Thamires Arruda - Psicologia Clínica e Da Saúde

De uns dias pra cá, após a Justiça permitir que Psicólogos tratem homossexualidade como doença, permitindo a atuação em busca da "cura gay", várias pessoas se manifestaram a respeito do assunto, algumas com opiniões embasadas em estudos, outras através de piadas que violam o respeito a todo ser humano (independe de sua sexualidade). Teoricamente, somos seres civilizados e isso significa que no mínimo devemos respeitar uns aos outros dentro de suas escolhas e preferências! Não preciso ser gay, pra entender que tem pessoas que tem preferência homoafetiva e que passam por muito sofrimento e até exclusão em meio a uma sociedade extremamente exigente e preconceituosa.
Entender as homossexualidades como patologias, é uma bela maneira de patologizar no outro o que é estranho em cada um de nós. Então, se a homossexualidade te incomoda, que tal parar pra refletir o motivo ao invés de sair atirando pedra como defesa? F**a minha reflexão como profissional que entende e respeita todos os tipos de diferenças sejam elas de cores, gêneros ou orientação sexual. Por mais amor e menos preconceito, sempre!

Tudo depende da forma como encaramos a vida. Você tem sido a pessoa com a qual gostaria de conviver?

Sobre empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender seu funcionamento a partir da visão dele de mundo e suas experiências. Que tal tentar colocar em prática?

Muita gente ainda acredita que fazer terapia é coisa de rico ou algo supérfluo. Eu, como profissional, sei dos benefícios e sei também sei que todas as pessoas tem suas vivências e questões a serem trabalhadas. Afinal, a mente é complexa e todas as experiências são interpretadas de forma muito particular. Porém, é comum escutarmos falas preconceituosas como a de que Psicólogo é pra 'doido' ou mesmo 'não preciso de terapia'. Sempre que me falam isso, respondo dizendo: experimente fazer um dia e você mesmo vai me dizer a diferença que fez em sua vida. Não esqueçam que muitas vezes a negação da necessidade de cuidado pode agravar o problema.

Já ouviu falar em ataque de pânico? Ataque de pânico, também conhecido como crise de pânico ou crise de ansiedade, é um período de intenso medo ou desconforto, tipicamente abrupto. Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Mas seguem alguns deles acima.

Trabalho, malhação, comida em excesso ou qualquer atividade que é realizada excessivamente e de forma muito intensa, pode estar sendo uma fuga inconsciente de um problema. Isto ocorre como uma forma de defesa do cérebro contra angústias e incômodos emocionais os quais não temos estrutura para lidar naquele momento. Mais um caso onde a terapia faz-se necessária, pois auxilia e facilita a identificação e ressignificação do sofrimento, possibilitando um funcionamento mais saudável.

Quando a compulsão por comprar se apresenta de forma severa, ela se torna uma doença psicológica chamada Oniomania. O transtorno, caracterizado pelo descontrole dos impulsos, atinge cerca de 3% da população. Os portadores da Oniomania, também conhecidos como consumidores compulsivos, frequentemente não conseguem resistir à tentação de comprar. Chegam a não pagar contas essenciais para gastar com supérfluos. A gratificação e a satisfação obtidas através da compra não os permitem avaliar a possibilidade de futuros prejuízos. As compras compulsivas podem levar a sérios problemas psicológicos, ocupacionais, financeiros e familiares que incluem a depressão, enormes dívidas e graves problemas nas relações amorosas.

Muitos transtornos mentais surgem devido aos sentimentos que vamos guardando e que em sua soma vão virando um peso grande demais o qual não damos conta. Mágoas, frustrações, decepções, acontecem para muitos desde a infância, porém é importante perceber quando elas nos paralisam ou nos sufocam nos impedindo de tomar uma atitude ou funcionar como antes costumávamos. Por certas vezes, necessitamos de um facilitador pra nos proporcionar uma visão mais ampla do nosso sofrimento e assim, conseguirmos reagir perante a ele, ou externar de forma que possibilite uma ressignificação do sofrimento que aparece como sintoma. O Psicólogo também exerce esse papel.

Você sabe o que é psicossomática?
Hoje em dia, às vezes ouvimos falar de alguém que foi ao médico e ouviu dele que a sua doença era de fundo emocional ou que o que o paciente estava sentindo era um sintoma nervoso, de estresse, ansiedade. Todas estas causas (fundo emocional, nervoso, etc) significam o mesmo: a origem do sintoma não é orgânica, não está no físico, no corpo. É, portanto, uma doença psicossomática.
A palavra psicossomática é de origem grega. É uma junção de duas palavras gregas: psique (psico – alma) e soma (corpo). E, deste modo, uma doença psicossomática é aquela que não é exclusivamente somática, corporal, mas tem origem na psique, na alma. Evidente que é difícil dizer com clareza o que é a psique. Porém, a ideia é simples: a psique inclui tudo o que não conseguimos localizar no corpo de uma maneira específica: nossas emoções, sentimentos, pensamentos.
Por exemplo, quando uma pessoa começa a apresentar sintomas físicos, vai ao médico, faz exames e nada é detectado. Em muitos casos, um sofrimento emocional se manifesta em sintomas físicos.

Angústias, medos, ansiedades, problemas de relacionamento, hoje em dia são sentimentos tão comuns nos ambientes de tabalho ou mesmo familiares. O que muitos não sabem é que estes sentimentos podem ser desencadeadores das depressões e tantas outras doenças mentais que vem acompanhadas de dificuldades e inquietações que dificultam ou, até mesmo, impedem o desenvolvimento saudável da vida da pessoa que sofre por não saber lidar com elas.
A psicoterapia é o caminho de enfrentamento dessas questões que incomodam. É um cuidado que se tem com sua saúde emocional. Ter saúde não significa apenas não ter alguma doença instalada no corpo ou na mente, ter saúde significa viver bem, ter qualidade de vida subjetiva e objetiva, dispor de bem-estar físico, psíquico e social! Que tal atentar aos cuidados com nossa saúde mental?!