Psicologa Thainá de Brito

Psicóloga Clínica • CRP 08/28936
Atendimento de adolescentes e adultos.

01/12/2022

Recentemente vi um vídeo de Ethan Howke no qual ele fala sobre criatividade e aponta que a arte não é um luxo, mas sustento. Considerando que há uma ideia que se dissipa no discurso sobre a arte não ser útil, é curioso pensar nela como sustento. Por que isso?

No vídeo ele fala sobre momentos em que nos deparamos com sentimentos novos, experiências que desafiam o sentido da vida, como a morte de um pai, a perda de um filho, um apaixonamento… Momentos em que estamos confusos, recorremos à arte. No momento em que não temos palavras, emprestamos as dos artistas.

Ainda que a gente se utilize das palavras de uma música, uma poesia, uma cena de filme, uma imagem, uma dança, para falar do que sentimos, o que é nosso permanece singular. Só a gente vive em nosso corpo, só a gente sente o que sentimos. Como diz , não se compartilha uma cicatriz.

Permanecemos solitários, mas com a arte nem tanto, pois acredito que o que se compartilha através dela é justamente a divisão do ser, ser humano. É aí que a gente se encontra.

O artista é generoso em nos emprestar sua inutilidade. Assim, a arte se vê como sustento ao apaziguar a loucura que é viver.

_________________
“Que a cultura não seja concebida apenas para o que é útil é o que mostra o exemplo da beleza.” (Freud em Mal-estar na Cultura)

11/10/2022

Da relação com os nossos cuidadores, a fantasia surge do desencontro para que a gente não saiba da nossa incompletude. Assim, ela nos dá um lugar no desejo do outro, o qual supostamente nos completaria. Quando esse outro olha para um terceiro, nosso lugar parece ficar ameaçado. Mas só parece, porque nosso lugar sempre foi de incompletude, assim como o lugar do outro. A gente não desaparece quando o outro não está olhando. Logo, não cabe a nós ser o que falta no outro, assim como não cabe ao outro corresponder ao que falta em nós.

Quando a gente deixa de acreditar no semblante, de acreditar na completude do outro, isso deixa a experiência um pouco mais leve, ainda que difícil. Deixar um ideal cair nunca é fácil, mas depois que ele cai, as coisas caminham. Entretanto, será sempre preciso se haver com o nosso narcisismo perdido. A gente não sai imune do outro. A gente sai como? Fiquei um tempo parada aí. É preciso um tempo mesmo, espaço. O que resta eu ainda não sei, afinal a gente só sabe depois, vai de cada um, de cada relação, mas se retirar da posição de objeto a ser amado já não é pouca coisa.

A incompletude está para todos.

20/07/2022

“É fundamental que todos saibam que o mundo e as outras pessoas não atenderão a todas as nossas necessidades. Por mais terrível que seja constatar isso, não há escolha. Nem que tivéssemos toda a riqueza e poder do mundo conseguiríamos uma satisfação plena. Nem mesmo alguém que nos ame, admire e que tenha o maior desprendimento poderá nos dar tudo. A frustração é um elemento constante na vida, e aprender a identificar os limites que podemos suportar nos impedirá de pedir ao outro o que ele não tem condições de nos dar.”

Trecho do livro: “Novas Formas de Amar”

Um gostinho da nossa preparação em relação ao que vem aí na segunda temporada do podcast. Esse assunto que por vezes parece brega, mas que nos desafia cada dia mais: o amor.

04/07/2022

"É que as palavras, com essa coisa de se plantarem na nossa vida, nos alimentam e nos matam, são remédio e veneno, e, como os produtos de uma farmácia, são dr**as que podem matar ou curar" responde Affonso Romano de Sant'Anna.

É muito interessante como a linguagem nos habita de forma que respondemos às palavras sem perceber, até que falamos sobre elas, escutamos, e percebemos o mal entendido ali inserido. A sua dificuldade em comunicar, pois a gente nunca consegue falar exatamente o que quer e nunca sabemos exatamente o que o outro entendeu, pode nos limitar assim como pode abrir novas possibilidades. A ambiguidade abre portas para que o novo entre e para que passamos a habitar a nossa língua, não apenas sendo habitados por ela.

Uma análise propõe justamente que a gente entre em contato com os significantes aos quais o nosso discurso gira entorno, questionando e entendendo quais as conexões, para que possamos nos desalienar, nos separar, organizar colocando vírgulas, parênteses, parágrafos, pontos finais e assumir o comando da nossa própria história, ainda que não-toda.

Inspiração ao ler “A descoberta do inconsciente” de Antonio Quinet.

05/05/2022

RESPIRAR.

Retirado do livro “Algo Antigo” de Arnaldo Antunes.

10/04/2022

“Esperamos que o caráter erótico de nossos parceiros pertença totalmente à nós? Estou falando de pensamentos, fantasias, sonhos e lembranças, além de coisas que os excitem, atrativos e autossatisfação. Esses aspectos da sexualidade podem ser pessoais e parte de nossa individualidade soberana - existem em nosso próprio jardim secreto. Mas alguns veem tudo que é sexual como um domínio que deve ser partilhado. Descobrir que o companheiro se masturba ou ainda nutre sentimentos pela ex equivale a traição. Sob essa perspectiva, qualquer expressão independente da sexualidade - real ou imaginária - é uma ruptura.

De outro ponto de vista, no entanto, abrir espaço para certo grau de individualidade erótica transmitiria respeito à privacidade e à autonomia, e seria prova de intimidade. Trabalhando com casais ao longo dos anos, observei que os mais bem-sucedidos em manter a chama acesa são aqueles que se sentem confortáveis com o mistério que há entre eles. Ainda que sejam monogâmicos em seus atos, eles reconhecem que não são donos da sexualidade um do outro. É justamente o mistério do outro que os leva a voltar para descobrir mais.

O fogo precisa de ar.”

Trecho retirado do livro “Casos e Casos: repensando a infidelidade” de Esther Perel, psicoterapeuta, que deixo aqui para reflexão.

Ainda que entendemos pela psicanalise que as relações acontecem de modo sintomático, a sexualidade é singular e única em cada sujeito. Quem sabe seja possível respeitar essa diferença ao fazer laço com um outro.

04/04/2022

Essa semana conheci uma nova pessoa, recém-nascida. Eu fiquei fascinada vendo ali isso que eu tanto estudo e que me remeteu ao conceito de pulsão. Ela chorava por algum desconforto, depois se acalmava. Enquanto isso, meus amigos comentavam como tinham que adivinhar o que ela queria e como às vezes nada funcionava: “é difícil porque ela não fala”, diziam brincando. 

A urgência da linguagem, a urgência da fala para que possamos comunicar uma necessidade, vem do corpo. Nosso psiquismo surge daí. Mas também ficou claro que nem sempre esse desconforto vai ser uma demanda a ser respondida. Às vezes a gente só quer chorar.

Trazendo para nossa vida “adulta”: Por que o choro não é socialmente tolerável? O que tem de insuportável no sofrimento do outro para que eu queira evitar seu choro? Seria nossa própria dor? Por que não se permitir chorar? 

No fim das contas, muitas vezes o que a gente precisa é de alguém que suporte nosso choro como forma de apoio e não como um problema a ser resolvido, pois chorar é também expressar e transformar o afeto que não virou palavra.

Afinal, o choro que se engole permanece, então, quem sabe possamos acolhe-lo e deixa-lo passar.

24/03/2022

Falei essa frase no episódio do e depois ela ficou ecoando em mim. Por que é tão difícil sustentar o nosso desejo? Por que às vezes não conseguimos colocar em prática o que queremos? Por que o osso do sintoma é tão bom apesar de parecer que não tem mais nada a oferecer e causar mal-estar?

Ontem, depois de uma live da em que ela disse brincando que estava ali, deixando de lado uma pizza, para sustentar o desejo, essas minhas perguntas tomaram uma direção. Se trata de fato de colocar/sustentar um limite ao gozo, esse prazer no sofrimento. A gente não larga porque ganha alguma coisa e deixar de “ganhar” é difícil, muitas vezes tem o nome de conforto.

Por que não larga o relacionamento que não está fazendo bem? está confortável. Por que não sai do emprego que não aguenta mais? está confortável. Por que não faz o curso que sempre quis? está confortável.

Um conforto que paralisa no desconforto é confortável?

Bom, e será que poderia ser mais fácil sustentar o desejo? Talvez, mas aí também poderia ser menos interessante. Ser algo difícil e que nos demande coragem, dá um gosto de vida, de conquista, de separação do que é do Outro.

Que possamos ser bravos para conseguirmos sustentar o desejo, que precisa de espaço para poder existir. Que possamos dar lugar a quem somos, seres em movimento.

Photos from Psicologa Thainá de Brito's post 25/01/2022

Muitas vezes misturamos o que a gente espera de alguém como uma prova de afeto, mas nem nós mesmos conseguimos corresponder ao que o outro quer de nós, mesmo que tentemos (ainda bem).

Isso da gente querer não precisar falar causa mais mal entendidos do que falando. “Eu fiz pq achei que vc queria, vc fez pq achou que eu queria, e ninguém fez o que queria”.

Amar é dar o que não se tem, a alguém que não o quer. Talvez eu tenha entendido um pouco mais dessa frase do Lacan hoje. A gente dá o que supõe que o outro quer, mas isso nunca vai corresponder ao desejo. Desejo não tem objeto e a demanda, por mais que envolva diversas coisas, é sempre de amor.

Acredito que fazer laço com o outro corresponde a estar ciente desse limite, não só nosso, mas também do outro. Encontrar um saber fazer nas relações, conseguindo se separar da demandas, não nos faz imunes a elas, mas talvez a gente fique mais advertido das nossas alergias, algo de fora que toca no corpo, reage, mas que passa. 

Saber dos nossos limites e dos limites do Outro, nos permite viver mais aliviados e atentos com o que nos causa.

18/11/2021

E aí, o que você acha? Escapar do sofrimento é felicidade?

Freud nos diz que sob a pressão das possibilidades de sofrimento, os seres humanos acabam moderando a exigência de felicidade. Se consideram felizes por terem escapado à infelicidade, por superarem o sofrimento. De maneira geral, a tarefa de evitar o sofrimento coloca em segundo plano a do ganho de prazer. 

Digamos que é menos difícil experimentar a infelicidade, enquanto que a felicidade demanda esforço, desejo e coragem. Acho coragem uma ótima palavra, diz da disposição em enfrentar riscos, em apostar, em se colocar a ter experiências novas. 

Então, a felicidade se mostra presente enquanto episódica e a gente pode escolher buscar por ela, não como garantia, mas como experiência a ser vivida. 

Bora viver!

26/10/2021

Traduzir-se de Ferreira Gullar:

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

19/10/2021

“Nunca estamos tão desprotegidos contra o sofrimento do que quando amamos, nunca mais desamparadamente infelizes do que quando perdemos o objeto amado ou seu amor. Mas a técnica de vida fundada sobre o valor da felicidade do amor não se esgota com isso, há muito mais a dizer sobre o assunto.” Freud em Mal-estar na Cultura.

Estar com outra pessoa nos trás a sensação de completude, ainda que falsa. Assim, quando perdemos um amor, é sentido como a perda de uma parte de si. Algo de si se vai junto. Por isso se torna perigoso tentar se fazer todo para o outro, tentando responder a tudo que acha que o outro quer e colocar no outro a responsabilidade sobre a sua própria felicidade. Freud já dizia que talvez a sabedoria da vida aconselhe a não esperar toda a satisfação de uma única aspiração.

Ser TUDO para alguém não me parece uma boa, tanto para quem demanda, quanto para quem responde. Nesse jogo alguém acaba desaparecendo.

Assim, estar com alguém não pode anular os nossos outros interesses da vida e isso vale para todos os tipos de relacionamento: entre pais e filhos, entre namorados, entre amigos, entre um e outro, um espaço é sempre bem-vindo.

11/10/2021

Freud em Mal-estar na Cultura nos diz que “No auge do enamoramento, a fronteira entre o Eu e o objeto ameaça se sobrepor. Contrariamente a todos os testemunhos dos sentidos, aquele que está enamorado afirma que Eu e Tu são um, e está pronto a se portar como se isso fosse dessa forma.”

Quando nos apaixonamos por alguém, a gente se vê no outro. Sente certa extensão do Eu, como se o outro fosse capaz de nos completar. Aos poucos, vamos percebendo que não é bem assim. O outro insiste em ser diferente do que a gente quer que ele seja! Não é atoa que esse sentimento não é algo que permanece, pelo menos não com a mesma intensidade. A gente aos poucos vai se deparando com o outro em si mesmo, com seus jeitos e manias. 

Não é atoa que em um relacionamento não seja tão confortável estar em dois, afinal são dois uns que estão ali, não fazem soma. Estão presentes com suas diferenças e solidões, cada um com seu drama particular, sua fantasia, a qual não serve no outro. Mas, talvez com algum trabalho, com algum recurso, com alguma invenção, essa relação entre dois uns seja possível. 

Na melhor das hipóteses, a diferença é respeitada. Assim, eu diria que incluir o outro em nossas vidas é da ordem do amor, amor como um laço que conseguimos fazer com o outro em sua diferença.

Como nos diz Emicida: “todo mundo é um!”.

05/10/2021

A arte pode estar na clínica?

A arte pode ser uma grande aliada na clínica, quando isso é algo do interesse do analisante. Ela representa um dos meios pelo qual nossa pulsão pode ser satisfeita parcialmente, possibilitando certo apaziguamento aos nossos conflitos internos.

A pintura, a escrita, a dança, o crochê, a música... são coisas que tocam em algo diferente em nós e possibilitam uma invenção, ainda mais quando se pode não se preocupar com o resultado, não respondendo a ninguém além de si mesmo.

Assim, a arte se relaciona com a singularidade e por tanto, aparece na clínica como uma possível solução, como uma invenção frente ao que não se tem palavras para dizer ou compreender. Nos ajuda, junto às nossas fantasias, a estarmos no mundo. Ainda que não é só por meio da arte que isso possa ser feito, pois depende da construção de cada sujeito. 

Cada um tem um jeito de ser no mundo.

24/08/2021

Eu sempre me interessei pela arte. A primeira artista que me deparei foi minha mãe, qualquer coisa na mão dela vira algo mais legal. Além dela, meu irmão que desenha muito bem, toca vários instrumentos e me inspirava a querer fazer o mesmo. 

Aos poucos, por algum motivo, fui achando que era necessário um dom, um talento inato para ter resultados incríveis. Certo dia na escola, a professora de artes pediu para reproduzirmos uma obra de Monet, na qual ele retrata o jardim de Giverny. Me lembro de pensar como seria difícil, cheguei perto do poster colocado no quadro e observei que ali não existiam todos os detalhes que eu julgava necessário para representar o jardim e isso me intrigou. Como assim existem coisas faltando e mesmo assim ele conseguiu representar o que via? Foi aí que comecei a perceber que a arte não era sobre o resultado perfeito ou dom divino, mas sim sobre criação, sobre o ato de fazer algo.

Assim, ficou possível entender o que Lacan nos traz no Seminário 7 sobre a arte possibilitar a criação que possa representar a Coisa, mesmo não sendo a coisa em si. As obras imitam os objetos, mas não tem como objetivo representá-los. É através da imitação que fazem outra coisa desse objeto, objeto esse que nos remete a algo anterior à linguagem. Assim, a arte não se explica. É na falta, no jogo entre ausência e presença, no sem sentido, que ela nos toca. 
Já dizia Mario Quintana: “A poesia não se entrega a quem a define”. 

17/08/2021

Na psicanálise, em Freud, temos notícias da arte por meio do conceito de sublimação (um possível destino da pulsão), relacionado as fantasias. Estas são compostas por nossas lembranças e experiências transformadas em uma história que inventamos e que nos governa sem percebermos, nos ajudando a lidar com a realidade, na tentativa de tornar uma satisfação real impossível numa satisfação fantasiada possível, como nos traz Nasio em “A Fantasia”. Porém, não são histórias que compartilhamos por aí, pois nos causam vergonha, julgamento moral e/ou nojo.

Quando Freud fala da sublimação e dos artistas, ele nos diz em “Escritores Criativos e Devaneios” que o artista consegue articular e compartilhar essas fantasias com o público, criando certa cumplicidade. O leitor toma de empréstimo as fantasias expostas para realizar seus próprios anseios. Assim, os artistas tocam em algo íntimo em nós, pois dão notícias de algo que não poderia ser dito. 

O prazer concedido à nós pelo escritor criativo tem a mesma natureza que um prazer preliminar, assim como a nossa satisfação procede da liberação de tensões da nossa mente, provavelmente devido à uma possibilidade dada pelo escritor de nos deleitarmos com nossos devaneios, deixando de lado as auto-acusações ou vergonha.

Os artistas inspiravam Freud, tanto que ele os cita em suas obras, além dele mesmo ser reconhecido como um grande escritor. Existe uma famosa frase atribuída a Freud, a qual eu não consegui localizar em sua obra, mas vou colocar aqui, pois não duvido que poderia ser dele:

“Aonde quer que eu vá, eu descubro que um poeta esteve lá antes de mim”.

28/06/2021

Em Abril de 1935, Freud escreve uma carta em resposta a uma mãe que solicita sua ajuda para tratar seu filho, eis aqui alguns trechos:

“Minha querida Senhora,
Lendo a sua carta, deduzo que seu filho é homossexual. Chamou fortemente a minha atenção o fato de a senhora não mencionar este termo na informação que acerca dele me enviou. Poderia lhe perguntar por que razão? Não tenho dúvidas que a homossexualidade não representa uma vantagem, no entanto, também não existem motivos para se envergonhar dela, já que isso não supõe vício nem degradação alguma.
Não pode ser qualificada como uma doença e nós a consideramos como uma variante da função sexual [...] É uma grande injustiça e também uma crueldade, perseguir a homossexualidade como se esta fosse um delito. [...]
A análise pode fazer outra coisa pelo seu filho. Se ele estiver experimentando descontentamento por causa de milhares de conflitos e inibição em relação à sua vida social, a análise poderá lhe proporcionar tranquilidade, paz psíquica e plena eficiência, independentemente de continuar sendo homossexual ou de mudar sua condição.”

Assim, é possível notar que Freud já havia percebido que não há nada de errado na homossexualidade. No texto “Tres Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905)” pode-se encontrar em uma nota de rodapé que para a psicanálise, a escolha objetal independe do s**o do objeto. Afinal, somos seres pulsionais. 

Por fim, é sempre bom lembrar que não há cura para o que não é doença. Que possamos respeitar uns aos outros em nossas singularidades!


+

15/06/2021

A CULPA É DE QUEM?

Estive pensando sobre como existe uma ideia de que os psicólogos ou psicanalistas culpam a mãe ou o pai quanto aos sofrimentos dos filhos. Assisti um vídeo do Paulo Gustavo, chamado “Cortando o cordão” no qual ele expressa esse pensamento compartilhado por muitos. Dona Hermínia diz “...agora cê vê gente?! a psicóloga colocar Marcelina contra mim?!... Você acha que eles falam que a gente dá amor, paga as contas? Não! Eles detonam a gente!” 😆

O vídeo é ótimo, claro! Mas acho importante ressaltar que sim, muitas vezes se reclama dos pais, faz parte do processo. Às vezes conseguir reclamar deles já é algo. Porém, eu percebo que a análise percorre um caminho que passa pela humanização dos pais, com o reconhecimento de que eles têm as próprias histórias e vivências, como pessoas para além de serem mãe e pai. Se tudo ocorrer bem, você não é a única coisa com que eles se importam. Enxergar os pais como sujeitos desculpabiliza-os e traz para nós a responsabilidade de lidar com as nossas questões.

Quer que seu prática seja a primeira Consultório em Curitiba?
Clique aqui para requerer seu anúncio patrocinado.

Categoria

Endereço


Curitiba, PR

Outra Medicina & Saúde em Curitiba (mostrar tudo)
Medicina de Emergência - HUC Medicina de Emergência - HUC
Curitiba, 80050-350

Samdof UFPR Samdof UFPR
UFPR Câmpus Botânico, Jardim Botânico, Curitiba/
Curitiba, 80210-170

Dra Carla Fabiane da Costa Zonta Dra Carla Fabiane da Costa Zonta
Rua Jeremias Maciel Perretto, 300
Curitiba, 81210310

Médica Otorrinolaringologista, especialista em Medicina do Sono Atendimento, Hospital INC.

Venkomed Equipamentos Médicos Venkomed Equipamentos Médicos
Rua Costa Rica, 1381
Curitiba, 82515270

WM Harmonização Facial WM Harmonização Facial
Silveira Peixoto 1040
Curitiba

Realçar a sua beleza com leveza é a nossa missão! ✨ Harmonização facial Facetas em Resina Composta

Dra Amanda Nunes Dra Amanda Nunes
R. Raul Pompéia, 1642
Curitiba, 81020-430

Disposta a fazer você mudar de vida, aqui vou te mostrar como você pode ser uma pessoa melhor!

Dicas da Zú Dicas da Zú
Alameda Prudente De Moraes, 704/Centro
Curitiba, 80430-234

Oi Amores.... vem pra cá ,que vamos aprender sobre saúde, beleza, e tudo mais pra ter uma vida melhor

Luana Costa Saúde Integrada Luana Costa Saúde Integrada
Curitiba, 83030290

Fabiana Costa 2 Fabiana Costa 2
Aurora Tedesco Dos Santos , 121
Curitiba

SAUDE E BELA E BEM ESTAR.

Urologia em dia Urologia em dia
Curitiba

Boas-Vindas! A página Urologia em dia também é sua, todos os compartilhamentos e todas as publicações estão agora visíveis para você conhecer melhor as novidades em urologia.

Cartão De Todos - Consultora Camile Cartão De Todos - Consultora Camile
R. Izaac Ferreira Da Cruz, 3700
Curitiba, 81910-000

Dra Andrea Szpak Zraik Dra Andrea Szpak Zraik
Hospital IPO Avenida República Argentina, 2069
Curitiba, 80620-010