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Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
Manoel de Barros
🌹
Procuro uma palavra que me salve
Pode ser uma palavra verbo
Uma palavra vespa, uma palavra casta.
Pode ser uma palavra dura. Sem carinho.
Ou palavra muda,
molhada de suor de esforço da terra não lavrada.
Não ligo se ela vem suja, mal lavada.
Procuro uma coisa qualquer que saia soada do nada.
Eu imploro pelos verbos que tanto humilhei
e reconsidero minha posição em relação aos adjetivos.
Penso em quanta fadiga me dava
o excesso de frases desalinhadas no meu ouvido.
Hoje imploro uma fala escrita,
não pode ser cantada.
Preciso de uma palavra letra
grifada em papel.
Uma palavra como um porto
um mar um prado
um campo minado um contorno
carrossel cavalo pente quebrado véu
mariscos muralhas manivelas navalhas.
Eu preciso do escarcéu soletrado
Preciso daquilo que havia negado
E mesmo tendo medo de algumas palavras
preciso da palavra medo como preciso da palavra morte
que é uma palavra triste.
Toda palavra deve ser anunciada e ouvida.
Nunca mais o desprezo pelas coisas mal ditas.
Toda palavra é bem dita e bem vinda.
🌹
Fragmento da última leitura em “O mito individual do neurótico” de Lacan.
Psicanálise, a clínica do ATO.
aos empréstimos que faço da poesia,
“o silencio pulsa”
-
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além.
Leminski, a transferência e a linguagem.
a poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei.
meu fado é o de não saber quase tudo.
sobre o nada eu tenho profundidades.
não tenho conexões com a realidade.
poderoso para mim não é aquele que descobre o ouro. para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Manoel de Barros e a imagem ilustrando a direção do tratamento, fazer arte com o peso do não-dito. Bem dizer.
in: A Caverna, José Saramago.
O passado faz-se retroativamente, liga-se ao futuro e passa no presente - passagem e permanência estão implicadas no tempo. A temporalidade da psicanálise, anunciada já nos trabalhos iniciais e enfatizada também nos trabalhos finais, revela-se enquanto temporalidade do inconsciente. Os processos do inconsciente são intemporais, conforme Freud (1915) os caracteriza, isto é, não se alteram com a passagem do tempo e não obedecem uma linearidade. A lógica do a posteriori permite, assim, aprender algo do funcionamento do inconsciente. (Amor, 2015).
in: O Tempo da Constituição do Sujeito - considerações sobre o tempo na psicanálise, Ana Rosa de Sousa Amor.
in: A Caverna de José Saramago.
A ideia de “tempo” na psicanálise e a noção de que é “só no depois” que momentos traumatiz(antes) integram-se no contexto signif**ativo.
A marca do trauma ausente na memória mas de alguma forma presente, denota para Freud a clivagem psíquica. (Amor, 2015)
Da interrogação à vírgula,
LUTO
Em Luto e Melancolia (1917), Freud enumerou algumas etapas do trabalho de luto, que em última instância, pela via desse trabalho é possível introjetar simbolicamente aquilo e aquele que se perdeu para abertura de outras oportunidades.
Da realização da perda à renúncia dentro de si, em um ato simbólico de autorização de que o outro pode ir. Enfim, deixar-se perder.
A pergunta de Rumi,
A pintura da
E o meu novo caderno da escrita do cotidiano, 💎
E a pergunta capsiosa,
Uma queixa recorrente de um aspirante ao papel de descobridor de si, é chegar dizendo na clínica: como foi que parei aqui. E aí a pergunta...
Do meu conterrâneo, Manoel de Barros, cuiabano e mato-grossense.
- do que se trata a psicanálise se não (de)cair o imago, fazer sentido os trocadilhos, o erro, o eufalho até que se escute.
Está no stories uma sequência de notas antigas e achei essa.
Me faz lembrar das vezes quando chega o dia da análise e dizemos: “hoje não tenho nada para dizer”,
a resistência opera, dá uma vontade de não “aparecer”,
a transferência opera e você vai.
Mesmo que seja para escutar a repetição.
O insignif**ante que sign i f**a.
PARA O DIA DO PSICANALISTA
A lembrar da regra fundamental da psicanálise “dizer tudo que vem à cabeça, sem censura e de que tudo é importante”, do momento chave em que Freud aprendeu com uma paciente de que quando ela estiver falando não a interrompa, gosto de lembrar que foi a literatura que ensinou isso a Freud.
Freud quando adolescente tinha como sua preferida leitura o livro chamado “Como tornar-se um escritor em três dias” de Ludwing Börne. A regra, portanto consistia em: durante três dias consecutivos escrever tudo que lhe vier a cabeça e que podemos f**ar espantados diante pensamentos originais e surpreendentes que sairiam da mente.
A proposta terapêutica da não maternagem, por isso, a retomada a que Lacan fez a Freud, de devolver a psicanálise ao sujeito, o sujeito inconsciente estruturado como uma linguagem.
Waly Salomão,
🔑 souvenir - lembrança
Mais uma sobre Repetir, Recordar e Elaborar.
TRABALHO E PSICANÁLISE
Há pouco tempo finalizei o livro A Caverna de José Saramago, um romance onde o autor narra a história de um oleiro, Cipriano Algor, personagem principal, o senhor das artes de barro. Já em meia idade Cipriano recebe a notícia de que o Centro, lugar onde revendia sua arte não está mais interessada nos produtos da Olaria pois seus clientes estavam comprando os produtos de plástico, uma vez que estes não tinham facilidade de quebrar. Cipriano fez da Olaria a sua vida, e a cerâmica foi portanto fonte de acesso ao mundo como regulador em seu trabalho bem como sua satisfação.
O que fazer quando nos tornamos inúteis à ordem do capital?
Em o Mal-Estar na Civilização, Freud (1930) estabele alguns reguladores sociais, sendo o trabalho um deles. Não pude deixar de refletir na atualidade, a cena pandêmica e das produções sociais que vem causando nas relações, principalmente de trabalho. Um cenário onde o desemprego atingiu em cheio as populações, um cenário que nos faz repensar o que é a produtividade, e para quem. Vemos também o retorno de atividades em total despreparo e descaso com a saúde antes que principalmente mental, uma vez que o Brasil é um território que poduz afastamento e incapacitação para o trabalho por questões emocionais, dados no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
Hoje, tomado pela insalubridade, uma vez que temos um vírus que nos impede ao convívio porém inseridos em um sistema majotariamente capitalista, vejo o trabalho sendo um das principais fontes de males contemporâneo.
Repito.
O que fazer quando nos tornamos inúteis à ordem do capital?
21 de Maio dia Internacional dos Trabalhadores, data dedicada aos trabalhadores em luta pelo seu direito à vida.
Aquilo que nos individualiza como sujeito e transversaliza como indivíduo: a linguagem.
Viver não tem cura, leminski, nosso universo, como diz Denise, é um universo intermediado pelas representações, e o que nos rege para além do instinto, a pulsão.
Portanto, inventamos um estratagema para contornar esse abismo (incurável) que nos separa do mundo: a linguagem.
Fonte: MAURANO, Denise. Para que serve a psicanálise? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010.
Quem aqui já se percebeu trocando palavras ao dizer e quando dito, fazia sentido também no contexto??!
Nos enlutamos por alguém de quem possamos dizer a nós mesmos: Eu era sua falta. FIcamos de luto por pessoas a quem tratamos bem ou mal, e diante das quais não sabíamos que exercíamos a função de estar no lugar da falta. O que damos no amor é, essencialmente, aquilo que não temos, e quando isso que não temos volta para nós, com certeza há uma regressão e, ao mesmo tempo, uma revelação daquilo em que faltamos para com essa pessoa, para representar essa falta.
Lacan
????????
Ser o que se pode é a felicidade.
Existe alguma coisa ai dentro que te incomoda e não consegue se ver livre dessas? Comente.
quantas foram as vezes que você caiu e se levantou? qual foi o caminho? comente!
Meu sobrinho de quase um ano de idade está aprendendo a andar, ainda meio cambaleando pra um lado, pra outro, por vezes, na tentativa de se sustentar em pé, ele cai.
Eu vi nisso, essa chamada de vida que nos endereça o movimento, de entre trancos e barrancos, poder continuar.
proCURE ajuda profissional
Psicóloga Naira Iasmim
🌹
post provocativo 💥
o que quero dizer nessa frase?
A realidade que a pandemia veio abrir fresta e fazer repensar a condição humana, seres mamíferos, ultradependentes para sobreviver, entretanto, o animal que cada vez mais tem-se percebido só. Segundo o Instituto Ipso, o Brasil f**a em 1º lugar entre 28 países, em ranking dos que mais sentem solidão.
Freud (1930) em o Mal-Estar na Civilização discursa sobre as fontes dessa náusea que é a organização da vida entre tantos. Uma das fontes é do ser humano se perceber só, uma vez que através da linguagem somos expurgados da condição do eterno e começamos a agir pela fonte do nosso desejo, sujeito a demanda do amor. E mesmo assim, na fantasia, no delírio, na negação, tentamos fechar este cerco e buscamos a tão sonhada satisfação eterna.
O tratamento opera nesse ponto onde é possível encontrar com esse nada sem reagir sob as formas de compulsão, seja nas relações querendo que o outro seja como você, seja no alimento, na bebida, na religião.
É preciso ESCUTAR a sua solidão.
proCURE ajuda profissional
Psicóloga Naira Iasmim
(48) 991919461
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