Psicólogo em Niterói - Ricardo Luiz da Silva Valentim

Psicólogo em Niterói - Ricardo Luiz da Silva Valentim

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Dra. Flávia Neves
Dra. Flávia Neves

CRP 05/71643
Psicólogo Clínico

09/09/2024

Há alguns elementos hegemônicos que atravessam a experiência humana. Dois deles se fazem cada vez mais presentes na contemporaneidade: uma saúde mental pensada como normal e anormal e, como consequência, a necessidade de adaptação do indivíduo (desajustado) à sociedade.

Talvez um dos equívocos que conduz a esses a prioris seja a concepção de um ser humano individualista, ahistórico e associal. Um entendimento que traz a ideia de uma vivência abstrata, despregada da realidade, mecanicista e causalista.

É preciso estabelecer um desvio dessa estrutura: colocar o Projeto de Ser da pessoa em suas próprias mãos, de modo que isso a possibilite ser sujeito de sua vida e de sua história. Afinal é importante considerar um ser humano concreto, com seus suores e suas dores, que habita um mundo real cada vez mais desafiador.

A partir dessa compreensão a proposta do Projeto Psicoterapêutico é seguir um percurso junto com a pessoa para ela possa reelaborar seu Projeto de Ser: assumindo aquilo que realmente pretende ser (e não o que tinha que ser) construindo sentido em sua existência nessa vida.

̂ncia

17/02/2024
07/08/2023

Existir é decidir. Decidir p que se quer ser. Quando eu decido, eu abro ruptura. Eu rompo com algo que estava sendo. Existir é romper-se. Existir é abertura de campo de sentido.

04/08/2023

O nosso mundo está estruturado através de binarismos fundamentais: corpo e alma, masculino e feminino, bem e mal e muitos outros. Contudo, a nossa existência não se restringe a isso ou àquilo. O que há são possibilidades de estar sempre sendo aquilo que faz sentido.

Somos seres possíveis exercendo possibilidades.

Nesse sentido, a análise da existência nunca deverá ser o de explicar o que a pessoa é, qual a sua natureza (sua personalidade) ou ainda a causa (o porquê) das coisas. Natureza, essência e causa determinam a vida.

Determinar é restringir as possibilidades de ser. Uma vez determinados, podemos existir como se fôssemos coisa.

E o que acontece com nossa existência quando existimos como se fôssemos coisa?

A proposta da psicoterapia não deve ser a de analisar a natureza, mas sim a de analisar a performance, ou seja, o modo de ser, a maneira como existimos.

Assim não cabe o porquê, mas sim o como a existência está acontecendo ali. E a partir disso, procurar construir junto a pessoa uma tessitura de sentido.

Vida é performance que se manifesta na criatividade singular de cada modo de ser.

03/08/2023

Nossa vida é viver num mundo de contradições. Muitas vezes quando eu quero ser quem eu pretendo ser, eu não estou disponível para mim, simplesmente não consigo fazer ou ser aquilo que pretendia fazer ou ser de mim. Nesse aspecto, a condição humana se torna um problema para si mesma, porque o humano não dá conta de si. E esse lastro de nossa condição se revela por meio da angustia: afinal, quem verdadeiramente nós somos?

Ouvimos alguém dizer que o homem é livre, mas esta liberdade não é a do livre arbítrio, do querer. A realidade humana diz respeito à liberdade ontológica (do ser) na qual nossa existência se estrutura. O ser humano não tem uma natureza ou essência, não tem uma identidade pré-definida ou conquista (ao final da vida) uma identidade derradeira. O ser humano é indefinido, indeterminado.

Por um lado, sem qualquer determinação, somos nada, e esse nada nos angustia. Por outro, diante dessa mesma indeterminação, somos o infinito. A nossa liberdade é a possibilidade para realizar possibilidades.

Contudo, nossa realidade social é também problemática: somos, historicamente, racializados, generonormativizados, ... O que fazer diante disso?

Não existimos como se fôssemos coisas. A existência não tem ponto final, tem reticências. Vida é tarefa, é exercício e no viver a vida vivendo é possível construir aquilo que realmente diz respeito a mim, meu mundo de sentido.

02/08/2023

O envelhecer é, muitas vezes ou na maioria das vezes, visto apenas através de um corpo que se tornou ressequido arremedo do que já foi. Nessa única perspectiva, a velhice pode se tornar um problema, mas tudo vai depender de como eu vivo a possibilidade de, a cada tempo, ficar mais velho, do sentido que atribuo à experiência de envelhecer. Afinal, a sua vivência pode, apesar das fragilidades do corpo, ser um momento profundo de liberdade, diante da conquista de ter conseguido ser plenamente quem se é apesar da multiplicidade de si, dos outros, do mundo e da vida.

Todos nós temos experiências radicais do existir que nos constituem naquilo que nós somos, mas a condição do estar velho pode ser a consagração de um corpo que conquista a todo o momento sua intenção de continuar querendo ser.

No tempo do envelhecer é possível a constatação do superei-me a mim mesmo, do aprendi a dizer adeus, do sou herdeiro de mim quando me lancei para além de mim. A herança contém a riqueza da experiência da vida.

Sobretudo, a velhice pode estranhamente favorecer aquela jovialidade de poder olhar a vida na força de sua manifestação. Na jovialidade do ser, os olhos não envelhecem. Nós envelhecemos, mas na jovialidade do olhar posso continuar construindo sentido todos os dias.

29/05/2023

A notícia da morte parece ser algo sempre muito difícil para receber ou comunicar. Em muitos momentos já ouvimos alguém dizer: “ele viveu muito (que pode significar: morreu tarde demais)” ou “ele morreu cedo demais”. Em geral nos impactamos mais quando pensamos na morte como uma experiência muito prematura. Morreu muito cedo, ou seja, havia muito o que viver. Mas o que é isso? Há um tempo para a morte? O morrer tarde demais e o morrer cedo demais têm um contraponto: morrer no tempo certo. E esse tempo certo do morrer se relaciona com o tempo certo do viver.

Quais as implicações disso, do viver no tempo certo? Se eu me proponho a ir a um restaurante para almoçar, por exemplo, entro, me sento, olho o cardápio, faço o meu pedido, a refeição chega. Viver no tempo certo significar viver aquilo que está dado naquele instante. Muitas vezes nesse mesmo almoço eu posso estar pensando na última vez que havia saído para almoçar fora, pensando no que vou fazer para o jantar quando chegar em casa, posso estar olhando o celular, estar conversando com alguém em algum aplicativo de mensagem que não está ali comigo naquele momento,..., não vivo o instante. Aquele almoço que acontece naquele momento se torna uma lembrança de um passado ou uma expectativa de um futuro, mas nunca aquela vivência presente de se saborear o instante. Então, como nos questionamos sobre um tempo do morrer se nem nos damos conta de um tempo do viver? Sem dúvida que uma coisa não anula a outra, não quer dizer que uma vez não pensando no viver não possa pensar no morrer, mas esse questionamento pode representar uma reflexão importante para o existir.

Vivemos numa impermanência. Vivemos muitas vezes imersos em supérfluos que nos tiram de nosso tempo oportuno do viver. A existência é o único lugar de ser possível. E esse possível se dá no instante em que se vive. O supérfluo pode me impedir de me realizar a mim mesmo naquele instante oportuno de construção de sentido de mim.

O desafio da vida será sempre a possibilidade de abertura para novas configurações no instante de sentido de si.

25/05/2023

De maneira geral, nós entendemos o desespero como aquela experiência onde não há saída, onde não há esperança e que traz muita ansiedade e medo. É possível pensar assim, mas o desespero também pode ser o evento manifesto de outras questões.

Costumamos sustentar nossa vida (ou nosso modo de ser) por atos e ações. Por exemplo, eu posso dizer que sou uma boa pessoa porque pratico atos bons. Eu posso dizer que sou um bom aluno porque me dedico aos estudos, me comporto bem em sala de aula. Eu posso dizer que sou um bom profissional (de qualquer área) porque procuro fazer tudo de modo adequado e com responsabilidade ética. E por aí vai. Anunciamos o que somos e procuramos comprovar isso que foi dito sobre nós no cotidiano da vida fazendo.

O desespero pode ser essa experiência em que nos damos conta de que não podemos ser aquilo que anunciamos, ou melhor, quando percebemos que, na prática, não podemos ser aquilo que gostaríamos de ser.

O sentido sustenta nosso modo de ser.
O sentido sustenta minha relação comigo mesmo, com os outros, com as coisas e com o mundo. O desespero pode ser uma experiência profunda de perda de sentido. Se eu não sou ou não vivo o que anuncio de mim, surge um estranhamento radical do existir. Mas por que isso acontece?

O desespero pode ser aquele momento em que nos damos conta de que ainda somos aquilo que não gostaríamos mais de ser. Essa dissonância entre o que eu anuncio de mim e o que eu sou, de fato, pode representar uma experiência de fragmentação. A solução então seria buscar uma unidade?

O caminho mais favorável talvez seja pensar a existência como lugar nem de lá nem de cá, mas do entre, do intervalo, do espaço que se movimenta entre dois polos, muitas vezes paradoxais, onde há tensionamento. Não somos coisa acabada, somos movimento.

Somos vida muitas vezes atravessada pela experiência do desespero.

Em qualquer caso, é possível retomar o sentido do existir.

18/05/2023

Já se olhou no espelho hoje?

Ao me olhar pelo espelho, vejo o meu corpo. Pelo corpo sinto. Pelo corpo crio uma forma de habitar o mundo. Pelo corpo crio um hábito de estar no mundo. O corpo está na fronteira (no limite) do que eu sou e do que eu tenho.

Ao me olhar no espelho, este se torna extensão da minha relação com o meu próprio corpo. O espelho revela meu caráter visível de ser no mundo.

É possível pensar que se o meu corpo não mudasse, talvez eu não precisasse mais do espelho. Mas o corpo muda e essas mudanças do corpo, que podem ser visíveis pelo espelho, às vezes, me expropriam, me tiram de minha familiaridade comigo mesmo me deixando meio perdido.

O meu corpo também precisa ser uma experiência em que habite o sentido.
-se

15/05/2023

Estamos acostumados, desde há muito tempo, a compreender as coisas, as pessoas e nós mesmos a partir de uma relação de causalidade. Aprendemos a relacionar as nossas questões e desafios através de causas e porquês onde tudo se encaixa. Pensamos, acreditamos e dizemos: “Eu sou assim por causa disso”. “Isso aconteceu comigo por causa daquilo”. “Eu estou nessa situação porque fiz aquilo”... Uma sequência quase infinita de porquês que, de fato, nos explicam e nos fazem entender muitas coisas, mas que não são suficientes. Não basta saber sobre algo, não basta conhecer. Se tudo fosse assim tão simples, bastaria consultarmos um manual, uma cartilha para obtermos uma resposta sobre nós. Olhar por essa dinâmica reduz a vida a uma lógica causal.

Um outro caminho interessante pode ser o de olhar aquilo que aconteceu comigo como uma experiência vivida. Olhar para o que aconteceu comigo antes de qualquer juízo, antes de qualquer culpa, de modo que eu possa compreender qual foi o sentido daquela experiência. Sobretudo, olhar e perceber o que aconteceu pela dinâmica do possível: "era o que eu podia fazer naquele momento". E tudo bem! Olhar o passado com os olhos do presente pode ser extremamente injusto e terrivelmente cruel.

Uma atitude existencial importante pode ser a de suspender todas as causas, todos os porquês e todos os julgamentos de modo que possa ser possível, a partir do que se viveu (se experienciou), construir novos modos de viver e estar nesse mundo. E assim, estabelecer um ser e um fazer que realmente faça sentido para mim.

11/05/2023

O método assegura fazer como fazer. Pelo método já se sabe o que se deve fazer antes mesmo do fazer. Esse já saber o que fazer ante do fazer tem uma função: evitar o erro, ter controle. Contudo, aplicar isso à existência pode ser bastante problemático. A nossa vida não segue (ou não deveria seguir) restrita ao método. Aprendemos vivendo no improviso. Isso porque, às últimas consequências, não há um modo de estar preparado para tudo o que há de vir. Não é possível a existência de uma quantidade infinita de métodos que possam nos assegurar o controle de todos os nossos momentos de vivência. E mesmo que houvesse, no que diz respeito a nós, seres humanos, não há também garantias que tais métodos sejam capazes de evitar o erro, a dúvida, o medo, a angústia. O que é possível saber é que ao viver cabe fazer aquilo que se mostra à medida que se mostra. Aprendemos o fazer no instante em que se vive. E nesse instante do fazer, do viver, dessa experiência, nos é possível encontrar o sentido.

08/05/2023

Hoje parece que vivemos numa insensatez vazia e tediosa da existência. Nesse nosso modo moderno de viver, parece que estamos numa corrida frenética de um futuro imediato. Não é possível não fazer nada, não é possível ficar só, é quase impossível parar. Preenchemo-nos com afazeres e atividades ininterruptas como numa neurose do tedio e do vazio. Mas por quê? É possível pensar que muitas vezes isso se dá para encobrir nossa condição de desenraizamento. Não temos mais um lugar seguro, um trabalho estável, relações sólidas. Parece que hoje vivemos numa experiência profunda de superficialidade onde tudo é instável e impermanente. Dessa realidade podemos sentir, por exemplo, medo e insegurança. Como proteção nos preenchermos com mais e mais afazeres para não sentir. Como em um círculo vicioso onde cada vez mais nos tornamos fazer e não ser.

Reconhecer-se nessa condição pode gerar angústia e culpa. A questão é: o que está em jogo? Cada angústia tem um “de que”. Cada culpa tem um “credor”. Em minha angústia, eu posso pensar que tenho medo da vida, do sentir a vida e, assim, o modo pelo qual lido com isso é construindo mais afazeres. Por outro lado, posso me sentir culpado porque sinto que devo a mim mesmo uma vida que faça sentido. O adoecimento surge quando angústia e culpa se tornam onipresentes.

O processo terapêutico pode ser uma ferramenta importante para fazer recuperar a capacidade de amar e confiar em si mesmo superando (não extinguindo) a opressão da angústia e da culpa.

06/05/2023

Às vezes temos a ilusão de que a nossa vida se dá em um contínuo crescer. Como se com o passar do tempo e com as nossas experiências adquiridas necessariamente ascenderíamos a uma condição melhor do que a anterior numa perspectiva de progressão. Temos a ideia que com o tempo a vida vai se tornando melhor, como degraus de uma escada que tendemos a subir, já que a vida sempre deve seguir em frente. Seria aquela lógica: diante de um problema, uma vez encontrada a solução e tendo-se resolvido a questão, avançaríamos um degrau. Até surgirem outros problemas e aí nos empenhamos, os solucionamos e avançamos. Contudo, essa perspectiva dialética de progressão não cabe ao existir humano. Não progredimos simplesmente. Mesmo porque, não aprendemos com as experiências de modo linear. Às vezes subimos um degrau, ora descemos dois, ora sentamos no meio da escada e paramos um pouco, ora elevamos a perna de tal modo que subimos três degraus de uma só vez, ora escorregamos errando a pisada e voltamos para o início. Há também problemas que não têm solução. São os paradoxos da existência. E nisso, é importante compreender que a não resposta não indica necessariamente um parar. Ao contrário, esse parar pode indicar um profundo movimento. A dinâmica humana é do mover, mas sem uma direção preestabelecida. Não existem garantias de que seguiremos sempre em frente, de que sempre estaremos ascendendo. Não existe esse valor prévio. Se existir é mover-se, a única pretensão deve ser aquela de construir sentido para esse mover-se pelo mundo. De modo que, independente de qual direção se vá, todas elas possam ser experiências de aprendizado a fim de construir meu mundo de sentido.

05/05/2023

Muitas vezes parece que vivemos em um descompasso temporal. Ou somos imediatistas (focados no presente), ou somos saudosistas (estacionados no passado) ou estamos nos lançando sempre no que há de vir (preocupados com o futuro). Contudo, passado, presente e futuro constituem uma única tessitura. O passado está sempre no jogo do agora (presente) numa perspectiva de futuro. Passado, presente e futuro coabitam simultaneamente, contemporaneamente, num mesmo tempo um mesmo nós. A questão é: se existir é movimento, abertura e liberdade, aquilo que foi feito não determina necessariamente a vida. Assim como aquilo que projetamos hoje não garante o nosso futuro. Viver é arriscar-se. Dá medo? Sim. Ansiedade? Também. Mas enquanto possibilidade de possibilidades, o existir vai se dando diante daquilo que vai se constituindo como sentido.

04/05/2023

Há algum tempo atrás, alguns pensadores entraram em crise porque entenderam que não era possível descobrir o ser das coisas, ou melhor, descobrir como as coisas são segundo elas mesmas. Diante desse problema deixaram esse critério ontológico (do ser) para traz e focaram no critério funcional. Em vez de quererem saber o que a coisa é, passaram a querer entender o que a coisa faz ou qual é a sua função. De alguma maneira, nós incorporamos essa dinâmica atribuída às coisas. Cotidianamente quando me perguntam quem eu sou, a resposta imediata costuma ser, por exemplo, eu sou psicólogo. Nesse exemplo a resposta girou em torno de uma função do mundo do trabalho. E geralmente é isso mesmo que acontece. Nós acreditamos que encontramos nosso lugar no mundo quando encontramos uma função que nos identifique. E temos valor quando trabalhamos. A questão é: somos apenas isso? Somos só aquilo que fazemos ou que poderíamos fazer? A nossa existência está restrição a uma função? A pergunta é quem sou e não o que faço. A pergunta não é sobre fazer, a pergunta é sobre ser. E estamos tão acostumados com isso, que nem nos damos conta. Mas a pergunta continua: quem é você? Em um horizonte de sentido, o protagonismo deve ser do ser.

03/05/2023

Imagine que você está na janela de sua casa no 10º andar. E de repente, lá em baixo, aparecem, em frente ao prédio, dois vizinhos discutindo. Você como bom curioso insiste em ficar na janela para tentar captar algo daquela cena. Da discussão você consegue escutar a palavra “gato” e a partir daí já entende o que está acontecendo: “só pode ser isso. O gato do morador do 1002 destruiu de novo as plantas da moradora do 1004. E ela está tirando satisfação com ele. Esse homem é descuidado. Deixou de novo o gato escapar pela porta da cozinha quando foi jogar o lixo fora. Esse gato é danado, partiu direto para aquele vaso de plantas que ela tem no corredor ao lado de sua porta. Tá na cara que é isso”. Bem, esse é um bom exemplo da cisão entre aquilo que dizem ou achamos que é e aquilo que realmente é. Que garantias aquele morador do 10º andar tem para afirmar, olhando de sua janela, que as coisas se deram exatamente como pensou? Mas fazemos isso o tempo todo. Quando olhamos para as pessoas vem imaginação, percepção, expectativas, lembranças e todo um conjunto de coisas que nos fazem criar teorias e hipóteses. Isso é ainda mais problemático quando tal dinâmica recai sobre nós mesmos. Ideias que foram construídas sobre nós e que acreditamos fielmente, tais como: não sou capaz disso, não sou suficiente para aquilo, não mereço amor, não sou nada. Ideias muito fortes e que acreditamos serem verdadeiras. No esvaziamento de todas as teorias e verdades construídas sobre mim é possível eu me lançar de uma outra forma no mundo, me movimentar de forma diferente da usual e me aproximar daquilo que verdadeiramente faz sentido para mim. Voltando a história inicial, a verdade é esta: eles não estavam brigando, mas sim conversando de maneira mais efusiva. A vizinha do pretenso vaso quebrado resolveu comprar um gatinho para a netinha e estava feliz por ter encontrado, por acaso, seu vizinho do 1002 em frente ao prédio, pois estava aflita para pedir orientações sobre como cuidar do bichano. A verdadeira teoria é aquela que está de acordo com meu projeto de ser.

09/03/2023

O que é preciso para estar aqui?

Em geral, a pessoa procura a psicoterapia porque, às últimas consequências, há algo com o que ela não consegue lidar. A ideia mais comum é que o processo psicoterapêutico tem como objetivo corrigir a sensação de desorganização onde, dentro de uma dinâmica pedagógica, o psicólogo ensina à pessoa formas de modulação dos seus próprios comportamentos numa intenção de contenção da crise.

A proposta que trago é uma Psicoterapia da Alma que significa, originalmente, buscar tornar possível o Cuidado com a Existência, ou seja, o Cuidado do próprio Existir de cada pessoa. Uma proposta que não segue quaisquer perspectivas de censura, crítica, orientação, prevenção, modulação ou contenção.

Mas é possível “superar” a crise dessa forma? A psicoterapia pode ser esse lugar onde, a partir da crise (da desorganização) é possível construir novas possibilidades de ser-no-mundo, quebrando estruturas muitas vezes fortemente calcificas. Então, por que fugir da crise?

A crise pode ser justamente a possibilidade de se construir novas formas do seu estar no mundo e novos sentidos do seu existir.

**a a dica!!!!

Assim, qualquer que seja a sua crise, estou aqui.

Até breve!!!

09/03/2023

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