psicopaulognasc

Será que precisamos de uma resposta?

Todos temos pensamentos difíceis. Aqui nesses exemplos elenquei alguns que podem ocorrer. O problema não é ter estes pensamentos, mas f**ar totalmente sob controle dele. Lidar com nossa ansiedade e nossos pensamentos ansiosos é um desafio, mas também é a chave pra uma vida valiosa.

Estive pensando nessa metáfora para explicar a importância de termos sensibilidade ao contexto. Não existe uma verdade sobre qual o volume certo para ouvir uma música, depende do contexto. Não existe uma tática universal para ganhar todos os campeonatos. Do mesmo modo, embora possam existir direcionamentos e relatos de experiências de sucesso, não existem regras para a vida.

Espero que a metáfora esteja clara e ajude a pensar quais são os contextos em que você precisa de mais sensibilidade.

A referência usada na definição de regra foi:
Hayes, S. C. (1987). A contextual approach to therapeutic change.

Tomada de perspectiva é uma habilidade especialmente desejável para os processos de socialização e relação. Essa habilidade pode ser compreendida como as capacidades de interpretar, compreender e prever os comportamentos, pensamentos e emoções de si mesmo e dos outros, assumindo a perspectiva requisitada (Kavanagh et al., 2020).

Essa habilidade pode tambem ser entendida através da Teoria das Molduras Relacionais (RFT do inglês) que se trata de uma explicação comportamental contemporânea da linguagem e da cognição. Uma das principais contribuições dessa teoria é demonstrar como a linguagem é tanto uma dádiva quanto uma maldição em nossas vidas. Um bom exemplo é a própria tomada de perspectiva.

Déficits neste repertório podem ser especialmente problemáticos, uma vez que buscar entender os outros, estar fora de uma posição julgadora e ver a situação "como um todo" pode ser extremamente útil para uma interação interpessoal.

Por outro lado (e aqui eu me identifico um pouco mais) o uso excessivo dessa habilidade pode gerar um excesso de controle "racional", de forma a negligenciar necessidades bastante importantes. Por experiência própria, posso dizer que tentar entender demais pode ser cansativo 🫤

Tomada de perspctiva não é nem uma coisa boa ou ruim. É uma habilidade que pode ser bem ou mal utilizada.

E você? Se identif**a mais com qual lado?

Hoje estive pensando em uma metáfora e quis compartilhar com vocês!

Hoje vim com um post um pouquinho diferente, nesse formato "3 coisas". Me deixem saber se gostaram comentando, curtindo e compartilhando"

Eu tinha a intenção de escrever sobre outra coisa hoje, mas fui consultar meu livro e acabei relendo alguns trechos que eu tinha destacado. Então resolvi falar sobre o sofrimento humano e como na tentativa de eliminá-lo acabamos o perpetuando. Espero que gostem e uma boa semana :)

Sim, em alguma esfera, nossos pensamentos nos afetam e é valido ter estratégias para lidar com eles.

O grande problema surge quando nos tornamos intolerantes a qualquer coisa que chamemos de "negatividade". Coisas ruins acontecem, logo nós sentimos e pensamos sobre estas coisas. É menos sobre olhar só o positivo e mais sobre olhar o todo 😉

Claro que o discurso "seja você mesmo" é bastante controverso. Afinal, o que signif**a isso? O que a gente é depende do contexto, do que o ambiente vai modelar e selecionar. Só pra deixar claro, não endosso aqui padrões de rigidez e não quero legitimar comportamentos desadaptativos. Todos temos que estar atentos a nossas formas de se relacionar e muitas vezes temos que fazer certas adaptações.

Aqui, quero me referir a um "ser você mesmo" no sentido de se ter congruência com valores e autenticidade na forma de amar e se relacionar. Basicamente, me refiro a você continuar sendo um indivíduo, mesmo dentro de uma relação.

Tenho pensado muito nessa questão da autenticidade até mesmo no meu trabalho. Por muitas vezes, me peguei preocupado com qual seria a reação das pessoas com minha forma de me expressar. Percebo que além de gerar ansiedade, isso me afasta de uma conexão real com quem estou trabalhando.

Algo que posso dar de exemplo é a minha característica de ser "bem humorado" e por vezes recorrer a brincadeiras. Tenho bem claro pra mim que de certa forma consigo discriminar os contextos onde posso usar essa característica e que também sou muito sério quando preciso ser.

Eu sei disso, mas será que os outros vão saber?

Ou seja, essa preocupação com inferências e impressões que as pessoas podem ter, pode talhar minha autenticidade que, por sua vez, me afasta de uma conexão genuína. O que eu entendo ser algo importante para o meu trabalho.

Sim, eu e você podemos desagradar alguém mesmo sem querer. Mas saiba que se alguém se aproxima num contexto de autenticidade, é porque gosta e valoriza você e suas características tais como elas são.

Foi solicitada a devida autorização para compartilhar essa história. Tomei cuidado para alterar as características originais do ocorrido.

Gostou do post? Curta, comente e compartilhe!

Esse foi de longe o post que mais me deu trabalho de fazer. Espero que gostem!

Você já conhecia essa teoria? Gostou do conteúdo? Deixe seu like, comentário e compartilhe :)

“E se na verdade toda minha vida tiver sido errada?” - Trecho do livro "A morte de Ivan Ilitch".

Pode parecer estranho. "Como assim parar pra pensar sobre a morte? Que coisa mais horrível!" Eu entendo o desconforto, mas a verdade é que pensar sobre a morte pode nos fazer olhar para a vida. Quem sabe essas recomendações ajudem nessa reflexão.

Faz sentido pra você?

Me ajude a entender se esse conteúdo é relevante curtindo, compartilhando e comentando 😉

Hoje é dia do psicólogo e quis aproveitar pra tazer um pouco sobre mim.

Muito prazer!

Olá pessoal!

É com muita empolgação que venho divulgar este grupo terapêutico. Tenho pensado nele desde o ano passado e agora finalmente saiu do papel 😊

Conduzir e participar de grupos é algo que eu gosto muito. Em minhas experiências prévias tive diversas vivências enriquecedoras e acredito que desta vez não será diferente. Este grupo é destinado ao público geral e os temas a serem trabalhados ajudarão muito a lidar com as dificuldades cotidianas.

Para mais informações acesse o link: https://linktr.ee/psicopaulognasc

Pensamentos podem (ou não) ser fontes de sofrimento emocional. Muitas vezes é inevitável sentir incômodo com alguns conteúdos, mas mesmo nestes casos, praticar a desfusão pode amenizar a dor.

Neste post eu trago uma técnica para te ajudar neste processo. No entanto, existem outras possibilidades e, como sempre digo, o processo psicoterapêutico não pode ser substituído por técnicas isoladas. Um profissional pode ajudá-lo a ter um repertório mais enriquecido para lidar com suas questões emocionais.

Fontes: Terapias Comportamentais de Terceira Geração - Editora Sinopsys; Terapia de Aceitação e Compromisso - Editora Artmed

Paulo Nascimento
Psicólogo
CRP-08/29784

Bom dia 😊

O quanto custa tratar a vida como um problema a ser resolvido? Será que, em geral, as pessoas a tratam assim? Será que você, caro leitor, a trata de tal forma? Depende de como você entende e lida com seu mundo interno.

Para o autor, a luta e as tentativas de controle das emoções e dos pensamentos (principalmente aqueles que temos a tendência de chamar "ruins") caracterizam tratar a vida como um problema. Uma vez que eventos difíceis e experiências de dor fazem parte da condição humana e, mediante a isso, fazemos de tudo para não experenciar aquilo que não queremos, mesmo que não tenhamos controle sobre muita coisa no mundo, estamos tratando componentes da vida como coisas a serem evitadas ou resolvidas.

E qual é a implicação disso? Quer dizer então que eu devo sempre enfrentar a dor emocional? Que tenho que me submeter a tudo de ruim e apenas me conformar? Não!

Se eu tiver uma dor de cabeça e posso tomar uma aspirina para aliviar essa dor é claro que vou tomar. Ninguém gosta de sentir dor. O problema se instaura quando essa regra de evitar sempre emoções difíceis começa a afetar coisas importantes da minha vida.

Qualquer processo duradouro exige algum desconforto. Viver do meu trabalho é muito importante para mim, mas para isso eu preciso realizar várias atividades que envolvem dificuldades. A divulgação é um exemplo, pois sempre que penso em postar algo aqui, sinto insegurança e tenho pensamentos de que é melhor não me expor tanto, de que aquilo que escrevo não importa ou não trará resultados. E tudo bem! É válido que essa dinâmica interna apareça. Às vezes eu atendo esses pensamentos, mas sinto que as consequências não me aproximam daquilo que importa. Às vezes, eu consigo tomar distância destes pensamentos e ter coragem para agir APESAR deles, e sinto que isso me aproxima daquilo que importa.

A vida é um processo a ser vivido, não a ser resolvido. Como já diz o poema "viver pela metade é ilusão, tire suas meias e ponha o pé no chão"

Outra coisa importante para mim é ajudar pessoas nesse mesmo processo. Minha agenda está aberta e, se quiser, pode clicar no link do perfil para marcar uma sessão 😊

Paulo Nascimento
CRP-08/29784

No meu dia a dia, recebo pessoas que sofrem bastante e que buscam ajuda para lidar com suas aflições mais fortes. Seria ótimo se eu tivesse uma única técnica para ensinar, uma única frase para falar e que tirasse do indivíduo todo o seu sofrimento, que o fizesse não mais sentir dor. Contudo, além da inexistência de uma forma saudável de se livrar da dor para sempre, não é disso que meu trabalho se trata.

O primeiro ponto a se considerar é: a dor, o desconforto emocional, tem sua função e nos ajuda a sobreviver. Como sempre falo por aqui, medo, ansiedade e raiva são estados emocionais que preparam o nosso organismo para lidar com alguma ameça, nos ajudando a agir no mundo de modo que a vida seja preservada. Frustração, arrependimento e remorso podem ser considerados ruins, mas na verdade são sentimentos que nos apontam aquilo que é importante em nossas vidas. E se não sentissemos nada disso?

O segundo ponto, quando já nos permitimos sentir o que tiver pra sentir, quando deixamos as coisas serem o que são, quando tratamos os estados emocionais como passageiros, passamos então a focar em nossas ações. O que farei apesar da ansiedade? O que farei, e que me aproximará daquilo que me importa, apesar do medo? Como vou lidar com estas dores? Como vou lidar com meus pensamentos mais difíceis?

O trabalho terapêutico se trata de aumentar o repertório em torno da dor, não se trata de elíminá-la. Comportamentos que funcionam num contexto, podem não funcionar em outro, perceber isso pode gerar frustração, mas a frustração será um prelúdio para aprender outra forma de agir que funcione. Se eu não me permito sentir a frustração não será mais difícil buscar um novo caminho?

E a parte paradoxal disso tudo é que quando paramos de lutar contra a dor, paramos de alimentá-la, f**a mais leve.

Num mundo onde não temos controle sobre inúmeras coisas, a dor é inavitável. O que fazemos apesar disso depende de nós e daquilo que realmente importa em nossa vida. Espero que você possa sempre aumentar em torno de sua dor 🙂

Paulo Nascimento
Psicólogo
CRP-08/29784

Agendamento de consultas através do link na bio.

Cada pessoa está em contato especial com uma pequena parte do universo contido dentro de sua própria pele.

B. F. Skinner

Trate as emoções como visitantes que estão apenas de passagem.

Não sei a quem creditar a arte, encontrei no Facebook

"Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida

Enquanto houver sol
Ainda haverá"

Hoje, enquanto fui matar as saudades de subir uma montanha, fiquei refletindo sobre essa música dos Titãs que havia tocado no rádio mais cedo.

Enquanto houver sol....

Enquanto houver sol?

De fato! O Sol um dia deixará de brilhar, engolindo os planetas a sua volta, incluindo a Terra. Triste né?! Tudo que conhecemos vai simplesmente desaparecer.

Ok, faltam alguns bilhões de anos para isso acontecer. Nem eu nem você estaremos aqui. Mas mesmo assim, não soa um pouco assustador? Pra mim pelo menos é.

Isso me faz pensar que, enquanto houver sol, enquanto eu possa experienciar a vida, ainda haverá.... Haverá esperança, haverá solução, haverá Sol! Haverá mais um dia, mais uma chance, mais tempo.

Nada é pra sempre, nem mesmo o majestoso Sol. Agora, pergunto a mim e a você também, o que faremos com nossa finitude? Em que vale a pena perder nosso tempo? Com o que vale apena se incomodar? Aonde posso melhor investir minhas energias?

Algo que pra mim faz sentido é entender o que e quem é importante. Mesmo que por vezes essas coisas fiquem abstratas, busco entender que "é caminhando que se faz o caminho".

"Minha cabeça só pensa aquilo que ela aprendeu
Por isso mesmo, eu não confio nela eu sou mais eu
Sim...

Pra ser feliz é olhar as coisas como elas são
Sem permitir da gente uma falsa conclusão
Seguir somente a voz do seu coração
E então, e então

É preciso você tentar
Mas é preciso você tentar
Talvez alguma coisa muito nova
Possa lhe acontecer"
Raul Seixas - Aquela coisa

Posso dizer tranquilamente que uma das coisas mais importantes que aprendi (e venho aprendendo) na vida, diz respeito a como lidar com meus pensamentos e minhas emoções.

Aprendi que a mente, mente, que todas as emoções são válidas e permitidas, e que não devo lutar contra elas. Aprendi também que o que importa é conhecer os próprios valores que tenho como pessoa e que minhas ações devem refletir esses valores, apesar das barreiras internas.

Mesmo sabendo disso tudo, muitas vezes me desvio desse caminho. Mas tudo bem, não posso ser perfeito. Me resta notar isso e voltar para a estrada que vai em direção ao que é importante pra mim.

Em psicoterapia todos esses temas são trabalhados. Se você sente dificuldades com isso, você pode buscar um psicólogo. Como diz a música "talvez alguma coisa muito nova possa lhe acontecer".

Para marcar uma sessão comigo é só clicar no link da minha Bio ou chamar na dm ☺️

Alguns dias atrás coloquei uma caixinha de perguntas nos meus stories... E eis que recebo a seguinte: Como descobrir a própria essência? Já que somos a soma de tanta coisa?

Fiquei alguns dias pensando nisso e na relação que temos com o mundo. Já pararam pra pensar o quanto é difícil encontrar algo que seja puramente seu? Se não, pare alguns instantes e pense nisso agora...

Encontrou algo? Eu consigo pensar em coisas que sejam muito características minhas - Formas de agir, ideias, gostos, e por ai vai. Mas eu não consigo ver em nada disso algo puramente meu... Na verdade, tais características são o resultado peculiar da equação entre diversas coisas - Minha genética, minha cultura e minhas vivências. Como um indivíduo da espécie Sapiens, nasci com algumas características inatas e, durante a vida, fui absorvendo regras, crenças e vivências que resultaram em quem eu sou agora. Muito disso é proveniente da minha interação com o mundo e vai ser assim até o dia de minha partida.

Buscar uma essência que seja intrínseca a nós mesmos, que desconsidere o contexto em que vivemos, é uma busca incompleta. Os atomos que compõe meu corpo, assim como acontece nas peças do lego, um dia irão se separar e formar outra coisa. Parafraseando o filósofo do mundo de Sofia "Um átomo de carbono no músculo do meu coração pode ter vindo da garganta de um dinossauro". No fim das contas, nós somos o mundo.

Não escolhemos aquilo que absorvemos do ambiente. Não temos controle sobre o que nos acontece. Mas podemos escolher e filtrar o que vamos entregar ao mundo 😉

Paulo Nascimento
Psicólogo
CRP-08/29784

Agenda aberta! Para marcar sua sessão basta mandar um whatsapp (41) 99899-2109 ou um direct.

Texto de apoio: O MITO DA LIBERDADE: RELAÇÃO ENTRE BEM-ESTAR INDIVIDUAL E CULTURA PARA O BEHAVIORISMO RADICAL. Autor: Mário Gomes de Figueirêdo
disponível em: sites.google.com/site/grupovisaodoser/artigos-postados-no-site-direito-nacional--www-direitoefilosofia-com-br/determinismo-genetico-2/o-mito-da-liberdade