Reclea Rede Clinica

A Rede Reclea oferece atendimento psicanalítico especializado.

Composta por profissionais com ampla experiência, sempre pautados pela ética e respeito às subjetividades, nosso principal objetivo é oferecer atendimento de qualidade.

15/08/2024

Em alguns momentos, torna-se imprescindível recalcular a rota e traçar novos caminhos. Por isso, pessoal, dizemos: até logo!

Nos próximos dias, a Rede Reclea fará uma pausa nas redes sociais e, como sempre, retornaremos cheio de novidades e iniciativas incríveis para você! Sentiremos saudade, é claro - mas, não se preocupe, voltaremos em breve!

O nosso trabalho analítico, nos bastidores das redes sociais continua!

Cuidem-se e continuem buscando poderosos insights sobre a análise! 💚

07/08/2024

📖 Texto por: Vivian Colacio (.vivian.colacio).
As Olimpíadas 2024 estão aí! Muitos de nós já acompanhamos os esportes em geral, outros tem tal interesse despertado apenas em épocas específ**as como essa - ou Copa do Mundo e campeonatos de um time específico de algum esporte.

Levando em conta que o esporte acaba sendo um dos meios de relacionar o contato emocional entre as sensações físicas e psíquicas, muitos de nós podemos ter memórias conscientes ou inconscientes que podem despertar emoções ao entrar em contato com algum recorte dos jogos olímpicos.

De maneira geral, através de mecanismos internos buscamos nos sentir como parte de algo ou completar algo (um afeto) que nos falta. Podemos citar alguns desses mecanismos psíquicos que podem ocorrer ao acompanhar jogos esportivos:

🏅 Identif**ação sociocultural: Seja nossa nacionalidade ou a de antepassados, seja nas cerimônias de abertura ou encerramento das Olimpíadas como em cada time representando a modalidade específ**a, onde o senso de pertencimento pode ser estimulado;
🏅 Narrativas e histórias pessoais: Lembranças de vivencias em um esporte específico podem mobilizar afetos e tocar cada um de uma forma completamente individual, inclusive a memória de realizações antigas;
🏅 Identif**ação e projeção: Ao assistir o atleta, permite-se associarmos nossas aspirações às conquistas deles - podendo gerar sentimentos de realização pessoal e superação de desafios.

Para finalizar essas reflexões, compartilho a reflexão compartilhada por Bia Souza, logo após receber a medalha de ouro no judô: 📌 “A luta mais difícil é a luta comigo mesma” mencionando a diversidade de estratégias e opiniões presentes na realidade, mas, ao final, ela é quem faz a escolha.

As Olimpíadas despertam algum afeto em você? Talvez esse post tenha despertado algo para levar para a sua sessão de psicanálise.

01/08/2024

📚 Texto por: Lucinda Alves (.alves_psicanalista).
É importante lembrar que cada um interpreta a realidade à sua maneira - afinal, temos estruturas predominantes diferentes. Nesse assunto tão extenso, de várias possibilidades e intricamentos psíquicos, como atuar frente ao ato de diagnosticar um paciente (esse tema tão delicado)?

Essa pergunta pode ser meio espinhosa, mas ajuda a pensar a análise como participante do cenário discursivo de cada analisando: conforme sua subjetividade, haverá um discurso e consequente processo transferencial - e o analista estará atento a isso!

Nesse momento do processo, o manejo do setting pode ser potencializado se o analista já tiver uma ideia da estrutura de seu paciente (por exemplo, obsessivo ou histérico). Claro que, na Psicanálise, um diagnóstico não irá rotular ou “engessar” o paciente, mas poderá nortear algumas manobras para que a sua fala possa fluir com mais associações livres e demonstrações de linguagem, “ampliando” a leitura das mensagens inconscientes e ajudando na implicação do sujeito.

O diagnóstico não surge como definição, mas como ferramenta, ou seja, uma possibilidade de um melhor acesso às verdades singulares de cada um. Por esse ponto de vista, o diagnóstico “provisório” pode acontecer nas entrevistas preliminares e ser elaborado (e até modif**ado) ao longo da análise.

24/07/2024

📖 Texto por: Aline Carneiro Silva.
Resolvi seguir a indicação de filme do post anterior e fui assistir Divertidamente 2!

Claro que o lado psicanalista falou mais alto, então resolvi compartilhar com vocês algumas das conexões que fiz do filme com a teoria psicanalítica.

Bom, antes de mais nada é evidente e necessário destacar que os modelos psíquicos da psicanálise são complexos, construídos com base em observações clínicas cuidadosas e uma longa prática teórica. Articular essa complexidade com um filme de animação poderia talvez levar à uma simplif**ação excessiva de algo que não é tão simples assim.

Porém, acredito que ao ouvirmos nossos pacientes descrevendo sua vida e sofrimento, vamos tentando formar imagens internas associadas ao que vamos escutando, não é mesmo?

Então, tenho pra mim, que Divertidamente procurou fazer o mesmo e dar "imagem e figuração" ao mundo interno de Riley, uma menina agora com 13 anos. O filme ilustra de uma forma singela, mas delicada, o "funcionamento do mundo psíquico" - como se desse visibilidade, forma e "vida" ao que é "invisível".

Um tema central que ficou evidente pra mim em ambos os filmes é a questão do trabalho de luto.

Pensando em Melanie Klein, ela pontua que durante toda nossa vida teremos que lidar com as elaborações dos lutos, provenientes das perdas que são recorrentes, devido as mudanças de ciclos e das fases de vida - faz parte do processo do viver!

🔖 O conflito central de Divertidamente 2 é justamente a "avalanche" de emoções provenientes da passagem da infância para adolescência. Um luto gigantesco é necessário se elaborar nesse período, muita coisa se perde; é uma fase extremamente delicada, desconhecida, confusa e cheia de novas emoções, que é muito bem representada no filme, pois os sentimentos novos chegam "do nada", de repente invadem tudo e aprisionam as emoções da infância. Antes era a Alegria que "dominava" o painel de controle, agora é a Ansiedade!

Outros conceitos tanto de Klein, quanto de Freud f**am evidentes no decorrer do filme, mas deixarei para um próximo post e com isso "aciono" a Ansiedade no painel de controle de vocês! rs

Até a próxima!

17/07/2024

📽️ O filme foi lançado recentemente nos cinemas e segundo a Psicanalista Ana Suy: “é uma baita aula sobre o conceito de narcisismo em Freud”.

Quando o botão da puberdade dispara, outros sentimentos aparecem repentinamente dentro da cabeça da personagem Riley, que agora está com treze anos.

A ansiedade toma conta da cena, tendo uma relação perturbada com o tempo, se preocupando com coisas que não acontecerão naquela hora (qualquer semelhança é mera coincidência?).

Vale a pena assistir o filme e o vídeo da Ana Suy no Instagram!

Na próxima semana faremos uma breve análise do filme sob o viés da psicanálise, aguardem! 😉

10/07/2024

📓 Texto por .
Quando pensamos em fantasias se***is no geral, vem à mente tudo aquilo que não é “normal” - que foge à regra. Roupas, partes do corpo, lugares etc., contracenam na sexualidade adulta e, muitas vezes, são mais importantes para uma pessoa do que o próprio ato sexual.

Quando isso acontece, chamamos popularmente de fetiche. Freud, em vários momentos de sua obra, disserta sobre isso, mas é no pequeno texto Fetichismo (1927) que ele explana melhor sobre o assunto.

Segundo o psicanalista, todo fetiche é um resquício de uma fantasia associada à castração, uma fantasia infantil que está associada, principalmente à castração da figura materna. De acordo com Freud, é uma espécie de recusa, por parte da criança, em aceitar que a mulher não tem um p***s. Em outras palavras, o “objeto” do fetichista representa a “ausência” do p***s.

🔖 Texto mais que recomendado!

03/07/2024

📚 Texto por: Marília Rangel ().
No texto que Freud escreveu, em 1937, sobre construções na análise, ele traz algumas reflexões sobre o processo analítico.

Ele começa rebatendo a ideia de que o analista faz alguma aposta com o princípio de cara ou coroa - se der cara, eu ganho, se der coroa, você perde -, ou seja, se a interpretação for aceita, o analista acertou e, se ela estiver errada, o paciente que é resistente a ela.

Ele traz a ideia de que não funciona assim, que o propósito da análise é deixar as resistências de lado e que o paciente pode substituir a reação que corresponde a um estado psíquico maduro.

E fala, ainda, sobre a importância de lembrar de fatos esquecidos, comparando o trabalho do analista com o de um arqueólogo. Porque o analista constrói e reconstrói o passado do paciente atrás de fragmentos de lembranças e memórias, como um arqueólogo faz no seu trabalho. Porém, tem a diferença de que a arqueologia trabalha com o fim das construções e no processo analítico é o começo de tudo.

As construções na análise têm a função de ponte de referências ao passado. E um grande desafio é diferenciar lembranças de fantasias, já que muitas vezes elas se misturam. O analista traz para a cena e, se a construção estiver errada, ela não terá efeitos e, se estiver certa, acontece alguma mudança na vida do paciente. E é a partir dos "sim" do paciente que ele vai fazendo associações e é importante que o paciente tome as rédeas da análise.

E por aí, como andam as construções?

26/06/2024

📘 Texto por Vivian Colacio (.vivian.colacio).
Freud escolheu apresentar a Psicanálise através do seu livro “A interpretação dos sonhos” (1900), já nos introduzindo que “os sonhos são as janelas para o inconsciente”.

Claro que sonhamos acordados, mas todos os dias precisamos adormecer para que possamos sonhar - e lembrar dos sonhos é outro assunto...

Na clínica, é recorrente relatos de dificuldades para dormir. Para adormecer é necessário relaxar o corpo e a mente - como se fosse uma entrega sensorial de nós para nós mesmos -, e é nesse processo que as dificuldades tendem a aparecer com mais frequência, pois ruminar pensamentos antes de dormir também é comum para a atual rotina estressada, como também um dos sintomas que podem incomodar.

O sono é um processo fisiológico e, mesmo que atualmente existam mais informações sobre processo, ainda há muito a se descobrir. Além de ser uma forma de contato com o nosso inconsciente, o sono também é necessário para o processo de aprendizado, bem como de recuperação mental.

Muito se fala sobre dicas para a “higiene do sono”, mas talvez uma análise individualizada e associações com sua própria história de vida podem contribuir para que essa entrega, esse desligamento parcial e necessário da realidade diária, seja melhor aproveitado.

12/06/2024

📖 Texto por: Lucinda Alves (.alves_psicanalista ).
Com o dia dos namorados, hoje o amor está no ar... como você respira esse ar?

O amor romântico como construção cultural oferece bons motivos para o relacionamento: eternidade da perfeição no “felizes para sempre” e a certeza da felicidade ao encontrar a parte que falta. Mas há também o lado da dor de quem ama – como f**a essa equação entre satisfação e sofrimento?

Segundo Freud, “se você ama sofre, se não ama, adoece”. Nossa economia psíquica está sempre em movimento, tentando equilibrar o princípio do prazer x princípio da realidade – a libido é dinâmica, pode estar focada no ego ou no objeto externo.

Se é assim, como cada um pode “modular” essas oscilações até o ponto subjetivo ideal de satisfação? Arrisco dizer que a passividade expressa na teoria do amor romântico parece sedutora, mas provavelmente não vai funcionar sem elaborações de cada sujeito!

O inconsciente estruturado na linguagem (Lacan) nos mostra diariamente opções de construção do amor, na medida em que cada um consiga expressar seus desejos e lidar com suas faltas dentro das relações, compreendendo que o relacionamento a dois não é tornar-se um e alcançar a completude por causa do outro, mas inventar soluções para que os dois existam e coexistam com suas faltas. Implicar-se nesse equilíbrio é fundamental... afinal, qual o signif**ado do amor para cada um?

Ainda falando sobre inconsciente em ação, não vamos deixar de fora outro tipo de amor, tão importante no setting analítico: o amor transferencial! Este surge amparado dentro da ética psicanalítica, observado e manejado pelo analista para que o paciente cada vez mais, encaminhe suas repetições na direção de um suposto saber que irá desaguar sobre si mesmo, sobre sua verdade!

05/06/2024

📚 Texto por: Aline Carneiro Silva.
Embora, como bem nos ensinou Freud, não há objeto que satisfaça por completo nosso desejo - pelo menos não na realidade (ufa!) -, mas na nossa fantasia ou no delírio... Opa, com certeza!

Por isso, o desejo nunca poderá ser plenamente satisfeito; sempre f**ará aquela sensação de que "falta algo a mais", sabe? Eu imagino que você já tenha sentido isso, de conquistar algo ou estar muito próximo de realizar algo que queria muito e ter a sensação de que não era bem isso ou que "agora, pra f**ar completo, falta isso ou aquilo, aí sim..." e "isso" nunca chega, esse ciclo nunca acaba... Eis aqui a mola propulsora do desejo: a falta!

Mas o desejo pode (e deve!) ser parcialmente satisfeito sim, cabe a cada um de nós bancarmos o custo de sustentar ele, o que não é tarefa fácil, pois nem sempre o desejo é algo material que se compra ou se conquista, pode ser uma decisão, uma escolha, uma mudança... E às vezes o preço de sustentar isso é alto, psiquicamente e/ou financeiramente falando - aja análise! - e, por vezes, inclusive, o nosso desejo pode soar como loucura para os outros...

Porém, arrisco em afirmar que é completamente o inverso! Loucura é sucumbir ao desejo!

29/05/2024

📓 Foi lançada pela Editora Autêntica a coleção Freud no século XXI. O volume I da coleção é do psicanalista Gilson Iannini, com o título "O que é psicanálise?"

Alguns trechos:

▪️ "O que signif**a ler Freud hoje, em pleno século XXI? Diante das novas formas de subjetividade, de novos usos dos corpos, de novas formas de sofrimento e de novas tecnologias, a psicanálise não seria uma obsoleta peça de museu?"

▪️ "Estaria a psicanálise à altura das exigências da contemporaneidade?"

▪️ "A coleção quer mostrar que a psicanálise pode se renovar a partir de perguntas que a contemporaneidade nos coloca".

Vale à pena a leitura!

22/05/2024

📚 Texto por: .
Algo peculiar, eu diria. Esses laços com nossos pares são intrigantes - às vezes curtos, outras vezes mais longos, alguns a vida toda. Possuem a marca de uma cumplicidade, algo do tipo “Eu sei o que você fez no verão passado”, ou, sendo mais especifico, “Eu sei que você desejou sua mãe e quis matar seu pai”.

Brincadeiras à parte, esses laços são marcantes e muitas vezes fundamentais para a jornada particular de cada um. Mesmo que saibamos que, no fundo, somos um “objeto sexual” para nosso amigo e vice-versa, nos abrimos, choramos e rimos como se não soubéssemos de nada disso. Enfim, somos humanos.

Falando nisso, gostaria de falar de uma amizade que durou 25 anos. Sigmund Freud e Sandor Ferenczi mantiveram um laço profundo e duradouro; uma admiração mútua e divergências marcaram essa relação, que culminou em mais de 1200 cartas, e, ao contrário do que muitos pensam, não houve um rompimento - a amizade realmente terminaria com a morte precoce do psicanalista húngaro.

Infelizmente, no Brasil, não temos a publicação completa, mas podemos nos contentar com dois tomos que compreendem os anos de 1908 e à 1914 dessa amizade, publicada pela editora Imago por volta de 1994 e 1995, os livros se chamam:

📌 "Correspondência Segmund Freud e Sandor Ferenczi".

Livros raros de achar, mas valem a pena!

15/05/2024

"O processo de análise é um desencadeador de questões existenciais. Ninguém vai buscar análise se não estiver procurando um tipo de "sarna pra se coçar".

É por isso que a transferência é tão fundamental em psicanálise. Sem transferência, não há motivos que justifiquem o sofrimento que uma análise pode vir a causar.

E não porque uma análise cause sofrimento - não causa -, mas uma análise desconstrói as nossas identif**ações, e, por mais libertador que esse processo seja, ainda assim, acreditar que é o outro que nos traz a sarna, e não que somos nós quem a procuramos para então nos coçar, é mais confortável. “

👤

O processo analítico é um ato de coragem. É difícil entrar/ estar em contato com nossos conteúdos profundos e que não são de fácil acesso.

E você, como está lidando com esses conteúdos?

08/05/2024

📖 Texto por: Letícia Casares ()

Apesar do senso comum reforçar a ideia de que abuso está atrelado diretamente a violência física e/ou psicológica, há de se aprofundar para entender o espectro que abrange esta palavra.

📌 Segundo o dicionário da língua portuguesa, abuso é o “uso excessivo ou imoderado de poderes”, ou seja, quando pessoas que tem algum tipo de poder sob outras, usam deste para coagir, manipular e usar da violência para conseguir algum benefício. Temas como gênero, classe social, raça e etnia são promotores do separatismo que atribui poder a um grupo específico, enquanto outro é prejudicado.

Quando se trata do abuso contra a mulher, podemos dividi-los em quatro grupos, sendo eles: violência física (qualquer conduta que ofenda a integridade física ou a saúde do corpo da mulher); violência patrimonial (qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos); violência psicológica (qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima) e violência sexual (qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, manter ou participar de qualquer forma de relação sexual não consentida).*

Caso se identifique com algum dos exemplos citados acima, busque ajuda. A psicanálise está a serviço das minorias, tal qual o governo dispõe de alguns dispositivos como CRAS, CREAS e delegacia da mulher para a promoção da segurança e saúde de cada uma de nós. Você não está sozinha! 🤝

*os dados são do Governo do Estado de São Paulo, que oferecem um curso online e gratuito sobre a violência contra a mulher (não se cale).

01/05/2024

📚 Texto por: Vivian Colacio (.vivian.colacio).
Em comemoração ao Dia do Trabalho, 1º de maio é feriado no Brasil e em cerca de mais de 80 países.

Essa data passou a homenagear uma greve operária que ocorreu em Chicago, nos Estados Unidos - nessa mesma data em 1886. Algumas condições de melhoria foram conseguidas: a redução da jornada de trabalho (de 13 horas para 8 horas), o aumento de salários, o descanso semanal e as férias.

💡 Uma curiosidade é que nos Estados Unidos a data escolhida para essa celebração é na primeira semana de setembro.

Atualmente, na clínica se verif**a o aumento constante de queixas decorrentes do sofrimento psíquico no ambiente de trabalho, acarretando sintomas como ansiedade e até o burnout - onde os sintomas passam a ser físicos e impossibilitam a pessoa à executar suas atividades profissionais.

Nessa situação, a escuta psicanalítica e o acolhimento em ambiente seguro pode, aos poucos, trazer o alívio que, em algumas vezes, precisa também do auxílio médico paralelamente.

Aproveitando para mencionar que dia 6 de maio também comemoramos o aniversário de nascimento do Freud, em 1856. O famoso psicanalista postulava que, para ser saudável mentalmente, a pessoa precisa desenvolver as capacidades de amar e trabalhar, que podem ser estendidas a várias áreas da vida - relacionamentos interpessoais à atividades criativas.

Vale a pena refletir nesta data o quanto o sofrimento psíquico pode estar relacionado a precarização do trabalho.

Como andam suas capacidades de amar e trabalhar? 🗣️

25/04/2024

📖 Texto por: Lucinda Alves (.alves_psicanalista).
Nascemos neste mundo literalmente “pelados e largados” – da tranquilidade silenciosa do útero, saímos sem treinamento prévio para a confusão do dia a dia... E não é novidade que um bebê humano é frágil e indefeso!

Assustado, incompleto e alienado, esse bebê será apresentado à realidade pela mãe - ou quem exercer essa função -, que irá mantê-lo saudável, com cuidados e alimento. Mas é só isso? Não... Por aqui, nós, humanos adultos, temos corpos “biológicos”, mas existimos também fora deles – existimos no pensamento, no inconsciente, na linguagem. Somos seres falantes!

Aos poucos essa criança humana será apresentada ao nosso mundo da linguagem. Seus primeiros anos de vida serão contemplados com palavras, signif**antes, uma chuva de informações - nem todas processadas de uma vez - que vão se acumulando e formando a compreensão simbólica, paralelamente ao amor dos pais. Contudo, esse mesmo amor que concede a paz, impõe também os limites – culminando na condição fundamental de nossa espécie: a falta. Somos seres falantes e faltantes!

Nesse ponto, f**a mais fácil de entender o quanto a falta está expressa na linguagem - esse sistema tão complexo que nos permite interagir e existir, dar sentido às coisas. A forma como pensamos, agimos e reagimos pode ser “lida” na linguagem – por isso ela é tão importante na análise.

📌 “O inconsciente é estruturado como linguagem.” (Lacan)

18/04/2024

📚 Texto por: Aline Carneiro Silva
Como a própria autora, Ana Suy ( 👤 ) diz: é suportar a sua própria falta e a do outro. Somos seres incompletos, a ideia de que alguém irá nos completar é imaginária. Não existe outro que nos complete o tempo todo e isso não é de todo mal - pelo contrário, isso é vida, é movimento!

É sobre falta e desejo... É na falta que surge o desejo.

Ao mesmo tempo, isso não impede que você tenha uma parceria ao seu lado, que queira estar junto; mas o outro é um parceiro nesse percurso que é sempre individual.

Como diz Maria Homem (👤 .homem), a viagem radical humana é sempre solitária.

10/04/2024

💡 Dica de conteúdo!

A Psicanalista Julia Catane - autora do livro: “Sofrimentos Psíquicos: as lutas científ**as da psicanálise e da psiquiatria pela nomeação, diagnóstico e tratamento” - ministrou um curso na Casa do Saber falando sobre o tema.

No campo da psicanálise, ela abordou temas como resistência, transferência, as estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão), bem como o texto do Freud de 1924 “O problema econômico do masoquismo”, entre outros assuntos.

Já no campo da medicina foram abordados os temas: indústria farmacêutica, definição de transtornos mentais segundo os manuais CID (Classif**ação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) e DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

🔗 A primeira aula está disponível no YouTube, vale à pena conferir!

03/04/2024

📚 Texto por: Alexandre Canesso ().
Para a formação de um analista, temos o tripé: estudo, análise pessoal e supervisão. Gostaria de falar um pouco sobre a supervisão.

Supervisionar - palavra que, no dicionário (Priberam), signif**a dirigir, orientar ou inspecionar em plano superior, ter poder ou responsabilidade para dirigir ou controlar um trabalho ou uma atividade.

Parece claro, talvez até desnecessário falar sobre o assunto. Entretanto, essa atividade em psicanálise é composta por muitas artimanhas: o inconsciente também entra em ação, temos uma atividade complexa, onde envolvem-se a transferência e a contratransferência, um saber ou seu suposto, um lugar imaginário, em alguns casos infelizmente, o discurso do mestre.

Nasio (1999) conjectura que, na relação analista e analisando, não há o inconsciente do analista e outro do paciente, e sim um inconsciente único. Pois bem, penso o mesmo sobre a relação supervisor e supervisionado - explicitando assim, a razão do capítulo em questão.

De acordo com Roudinesco (1997), o termo surgiu pela primeira vez num artigo húngaro em 1919. Kontrollanalyse, como a própria palavra sugere, se trata de um controle ou orientação ao aspirante à psicanalista, principalmente no campo contratransferencial em relação ao seu paciente e também do desenrolar de sua análise didática.

Costumo fazer minhas supervisões usando o princípio da atenção flutuante - tomo pouquíssimas notas, geralmente mais tarde, às vezes, até no dia posterior, filtra-se muito material usando essa técnica. E como o próprio Freud afirma: não se perde material. O supervisionado começa a falar de determinado caso, e, logo em seguida, todo o material reaparece. Isso não é fácil, assim como também não é fácil usar essa técnica nas análises propriamente ditas, contudo, com o tempo e pratica, nossa escuta vai se aperfeiçoando.

Afora a técnica mencionada acima, soma-se os fenômenos da transferência e contratransferência em relação ao supervisionado. Conjecturo então que surge um único inconsciente, o da relação supervisor e supervisionado.

27/03/2024

📓 Texto por: Marília Rangel ().
Logo ao final das primeiras sessões de análise podem surgir as seguintes perguntas: “Então é só falar?” Ou “ Se você quiser me fazer alguma pergunta eu respondo, tá?”.

Não, não é “só falar”!

O falar faz parte de uma ação bem complexa da análise. Essa atividade envolve um sujeito, um ouvinte, uma demanda - ideia que, muitas vezes, nem sabemos que sabemos. E reconhecemos essa complexidade quando Freud traz a ideia de associação livre, que nada mais é do que uma forma de manejo da análise - o famoso “fale tudo o que está vindo na sua mente” - que, em conjunto com a atenção flutuante, se forma a escuta psicanalítica.

Nas primeiras sessões, os pacientes podem apresentar dificuldades em falar livremente, devido as censuras que nos atravessam. Sendo assim, nos confrontamos com resistências e os conflitos psíquicos que são os conteúdos de análise. Por isso que não é “só falar”.

A associação livre traz à tona alguns elementos que formam o inconsciente, atos falhos, os chistes, etc... E tudo isso tem ligação com cada paciente, seus conflitos e sintomas.

🗣️ E você, já parou para reparar na sua fala? Em algum momento, já se deu conta de que quando se fala vai emendando um assunto no outro?

20/03/2024

📚 Texto por: Letícia Casares ().
Diferentemente do que as redes sociais propõem referente a textos e reconhecimentos a respeito do dia das mulheres exaltando o quão somos “guerreiras”, “batalhadoras” - dentre tantas outras nomenclaturas -, é necessário se ater ao que este dia/mês realmente representa.

Tendo origem em meados de 1917, o dia das mulheres surge em uma passeata que reivindicou melhores condições de trabalho e de vida. Isto porque, em um passado não tão distante, não tínhamos direito ao voto, ao trabalho remunerado, tampouco a autonomia.

⚖️ Hoje seguimos caminhando com algumas das leis que nos protegem, sendo elas: Lei Maria da Penha, Lei Carolina Dieckmann, Lei do Minuto Seguinte, Lei Joana Maranhão, Lei do Feminicídio, dentre outras.

É necessário que reconheçamos a importância deste dia para, inclusive, nos apropriarmos dos nossos direitos, visto que ainda hoje as taxas de feminicídio, violência contra a mulher, desigualdade de salários e oportunidades é latente.

A luta é contínua e diária pela busca de justiça, equidade e por um país seguro para que todas nós habitemos. A mulher índia, negra, com deficiência, mãe, criança e todas as diversidades que nos compõe.

Ser mulher nos toca em nível subjetivo e social e que usemos dessa força para resistir. Que não nos rendamos a flores e chocolates, pois este é, em sua origem, um mês de luta. Vamos juntas? 🤝

13/03/2024

✍️ Texto por: Vivian Colácio (.vivian.colacio).
A hora da sessão é um momento muito íntimo e pessoal, onde cada analisante utiliza da maneira que deseja - seja com associações, reflexões, análises ou simplesmente para se ouvir, estar ali sendo acolhido ou até identif**ando coisas que nem sempre lhe são agradáveis.

Nesse momento de encontro entre analisante e analista, ocorre uma troca em que Freud descreve que os inconscientes se comunicam, além de que sentimentos, emoções, histórias, reflexões são percebidos, sentidos, transferidos e contratransferidos de maneira única.

📌 Esse é um dos motivos pelo qual nós, da Reclea, buscamos transferir um pouco da psicanálise e, também, oferecer um acesso facilitado para que você possa ter momentos de encontro consigo mesmo.

Você tem reservado um momento seu?

06/03/2024

📖 Texto por: Lucinda Alves (.alves_psicanalista).
É comum o paciente entrar em análise numa tentativa de “se conhecer melhor”, apresentando ao analista seus sintomas e sofrimentos, na busca de uma verdade sobre sua vida.

A questão é que a verdade da pessoa - que, até então, vive em seu imaginário - talvez não seja mais suficiente para tocar sua vida, e a transferência que acontece com o analista traz essa análise como esperança de cura e saber.

A repetição de dores e sofrimentos lança o analisando a um outro patamar: o da abertura à descoberta de seus mecanismos, reações – afinal, se viver através de seus sintomas não parece mais suficiente, o que fazer?

O analista, em sua escuta, percebe as demandas e não as concede - porque “não é isso”, a demanda é a “ponta do iceberg” sobre algo que precisa ainda ser dito –, mas pontua e intervém na medida em que o próprio sujeito possa vir à tona e revelar seus desejos, ou que comece a “dar forma” a toda essa força contida que parece querer explodir mas não consegue ser dita em palavras – é dar símbolo ao indizível de cada um, processo que pode ser doloroso, mas certamente é libertador... É, de alguma forma, possibilitar que o paciente expresse esse faltante, esse desejo que não tem fim nem começo, mas que o move sem direção.

O ideal é que cada sujeito em análise elabore seus conteúdos, sua castração, e consiga atravessá-la para então poder encontrar um lugar além do Outro simplesmente. Não vai deixar de “ser quem é”, mas será capaz de inventar uma nova forma de existir.

📌 “Peço que me recuses o que te ofereço, porque não é isso” (Lacan)

29/02/2024

📝 Texto por: Aline Carneiro Silva.
Segundo as ideias da psicanalista Melanie Klein, o sentimento de perda - que é denominado luto - está presente conosco desde o nosso nascimento e perdura por toda a vida. Afinal, sempre iremos perder algo, não é mesmo?

A transitoriedade de tudo nos obriga constantemente a fazer este movimento. É preciso renunciar à posse absoluta dos objetos de amor, aceitar substituições e remanejamentos, ou seja, fazer o trabalho de elaboração do luto... Falamos tanto isso no consultório, mas afinal, o que isso signif**a?

📌 Uma primeira resposta seria: adquirir capacidade de processar ou digerir o excesso de afetos ligados à perda e entrar nos processos temporais, humanizando-se. Complicou? rs Vamos lá!

O luto é um procedimento comum - parecido com a digestão biológica - existe para “deixar passar o passado”. Entretanto, apesar de parecer tão básico, mobiliza um montante tão insuportável de afetos que é algo do qual tentamos fugir através de todas as maneiras possíveis, afinal, nos defendemos o tempo todo, de forma consciente ou inconsciente, de qualquer possibilidade que nos faça ter contato com algum desconforto ou mal-estar.

Mas curar as dores psíquicas não é anestesiá-las, ao contrário, é ampliar a capacidade de suportá-las e transformá-las em benefícios, tornando a pessoa ferida mais capaz de assumir uma posição ativa, descobrindo seu jeito próprio de “dar a volta por cima”.

Isso tudo é o que comumente chamamos de “atravessar o luto”: é perder para ganhar novas formas de sentir prazer e fazer contatos.

Parece elementar, mas dificilmente conseguimos atravessar tudo isso sozinhos, o processo exige a companhia de alguém que suporte a travessia.

🫂 Por isso, o processo de análise pode auxiliar nessa travessia, pois o(a) analista atua acompanhando a pessoa, escutando-a, dedicando-lhe um tempo, convidando-a a tomar certa distância dos acontecimentos em sua brutalidade e desenvolvendo, junto a ela, palavras e pensamentos a respeito de si e do mundo.

Independente do caminho, o objetivo final é realizar essa travessia de forma possível e sustentável para cada indivíduo, respeitando seus limites e subjetividades.

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