Fundação MO'Ã

Iniciamos em Abril a Oficina de Design Permacultural no sítio da Fundação Mo'ã. Quem ministrou a oficina foram Greice Kelly e André Weber.

O Design Permacultural é uma alternativa ecológica ideal para substituir formas convencionais de planejar e construir um espaço, pois segue os princípios éticos e de design da permacultura, que são:

- Observe e interaja

- Capte e armazene energia

- Obtenha rendimento

- Aplique autorregulação e aceite feedback

- Use e valorize os serviços e recursos renováveis

- Evite o desperdício

- Projete dos padrões aos detalhes

- Integrar mais que segregar

- Use soluções pequenas e lentas

- Use e valorize a diversidade

- Use os limites e valorize as bordas

- Use e responda à mudança com criatividade

E tem como bases centrais o cuidado com a terra, as pessoas e o compartilhamento de excedentes.

Segue com a gente nessa jornada de transformação. 🌍💚

Em virtude de seu valor inestimável dentro de uma propriedade, todos os tipos de afloramento de lençol freático (nascentes e olhos d’água) devem ser tratados com cuidado todo especial.

No Sítio das Vertentes Moã foram identificados nove olhos d’água e uma nascente que foram monitorados por um ano, para determinar a constância do fluxo d’água e determinar a necessidade de recuperação e\ou proteção. 💧

O afloramento que apresentou fluxo constante de água nas quatro estações do ano monitorado foi protegido pelo método “Caxambu”, aplicando técnicas ecologicamente sustentáveis, que envolvem diferentes áreas do conhecimento, tais como hidrologia, conservação do solo reflorestamento.

A implementação do sistema de proteção Caxambu foi executado pelo grupo técnico da Fundação Mo’ã e consistiu das seguintes etapas:

🟢 identificação dos pontos de afloramento no solo;

🟢 limpeza do ambiente circundante; proteção da base com brita;

🟢 abertura de um canal para drenagem; captação e transbordo da água;

🟢 barramento da água com massa solo/cimento na proporção 3:1;

🟢 inserção dos canos de drenagem captação e transbordo na barragem;

🟢 preenchimento da nascente com pedras de basalto previamente higienizadas;

🟢 inserção do cano de sanitização no centro da nascente;

🟢 cobertura da nascente com manta do tipo ”bedin” e camada de massa solo/cimento e, sobre essa massa foram colocados blocos de solo cobertos de gramíneas do local.

Gostou de saber mais sobre esse processo? 🥰🌳

Contextualizando, nosso profundo e genuíno respeito à “natureza” nos foi incorporado desde a infância de forma lúdica, divertida e agradável pelos nossos pais e professores, plantando mudas de árvores já no final de 1940, 50, 60... nas “barrancas” do Rio Jaguari.

Na linha do tempo, já na fase pós aposentadoria da UFSM, tivemos, Eleonora e Rainer, a sorte e o privilégio de encontrar a D. Regina e o Giovani Pozzobon, nossas almas gêmeas que se indignavam com o descaso de governos sobre o “lixo” em Santa Maria.

Então com o incentivo e o apoio da D. Regina iniciamos o trabalho de separação de resíduos no pátio do Hotel Umberto. Ao mesmo tempo entrou em nossa vida o Biólogo Frozi em Canela que com outros técnicos foi organizado e implantado um projeto de Educação Ambiental nas Escolas Municipais de Canela, RS.

Em 1993 conhecemos a Roberta, austríaca que veio a Santa Maria completar seus estudos de 2º grau, através de convenio estudantil. Ela também ficava indignada com a quantidade de lixo esparramado pela cidade. Dizia ela “mas como que aqui não separam o lixo e não contribuem com a questão social na geração de trabalho e renda”.

A partir de uma reunião no dia 20 de agosto de 1996 com Professores engajados nas questões ambientais, iniciamos as discussões na UFSM, o que resultou na criação da Fundação MO’Ã, proteger em tupi-guarani.

Ilustra-se na foto uma das primeiras atuações de membros da Fundação MO’Ã e membros do CONDEMA no “Projeto Educação Ambiental em uma comunidade piloto no município de Santa Maria” – Perpétuo Socorro e Chácara das Flores – Agosto de 1998.

A nossa transferência para o Prédio da APUSM foi em 2010, entidade que faz parte do nosso Conselho Administrativo, onde estamos até hoje.

A partir dessa época o casal Eleonora e Rainer Müller resolveu adotar a Fundação, tornando-se mantenedores, suprindo com recursos próprios às necessidades do funcionamento e para atingir os objetivos propostos pelo seu Estatuto.

Eleonora Diefenbach Muller, 02.06.2024

Agradecemos a calorosa hospitalidade. Foi uma visita de grande aprendizado para todos nós.
Grande abraço!