% até julho.
5. A carteira de crédito ao sector privado não financeiro caiu em julho pelo quarto mês consecutivo.
Economia internacional | Crescimento global positivo no 2T, mas perspetivas são agora mais negativas
1. Os dados sobre o crescimento global no 2T foram, de um modo geral, bastante positivos.
2. No entanto, durante o verão, as perspetivas de crescimento global pioraram.
3. As perspetivas para a Zona Euro deterioram-se substancialmente.
4. Sinais mistos na economia dos EUA em relação ao 3T.
5. Os indicadores do clima económico refletem a debilidade da economia chinesa.
6. Os indicadores de clima empresarial para a economia espanhola preveem um abrandamento da atividade.
Mercados financeiros | Final de ciclo de subida de taxas de juro pautado pela incerteza
1. Volatilidade nos mercados bolsistas internacionais em agosto, que abranda no final do mês.
2. Os bancos centrais enfrentam um final de ciclo de subidas de preços marcado pela incerteza.
Fonte:bpi
O saldo consolidado do conjunto das Administrações Públicas (AP), na ótica de caixa, ficou em cerca de +1.4% do PIB até julho, o que compara com um saldo de 0.4% em igual período de 2022 e -0.4% em 2019. A melhoria face a 2022 justifica-se pelo crescimento da receita (+8.6% homólogo, excluindo efeito pontual) superior ao da despesa (5.9%).
Os riscos para as contas públicas mantêm-se equilibrados. Perante os dados reportados para os primeiros sete meses do ano, a par da expetativa de que a economia cresça mais de 2% em 2023 (acima de 6% em termos nominais), com um mercado de trabalho robusto e num cenário de normalização no mercado energético, consideramos que os riscos para a nossa previsão, de um ligeiro défice de 0.3% do PIB, estão equilibrados. No entanto, importa reforçar que os riscos a prazo não são negligenciáveis, principalmente resultantes da incerteza económica e financeira, da pior performance económica dos parceiros comerciais (como a Alemanha), da evolução da inflação e do comportamento das taxas de juro, que gradualmente implicará uma parcela de custos da dívida mais pesada.
A inflação global da Zona Euro (IHPC) manteve-se estável em 5,3% em termos homólogos em agosto. Face ao mês anterior (não corrigida de sazonalidade), a inflação foi de 0,6% (média histórica para o mês de agosto é de 0,2%).
A inflação subjacente (que exclui a energia e todos os produtos alimentares) desacelerou para 5,3% homólogo (-0,2 p.p. em relação a julho). Na variação mensal, o valor foi de 0,3%, face a uma média histórica registada no mês de agosto de 0,2%.
No 2T 2023, o PIB estagnou em cadeia, (1,6% no 1T).
Em termos homólogos, o PIB aumentou 2,3% (2,5% no 1T).
O emprego, medido pelas contas nacionais e corrigido de sazonalidade, aumentou 1,5% homólogo no trimestre (0,3% no 1T); medido por horas trabalhadas aumentou 2,4% (1,1%).
A taxa de variação homóloga do IPC estimada pelo INE para agosto é de 3,7% (3,1% em julho).
A variação mensal foi 0,3% (-0,4% em julho; -0,3% em agosto 2022).
A taxa de inflação média anual fixou-se em 6,8% em agosto (face a 7,3% em julho 2023).
A população empregada voltou a diminuir ligeiramente em julho em cadeia, mas mantém comparação homóloga positiva.
Por sua vez, a taxa de desemprego manteve-se nos 6.3% em julho (face a 6.0% em julho 2022).
O desemprego registado nos centros de emprego aumentou em julho em cadeia, o que não acontecia desde janeiro; em termos homólogos, registou o primeiro aumento desde abril 2021, totalizando 284,330 indivíduos.
As ofertas de emprego registadas nos centros de emprego aumentaram ligeiramente em cadeia, mas mantêm a queda expressiva em termos homólogos, ficando abaixo da média registada no ano passado.
Apesar dos dados do mercado de trabalho continuarem em níveis positivos, outros indicadores obrigam a acompanhar os dados dos próximos meses com cautela.
O PIB da Zona Euro cresceu 0,3% em cadeia no 2T 2023, de acordo com a primeira estimativa publicada pelo Eurostat, depois de ter estagnado no trimestre anterior (o Eurostat reviu os dados do 1T em alta, de -0,1% para 0,0%). Em termos homólogos, o PIB avançou 0,6% no 2T 2023, após 1,1% no trimestre anterior (também revisto em alta de 1,0%).
A inflação global abrandou de 5,5% para 5,3% em julho, enquanto a inflação subjacente permaneceu estável em 5,5%. Numa análise por componentes, destacam-se, por um lado, a queda da inflação nos bens industriais (de 5,5% para 5,0%) e o ligeiro aumento nos serviços (de 5,4% para 5,6%).
Fonte:bpi
Tal como previsto, o BCE aumentou as taxas de juro oficiais em 25 p.b. na reunião de julho (depo em 3,75%, refi em 4,25%).
A subida das taxas foi, mais uma vez, uma resposta à perspetiva de que a inflação se manterá demasiado elevada durante demasiado tempo.
No entanto, o BCE deu alguma ênfase aos sinais positivos na sua luta contra a inflação: há mais sinais de desinflação, a procura está a arrefecer e a transmissão da restrição monetária está a funcionar.
Por tudo isto, foi muito mais assético quanto aos seus próximos passos. Lagarde afirmou que, em setembro, haverá "ou uma nova subida das taxas ou uma pausa", mas disse-o de forma neutra, sem antecipar o resultado da reunião e sublinhando que o BCE seguirá uma estratégia "reunião a reunião", em função da evolução dos dados. E resumiu tudo com um novo leitmotiv: neste momento, o resultado de setembro é "um talvez decisivo" (a decisive maybe).
Fonte:bpi
No 2T 2023, o PIB dos EUA cresceu 0,6% em em cadeia (2,4% anualizado), o que representa um ritmo superior ao registado no trimestre anterior (0,5% em termos trimestrais e 2,0% anualizado).
A taxa de variação homóloga foi de 2,6% no 2T de 2023 (1,8% no 1T de 2023).
Mercados financeiros · A Fed sobe as taxas e manterá o tom "hawkish" no futuro
Principais mensagens e avaliação
• Após a pausa da reunião de junho, a Reserva Federal subiu ontem as taxas de juro em 25 p.b. para o
intervalo 5,25%-5,50%, em linha com as expectativas consensuais. O comunicado de imprensa não sofreu
grandes alterações e o Presidente Jerome Powell tentou, na conferência de imprensa que se seguiu, não
dar muitas pistas sobre as decisões que serão tomadas nas próximas reuniões:
Reconheceu que o valor da inflação de junho (3%) tinha sido um pouco melhor do que o esperado,
mas ainda era elevada em termos de inflação subjacente (4,8%);
Continuou a avaliar o mercado de trabalho como muito apertado, apesar de alguma normalização nos
últimos dados;
E congratulou-se com a melhoria da confiança dos consumidores, apesar de ter explicado que o
regresso à estabilidade dos preços exigirá um período de crescimento económico abaixo do potencial
e de agravamento das condições do mercado de trabalho.
• Afirmou que era igualmente provável que em setembro mantivessem as taxas de juro no seu nível atual
ou as aumentassem novamente em 25 p.b. Tal dependeria da evolução dos dados divulgados até lá
(principalmente a inflação e os relatórios sobre o emprego de julho e agosto).
Enquadramento macroeconómico e financeiro
• A avaliação da Fed sobre o cenário económico foi muito semelhante à da reunião anterior. Consideram
que a economia está a expandir-se a um ritmo moderado, sendo o abrandamento mais visível no consumo
privado. Powell explicou que a atividade no mercado da habitação tinha recuperado um pouco nos
últimos dados, embora ainda se encontre em níveis inferiores aos registados antes do início do ciclo de
subida das taxas de juro. Durante a ronda de perguntas, Jerome Powell explicou que as previsões dos
funcionários da Reserva Federal já não são de uma recessão, tal como vinham a indicar desde março.
• O mercado de trabalho continua muito apertado, com a criação de emprego robusta (+244 mil postos de
trabalho em média nos últimos três meses), embora a normalizar, e a taxa de desemprego em níveis muito
baixos (3,6% em junho). Powell explicou que havia alguns sinais de normalização no número de vagas de
emprego disponíveis, afastando o rácio de vagas por desempregado dos máximos históricos registados
em janeiro (2). Explicou ainda que o crescimento dos salários terá moderado e que, para as perspetivas
de inflação a médio prazo, será um indicador fundamental a acompanhar de perto.
• Relativamente à inflação, a Fed mostrou-se positiva em relação aos dados de junho, reconhecendo que
foram ligeiramente melhores do que o esperado. No entanto, Powell quis deitar água na fervura e afirmou
que se tratava apenas de uma informação, que a inflação subjacente continuava muito elevada e que não
esperavam que atingisse os 2% até 2025. Dito isto, congratulou-se com o facto de a desinflação se ter
intensificado nos últimos meses sem que se tenha necessariamente assistido a um arrefecimento da
atividade económica e de as expectativas de inflação dos agentes permanecerem bem ancoradas perto
do objetivo da Fed.
Política monetária
• A Fed continuou a endurecer a política monetária com uma subida de 25 p.b. da taxa de juro, deixando o
intervalo objetivo em 5,25%-5,50%. A Fed está ciente do aperto significativo até à data, com um total de
525 p.b. de aumentos, o que coloca a política monetária claramente no lado restritivo. Powell insistiu que
ainda não se sabe como é que este aperto da política monetária e das condições de crédito será
transmitido à economia. A sua expetativa é de que se verá alguns trimestres de crescimento económico
abaixo do potencial e de moderação do mercado de trabalho para que a inflação atinja 2% numa base
sustentada.
• Apesar de não querer dar muitas pistas sobre o que vai acontecer na reunião de setembro, a cautela com
que a Fed falou sobre as subidas feitas até agora e o possível impacto que terão na atividade económica
sugere que, se os dados a publicar até lá (sobretudo dois dados sobre a inflação e dois relatórios sobre o
emprego) estiverem em linha com os mais recentes, a Fed poderá não subir as taxas nessa reunião. No
entanto, o facto de não se esperar que a inflação atinja os 2% até 2025 encorajou Powell a reiterar que a
política monetária permanecerá restritiva durante mais alguns trimestres: embora os cortes nas taxas
possam começar em 2024, continuarão acima dos níveis considerados neutros.
• O facto é que existe incerteza quanto ao ritmo a que a inflação regressará de forma decisiva aos 2%, pelo
que esperamos que, embora possa não subir mais as taxas de juro nas próximas reuniões, a Fed mantenha
um tom hawkish (o que alguns analistas apelidaram de hawkish hold). Assim, no caso de a inflação cair
menos do que o esperado ou de o mercado de trabalho se manter invulgarmente forte, a Fed não teria
de alterar o tom da sua comunicação para aumentar mais as taxas de juro.
Reação dos mercados
Os mercados financeiros não reagiram quer ao comunicado de imprensa (quase idêntico ao de junho) quer
à conferência de imprensa do Presidente Jerome Powell. O facto de o Presidente ter reconhecido que os
dados de inflação de junho tinham sido ligeiramente melhores do que o esperado levou os investidores a
rever em baixa a trajetória esperada para as taxas de juro oficiais. Assim, as yields das obrigações soberanas
dos EUA caíram moderadamente, com o dólar a enfraquecer face ao euro e os principais índices bolsistas a
encerrarem a sessão globalmente estáveis.
Fonte:bpi
Após a pausa da reunião de junho, a Reserva Federal subiu ontem as taxas de juro em 25 p.b. para o intervalo 5,25%-5,50%, em linha com as expectativas consensuais.
Jerome Powell afirmou que era igualmente provável que em setembro mantivessem as taxas de juro no seu nível atual ou as aumentassem novamente em 25 p.b. Tal dependeria da evolução dos dados divulgados até lá (principalmente a inflação e os relatórios sobre o emprego de julho e agosto).
Fonte:bpi
Economia portuguesa | A taxa de juro implícita do crédito à habitação continua a aumentar
Em maio, o indicador de atividade económica do INE acelerou 3 décimas, para 1,1% homólogo.
Nos primeiros cinco meses do ano, a balança corrente acumulou um défice de 283 milhões de euros, uma melhoria de 3.883 milhões face ao período homólogo.
Economia internacional | A economia chinesa abrandou no 2T de 2023
A atividade económica nos EUA continua a resistir ao ambiente de taxas de juro elevadas, embora com algumas nuances.
Novos indícios de abrandamento das pressões inflacionistas na Europa.
Os números da atividade económica em Espanha são positivos, tanto no setor industrial, como no setor dos serviços.
Mercados financeiros | O tom positivo nos mercados financeiros mantém-se
Os investidores aumentaram o apetite pelo risco pela segunda semana consecutiva.
Os bancos centrais enfrentam o fim do ciclo de subida das taxas.
Fonte:bpi
É provável que o BCE aumente as taxas diretoras na próxima semana em 25 p.b., para as operações de depo e refi, para 3,75% e 4,25%, respetivamente.
Como tem sido habitual nas últimas reuniões, para além do anúncio da subida das taxas em si (totalmente descontado pelos analistas e investidores), o foco estará nas pistas que o BCE quer dar sobre os seus próximos passos: especificamente, o pico a que quer levar as taxas e quanto tempo podem permanecer nestes níveis restritivos.
A opinião consensual dos analistas e dos mercados financeiros, expressa nas taxas implícitas no mercado monetário, é que o BCE irá aumentar novamente as taxas (depo para 4,00% e refi para 4,50%) e mantê-las neste nível até 2024. Embora a atividade na zona euro dê sinais de arrefecimento e os sinais desinflacionistas se generalizem, o BCE continua preocupado com a persistência da inflação a um nível demasiado elevado.
Neste sentido, pensamos que o BCE dará sinais de que pretende voltar a subir as taxas no outono, embora sem ser muito explícito. Por um lado, esta comunicação reforçaria a expetativa de que as condições financeiras se manterão restritivas durante algum tempo. Por outro lado, daria ao BCE flexibilidade para um outono em que se espera que a atividade económica continue a perder dinamismo.
Fonte:bpi
Os Mercados
Os investidores elogiaram os sinais de desinflação nos EUA em junho, tanto no Índice de Preços ao Consumidor quanto no Índice de Preços ao Produtor.
As taxas implícitas do mercado monetário para a taxa terminal cotada para este ano caíram 5-10 pontos base para a Fed e o BCE.
As taxas de rentabilidade das obrigações soberanas também caíram acentuadamente, com descidas de até 30 pontos base nos índices de referência a 10 anos dos EUA e de cerca de 20 pontos base na Zona Euro.
A correlação entre as taxas de rentabilidade das obrigações soberanas e as ações foi negativa por mais uma semana, com os índices das ações a subirem em todos os setores.
O dólar sofreu uma semana de forte debilidade e desvalorizou-se 2% em relação aos seus principais parceiros comerciais.
O euro valorizou-se para o nível mais elevado do ano (1,12 dólares por euro), enquanto o iene apreciou 3% (abaixo de 140 ienes por dólar), perante a expectativa de que o Banco do Japão possa alterar o rumo da sua política monetária acomodatícia.
O preço do gás natural europeu de referência (TTF holandês) caiu 20% durante a semana, num contexto de elevados níveis de reservas, especialmente para esta altura do ano.
O preço do petróleo subiu 4% na semana, para mais de 80 dólares por barril, devido à fraqueza da moeda verde e após os anúncios de cortes na produção e nas exportações por parte da Arábia Saudita e da Rússia.
O BCE não está suficientemente confiante na viragem da inflação. No dia 15 de junho, o BCE aumentou a sua taxa de referência em 25 pontos base e indicou que era "muito provável" um novo aumento em julho.
As atas dessa reunião, recentemente publicadas, reforçam estas perspetivas, apontando para a preocupação do Conselho do BCE com a possibilidade de a inflação permanecer demasiado elevada durante demasiado tempo.
Embora as atas revelem um pouco mais de pessimismo em relação à atividade, bem como uma avaliação positiva da descida da inflação que já se verificou, também sublinham que, na luta contra as pressões subjacentes sobre os preços, o BCE ainda não vê provas suficientes para considerar que se atingiu um ponto de viragem.
Neste sentido, as atas refletem uma discussão sobre a interação entre as margens das empresas e os salários, na qual o BCE conclui que a política monetária tem um papel fundamental a desempenhar no arrefecimento da procura agregada e assim facilitar que as margens absorvam as pressões dos custos do trabalho.
Tudo isto, juntamente com as declarações que vários membros do BCE têm vindo a fazer desde a reunião, é consistente com um novo aumento de 25 pontos base nas taxas de juro em julho, um movimento totalmente descontado pelos mercados monetários.
Em geral, o mercado está a responder de forma positiva aos sinais de desinflação nos EUA. Os investidores estão a comprar ações e a vender o dólar, enquanto o euro e o iene estão a apreciar. O BCE, no entanto, não está suficientemente confiante na virada da inflação e está pronto a aumentar as taxas de juro novamente em julho.
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