Psicóloga Luana Santi

Psicologia clínica

30/12/2022

“Quando aproximamos amor e solidão, desidealizamos o amor, humanizamos a solidão e encontramos com outra coisa: um amor menos perto de paixão, mas paradoxalmente, mais apaixonante”. Interessante. Há quem deposite no amor a expectativa de que ao encontrá-lo, nunca mais se estará só, quando na verdade não se pode fugir da solidão. E, talvez, para sustentar uma relação a gente precise naturalizar a solidão, já que em alguma medida estamos sempre sozinhas em algum lugar (dentro e fora da gente)… e ufa, que bom.

Ana Suy é pesquisadora, professora e psicanalista. Estuda, escuta e fala sobre o amor com bastante frequência. A sua escrita é cativante e sensível. Fui envolvida pela leitura e só consegui sossegar depois de terminá-lo. Não precisa ser Psi e nem entender de Psicanálise para acompanhar as reflexões da Ana. Ela tem uma espécie de habilidade para escrever sobre coisas complexas de forma descomplicada.

22/06/2022

"Quando algo desaparece da consciência, não quer dizer que evapora no ar ou deixa de existir, mas é semelhante a um carro que some atrás da curva. Simplesmente não está mais a vista e assim como podemos reavistar o carro, também uma ideia anteriormente perdida pode reaparecer. Não há razão para supor que conteúdos psíquicos, passageiramente obscurecidos, deixem de existir. Apenas não estão à vista.

O inconsciente consiste em primeiro lugar de uma multiplicidade de conteúdos passageiramente obscurecidos. Quando observamos uma pessoa distraída em atividade, podemos ver, por exemplo, como ela se dirige a um determinado lugar em seu quarto, com a evidente intenção de pegar alguma coisa. De repente para, perplexa: esqueceu por que se levantara e o que queria pegar. Começa a mexer inadvertidamente com os dedos das mãos, olhando para um grande sortimento de objetos e não tendo a menor noção do que realmente procura. De repente acorda: encontrou o que procurava, ainda que houvesse esquecido o que era. Comporta-se como um sonâmbulo que esqueceu sua intenção original mas que, apesar disso, é guiado por ela. Observando o comportamento de um neurótico, podemos encontrar centenas de exemplos em que ele pratica ações aparentemente conscientes e intencionais: se o interrogarmos a respeito, constatamos, para maior surpresa dele, que estava insconciente em relação a isso, ou pretendia fazer bem outra coisa. Ele ouve, mas não ouve; ele enxerga, mas está cego; ele sabe e, ao mesmo tempo, não sabe. [...] Apesar disso pode ele comportar-se como se estivesse consciente."

Neste trecho Jung aborda a força do inconsciente, que opera mesmo diante da ilusória sensação de plena consciência sobre algo. Há inconsciência no comportamento “consciente”.

Jung. A vida simbólica, 2013, p. 215

15/02/2022

Construir e cultivar bons relacionamentos é um dos recursos de enfrentamento das adversidades da vida, certo?

Esse post de fevereiro do Blog da Psiconefrologia, escrito pela psicóloga Iris M. Okumura, traz alguns indicativos sobre como lidar com a doença crônica por parte de quem presta o suporte e de quem conta com o apoio.

Saiba mais sobre este assunto preparado com carinho pela equipe de psicólogos da Fundação Pró-Renal. Acesse www.psiconefrologia.com.br ! Boa leitura!

Atenção: a Pró-Renal disponibiliza atendimento psicológico social aos Pacientes Renais Crônicos e também à comunidade em geral nas modalidades presencial e on-line. Informações sobre o atendimento e agendamentos: (41) 3312-5414 / 5425.

Photos from Psicóloga Luana Santi's post 10/01/2022

✨AGENDA ABERTA✨

Que tal começar o ano olhando para dentro e organizando as ideias? Eu sou a Luana, psicóloga e mestranda em Psicologia. Atendo em consultório particular e plano de saúde Paraná Clínicas.

Tem dúvidas? Me chama na DM ou envie WhatsApp (41) 997661734.

Conhece alguém que está adiando a busca pela psicoterapia? Envia esse post!

Psic. Luana Rayana de Santi Walter | CRP 08.27.840

05/01/2022

Para começar o ano com inquietações, dinamismo e manoelismo.

03/01/2022

O "Conhece-te a ti mesmo" é seu próprio fim e não tem fim. É Mercurial. É uma arte hermética paradoxal tanto direcionada a um fim quanto sem fim, muito como o velho Freud disse da análise, em seu último ensaio antes do exílio de Viena, tanto de seu fim como objetivo quanto de seu fim no tempo: "Não só a análise do paciente, mas a do próprio analista, deixaram de ser termináveis e se tornaram uma tarefa interminável". Não há outro fim senão o ato em si de fazer alma, e a alma não tem fim. (HILLMAN, 2010, p. 127).

O processo analítico tem a sua relevância para o encontro com o si mesmo, mas não pode garantir resoluções ou superações, mesmo que isso possa naturalmente acontecer pela luz da consciência.

Quando o assunto é psicoterapia, atente-se às promessas de cura ou garantias de qualquer espécie.

Barrieu, M. C.; Paris, S. O fim da análise, 2017. Rev Junguiana vol 35

12/11/2021

Essa frase é da Clarice Lispector. Ela tem uma outra citação que diz “Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida” e dia desses pensei com intensidade sobre isso. Principalmente porque utilizo, e muito, da escrita expressiva para organizar ideias e sentimentos. Comecei a fazer isso desde criança, mas com maior intensidade depois de passar por um processo de luto. Acredito no potencial catártico e organizador da escrita. Gosto de ler o texto depois de finalizado e de explorar o porquê daquela associação de palavras. Em suma, as escolhas das palavras não são arbitrárias. Há sentido em tudo que escrevo.

A escrita expressiva tem sido utilizada como uma técnica em que indivíduos são convidados a colocar seus pensamentos e sentimentos sobre diversos acontecimentos em palavras, por escrito – semelhante à manutenção de um diário.

O ato de escrever, independente da qualidade da escrita, parece ter o potencial de prover benefícios físicos e mentais, com melhorias em longo prazo no humor, nos níveis de estresse e em sintomas depressivos.

Compartilhar essa escrita com um terapeuta pode levar a um nível adicional de vinculação, discernimento e compreensão, o que favorece o bem-estar emocional.

21/10/2021

Neste perfil, seguimos abordando questões associadas à comunicação não violenta.

O tema de hoje tem relação com um dos desafios vividos na prática da comunicação compassiva: a dificuldade que temos para nos responsabilizar sobre aquilo que desejamos ou esperamos dos outros.

Por vezes, entendemos que adivinhar os nossos pensamentos e necessidades é uma prova de amor e vivemos tentando adivinhar os pensamentos do outro para provar o nosso valor. No fundo, esse comportamento de tomar conta do outro vem de uma convicção de que não somos bons o suficiente.

Perder a autonomia e o direito de cuidar dos próprios desejos e necessidades, tem um preço alto, que pagamos com o nosso bem-estar e relações - não somente a relação em que somos chantageados.

A chantagem emocional é o caminho que muitos de nós aprendemos a trilhar para atingir os objetivos. Identificar quando estamos dançando entre os dois polos nos traz a liberdade de romper ciclos. Identificar as situações em que somos chantageados ou chantagistas exige coragem. E pode mudar a nossa vida. Aprender a dizer "não" tem relação com saber ouvi-lo, também.

✨É sua a responsabilidade de estabelecer limites que protegem o seu querer ✨

Trechos retirados do livro: conversas corajosas. Elisama Santos

15/10/2021

Se você me conhece um pouco, já sabe que eu gosto muito de estar em sala de aula. Seja na posição de professora ou aluna.

Depois da pandemia, todos precisamos nos adequar ao ensino remoto, considerando todas as suas lacunas e buscando, ao máximo, preenchê-las. No Instituto de Educação Pró Renal temos nos dedicado a construir cursos de capacitação e atualização que atendam às necessidades dos profissionais que atuam na Nefrologia. São horas de planejamento, preparação e gravação das aulas. Grava, assiste e regrava, muitas vezes, mais de uma vez. O trabalho é intenso… e a gente gosta, viu?!

Na UFPR sigo investindo na conclusão dos estudos de mestrado, mesmo não imaginando -pelo menos no começo, que precisaria me adequar ao ensino remoto especial. Há dias em que passo pela Santos Andrade e encaro o prédio histórico (que seria meu campus) e lembro de todas as vezes em que, quando criança, apontava para aquela construção e manifestava à minha avó o desejo de “estudar naquela universidade bonita que parecia um museu”.

Feliz dia dxs professorxs para quem curte a docência, já é docente ou está estudando para se tornar. Sempre admirei essa profissão, por todo o potencial de transformação que ela carrega.

👩‍🏫

21/09/2021

O codependente precisa que alguém precise dele.

É um tomador de conta. Ele toma conta da vida do outro, das decisões dos companheiros e da vida dos amigos. Se mistura à vida do outro de forma tão profunda que se perde de si mesmo. Costuma demonstrar força e é muito confiável em suas realizações, mas o faz com uma entrega que ultrapassa os proprios limites. A codependência não nos permite ver os nossos limites. E damos a isso o nome de amor. Dedicação. Amizade.

Viver para o outro é violento conosco e com quem recebe o peso de ser o foco das nossas atenções. É desrespeitoso com o tempo e as capacidades alheias. Você não precisa viver para ninguém além de você, salvo quando se tem filhos pequenos que realmente dependem de você para se manterem vivos e saudáveis.

Existe uma diferença imensa entre apoiar o outro e sustentar o outro a ponto de não o deixar reconhecer a força das proprias pernas. Por muito tempo eu quis aliviar a dor de todos ao meu redor. Eu realmente acreditava que a função de quem ama era resolver os problemas, era tomar conta (...) porque no fundo eu acreditava que saberia lidar com as coisas melhor do que o outro.

Depois de anos e anos escutando nossos cuidadores “você está tirando a minha paciência” “assim eu fico triste” aprendemos que somos responsáveis pelo sentimento do outro. Que temos o poder de fazê-lo feliz ou triste. Que, se nos esforcamos bastante, teremos uma vida completamente controlada e isenta de sobressaltos. Responsabilizar o outro pelo que sentimos é a consequência direta desse pensamento. Nesse jogo de responsabilidades, deixamos de assumir o compromisso pela responsabilidade com nós mesmos. 

Trecho do livro: Conversas corajosas de Elisama Santos

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A codependência tende a gerar ressentimentos. Na impossibilidade de colocar os próprios limites entre o eu-e-o-outro, o codependente se cansa de não ser reconhecido ou amado, pois nada lhe será suficiente.

03/08/2021

Falar sobre os seus conteúdos é uma forma de ouvir o que você tem a dizer. De se conhecer de forma profunda e genuína.

A luz e o calor da consciência são ferramentas de transformação, pois ao nos tornarmos conscientes, temos a oportunidade de caminhar para a maturidade das nossas questões. Transformando-as.

Já pensou sobre isso? Sobre a importância da consciência para o trajeto e encontro ao si-mesmo?



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Psic. Luana R. de Santi Walter
CRP 08/27.840

17/06/2021

Se o ego é ordenado, a alma é confusão. As várias vozes da alma mostram-na desconexa, não sistemática, indireta, repetitiva. Mas é na verdade o ego que está confuso quando se aproxima da alma. A experiência de confusão vem do ego, que precisa vivenciá-la ao se aproximar, ou para se aproximar, da alma. Ordem e argumentos lógicos, ordem e progresso, não convencem (nem traduzem) a alma, não modificam a alma. O tumulto de nossas fantasias, a desordem dos afetos e as psicopatologias teimosas e intratáveis de que somos feitos, naturalmente testemunham isto.

Gustavo Barcellos

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